Besame Mucho escrita por Renata Ferraz


Capítulo 2
Acidente inesperado


Notas iniciais do capítulo

Gostaria de agradecer aos comentários e espero que gostem e continuem comentando.



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Carlos Daniel começou a dirigir sem rumo, tudo fazia com que ele se lembrasse dela, até o carro dele trazia lembranças dela, a todo instante a doce sorriso de sua amada vinha em sua mente, sem pensar muito parou em um bar e pediu uma garrafa de vodca, sentou-se em uma mesa num canto e escuro e afastado, encheu o pequeno copo e brindou a si mesmo.

Carlos Daniel: Um brinde a mim, por ser a piada do ano.

E ali ficou bebendo, só levantou-se quando a garrafa já estava vazia e pediu outra, mesmo relutante o dono do bar entregou a garrafa ao jovem desesperado á sua frente. Carlos Daniel voltou para sua mesa escondida e continuou bebendo enquanto lágrimas de tristeza, pesar e revolta rolavam por sua face, seu celular não parava de tocar, mas isso não o importava, nem sequer se dava ao trabalho para ver quem estava ligando.

Na casa dos Bracho Rodrigo preocupado tentava ligar para Carlos Daniel sem sucesso.

Rodrigo: Estou ligando há quase duas horas, mas ele não me atende, estou preocupado com meu irmão.

Willy: Calma Rodrigo vamos procurá-lo juntos e as mulheres ficam aqui caso ele chegue e também fazendo companhia para a vovó Piedade.

Rodrigo: Tudo bem Willy, vamos.

Os dois saíram para procurar Carlos Daniel enquanto vovó Piedade estava contando uma história para Lizete, uma de suas famosas histórias da juventude, enquanto Patricia e Estephany estava preocupadas na sala prostadas ao lado do telefone.

As empregadas estavam com o trabalho dobrado, já que tiveram que limpar toda a sujeira e a bagunça do casamento que não aconteceu, resolveram que iriam guardar o bolo e os doces para distribuir depois para os demais funcionários.

Depois de terminar a segunda garrafa, Carlos Daniel não sabia nem quem era, estava completamente fora da realidade, foi cambaleando até o balcão, pagou a conta e foi embora sem levar o troco, chegando na calçada entrou em seu carro e desatou a chorar, chorava que nem um bebê, ligou o rádio, virou a chave e pisou fundo no acelerador.

Carlos Daniel: Sua desgraçada, como você pôde fazer isso comigo?

Rodrigo e Willy procuravam por ele sem nenhum sucesso, estavam preocupados.

Rodrigo: Só espero que meu irmão consiga se recuperar logo desse baque.

Willy: Difícil, ele é doido pela Paola, não sei se vai passar tão rápido.

Rodrigo: Só nos resta ajudá-lo e dar apoio.

Carlos Daniel continuava acelerando cada vez mais, até que passou direto por um semáforo vermelho, quando pisou no freio era tarde demais, chocou na traseira de um ônibus.

Muitos curiosos começavam a rodear o local, a frente do carro estava completamente destruída e Carlos Daniel estava desacordado, os passageiros e o motorista do ônibus assustados desceram para ver o que tinha acontecido, um senhor aparentando uns quarenta anos que observava tudo ligou para chamar a ambulância.

Depois de uns vinte minutos de espera a ambulância chegou, Carlos Daniel chegou ao hospital ainda desacordado, uma das atendentes ligou para a casa dos Bracho depois que achou a carteira com o telefone em um pequeno cartão dobrado atrás do RG de Carlos Daniel.

Estephany: O telefone está tocando.

Lalinha: Casa da família Bracho? Só um momento.

Patricia pegou o telefone das mãos de Lalinha.

Patricia: Alô?

Atendente Rosa: Alô, aqui é do hospital central, o senhor Carlos Daniel Bracho sofreu um acidente de carro e foi trazido para cá.

Patricia ficou pálida com a noticia, Estephany preocupada começou a ligar para o celular do Willy.

Assim que desligou o telefone Patricia sentia como se sua perna estivesse bamba.

Estephany: O que aconteceu Patricia?

Patricia: Carlos Daniel sofreu um acidente.

Estephany: Meu Deus e agora? Eu não estou conseguindo ligar para o Willy e nem para o Rodrigo.

Patricia:Não podemos esperá-los, vamos no meu carro.

Estephany: E a vovó Piedade?

Patricia: Deixe ela cuidando de Lizete e vamos, não podemos deixá-la preocupada agora.

Estephany: Você tem razão.

As duas seguiram em direção ao hospital.

Numa pequena sala dentro do hospital duas enfermeiras conversavam distraidamente.

Enfermeira 1: Ainda bem que hoje é meu último dia aqui e vou entrar de férias.

Enfermeira 2: Sim amiga, aproveite bastante, aproveite por mim, vai viajar para algum lugar?

Enfermeira 1: Na verdade vou cuidar da minha mudança, coloquei a casa da minha mãe a venda e espero vir para a capital de vez.

Enfermeira 2: Boa sorte, você merece.

Enfermeira 1: Obrigada.

Nesse momento a chefe das enfermeiras entrou na salinha e chamou a atenção das duas.

Chefe das enfermeiras: O que as duas molengas estão fazendo aqui? Acabou de chegar um jovem que sofreu um acidente de carro e preciso de alguém para fazer o curativo.

Enfermeira 1: Tudo bem Bianca eu vou, já que é meu último dia, vou fechar com chave de ouro.

A enfermeira estava no quarto de Carlos Daniel, já tinham feito o raio x e uma tomografia e os exames tinham dado normais, ele tinha um corte na testa, a enfermeira pegou o álcool 70, algodão e tudo o que precisava para fazer o curativo, Carlos Daniel abriu os olhos e começou a perguntar onde estava, mesmo de costa a enfermeira cheia de boa vontade respondeu.

Enfermeira 1: O senhor sofreu um acidente de carro e está no hospital central, agora deixa eu fazer o curativo.

Quando se virou com o remédio, Carlos Daniel soltou um ganido de pavor e desespero como se tivesse acabado de ver um fantasma.

Enfermeira 1: Algum problema senhor?


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