Besame Mucho escrita por Renata Ferraz
Notas iniciais do capítulo
Bom dia, bem peço desculpas pelo tempo extremamente longo sem postar, mas eu estava muito ocupada com meu TCC ( nossa como dá trabalho), e um mês depois da minha formatura minha cadela fez xixi no meu notebook :( .
Fiquei só com o celular e também juntou ao fato que depois do TCC eu queria um descanso, estava esgotada.
Espero que gostem do regresso da Fic e tentarei não demorar tanto para postar o próximo capítulo.
Leda: Como assim mãe? O que você está insinuando?
Debora: Não estou insinuando nada, é a mais pura verdade. Mas não dá para falar um assunto tão delicado por telefone, pegue o primeiro vôo, precisamos conversar.
Leda: tudo bem, mas eu quero saber que história é essa.
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Para provar a Paulina que está disposto a mudar, Carlos Daniel resolveu fazer um piquenique com Danielzinho e chamou Paulina para acompanhar e como esta era apaixonada pelo sobrinho, aceitou.
A criança não entendia nada dos problemas dos adultos, via em Paulina sua mãe e ficava a todo instante subindo em seu colo.
Foi um dia agradável, os três sentaram-se no gramado como uma verdadeira família e degustaram de frutas, sucos e sanduíches e depois brincaram de bola, cabra cega e esconde-esconde. Paulina percebia que Carlos Daniel era um ótimo pai por trás de seu jeito rude e desconfiado de ser. O próprio Carlos Daniel se convencia a cada dia que o menino era seu filho e mesmo que o resultado do DNA mostrasse o contrario, seu amor pelo menino era grande o suficiente para considerá-lo seu filho independente das circunstancias.
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Paola/Lurdinha estava com sua nova amiga Luiza, estavam voltando para casa quando uma criança pequena que aparentava ter um ano e alguns meses, soltou a mão da mãe e saiu correndo para o meio da rua e uma moto se aproximava. No mesmo instante Paola/Lurdinha, correu para salvar o menino e a moto a arremessou, fazendo-a cair e machucar a perna.
Na mesma hora levaram a jovem ao hospital, a mãe da criança estava tão assustada e ao mesmo tempo tão agradecida que foi junto ao hospital para tentar ajudar em alguma coisa.
No hospital.
Luiza: Como ela está?
Enfermeira: ela está bem, só machucou a perna e está com um hematoma nas costas. A pancada foi leve.
Luiza: Graças a Deus. Posso vê-la?
Enfermeira: A senhora é parente dela?
Luiza: Na verdade, nem ela sabe quem é. Essa menina apareceu a pouco tempo aqui ferida e desamparada, eu estou cuidando dela desde então.
Enfermeira: tudo bem, como não foi nada grave, vou liberar sua entrada.
Mãe da criança: Eu gostaria e entrar também, quero agradecer, por ela ter salvado a vida do meu filho.
A enfermeira estava confusa com a situação, deixar duas estranhas entrar no quarto de uma pessoa acidentada era algo incomum, mas nesse instante o médico responsável estava passando e acenou para que a enfermeira liberasse as duas.
Assim que entraram no quarto, a mãe da criança abraçou Lurdinha/Paola e disse:
Mãe da criança: Não tenho como agradecer, espero que você volte logo para seu filho.
Lurdinha/Paola: Filho? Como assim? Você me conhece?
Mãe da criança: Não te conheço, mas uma mãe reconhece a outra. O jeito como você se atirou na frente da moto para salvar meu filho, só quem é mãe tem esse instinto tão protetor.
Lurdinha/Paola nada disse ficou apenas refletindo que em algum lugar ela tinha uma família que esperava pela sua volta. Tinha um filho, quem sabe um marido e começou a se dar conta do quanto queria se lembrar.
Os dias passavam e Lurdinha/Paola, logo se recuperou das escoriações sofridas no acidente, mas seu semblante era sempre triste e pensativo, depois da revelação de que talvez tivesse um filho, todas as noites, sonhava com um lindo menino correndo por uma casa branca de janelas azuis chamando-a para brincar e todas as vezes que ela ia pegar o menino nos braços. Vinha a imagem de Leda dizendo: “o meu dinheiro vou conseguir de volta na justiça, sua bastarda, é pela petulância de querer ficar com meu homem”. E Lurdinha/Paola acordava gritando.
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No dia seguinte Leda chegou de viagem, Débora a estava esperando ansiosa.
Débora: que bom que você voltou minha filha.
Leda: Chega de enrolação mamãe, que historia é essa de eu não ser filha do meu pai?
Débora: vou te contar tudo o que aconteceu.
Leda: Estou esperando.
