O Diário Secreto de Anna Mei escrita por Fane


Capítulo 16
Friendzone Dupla: O que está havendo?


Notas iniciais do capítulo

"Não vai ser cap novo durante muito tempo pq estou cheia de testes e provas externas na escola e blá blá blá" SURPRESA!!!!!
Eu simplesmente não aguentei!!!!!
Gente, o que foi isso???
Depois de tantos capítulos com três reviews ou menos (8 e 9 nem reviews tem ç_ç) eu me deparo com 4 reviews em menos de uma semana... Bem menos, na vdd...

Bom, vamos comemorar, pois as únicas vezes que tive 4 reviews foram nos capítulos 2 e 4...
Não aguentei de felicidade e estou postando esse só pra vocês gritarem assim: Kyaaaaaa!!!~~
Tá, podem não gritar assim, mas vão sentir vontade de gritar...
Aproveitem, meus marshmallows



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Chego no apartamento de Beatrice, ela está vendo um filme de romance sem noção e comendo chocolate.

– Oi – falo, me sinto um trapo e me jogo no sofá.

– O que aconteceu, você tá um trapo – é, minha irmã e conhece bem, agora que eu vejo bem, ela também tá um trapo, os cabelos está num coque malfeito e ela está com o nariz vermelho.

– Você também! – Falo – Andou chorando? – os olhos dela estavam com olheiras grandes e estavam inchados.

– Não, eu só... E o que houve com você...?

– Nada, só quero ficar sozinha – falo isso, mas ponho a minha cabeça no colo dela.

– Eu sei o que aconteceu – ela funga e me entrega o pote de chocolate – Aqui, o remédio perfeito para corações partidos.

– Filmes de romance sem noção e chocolate? – falo, mas não questiono, até... – Espera, também levou um fora?

Ela faz uma careta e afirma com a cabeça.

– Não foi um fora, foi mais um, vamos ser amigos – ela diz.

– Eu também – coloco uma colher do chocolate na boca, – foi exatamente assim comigo também!

– Ah é? Ah, ninguém merece isso... – ela come mais chocolate.

– Eu apenas disse que gostava dele, e ele ainda abraçou meu ombro e me disse que eu não fazia o tipo dele – falo, nem me importando se eu odiava Beatrice nos últimos dois anos.

– Eu pensei que o cara gostava de mim, mas ele chega pra mim e diz “você pode me apresentar aquela garota?” – ela come mais chocolate.

– Jura? – falo – quem foi que disse isso?

– Um cliente da lanchonete, ele sempre vai lá com um grupo de amigos, bem que o Alex falou, eles são muito bobões! – ela fala, e fala mais.

– Alex? Que é esse?

– Um colega, trabalha na lanchonete comigo, é uma cara legal, mas vezes é chato pra caramba, – ela diz, a opinião dela sobre esse Alex parece a minha opinião sobre Dennis...

– E aí?

– Aí eu fiquei arrasada porque estava planejando dizer pro cara que eu gosto dele... Mas aí... – ela começa a chorar de novo.

– Não chora – vejo que também estou chorando... Ah, Gabriel porque me faz isso? E ainda é todo gentil! Mesmo tendo me dado um fora eu não consigo odiá-lo, ele foi tão legal que só me fez achá-lo mais incrível.

E a campainha toca. Beatrice vai atender, eu só começo a prestar atenção quando ela grita.

– Você não está autorizado a entrar aqui, seu traidorzinho!

Levanto e corro até a porta, Dennis está lá, mais confuso do que nunca.

– Mas o que eu... – ele tenta dize, mas a Beatrice raivosa está no seu pique mais alto.

– Silêncio! Quem você pensa que é pra dar um fora na Mei? Fazendo-a chorar e... fungar!

– Mas eu... – ele vai falar, mas eu puxo a mão dele e ele entra, e Beatrice fica chocada.

– Vai deixá-lo entrar? Ela acabou de te dar um chute! – ela diz.

– Não foi ele que me deu um fora – digo e ela se acalma.

– Não foi? Não gosta dele? – ela pergunta e eu balanço a cabeça – Jurava que vocês estavam juntos.

– Isso não vem ao caso – falo, e olho para Dennis que se recupera do susto.

– Desculpa, cara, não vou fazer isso de novo – Beatrice bate de leve no ombro dele, ela é bem mais baixa que Dennis.

