O caminho que as Selecionadas trajavam pelo Aeroporto parecia tranquilo, até porque, não se era ouvido uma voz se quer. Contudo, quando as portas se abriram a sua frente, uma multidão gritava o nome de cada uma, os guardas estavam expostos ficando separando a população do tapete vermelho que se estendia até os carros pretos que estavam estacionados em fileiras. No total eram 15 carros.

As garotas – algumas delas – começaram a andar acenando e mandando beijos para aqueles que gritavam seus nomes ou mandavam flores vermelhas. Christopher era mais um que sentado ao assistir em uma sala a chegada das Selecionadas a Illéa. Ele estava acompanhado com sua mãe, pai e irmã e alguns membros fiéis.

– É sempre bom ver como as Selecionadas reagem ao grande público – Silvia comentou arrumando os fios de cabelo que estavam caídos no seu rosto.

– Elas estão encantadoras – Christopher suspirou admirado e olhou para Amberly que estava em volta de seu braço – O que achou delas?

– Bem… Estão se saindo bem – Ela respondeu empinando o nariz com ciúmes.

– Não precisa ficar com ciúmes, elas nunca serão uma Princesa que me ameaça toda vez que não falo a famosa frase para entrar ao seu quarto – Todos dão risada enquanto Christopher apertava a garotinha contra seu peito.

Eles continuaram a prestar atenção em tudo o que a televisão mostrava. Ela focava em todas as Selecionadas, sendo que:

Anabeth Stan e Charlotte Tryn pareciam animadas e sempre que conseguiam assinavam a algum bloquinho de fã.

Melanie Stevens e Ariel lideravam a frente das meninas e recebiam flores que eram jogadas.

Sophie Watt e Grace Spring Heart pareciam umas fofas e gostavam de brincar com algumas crianças pequenas que estavam no local.

Lois Evangeline Lilly e Barbara Voncöuver mostravam seus sorrisos inocentes e acenavam com delicadeza uma do lado da outra.

– Olha aquela ali! – Amberly apontou quando apareceu Nicolina Forbes na tela da TV – Ela parece não estar gostando tanto das atitudes das outras.

– Sim… - America suspirou e olhou para Maxon que deu de ombros sem saber oque fazer em uma situação como essas.

– Precisa tomar cuidado com isso, viu Chris? – Amberly olhou para ele preocupada e ele sorriu para ela.

– Eu sei – Ele assentiu e voltou a assistir tentando desvendar oque cada uma poderia estar escondendo.

Os gritos da multidão eram como se estivessem usando microfones. As Selecionadas ficavam sempre prestando atenção e mandando beijos para todos eles. Algumas estranhavam, mas não era nada com que se preocupar, elas sabiam oque estava por vir quando preencheram a ficha para participar da Seleção.

Quando todas passavam pela multidão, duas delas entravam juntas em um só carro que iriam leva-las para o Palácio. A câmera focou como se estivesse em um helicóptero, quando o carro se movimentou e todos perceberam que depois, ninguém sairia do Palácio, ninguém poderia cumprimentar novamente as Selecionadas. Porque elas já estavam comprometidas em ser uma boa referência, não só para noiva do jovem Príncipe, mas para a coroa da Princesa e Herdeira de Illéa.

Muito longe dali, em uma cabana abandonada. Jefferson – um rebelde – prestava atenção na televisão vendo as Selecionadas, foi quando chegou Brutus.

– O que está fazendo?! Por acaso não tem o que fazer não? – Ele vociferou e o rebelde logo saiu de lá, quase correndo.

Brutus olhou para a televisão e viu quando a câmera focou no Palácio, e a metade da população esperava pelas as garotas em frente aos portões. Ele bufou e desligou a TV.

– Chame a Elina! – Ele ordenou para um guarda que estava perto dali e ele logo saiu. Depois de segundos, a loira apareceu com um sorriso. – Demorou, sabia?

– Calma – Ela se aproximou tocando em sua face velha – O que houve?

– Como está o andamento? – Brutus perguntou se afastando da loira.

– Bem… Em poucas semanas, já teremos nosso primeiro ataque! – Ela disse entusiasmada batendo palminhas e logo fez uma cara triste. – Só que… Temos um problema.

– E qual é esse problema? – Brutus ficou sério e cerrou os punhos.

– Os Fantasmas – Ela comentou neutra enquanto o homem a sua frente jogava uma cadeira para o lado brutalmente.

– Eles estão me atrapalhando cada vez mais! – Ele vociferou.

– Eu sei, eu sei. Por isso, temos ela – Elina sorriu vingativa e acenou para os guardas que abriram as portas. Demorou uns segundos, até dois guardas aparecerem em volta de uma garota algemada de cabelos morenos e olhos castanhos.

– Kiera – Brutus sorriu – Quanto tempo não? Como está Edward?

– Não lhe devo satisfações, Brutus – Ela retrucou cuspindo em sua cara.

– Você nunca aprende não é? – Ele fala lhe dando um tapa no rosto e deixando uma marca vermelha.

– Nunca aprendo? Acho que estou tendo minha arte de defesa, seu velho rabugento! – Ela tentou se soltar das algemas que a prendiam não demonstrando a dor que sentiu ao ter levado o tapa. Elina acenou novamente para os guardas e eles a retiraram de lá rapidamente.

– Perfeito – Brutus falou suspirando – E quanto a Edward?

– Deve estar enlouquecendo nesse momento – Elina sorriu e ligou novamente a TV vendo as Selecionadas saírem dos carros e entrarem para o Palácio – São tão graciosas, que chega a dar pena.

Brutus olhou para TV e arqueou a sobrancelha.

– Pois é. Elas mal sabem oque está por vir. – Brutus sorriu e puxou Elina pela cintura dando um beijo demorado em seu pescoço e depois pediu para que os guardas se retirassem.