Besame Mucho escrita por Renata Ferraz


Capítulo 16
Mudando os rumos


Notas iniciais do capítulo

Oi gente, desculpe a demora, espero que gostem.



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Assim que pegou o embrulho no cofre Paulina saiu do banco e foi até seu apartamento, quando chegou em casa sentou-se no sofá e abriu o pequeno embrulho. Era um diário Paulina começou a lê-lo como se sua real existência dependesse disso, era o diário de Debora, no dia em que Pedro morreu um pouco mais cedo ele guardou o diário no cofre e ligou para o advogado.

Quanto mais Paulina lia, mas seu semblante entristecia, afinal estava lendo o quanto Debora tinha prejudicado sua mãe, com armações e intrigas, até que chegou em uma página que chamou tanto a sua atenção que ela teve que ler, reler e ler mais uma vez em voz alta.

Hoje o dia não está legal, descobri que a empregadinha está gravida, tenho que fazer algo a respeito, ela caiu no plano, saiu daqui chorando achando que eu e Pedro estávamos juntos, coitada, Pedro estava dopado, é claro que me aproveitei da situação, mas sei que isso não vai separa-los ainda mais sabendo que ela está gravida, por isso tenho meus meios, vou dar um filho para Pedro.

Um mês depois:

Sei que fiquei muito tempo sem escrever, minha mente estava um turbilhão, mas enfim as coisas estão se ajeitando, consegui engravidar, hoje vou contar para o Pedro e tenho certeza que depois disso nos casaremos, claro que o filho não é dele, nunca aconteceu nada entre nós, mas de qualquer forma vou conseguir tudo e quanto a empregadinha eu nunca mais a vi.

Paulina: Então é por isso que o exame de DNA deu que Leda e eu não somos irmãs, ela não é filha do Pedro.

No mesmo instante Paulina ligou para Carlos Daniel e disse que precisavam conversar, vinte minutos depois Carlos Daniel apareceu no apartamento de Paulina com um buque de rosas.

Carlos Daniel: Eu queria te dar lírios, mas não tinha.

Paulina: não tem problema, as rosas são lindas, eu vou coloca-las em um jarro para não murchar.

Enquanto Paulina ia até a cozinha com o buque nas mãos, Carlos Daniel ficava admirando-a.

Paulina voltou com um jarro e as flores dentro e colocou-o encima da mesa e sentou-se no sofá ao lado de Carlos Daniel.

Paulina: Precisamos conversar, algo muito importante aconteceu.

Carlos Daniel: O que foi?

Paulina: Leia isto. (Entregando o diário aberto na página que tanto chamou sua atenção).

Carlos Daniel leu e também ficou estupefato.

Carlos Daniel: Temos que pedir a exumação do corpo de seu pai, só esse diário não vai provar nada, ele será apenas a justificativa de um novo exame de DNA.

Paulina: eu não queria passar por nada disso, não quero ficar rica, mas por outro lado a Leda sempre tentou me humilhar me chamava de bastarda.

Carlos Daniel: Vai dar tudo certo.

Paulina: e o seu filho como está?

Carlo Daniel: Não sabemos ainda se é meu filho, mas de qualquer forma eu o deixei em casa com a babá. Paola é mesmo uma irresponsável, some e deixa o próprio filho.

Paulina: Esse sumiço dela está muito estranho, para quem voltou querendo se redimir como você me contou, porque ela sumiria de repente e abandonaria o próprio filho.

Carlos Daniel: estamos falando da Paola. Ela me abandonou no altar e fugiu.

Paulina: Mesmo assim...

Carlos Daniel:Não vamos falar da Paola, vamos falar sobre nós dois.

Paulina: Carlos Daniel, ainda é muito cedo para termos essa conversa, eu preciso desse tempo.

Carlos Daniel: é uma tortura, estar perto de você e não poder toca-la.

Paulina: Eu também sinto sua falta, mas você me magoou muito.

Carlos Daniel: O que posso fazer para me redimir?

Paulina: respeitar minha decisão, você sempre agiu por impulso e eu não quero isso para minha vida, eu quero estar com alguém em que eu possa contar qualquer coisa independente do humor, das frustrações, eu preciso de alguém que não desconte em mim tudo o que o tem afligido.

Carlos Daniel: Você está certa, já disse que faço qualquer coisa por você, eu vou mudar, prometo que nunca mais vou descontar em você os meu problemas.

Paulina: está ficando tarde, acho melhor você ir embora. Quer levar o diário?

Carlos Daniel: Tudo bem, nos vemos amanhã, assim que eu tiver uma resposta eu te ligo.

Em uma vila pobre uma senhora muito humilde saia para vender laranjas e ao seu lado uma jovem muito bonita seguia seus passos, a jovem aparentava estar desorientada.

Luiza: Tem certeza que você não se lembra de nada, mocinha? Quando eu a vi no hospital sabia que tinha que cuidar de você, sabe eu perdi minha filha em um acidente vai fazer um ano e desde então eu tenho estado só, e nesses dias em que você está comigo sinto como se eu estivesse com ela outra vez, eu quero te ajudar, mas não sei de onde você é.

Paola: eu também não me lembro, só sei que estou muito feliz em estar aqui com a senhora, provavelmente estão procurando por mim, logo minha família aparecerá.

Luiza: é estranho eu te chamo de Lurdinha, mas nem sei seu verdadeiro nome.

Paola: Para você é Lurdinha, agora vamos que essas laranjas não serão vendidas se ficarmos conversando.

Paola/Lurdinha e Luiza foram até a feira e conseguiram vender os dois carrinhos de laranja que puxavam e depois juntas foram para casa, fizeram almoço e enquanto comiam faziam planos para o futuro.

Leda estava na Itália, queria voltar mas temia que Paulina tivesse ido até a polícia, então resolveu ficar mais um tempo, sabia que sua mãe daria uma jeito em tudo enquanto estivesse fora. Faltava pouco para a última audiência e estava esperançosa com a vitória.

No dia seguinte Carlos Daniel levou o diário até a defensoria e junto ao advogado de Leda e Debora e o juiz fizeram uma reunião na qual foi permitida a exumação do corpo de Pedro, assim que o advogado ligou e contou para Debora, está ficou furiosa e no mesmo instante ligou para Leda.

Debora: Você tem que voltar.

Leda: Sabe que não posso.

Debora: Posso te assegurar ninguém te denunciou, não sei o que essa Paulina está tramando, mas até agora não falou nada a respeito do sequestro, o problema é outro.

Leda: O que foi mãe, está me assustando.

Debora: a justiça determinou que o exame de DNA será repetido, irão fazer a exumação.

Leda: Não tem problema, o exame deu negativo uma vez e dará outra, a Paulina não é minha irmã.

Debora: Isso é verdade, vocês não são irmãs.

Leda: então pronto mãe.

Debora: você não está me entendendo.

Leda: O que foi? Está me deixando preocupada.

Debora: Vocês não são irmãs, porque o seu pai não é o Pedro.


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