– Tá bom – ele a olha estranho, depois se vira pra mim – O que aconteceu com você? Por que não foi pro shopping com o Gabriel como o combinado?

– Por que... Ah, nada.

– Não me diga que ficou com medo e estragou tudo – ele quase grita.

– Não fiquei, fiz tudo certinho!

– Fez o que, certinho? – Beatrice aparece comendo cereal, como se estivesse assistindo a um seriado.

– Nada – falo.

– Fala, você não pode negar que eu te ajudei – ele pisca.

– Ajudou porque quis – falo – Ninguém te pediu!

– Por que...?

– Tá bom! – grito – Eu conto!

– Ei, ei, ei! Temos vizinhos! – Beatrice fala e Dennis arqueia uma sobrancelha, – Não só você, a vizinha da frente tem problemas, são quase nove da noite e eu acabei de ter uma desilusão amorosa pelamordedeus, não façam barulho.

– Tá, foi assim... – conto toda a história, que Gabriel me abraçou pelo ombro, foi todo gentil, disse que eu não fazia o tipo dele e que achava que eu e Dennis tínhamos algo.

– Sabia! Eu não podia ser a única que pensava assim! – Beatrice comemora.

– Você disse que estava triste por causa da sua desilusão amorosa, vá chorar no quarto! – Digo.

– Eu achei um remédio melhor para corações partidos, falar sobre sua vida amorosa, Mei, é muito mais engraçado do que os filmes – ela fala rindo.

Reviro os olhos e olho para Dennis, que está branco como leite.

– Ele acha, que... que temos algo?

– Foi o que ele disse, e ainda me abraçou... – sento no sofá, triste.

– Não vai desistir, vai?

– Nem pensar! Ele diz que eu não faço o tipo dele, pois eu o farei!

A campainha toca, vou atender e um rapaz alto com os cabelos cor de fogo e olhos claros está lá... Ele é muito familiar... O irmão da Mandy?

– Oi, Bia está?

– Eu me lembro de você... É irmão da Amandha, né? – falo.

– Sim, é a Mei, certo? Bia me falou de você...

– Por que todo mundo te chama de Bia? – grito para Beatrice e ela levanta os ombros.

Ele entra, e pelo que eu fiquei sabendo ele é o tal Alex e também é o irmão da Mandy, tem vinte e três anos e faz faculdade de medicina... – todos querem ser médicos - ... e mesmo assim trabalha numa lanchonete (claro que a família dele é dona daquela lanchonete, mas isso não vem ao caso).

Alex disse que veio para animar Beatrice, sei não, hein...

– O que ele é da Bia? – Dennis me pergunta, quando nos escondemos enquanto Beatrice e Alex jogam algum jogo estranho.

– É um “amigo”, ela disse – falo fazendo aspas com os dedos, e quando olho Beatrice ganha o jogo e abraça o tal Alex e os dois caem no chão – Mas eu não acho que amigos façam isso.

– Também não... – ele só confirma.

– Que tipo de cara ajuda uma garota a não ficar mal depois de levar um fora se são só amigos? – falo, e rapidamente penso em Dennis, meu rosto fica vermelho e eu completo – Mas tem uma grande chance de eles serem só amigos sim.

– Também acho – ele está vermelho também.

– Eu não quero ficar aqui, vamos pra sua casa – falo. – Lá tem comida?

– Tem. – ele ri.

No apartamento dele ainda dava para ouvir os gritos e comemorações de Beatrice e Alex, mas era mais baixo, e Dennis ficou tirando sarro dizendo que até nos foras eu e Beatrice somos iguais.

– Sinceramente, pelo menos eu recebi uns quatro ou cinco abraços, você só fica babando na frente da Mandy e quase nem falou com o seu “cunhadinho” lá em casa – digo, comendo uma fatia de pizza.

– Se continuar assim ele vai ser o seu cunhado também – ele ri.

– E vamos fazer parte da mesma família – rio, mas depois paro pensando na besteira que eu disse. – Hum, o que aconteceu quando vocês foram na frente, falou com a Mandy?

– Não, mas eu falei com a Ellie e...

– Ellie? Por que ela? Eu não gosto dela, e acho que ela é a fim de você...

