You Will Never Break Me Down escrita por juhricardo


Capítulo 5
A Real Nightmare


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoas!! Estamos de volta para mais um capítulo (Que, diga-se de passagem é o meu preferido até agora!). Quero agradecer a todo os reviews e a todos os queridos leitores fantasmas, que mesmo não comentando, estão acompanhando a fic! Bom esse capítulo vai ser meio doloroso, mas espero que gostem. Boa leitura!



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Leopold Fitz nunca se esqueceria da cena em que sua amiga e parceira Jemma Simmons pulara do avião para salvar o time. Aquele momento estava pra sempre registrado em sua memória, registrado em primeiro lugar na sessão “Piores Momentos Da Minha Vida”. Infelizmente esse momento havia perdido a primeira posição. No momento que Fitz viu Jemma pela tela, amarrada, amordaçada, sangrando, assustada e indefesa, ele teve a certeza de que aquele era e sempre seria o pior momento de sua vida. Ele não conseguia acreditar que aquilo realmente estava acontecendo.Um sonho. Ou melhor, um pesadelo. Aquilo só podia ser um pesadelo. Tinha que ser um pesadelo. Parecia que tudo a volta de Fitz tinha se tornado parte de um de seus piores sonhos. O engenheiro olhou de canto para seus companheiros. Se pesadelos coletivos fossem possíveis, o time com certeza estaria participando de um.

– Isso... Isso não é possível! Eu liguei pra Jemma a alguns minutos. Nós nos falamos! C-como...?!

–Ah, por favor, Agente Fitz, você é mais inteligente do que isso! Ela estava falando com você ao telefone e eu estava com uma arma apontada para cabeça dela. Foi bem simples, para falar a verdade. Ela soube mentir muito bem sob pressão.

– J-Jemma! Você está bem? Eles te machucaram? – A voz de Fitz saiu falha.

–F-Fitz, eu estou b... – Jemma não pôde terminar a frase, pois o punho de Anthony acertou o lado direto do rosto da bioquímica fortemente. A garota mal teve tempo de soltar uma exclamação de surpresa, quando a forte dor a fez gritar.

–PARE! PELO AMOR DE DEUS, PARE! – Fitz berrou em completo desespero.

– Isso foi por ter me interrompido Agente Fitz. Mais uma gracinha e você vai realmente desejar que eu só dê um soco nesse lindo rosto. – Ele disso, acariciando a bochecha vermelha de Jemma. A garota puxou o rosto, em repulsa. – Ah, tão doce e tão corajosa. Por que não dá um “olá” bonito e animado para seus colegas de time?

–Vá para o inferno! – Jemma falou, cerrando os dentes. As costas da mão de Anthony fizeram contato com a o rosto de Jemma fortemente. Ela gemeu de dor.

– Diga! – Ele falou, com um leve tom de irritação em sua voz.

Simmons ponderou. Apesar de todo o nojo e raiva que sentia naquele momento, preferiu não ter que sentir a força do punho do homem contra sua face já machucada e dolorida.

–O-lá a todos. – Sua voz saiu mais calma do que ela esperava, apesar de todo o horror do momento.

–Muito bem Agente Simmons! Agora estamos nos entendendo. Acho que seria uma hora para explicarmos a eles porque você está aqui. O que você acha?! –Ele sorriu, esfregando as mãos. - Bem, acho que já basta de conversa fiada, certo? Vamos então ao que interessa. A agente Simmons está aqui por culpa de uma, e apenas uma pessoa.

Anthony virou-se para o monitor, e seus olhos lentamente até encontrarem os de May, que permanecera calada o tempo todo. Quando os olhos de May encontraram os de Anthony, todo seu corpo tremeu, e sua mente pareceu voltar nove anos, naquele dia fatídico em Bahrein. Os gritos. A dor. O corpo. Tudo parecia ter recaído em cima de seus ombros de uma vez só, fazendo com que os joelhos de Melinda fraquejassem. Ela respirou fundo, expulsando aquela sensação de seu corpo. Não era o momento para lembranças. Não era o momento de reviver e lamentar momentos que poderiam ter sido diferentes no passado. O presente requeria sua atenção. Simmons precisava de sua ajuda.

