Era uma típica manhã de sábado, menos na casa do Bracho, pois era o dia do casamento de Carlos Daniel Bracho, jovem advogado, estava feliz tinha tudo o que um homem poderia querer, era jovem, tinha seu próprio escritório, muitos clientes, se dava bem com seus irmãos, era rico e acima de tudo ia se casar com uma linda mulher, a mulher que o havia conquistado desde o dia em que entrara na faculdade, passou quase um ano tentando conquistá-la e quando enfim conseguiu ele teve a certeza que era a mulher de sua vida. Por sua vez Paola era jovem, bela e fascinante eu diria, era aluna do curso de veterinária, mas largou o curso no terceiro período alegando que não era isso o que queria, na verdade Paola não queria estudar, estava fazendo por imposição de seu pai, então ela via em Carlos Daniel um refugio para sair de casa e por este motivo resolveu aceitar as cantadas do jovem galanteador , estavam namorando há quatro anos e Carlos Daniel a havia pedido em casamento e em menos de seis meses estava tudo preparado, Carlos Daniel comprou uma linda casa, ele dizia que era seu castelo e que Paola era sua rainha.

Toda a mansão Bracho estava enfeitada com rosas vermelhas para o casamento, Rodrigo e Patricia seriam os padrinhos de Carlos Daniel e Estephany e Willy os padrinhos de Paola, mesmo com a insistência do senhor Paulo Montaner , Carlos Daniel insistiu que o casamento seria na mansão Bracho igual havia sido o casamento de seus pais, sua sobrinha Lizete, filha de Estephany e Willy seria a dama de honra e a vovó Piedade não conseguia se conter de tanta felicidade, a única que parecia não estar tão contente assim era Paola.

Enquanto se arrumava Carlos Daniel se lembrava dos momentos que os dois tiveram juntos, do dia em que juntos mataram aula para irem assistir um jogo de futebol, ou quando foram a festa a fantasia ele de Batman e Paola de mulher gato, dos planos de envelhecerem juntos, dos filhos que falavam que teriam e dos beijos ardentes que elevavam o jovem apaixonado até as estrelas, o perfume dela já estava impregnado em sua memória e isso o deixava extasiado, nem conseguia acreditar que em menos de 3 horas estaria casado com o amor de sua vida.

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Paola se arrumava em outro quarto, estava deslumbrante com um vestido tomara que caia cor de champanhe todo trabalhado em perolas, uma tiara com rubis e os cabelos soltos, mas seu semblante demonstrava uma pessoa insegura e triste com seu fututo, sua mãe a observava.

Glória Montaner: O que foi filha?

Paola: Nada mãe.

Glória: tem certeza que você está fazendo a coisa certa?

Paola: Sim mãe, não é que vocês sempre quiseram que eu me casasse e tivesse uma família linda e feliz?

Glória: Minha menina tão crescida, você será muito feliz, minha criança.

Glória saiu e deixou Paola terminando de ajeitar o vestido.

Paola: Sim mamãe, serei muito feliz (derramando uma lagrima).

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Todos os convidados estavam chegando, Carlos Daniel estava impaciente olhando o relógio de cinco em cinco minutos, era uma linda tarde ensolarada, o jardim repleto de flores e rosas vermelhas em grandes jarros davam requinte e suavidade em todo o lugar, o padre já estava no altar só esperando para dar a benção ao jovem casal, vovó Piedade estava ao lado do neto risonha e descontraída, Rodrigo, patrícia, Willy e Estephany também esperavam o grande momento, Lizete estava linda com um vestido rodado branco com grande laço vermelho atrás, as horas se passavam lentamente e Carlos Daniel já visualizava o momento do "sim" como o mais tênue e importante de sua vida.

Duas horas depois e nada do casamento começar, todos esperavam ansiosos pela noiva, já estava começando a anoitecer , quando Glória apareceu branca que nem um papel dizendo que Paola havia desaparecido, Carlos Daniel não podia acreditar no que tinha acabado de ouvir e foi até o quarto de sua amada, precisava ver com os próprios olhos se era verdade, quando chegou ao quarto de Paola encontrou o vestido de noiva dobrado encima da cama, com a tiara de rubis encima e uma carta ao lado da tiara.

A carta dizia:

Querido Carlos Daniel

Peço que um dia você possa me perdoar pelo que estou fazendo, mas pelo menos uma vez na vida eu tenho que pensar em mim, não posso viver a vida que os outros querem para mim, nunca idealizei um casamento esse era o sonho de meus pais, não o meu, alias como tudo o que tenho feito tem sido por vontade deles, inclusive a faculdade, mas agora será diferente, estou indo para longe de tudo e todos quero viver a minha vida da forma que sempre planejei, quero ser como uma planta ao vento, quero ser livre para ir onde quiser com quem eu quiser, sempre me lembrarei de você com carinho e guardarei os bons momentos.

Até um dia.

Paola Montaner.

Carlos Daniel leu a carta várias vezes e não podia acreditar no que estava acontecendo, depois de quase uma hora, Rodrigo veio conversar com ele, dizendo que os convidados ainda estavam lá embaixo esperando. Carlos Daniel entrou em seu carro começou a dirigir em círculos pelo jardim dizendo:

Carlos Daniel: O show acabou, vão todos embora agora.

Depois de dizer isso saiu de carro que nem um doido deixando todos preocupados.