Débora: Sente-se. Quando eu tinha quinze anos, meus pais se mudaram da Itália para cá. A casa era no mesmo condomínio da família de Pedro. Assim que nos conhecemos, começamos a namorar. Nosso namoro durou uns dois anos, até que o Pedro terminou comigo na véspera de sua ida a faculdade. Disse que ia passar muito tempo fora e que não seria justo me manter em um compromisso desses. Então ele foi para a faculdade e eu fui viajar pela Europa, fiquei fora durante seis meses e quando voltei vi que o Pedro estava tendo um caso com uma das empregadas. Meu mundo caiu nesse instante, não porque o amasse, não o amava, mas me sentia humilhada. Ele havia terminado comigo e pouco tempo depois estava com uma empregada morta de fome. Me fiz de amiga da empregada para ver o quão serio era esse caso deles. A tonta acreditou em mim. Durante uns dois meses eu fingi que ia conversar com a mãe de Pedro que ia ajudá-los. Até que um dia ela me apareceu chorando dizendo que estava grávida que não sabia o que ia fazer. Eu disse para ela não se preocupar que naquela noite eu ia falar com Pedro e prepará-lo para na manhã seguinte ela contar e depois irem anunciar aos pais dele. Nessa noite eu fui até o quarto dele e coloquei um calmante na taça com vinho, assim que ele adormeceu eu deitei ao seu lado. Na manhã seguinte quando a empregada entrou com o pretexto de limpar o quarto de Pedro, nos viu juntos. Fiz todos acreditarem que tivemos relações naquela noite, inclusive o Pedro. A empregada se demitiu e foi embora, mas eu sabia que Pedro iria atrás dela, então arrumei um jeito de engravidar e um mês depois dei a todos a noticia e disse que o Pedro era o pai. Sabia que ele ia se casar comigo, sempre teve senso de justiça.
Leda: Eu não posso acreditar. Quem é meu pai?
Débora: Isso não importa minha filha.
Leda: claro que importa. Você ao menos sabe quem é meu pai?
Débora: Claro que eu sei, o que você pensa que eu sou?
Leda: Depois dessa sua historia eu não penso, eu tenho certeza. Você é uma mulherzinha.
Nesse momento Débora da uma bofetada em Leda.
Débora: Eu exijo respeito, sou sua mãe e tudo que fiz foi por você também. Te dei um pai rico e uma vida confortável que você nunca teria com seu verdadeiro pai.
Leda: E QUEM É MEU PAI? ANDA, ME FALA SUA VAGABUNDA
Débora: JÁ FALEI PARA NÃO FALAR ASSIM COMIGO.
Leda: QUEM É MEU PAI? VOCÊ ESTÁ BLEFANDO, NÃO SABE QUEM É, DEVE TER SE DEITADO COM QUALQUER UM.
Débora: VOCÊ QUER MESMO SABER? SEU PAI É O MOTORISTA.
Leda: Que? O nosso motorista? Você ainda teve a cara de pau de trazê-lo para essa casa?
Débora: Leda, me entenda filha, quando soube que eu fiquei grávida e anunciei meu casamento, ele começou a me chantagear, dizendo que ia contar tudo ao Pedro. Ele disse que só queria ver o filho dele crescendo. Então arrumei o emprego de motorista para ele.
Leda: E vocês continuaram sendo amantes todos esses anos?
Débora: Isso importa?
Leda: É CLARO QUE IMPORTA, ESTOU ME SENTINDO UM OBJETO, FEITO SÓ PARA GARANTIR SEU PROPOSITO CRUEL, QUERO AO MENOS SABER SE VOCÊ PELO MENOS AMAVA O HOMEM QUE SUPOSTAMENTE É MEU PAI, OU SE ELE FOI OUTRO JOGUETE EM SUAS MÃOS?
Débora: Isso é uma coisa que eu não vou discutir com você. Eu esperava compreensão de sua parte, você queria crescer com um pai motorista morto de fome? Você é uma ingrata, pensei que fossemos iguais.
Leda: Eu nunca iria descer tão baixo.
Débora: Mas já desceu? Não se esqueça que você não só tentou matar, como também seqüestrou aquela coisinha.
Leda: é diferente. Achei que ela estava querendo tirar tudo que era meu.
Débora: Diferente nada, você eu somos farinha do mesmo saco, então não venha dar uma de moralista para cima de mim.
Leda: Você é um monstro, eu devia ter ouvido o meu pa..o Pedro.
Débora: O que tem o Pedro?
Leda: Ele sempre me dizia que eu devia ser digna, integra e agir com justiça, pois todos somos iguais. Eu não dei bola, achava que sempre estaria no topo e agora você me vem com essa surpresinha de pai motorista. No testamento ele sabia da verdade.
Débora: Eu não sei dizer.
Leda: não foi uma pergunta, ele nunca deixaria 80% para a coisi... para a Paulina se não soubesse da verdade. Eu lembro agora das palavras que o advogado leu no testamento, que ele estava deixando mais do que merecíamos.
Leda saiu e bateu a porta deixando Débora sentada aos prantos.
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Paulina estava muito pensativa com o dia anterior, o piquenique, Danielzinho em seus braços e percebeu que esse silencio de Paola não fazia sentido algum, mesmo que ela não quisesse o Carlos Daniel de volta não iria abandonar o filho e sumir. Determinada Paulina foi até a delegacia e contou tudo o que havia acontecido depois de tudo esclarecido o delegado disse que ia começar a investigar. No dia seguinte cartazes e anúncios de jornais com a foto de Paola começaram a ser espalhados.
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Comentem o que achou do regresso. ;)