– Eu juro por Deus, que quando te encontrar, você vai preferir nunca ter saído de sua toca nojento, seu desgraçado. – May falou, calma e sorridente.

– Ah por favor, Melinda! Há nove anos você não foi capaz de me fazer sofrer como prometeu. Não será dessa que isso vai mudar. E Alias... – Anthonny sorriu, antes de virar-se para Jemma e levantar o joelho na direção do estômago da garota.

Jemma urrou, mais alto do que se julgava capaz. O ar foi empurrado ferozmente dos pulmões da bioquímica, fazendo – a respirar desesperadamente, buscando por uma mínima sensação de alívio. Tudo que ela gostaria naquele momento era se enrolar no próprio corpo, dormir e acordar em seu beliche no ônibus. Fingir que tudo aquilo não passara de um horrível pesadelo. Mas não, ela estava presa àquelas correntes, presa a uma realidade da qual ela não podia fugir. Depois do ligeiro alívio no tórax ela voltou sua atenção para a tela, ainda respirando com dificuldade, e o que viu foram cincos rostos em completo choque e desespero, encarando – a.

– Vocês por acaso tem Déficit de atenção?! Eu falei sem interrupções! – O homem falou em tom de deboche. – Bom, como eu estava dizendo antes da nossa querida Melinda nos interromper, Simmons está aqui por culpa de uma pessoa. Felizmente essa pessoa tem a chance de salvar a querida bioquímica de vocês! E como vocês, seres inteligentes, já devem ter percebido, eu e a Agente May temos uma longa história. Agora deixe-me adivinhar, vocês não fazem a mínima ideia do que estou falando não é?! – Ele olhou para Coulson – Ok, menos você Phill. Você e Melinda são muito próximos uh! Aos outros, não me admira ela não tenha falado nada. Eu não diria. Teria vergonha.

Anthony sorriu em satisfação. A equipe estava cem por cento atordoada. Melhor ainda era ver Melinda, apesar da expressão calma e controlada, totalmente perturbada por dentro. Ele a conhecia mais do que bem para saber que tudo aquilo a estava afetando. Ele a estava colocando na mesma situação que seu irmão a havia colocado a nove anos atrás, e aquilo a estava enlouquecendo. Fora May e Phil, o resto do time parecia não ter a mínima ideia do que o homem falava.

– Ok, querida Jemma, agora faça a bondade de explicar como que a Agente May pode salvar sua preciosa vida. Eu realmente não quero perder mais tempo que o necessário aqui.

– M-May, se você quer salvar a minha vida... – Ela olhou para a câmera, olhou para Anthony, que a encarava sorrindo, e voltou sua atenção novamente para a câmera, respirando fundo. – POR FAVOR, NÃO FAÇA O QUE ESSE BASTARDO QUER! EU ESTOU BEM, NÃO SE IMPORT...

O punho de Anthony novamente contra seu rosto a impediu de terminar. Antes que ela pudesse se recuperar do primeiro golpe, o segundo veio. E o terceiro. A cabeça de Jemma pendeu para frente, a inconsciência tomando conta da bioquímica. Ela não via, mas podia ouvir os gritos de Fitz e Skye vindos do pequeno autofalante. Ela tentou levantar a cabeça, mostrar a Fitz que ela estava lá, ainda lutando por sua vida. Lutando para que pudesse vê-lo mais uma vez, mas a dor em seu rosto a impedia de tal ação. Na verdade, a dor era tanto que a impedia de pensar em qualquer coisa que não Fitz ou sua cama e um analgésico. Quando a inconsciência a estava tomando por completo, ela sentiu uma força puxando – a pra cima. Um dos homens que estavam com Anthony puxou a corrente que a prendia. Isso fez com que Jemma ficasse de pé bruscamente, com seus pés mal encostando o chão. Ela soltou um grito involuntário. Com o pouco da energia que lhe restava, ela tentou levantar a cabeça, mas sentiu uma mão agarrar seu cabeço e puxá-lo para trás violentamente. Ela não gritou, apenas rangeu os dentes, tentando controlar a dor. Quando finalmente abriu os olhos, Jemma gostaria de tê-los fechado de novo. Fitz olhava-a, com o rosto molhados pelas lágrimas.