– Quem, Ellie? Nos conhecemos desde sempre, eu não faço o tipo dela e, acredite, ela não faz o meu tipo – ele fala... Todo esse negócio de fazer o tipo ou não, está me deixando com náusea. – Talvez eu fale com a “Mandy” amanhã – ele fala o apelidinho dela sem corar e fazendo aspas com a mão... Quem é você e o que fez com Dennis Sakai?

– Não chame ela de Mandy, só eu posso fazer isso – falo, achando melhor não perguntar por que ele não corou.

– Vai dormir aqui?

– Obviamente, já que minha mãe não me quer em casa, e minha irmã está gritando por causa de um jogo qualquer com o amigo, ou futuro namorado... e eu não tenho lugar melhor pra ir, acho que sim.

– Então tá – ele me leva pro quarto da Lynn, acho que esse quarto é mais meu do que dela já que eu sempre durmo aqui.

Quinta-feira/20 De Fevereiro

Acordo. Dolorida e com calor e frio ao mesmo tempo.

Abro um pouco mais os olhos e vejo que já são oito e cinco da manhã.

Levanto totalmente atordoada, minhas pernas não me aguentam e eu caio no chão, chego no quarto de Dennis e com muito esforço consigo pular em cima dele e fazê-lo acordar.

– O que é? – ele murmura.

– A escola! Escola! Já faltei demais, se faltar mais uma vez estou frita! – falo com uma voz rouca que nem parece a minha.

– Você sabe que a semana que você faltou era a semana da pausa para o carnaval não sabia? – ele fala, quase dormindo.

– Mas e os deveres que você disse que fez...

– Fiz os da sexta-feira! Você só faltou um ou dois dias, e o atestado que a Ai deu vale por hoje, agora dorme...

– Eu... – minha respiração está pifando, – acho que estou com febre.

E tudo escurece. Eu pifei de novo.

Quando acordo, Dennis está num canto abraçando as pernas e se balançando como se estivesse se escondendo de algum monstro.

– O que aconteceu? – sento e coço os olhos, me sentindo bem melhor.

– Hãn, – ele está muito vermelho, acho que ficou doente também – Não se lembra de nada? Nadinha?

– Eu estava dormindo, como posso me lembrar? – de repente, arregalo os olhos lembrando do sonho que tive – Por acaso um unicórnio alado veio do céu e me presenteou com um saco de jujubas sabor arco-íris?

– Não. – ele revira os olhos. – Quer dizer que não lembra de nada do que aconteceu nas últimas duas horas, certo?

– Certo – semicerro os olhos.

– Ah, ótimo. Vou pegar sua comida.

Ele traz uma tigela com miojo, ah, que ótimo, estou mesmo com fome.

Depois de comer, fico pensando no que pode ter acontecido enquanto eu dormia, eu estava sozinha, com Dennis... Ah, não pode ter acontecido nada demais, é só o Dennis.

Se eu conseguir me lembrar...

– Ah! Me conta o que aconteceu! – falo, indo para perto de Dennis, quando desisto de revirar minha mente para me lembrar do que aconteceu, eu não posso me lembrar já que estava dormindo.

– Contar? – ele cora. – Acho melhor não.

– Por acaso – engulo em seco para finalmente dizer – nos beijamos?

– Não! – ele quase pula.

– Ah, é que isso sempre acontece em dramas asiáticos... – falo, feliz – mas o que aconteceu?

– Hãn, acho que você está muito doente, durma... Quando acordar eu digo... – ele sai do quarto.

Se eu não o beijei enquanto dormia, o que pode ter deixado ele tão... atordoado...?

Não consigo dormir, por mais que eu queira, eu não consigo dormir... Quero saber o que aconteceu e isso fica batucando na minha cabeça que...

Ah, lá vem o sono chegando, finalmente vou conseguir dormir.

Estou dormindo? Ah, que maravilha, parece que todos os meus problemas acabaram, até que sinto uma brisa perto de mim.

– Eu também gosto de você, Anna...

Abro os olhos... Levanto da cama, Dennis não está lá... Suspiro aliviada, acho que foi tão real que pensei que Dennis tinha me dito aquilo de verdade... Acho que é a minha cabeça... Mas, afinal... foi só um sonho?


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Notas finais do capítulo

Fantasminhas queridas (ou queridos, nunca se sabe)...
Se manifestem, vamos fazer a Tia Ho feliz para que assim ela consiga postar mais... (falar na terceira pessoa sempre ajuda)
Bom, até o próximo... talvez demore, ou não... Eu sou muito imprevisível...



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