You Will Never Break Me Down escrita por juhricardo


Capítulo 6
Sadness


Notas iniciais do capítulo

Olá minha gente! Tudo beleza com vocês? Bom, aí está o capitulo 6! Antes, quero agradecer por ninguém ter me xingado pelo capítulo anterior! Sério, eu amo a Jemma, mas gente, meus personagens sofrem e eu amo! Não tenho previsão de quando vou postar o próximo. Espero que não demore muito. Boa leitura e por favor não esqueçam de deixar o review de vocês. É rapidinho e muito importante pra mim Leitores fantasminhas também! ;) Abraços da escritora!



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Os cinco estavam parados, sem reação. Sem saber o que fazer o dizer. Na verdade, não haviam palavras a ser ditas. A realidade era essa: Jemma fora sequestrada e estava sendo torturada. O responsável por aquele pesadelo queria May, por motivos que só Deus sabia, ou melhor, que só ela e Coulson conheciam. De um jeito ou de outro, o destino do time era perder uma de suas integrantes: May ou Simmons.

Ninguém conseguia aceitar essa é realidade.

Skye não podia acreditar. Quando a hacker viu FitzSimmons pela primeira vez, ela achou que eles não passavam de uma dupla de lunáticos antissociais e colecionadores de tubos de ensaios. Mas a verdade era que a bioquímica fora a primeira pessoa com quem Skye fizera amizade ao se juntar à equipe. Fitz e Simmons tinham sido tão acolhedores e legais com ela que logo nas primeiras vinte e quatro horas de convivência, a hacker se perguntou se alguém poderia ser capaz de odiar aquela dupla de cientistas tão carismáticos e ingênuos. Parecia-lhe impossível que alguém pudesse querer ferir pessoas como Fitz e Simmons. Mas Anthony era esse alguém. Era ele que estava fazendo sua amiga, sua irmã de coração sofrer, apenas parar provacá-los. Por vingança. Pela primeira vez na vida, Skye teve sede de sangue. Pela primeira vez ela teve vontade de matar alguém. Ela teve vontade de sentir a vida de Anthony se esvaziando por suas mãos. Ela queria vê-lo sofrer ate o ultimo fio de cabelo. Fazê-lo passar pelo que Simmons estava passando.

Coulson tremia de raiva. De nojo. Como ele pôde deixar aquilo acontecer? Ele era o líder da equipe. Ele tinha o dever de proteger seu time. Ok, ele sabia que a culpa disso tudo deveria ser única e exclusivamente de Anthony, mas ele não conseguia evitar pensar que se ele não tivesse permitido que Jemma fosse visitar os pais, Anthony não teria tido a chance de capturá-la. Se ele tivesse proibido, Jemma estaria em segurança dentro do ônibus, provavelmente discutindo com Fitz sobre algum experimento da dupla. Porém talvez, se ele tivesse proibido, só teria adiado o que estava predestinado a acontecer. Talvez, de um jeito ou de outro, nada faria diferença. Coulson suspirou. Tantos “Talvez” e “Porém” rodando por sua cabeça e duas únicas certezas. A primeira, ele tinha que trazer Jemma Simmons de volta e viva. A segunda, Resgatar Jemma significava entregar May a Anthony. Aquilo doía mais que ser apunhalado no coração por um cetro mágico empunhado por um Deus Asgardiano sarcástico de chifres. Há nove anos ele já havia, de certo modo, perdido May (Desde Bahrein, ela nunca mais fora a mesma). Ele não suportaria perdê-la novamente.

Ward sentiu suas mãos doendo. Só agora o especialista notara que estivera com os punhos cerrados tão fortemente durando toda a videochamada. Mas ele não se importava. Ele sentia o sangue pulsar freneticamente em suas veias. Ele não queria pensar no que ele acabara de ver. Ward só queria pegar Anthony e socar sua cara até que aquele desgraçado não conseguisse reconhecer o próprio rosto no espelho. Melhor ainda. Até que ele não tivesse forças sequer para abrir os olhos e olhar para o espelho.

May, em silêncio, ia saindo da sala.

– Espera. Onde você está indo?!O que vamos fazer?! – Fitz falou.

– O que ele pediu. – May falou, sem virar-se para encarar Fitz.

– Mas que inferno! E não fazer nada?! Esperar ele fazer o que quiser, dar as ordens na hora que quiser e vamos apenas assentir e dizer “Sim, senhor”?! Pelo amor de Deus, ele está torturando ela!! – Fitz desesperou-se.

– O que você que façamos? Procuremos em todas as casas de Londres, esperando que ele atenda a porta? – May virou-se, tentando a todo custo não explodir na frente deles. Ela e Fitz se encararam e ela pôde ver toda a dor que o jovem cientista sentia.

– Eu não sei! Talvez! Mas que inferno! Movemos montanhas pra achar aquela maldita droga para Skye, por que não podemos fazer o mesmo pra achar Jemma!?

– Fitz, eu sei como você está se sentindo... – Coulson interviu, tentando acalmar os ânimos da sala.

– NÃO, VOCÊ NÃO SABE!!

Fitz estava saindo quando Ward segurou seu braço com calma. O engenheiro virou-se bruscamente e encarou o especialista.

– Ei Fitz, eu sei que você está preocupado. Nós também estamos. Mas nós vamos dar um jeito. Simmons vai ficar bem. Ela é fort...

Fitz arrancou o braço das mãos e Ward e olhou para os companheiros de time.