– Estou cansado de brincadeiras! – Antonhy furioso olhava para a câmera. – Vocês estão vendo essa faca na minha mão?! Então por favor, prestem atenção.

Sem hesitação, ele esfaqueou a coxa de Jemma. Ela gritou em desespero, quando ele, sem piedade, retirou a faca de sua coxa e passou a ponta da faca por toda a extensão do seu braço, deixando um rastro de sangue.

–Ótimo, acho que já entenderam a mensagem. Vocês tem a irritante de mania de acharem que sua coragem pode mudar o mundo. Deixe-me dizer uma coisa: Não podem! A agente Simmons foi corajosa. E tudo que ela ganhou foi o próprio sangue escorrendo para fora do seu corpo. – Ele deixou que a faca caísse lentamente de seus dedos e aproximou – se da câmera. – Agora eu me dirijo exclusivamente a você, Melinda. Eu não quero essa garota. Eu quero você! Você quer salvá-la, certo? Então façamos uma troca. A vida dela pela sua. É simples. O que você acha?

May tremia. Não de medo. Mas de raiva. Ela se amaldiçoou não ser capaz de proteger Jemma. Por não ter sido capaz de acabar com aquele pesadelo há nove anos, deixando que ele voltasse e machucasse as pessoas com quem ela se importava e amava. Os outros a olhavam como se esperando sua decisão. Como se houvesse outra opção senão acatar o que ele queria.

– Você sabe a resposta Anthony. Não precisamos desses joginhos. Onde e quando? – May falou, calma e pausadamente.

– Mas por que essa pressão minha cara?! Pense com calma. Você pode tomar uma decisão precipitada e acabar se arrependendo. Não é a primeira vez que faz isso não é. – Ele sorriu. – Até porque, eu ainda quero me divertir com a querida Jemma. Em uma hora conversamos de novo. E pense bem Melinda. Se Monica está olhando para você lá do céu, é a chance de prova a ela que consegue se importar com outras pessoas. Coitadinha, ela morreu pensando o contrário.

O estômago de May embrulhou. Ela sentiu as pernas fraquejarem. Ela não ouvia, não pronunciava esse nome há muito tempo. E agora o nome de Monica era pronunciado logo por ele. May quase vomitou.

– V-você não tem o direito de falar o nome dela. – Ela gaguejou. Sentia sua cabeça girando. A risada de Anthony agora não passava de um barulho muito distante. Tudo que ela ouvia era o grito. O adeus. Ela fechou os olhos e respirou fundo, tentando buscar ar, mas parecia que tudo que entrava em suas narinas era o cheiro do sangue. Será que ela estava enlouquecendo? Ela abriu os olhos novamente, e encarou a tela. Jemma a olhava, apesar de May nitidamente notar que a jovem já se entregava à inconsciência. Mas a garota não a olhava com raiva, medo, ou acusação. E sim com culpa. Ela olhava-a como se estivesse pedindo desculpas. May não acreditava. Depois de tudo que Simmons estava passando por causa de May, jovem ainda sentia que deveria se desculpar por algo? Seria cômico se não fosse tão trágico. Era May que deveria estar dando forças a Jemma. Não o contrario.

– Simmons, aguente firme. Eu juro por Deus que vou te tirar daí. – May falou, com seu habitual tom firme, tentando mostrar à garota que ela estava lá, e que iria acabar com a raça de Anthony.

Jemma não tinha forças suficientes para respondeu. May sabia disso. Mas notou que a bioquímica mexia os lábios. Mesmo sem som, May pôde entender o que Jemma quis dizer: “Eu sei. Eu confio em você.”. A boca de Jemma formou um tímido e quase inexistente sorriso.

– Aproveitem essa hora para pensar. – Anthony olhou para Jemma. Ela mal se mexia. – Acho que ela está incapacitada de dar tchau. – Ele sorriu, antes da tela se encher de preto novamente e o silencio preencher a sala.


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Notas finais do capítulo

Por favor não me matem! Eu amo a Jemma gente! Sério!
Gostaram?!
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