Besame Mucho escrita por Renata Ferraz


Capítulo 6
Obra do destino


Notas iniciais do capítulo

Gostaria de pedir desculpas pela demora...
Estava ocupada com muitos trabalhos na faculdade.
beijos espero que gostem...



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Paulina abriu a porta de deparou-se com Célia sorridente demais da conta.

Paulina: O que você está fazendo aqui a essa hora?

Célia: Que isso Paulina deixa de ser chata.

Paulina: Você andou bebendo?

Célia: Que isso amiga.

Paulina percebendo o estado da amiga deixou que ela entrasse e as duas conversaram um pouco e logo foram dormir.

No dia seguinte Paulina saiu para trabalhar e deixou Célia dormindo.

Assim que chegou ao trabalho encontrou Pedro lendo como sempre fazia, ela passou por ele deu um bom dia rotineiro e foi para sua sala. Pedro a observava com carinho e tentava encontrar traços de sua amada Paula na jovem a sua frente. Paulina estava tão distraída que nem percebeu que Pedro a observava.

Leda mais uma vez estava atrás de Carlos Daniel, ela não se conformava com o fim do curto relacionamento dos dois e sempre encontrava desculpas para esbarrar com ele.

Carlos Daniel por sua vez já estava achando as atitudes dela irritantes e infantis, mas não disse nada, apenas dava desculpas para ficar longe dela.

No trabalho Paulina fazia suas tarefas com muita concentração.

Pedro embora não tivesse coragem de contar, sabia que ela era sua filha, tanto que na noite anterior ligou para seu advogado e fez uma brusca mudança em seu testamento deixando 80% de seus bens para ela.

Como estava transtornado e nervoso com as recentes descobertas, resolveu ir para casa mais cedo.

Paulina foi até a sala de Pedro e viu que ele já tinha ido embora, mas o que chamou a atenção da moça, foi a carta encima da mesa dele, era a carta que ela havia perdido no dia anterior, sem pensar duas vezes ela pegou a carta e a guardou.

Assim que chegou em casa Pedro subiu para seu o quarto, sua esposa e sua filha não estavam, mas por descuido Debora havia deixado o seu diário encima da penteadeira, como Pedro nunca chegava cedo ela não podia imaginar que ele pudesse encontrar.

Por mera curiosidade ele começou a ler:

Querido diário,

Eu tenho me sentindo tão infeliz, eu sempre pensei que Pedro e eu seriamos felizes, mas não sei o que tem acontecido.

Mas de uma coisa eu não me arrependo, foi de ter separado ela da empregadinha, posso não estar bem, mas ela também não levou a melhor.

Nunca vou esquecer da cara dela no dia em que pegou eu e Pedro juntos, claro que não aconteceu nada, tudo não passou de um plano meu e da mãe de Pedro que também não suportava ver seu filho tendo um caso com a empregada, o Pedro é claro nem desconfia.

Pedro parou de ler no mesmo instante, não podia acreditar no que estava acontecendo, sempre havia se culpado por ter perdido Paula e acabara de descobrir que a verdadeira culpada era sua esposa. Ela ficou durante horas pensativo, até que voltou a si e escondeu o diário para terminar de ler em outra ocasião.

Já estava de noite e era sexta feira, Paulina não queria ir para casa, então foi com Célia até um restaurante bem aconchegante que Célia sempre indicava para ela.

As duas chegaram e sentaram em uma mesa no canto e trataram logo de pedir panquecas e suco de laranja para acompanhar.

Em uma mesa não muito distante estava Carlos Daniel com um amigo, ambos comemorando suas solteirices.

Até que começou a tocar uma música bem animada, Célia deu um berro dizendo que aquela era sua música e levantou estrondosamente chamando a atenção de todos.

Célia: Vem Paulina, vamos dançar?

Paulina: Eu dispenso, vai você.

Célia levantou-se e foi dançar, Carlos Daniel olhou em direção ao alvoroço e viu Paulina, na mesma hora ficou branco igual a um fantasma, porém no momento seguinte a raiva começou a domina-lo e sem pestanejar, levantou-se e foi em direção a Paulina que beliscava distraidamente uma panqueca de frango.

Carlos Daniel: Até que enfim te encontrei.

Paulina começou a olhar para trás para saber se era com ela mesmo e perguntou:

Paulina: Como assim? Eu nem te conheço.

Carlos Daniel: Que foi Paola, vai fingir que não me conhece também?

Paulina: Olha o senhor deve estar me confundindo.

Carlos Daniel: Isso não cola Paola. Precisamos conversar

Carlos Daniel pegou Paulina pelo braço e a puxou para fora do restaurante, Célia dançava tão distraidamente que nem percebeu.

Carlos Daniel levou Paulina em um beco próximo ao restaurante, Paulina estava apavorada acreditando tratar-se de um tarado estuprador.

Paulina: Eu acho bom o senhor me soltar, senão eu vou chamar a policia.

Carlos Daniel: Eu só quero que você me responda uma coisa. Porque você fez aquilo comigo?

Paulina: Senhor eu não sei do que está falando, eu não o conheço.

Carlos Daniel: CHEGA PAOLA, CHEGA DESSE TEATRO, SÓ ESTAMOS NÓS DOiS AQUI, AGORA VOCÊ PODE DIZER O QUE ACONTECEU.

Paulina ficou olhando espantada para o jovem a sua frente e esse nome Paola começou a lhe trazer recordações e lembrou-se do jovem no hospital um ano antes.

Paulina: Não é a primeira vez que me confundem com essa tal de Paola.

Carlos Daniel: Como assim?

Paulina: quando eu era enfermeira um paciente me chamou de Paola.

Carlos Daniel ficou estagnado olhando a jovem a sua frente.

Carlos Daniel: Eu tento esquecer esse dia todos os dias de minha vida.

Paulina: era você?

Carlos Daniel: Sim, era o dia do meu casamento.

Paulina viu o grande homem a sua frente ruir e começar a chorar feito uma criança, ela estava com medo da forma como ele a havia abordado, mas ao mesmo tempo não conseguia sair de perto.

Paulina: Sinto muito.

Carlos Daniel: Ma se você não é a Paola, quem é você?

Paulina: Me chamo Paulina.

Carlos Daniel: eu sou o Carlos Daniel.

Paulina: Olha eu tenho que ir, minha amiga deve estar preocupada, se cuide.

Carlos Daniel nada disse apenas ficou observando a jovem se afastar e voltar para o restaurante.


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