Sem pensar duas vezes Carlos Daniel se aproxima golpeia Willy com um soco, este tenta se defender e acaba apanhando mais, Paulina tenta apartar a briga, mas não consegue, assustada ela corre para dentro de casa e se tranca em seu quarto e começa a chorar.

Carlos Daniel: O QUE VOCÊ ACHA QUE ESTÁ FAZENDO?

Willy: O que foi Carlos Daniel? Está indeciso? Pois fique sabendo que você não vai ficar com nenhuma das duas.

Carlos Daniel: SAI DAQUI ANTES QUE EU TE MATE.

Willy foi embora com bastante sangue no nariz e nos lábios, porém era possível ver um sorriso debochado em sua face.

Carlos Daniel resolveu conversar com Paulina.

Carlos Daniel: Paulina, abre a porta.

Paulina: Vai embora.

Carlos Daniel: PORQUE VOCÊ ESTAVA GOSTANDO? QUE IR CORRENDO PARA OS BRAÇOS DELE?

Paulina abriu a porta e deu uma bofetada em Carlos Daniel.

Carlos Daniel: Desculpe, eu estava fora de mim.

Paulina: Esse é o seu problema, acha que pode tratar as pessoas dessa forma porque teve um dia ruim, olha eu estou indo embora.

Carlos Daniel: Não, por favor, precisamos conversar.

Paulina: não temos nada para conversar, eu vou para minha casa, não quero passar a minha vida com um grosso feito você.

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Depois de umas duas horas Paulina saiu de casa com uma pequena mala e um taxi já a esperava do lado de fora.

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Paola estava fraca e aflita, além de não estar se alimentando direito, sentia falta de seu filho e de Carlos Daniel também, ela chorava dia e noite esperando o momento em que o tormento acabasse.

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Paulina enfim chegou em sua casa, ela largou a mala encima da cama e chorou o dia inteiro, o telefone tocou umas dez vezes e depois a campainha e ela nem se levantou para atender.

Três dias se passaram sem que Paulina saísse de casa, sem que se alimentasse direito, Carlos Daniel ligava a cada trinta minutos e nada dela atender ao telefone.

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Paola aproveitou uma distração de um dos capangas de Leda e conseguiu fugir, sem ter para onde ir acabou adentrando na floresta próxima ao cativeiro com o intuito de esconder-se. Porém ela escorregou e bateu com a cabeça e ficou desacordada. Algum tempo depois ela recobrou os sentidos e saiu andando em direção a um vilarejo próximo.

Leda estava inconformada, como “Paulina” tinha conseguido fugir, temendo que fosse denunciada, arrumou uma pequena mala e pegou um vôo para Paris onde ficaria até as coisas se acalmarem.

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Assim que chegou ao vilarejo Paola estava fraca demais e desmaiou, os habitantes a socorreram e a levaram até o hospital, depois de algum tempo no soro Paola já se sentia melhor e estava lúcida, porém não conseguia se lembrar de nada.

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Doutor Ricardo: o que aconteceu com a senhorita?

Paola: Eu não me lembro.

Doutor: Qual o seu nome?

Paola: Desculpe mas, eu não consigo lembrar de nada.

Doutor: Tudo bem agora descanse você está fraca e tem que se recuperar logo.

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Carlos Daniel não sabia mais o que fazer para Paulina aceitar conversar com ele, então resolveu como ultima esperança fazer uma surpresa, faria uma serenata para sua amada, contratou alguns músicos, de noite começaram a tocar embaixo da janela de Paulina, esta sem entender o barulho e a confusão foi atender e deparou-se com Carlos Daniel e dois homens tocando violão.

Além da amizade

( canção que Carlos Daniel tocou na serenata para sua amada)

Esperar sem tentar,
Só Deus sabe tanto disse pelo olhar
Esperar não vai adiantar,
Só você não sabe não consegue
Enxergar.
O medo vem e sufoca a verdade,
Guarda um segredo
Pinta tudo sem cor,
Do que vale a coragem se todo corajoso
Foi vencido pelo amor.

Refrão:
Como posso esconder, o que sinto por você vai.
Muito alem da amizade.

Os sábios pintaram um anjo menino,
Acreditando que não há amor
Que venha ser velho,
Mas a lição em forma de cupido,
Mostrou aos sábios que o amor é um mistério.

O medo vem e sufoca a verdade,
Guarda um segredo
Pinta tudo sem cor,
Do que vale a coragem se todo corajoso
Foi vencido pelo amor.

