Besame Mucho escrita por Renata Ferraz


Capítulo 7
Do paraíso ao inferno


Notas iniciais do capítulo

Boa tarde espero que gostem....



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Carlos Daniel: Ma se você não é a Paola, quem é você?

Paulina: Me chamo Paulina.

Carlos Daniel: eu sou o Carlos Daniel.

Paulina: Olha eu tenho que ir, minha amiga deve estar preocupada, se cuide.

Carlos Daniel nada disse apenas ficou observando a jovem se afastar e voltar para o restaurante.

01 mês depois

Pedro continuava lendo o diário de usa esposa. Débora por outro lado não sabia o que tinha acontecido ao seu diário, até que uma revelação fatal, foi a gota para Pedro tomar uma atitude e comunicar que ia sair de casa.

Pedro: Lucileide faça as minhas malas por favor.

Lucileide: Vai viajar senhor Pedro?

Pedro: Por favor não faça perguntas apenas faça as malas, vou resolver algumas coisas no escritório e mais tarde volto para buscar minhas coisas e conversar com sua patroa.

Lucileide: Sim senhor.

Pedro foi até o escritório e viu sua filha Paulina trabalhando tão dedicada, ele sentia orgulho cada vez que admirava a menina e enfim resolveu tomar coragem e a chamou para conversar.

Pedro: Paulina precisamos conversar.

Paulina: Sim, eu já vou até sua sala.

Pedro: Não, vamos no café ali da esquina, é um assunto sério.

Paulina o seguiu confusa. Depois que chegaram ao café Pedro pediu chá para os dois e algumas bolachas.

Paulina: Senhor Pedro, aconteceu alguma coisa?

Pedro: Eu tenho esperado por esse momento por toda a minha vida.

Paulina: Que momento, do que o senhor está falando?

Pedro: Paulina, eu vou ser direto com você.

Paulina olhava atentamente o homem a sua frente, sem nem fazer ideia do que poderia querer lhe dizer.

Pedro: Paulina, eu... eu sou... eu sou seu pai.

Paulina não conseguia acreditar no que acabara de escutar.

Paulina: Como?

Pedro: Eu achei a carta que sua mãe deixou, tem mais ou menos um mês, não sei porque mas aquele pedaço de papel despertou minha atenção, assim que comecei a ler, era como se eu escutasse a voz de sua mãe, minha amada Paula, meu coração se encheu de esperança, sempre quis encontra-la.

Paulina: O senhor? Não pode ser? Tudo o que eu sempre quis na minha vida foi ter um pai e agora o senhor vem aqui e diz sem mais nem menos que é meu pai, e todas as vezes que eu precisei e o senhor não estava?

Pedro: Perdoe-me minha criança, eu nunca soube que sua mãe estava grávida, ela nunca me contou.

Paulina: eu li na carta o senhor traiu minha mãe, eu sempre a culpei por não contar quem era meu pai, mas hoje eu percebo que ela só queria me proteger.

Pedro: Não faz isso comigo filha, eu tenho tanto para contar, por favor, eu só peço que me escute, se depois de tudo você quiser ir embora e nunca mais olhar na minha cara eu vou respeitar a sua decisão.

Paulina: Tudo bem, pode contar.

Pedro contou tudo para Paulina desde o dia em que viu Paula pela primeira vez, contou da traição e se retratou dizendo que tinha descoberto a armadilha que sua esposa o havia metido, falou da armação. Paulina o escutava com toda a atenção, e depois que Pedro havia contado tudo refletiu durante algum tempo e resolveu ouvir seu coração, os dois se abraçaram.

Pedro: Eu só espero que você não me despreze.

Paulina: Eu não vou despreza-lo, mas também não posso chama-lo de pai, eu não consigo, depois de tudo o que aconteceu, de tudo o que eu e mamãe passamos.

Pedro: Eu entendo minha querida. Não poderia pedir outra coisa.

Paulina: Talvez um dia as coisas possam ser diferentes.

Pedro: Será minha criança, eu vou sair de casa.

Paulina: não precisa fazer isso para provar nada para mim senhor Pedro.

Pedro: Me chame só de Pedro por favor, vou sair porque descobrir que o meu relacionamento de 25 anos foi fruto de uma armação. Minha vida tem sido uma teia de mentiras.

Os dois ficaram alguns instantes se encarando e por fim Pedro levantou-se decidido e deixou Paulina sozinha com seu pensamentos.

Pedro chegou em casa apressado para pegar suas coisas e encontrou Débora tomando um Martini encostada no corrimão da escada.

Débora: Lucileide disse que você vai viajar.

Pedro: Débora eu realmente preciso conversar com você, mas não agora, eu preciso ir.

Débora: Precisamos conversar sim Pedro, sei que você não vai viajar, você está me deixando e eu acho que tenho o direito de ter essa conversa.

Pedro: Não insista Débora.

Débora: Não insista você Pedro, precisamos conversar.

Pedro: Tudo bem, vamos ao meu escritório.

Débora e Pedro foram até o escritório.

Débora: O que tem para dizer Pedro?.

Pedro: como assim? Eu não tenho que dizer nada, você sabe muito bem. Eu descobri tudo Débora.

Débora: Tudo?

Pedro: Tudo, descobri que foi você quem me separou de Paula.

Débora: Então você andou lendo meu velho diário? Sim separei você da empregadinha, mas eu não fiz isso sozinha, sua mamãezinha esnobe me ajudou.

Pedro: ela também sabe das suas outras armações? Ela da sabe da sua maior mentira? Ela sabe da....

Débora: Chega, eu já entendi, você leu todo o meu diário e acha que isso me afeta?

Pedro: Sim, eu sei que te afeta. Você é um monstro Débora.

Débora: não querido, eu não sou um monstro só estava defendendo o que é meu.

Pedro: Eu também tenho um segredo Débora, eu achei eu encontrei minha filha.

Débora: Sua filha?

Pedro: Sim, a criança que Paula estava esperando quando você fez aquilo.

Débora: Então nesse caso eu não tenho muita escolha.

Débora sacou uma arma calibre 38 do bolso do casaco e apontou em direção a Pedro.

Pedro: O que significa isso Débora?

Débora: Eu não vou perder, tudo o que eu batalhei, tudo o que tive que sacrificar para chegar onde cheguei e não vai ser um velho idiota como você e nem uma bastarda que vai tirar isso de mim.

Pedro: Abaixa essa arma Débora, você está louca.

Débora: Me de meu diário, agora.

Pedro: está escondido e você nunca vai encontra-lo.

Débora: Nesse caso...

Débora apontou a arma em direção a cabeça de Pedro e atirou e depois com todo o cuidado colocou a arma na mão direita dele e deixou do escritório antes que os empregado aparecessem. Pegou o carro e saiu.


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