– Inferno! Eu sei que ela é forte! Ela pulou dessa droga de avião pra nos salvar. Parem de dizer esse tipo de coisa como se eu não a conhecesse! Eu a conheço melhor que todos vocês! Mas nós tivemos exercícios de química, não de como se comportar sob tortura! – Ele olhou para May – E sim Agente May, se for preciso, olharei em todas as casas de Londres, porque ao invés de baixar a cabeça e aceitar o que aquele desgraçado disse, como se eu não me importasse, eu vou fazer algo para trazer a minha parceira de volta!

Fitz saiu da sala. May encarou a porta que a alguns segundos Fitz passara, e sem dizer mais nada, foi para o cockpit. Antes dela sair, Coulson pôde ver uma solitária lágrima caindo pelo rosto da agente.

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May entrou no cockpit e sentou-se no banco do piloto, uma especie de porto seguro para a agente. Ela lembrou-se de Monica, desde pequena, sempre alegre. Sempre sorridente. Até mesmo na hora da morte ela estava sorrindo. Inferno. Não importasse como, a mente de Melinda sempre a levava a lembrar da morte dela. Qualquer lembrança feliz relacionada a Monica logo era substituída por uma em que a mulher já não estivesse mais viva. Talvez esse fosse seu carma. Sua cruz. Lembrar que Monica, sua única e mais nova irmã, estava morta. E que ela, Melinda May, era responsável por essa morte.

May desabou, deixando que as lágrimas que há muito ela pensou terem secado, aflorarem livremente. May nunca gostou de chorar. Sempre achou que era sinal de fraqueza. Um pensamento ridiculamente estúpido, ela via agora. Mas Monica uma vez lhe falara que chorar era bom para lavar a alma e que pessoas forte também choravam, pois era uma boa maneira de renovar as forças. Deixou que aquelas lagrimas lavassem - mesmo que simbolicamente - sua alma dolorida e machucada. Esperava que aquelas lágrimas pudessem provar à Monica que ela ainda sentia sua falta, cada dia mais.

Cada gota derramada era um arrependimento que May tinha em sua vida. Ela se lembrava das vezes que se privou do amor e da companhia de sua família, de sua irmã, pois estava preocupada demais tentando fazer seu trabalho, tentando ser a “Agente Perfeita”. Lembrou-se quantas vezes ela disse para Monica o quanto ela era importante para Melinda, e de quantas vezes mais ela devia ter dito. Lembrou-se dos momentos felizes que passou com sua irmã. Elas deveriam ter aproveitado mais. Elas achavam que teriam mais tempo, mas esse tempo foi tirado delas de uma hora pra outra, sem que elas tivessem ao menos tempo para se despedir. Nem isso o destino permitiu. May riu tristemente. Monica, quando mais jovem, ouviu a mãe das duas dizer que às vezes o destino é cruel com as pessoas boas. Monica, naquela época, estufou o peito e disse em alto em bom som para Melinda: “Quando eu encontrar esse tal de destino, vou ter uma conversa bem sério com ele. Se ele pensa que eu vou deixar ele fazer mal para as pessoas boas como você e mamãe, ele está muito enganado!”. Tantas lembranças. Tantas coisas de que ela se arrependia, que poderiam ter sido diferentes.

De repente, um grito ecoou na mente de May, como se tentando lembrá-la da realidade. O grito de Simmons. O grito da garota que ela ainda podia salvar. Era um aviso de sua mente que dizia: “Já chega de chorar pelas coisas que podiam ter sido diferentes. Está na hora de lutar pelas que ainda podem mudar”. Simmons confiava nela. Estava contando com sua ajuda. As lágrimas começaram a diminuir de intensidade. May secou as lágrimas do rosto molhado. Ela tinha que estar bem, fisicamente e mentalmente, para enfrentar Anthony. Ela queria ir ao seu encontro, queria ficar cara a cara com ele. Por isso ela faria o que Anthony queria. Esperaria que ele ditasse as regras e o ritmo do “jogo”. Tentar uma jogada arriscada poderia pôr em risco a segurança de Simmons. Talvez Fitz não compreendesse ela não o culparia por isso. Ela sabia o quanto a bioquímica era importante para Leo. É claro que ela se importava também. Mas Fitz estava abalado demais (Em um nível ainda mais alto que o do resto do time) para raciocinar. Os dois precisavam conversar. Precisavam se entender. Do que jeito estava, era capaz de Fitz fazer uma besteira por impulso.

O barulho de um vidro se quebrando ao bater no chão soou em algum lugar do ônibus. “Alguém na cozinha, nervoso, quebrou um copo.” Pensou ela. Mas então o barulho se repetiu. Um, duas, cinco, dez vezes. Incontáveis objetos de vidros sendo quebrados, junto com barulhos de objetos de metais sendo violentamente jogados no chão. Ela ouviu passos apressados descendo as escadas em direção à rampa de carga. Em direção ao laboratório. May suspirou. Falando em fazer besteira por impulso... Fitz iria se encrencar por aquilo. Coulson não iria relevar o fato de o engenheiro estar destruindo equipamentos caros de um laboratório de alta tecnologia, independente do contexto de toda situação que estavam vivendo. Mas, apesar de tudo, May sabia que o pior dano não era ao laboratório, nem aos caros equipamentos que Fury teria que substituir a contragosto depois de dar um belo sermão em Coulson. Não importasse quantos vidros Fitz quebrasse, o maior dano fora feito em seu coração, tão frágil quanto o vidro já estilhaçado no piso. Coração esse que, assim como o engenheiro fizera com os vidros, Anthony havia pegado, arremessado ao chão e destruído no momento em que tirara Jemma de Fitz.

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Notas finais do capítulo

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