Banda Vértice.

https://www.youtube.com/watch?v=Ws4_slTtAJk

Assim que a canção terminou, Paulina abriu a porta para que Carlos Daniel pudesse entrar.

Carlos Daniel: Eu estou aqui para te pedir perdão, estou disposto a mudar por você, juro que não serei mais tão impulsivo, eu faço qualquer coisa para ter você de volta.

Paulina: não sei o que dizer, suas palavras me magoaram muito. Você nem ao menos me deixou falar, você me acusou sem saber o meu lado da história. Carlos Daniel eu te amo muito, mas não sei se estou pronta para te perdoar e voltar atrás, espero que você me entenda, sua ex-noiva que por sinal é minha irmã gêmea, apareceu na noite do nosso jantar de noivado trouxe um menino alegando ser seu filho, ela sumiu e deixou a criança conosco, a Leda conta uma historia doida sobre a Paola e você não só acredita, como torna isso uma verdade absoluta maltratando qualquer um que quisesse dar o beneficio da duvida para Paola. E se não bastasse, seu cunhado tenta me atacar e você age que nem um animal e ainda por cima me ofende. Olha Carlos Daniel, eu já tenho problemas demais, tenho que provar para o júri que eu sou filha de uma pessoa que mal conheci, enquanto tem duas pessoas achando que eu sou uma golpista por herdado uma coisa que nunca fiz questão. Enfim minha vida está um turbilhão e eu não preciso de mais confusão.

Carlos Daniel: Mas nós não podemos nem tentar?

Paulina: A única coisa que posso te prometer nesse momento é que continuarei sendo sua cliente, mês que vem terá uma audiência e para completar o resultado do exame de DNA deu que negativo, eu não sou irmã da Leda.

Carlos Daniel: Desculpe, eu estava tão cheio com os meus problemas, nós vamos dar um jeito. Me prometa que depois que acabar a audiência, voltaremos a conversar?

Paulina: Sim, conversaremos, mas eu preciso ver uma mudança em você, eu preciso confiar novamente no nosso relacionamento.

Carlos Daniel: Vou fazer de tudo para ter o teu perdão.

Carlos Daniel deu um beijo na testa de Paulina e saiu.

–

UM MÊS DEPOIS.

Era dia da audiência, Paulina e Carlos Daniel estranharam o fato de só Debora estar presente.

Debora: Minha filha teve que fazer uma viajem a negócios e eu estou aqui para representa-la.

A audiência começou, o advogado de Debora mostrou o resultado de DNA ao juiz, alegando que Paulina não era filha de Pedro e Carlos Daniel resolveu recorrer, pedindo a exumação do corpo, após o pedido um tumulto começou a tomar conta da audiência e o juiz pediu um recesso de 15 minutos.

Depois desse tempo quando voltaram, o pedido de Carlos Daniel foi negado, pois teria que ser apresentado um motivo para uma exumação, uma vez que o exame de DNA foi realizado e sem nenhum problema. Com isso Carlos Daniel pediu um novo período para correr atrás dos recursos e motivos cabíveis, assim a audiência foi adiada para daqui a dois meses.

Saindo de lá Paulina sentia-se arrasada, não fazia questão do dinheiro, queria sua honra, pois sua mãe não mentiria sobre algo tão sério e até Pedro a tinha reconhecido como filha, ela tinha que arrumar alguma forma de provar que de fato era filha de Pedro, mas o que fazer?

Foi então que Paulina se lembrou do dia da leitura do testamento.

Flashback da leitura do testamento:

Débora e Leda saíram batendo a porta, quando Paulina ia se retirar o advogado a chamou.

Advogado: Senhorita Martinez, espero um momento.

Paulina: Pois não?

Advogado: Eu não vou pegar esse caso, então aconselho a senhorita a contratar um advogado, conhece algum advogado de confiança?

Paulina: Não.

Advogado: Então eu vou indicar um, ele foi meu aluno, é um ótimo advogado, e outra coisa, seu pai pediu para entregar isso em sigilo.

Era uma pequena chave prateada, com um chaveiro pequeno escrito 424.

Paulina: Obrigada, mas o que é isso?

Advogado: é a chave de um cofre, ele disse para você abrir, só em ultimo caso, pois o que contem la dentro, vai te transformar para sempre, mas se você estiver no sufoco, vai te salvar.

–

Sem pensar duas vezes Paulina foi até o cofre.