O começo do fim escrita por ChrisDA


Capítulo 5
Capítulo 4


Notas iniciais do capítulo

Foi mal a demora, tava meio pra baixo e desmotivado (depressão é foda), mas a fase já passou e tá aí mais um capítulo pra vcs.



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18 de outubro de 2015 – Dia 123 – 18h30min

Acho que abri minha boca cedo demais. Depois de dois dias de descanso, no dia 15 chegou alguns zumbis na fronteira, matamos como sempre e ficamos mais alertas. No dia seguinte a mesma coisa, e no seguinte... Hoje chegou uma manada, algo como 2000. Testamos nossos novos sistemas de defesa e funcionaram bem, matamos todos. O problema e que também perdemos alguns dos nossos, três para ser mais exato. São novatos, chegaram aqui há uns dois meses, e morreram por puro vacilo, eles desobedeceram a ordem mais importante: nunca se deixe ser encurralado. Depois de enterrá-los e de ajudar a limpar a bagunça, estou bem cansado. Apenas quem já viu alguém morrer dessa forma sabe como é horrível (a não ser que o leitor seja um psicopata que ama matar), mas acho que era pra ter acostumado, afinal os mortos andam por aí, mortes assim vão ocorrer mais cedo ou mais tarde.

Deixa eu ver onde eu parei...

26 de junho de 2015 – Dia 8 – 12h00min – POV Toni

– Acho que devíamos dar uma olhada na fábrica. Bom, tem armas lá, e se o exercito ainda não veio aqui...

– Mas temos que encontrar um lugar seguro pra Vivi, esqueceu que ela tá inconsciente? – Bernardo, que carregava a garota, acabou me lembrando desse detalhe. Parei e pensei um pouco.

– Alguma das duas sabe como é a fábrica? Tipo onde fica o estacionamento, o depósito, essas coisas?

– Sei. – A Clara se abaixou e começou a desenhar mais ou menos na terra uma planta baixa do local. – Logo na entrada tem o estacionamento e um pequeno museu, onde expõe as principais armas produzidas pela empresa e as mais famosas. Logo atrás e toda a lateral esquerda fica a fábrica, e aqui, - apontou um local que, pelo que eu entendi, fica bem escondido do resto da fábrica. - onde passa essa pequena rua, fica o depósito. Tudo é muito bem vigiado, principalmente o museu e o depósito.

– Como você sabe de tudo isso?

– Não é da sua conta.

– Acho que a Brenda arrumou uma amiguinha. – Bernardo falou, fazendo quase todos rirem.

– Bom, - eu já tinha bolado um plano, só precisava saber como era a planta do local. - podemos pegar um carro pra levar a Vivi até a cidade junto com mais quatro, e o resto fica aqui, pega o puder e sai rápido.

– Como vamos saber onde se encontrar? – Tainá acabou falando das dúvidas que todos tinham. – Por que só três de nós? Quem vai até lá?

– As irmãs conhecem a cidade, pode combinar um ponto de encontro e cada uma vai pra um grupo. A Viviane não conta, assim como a pessoa que vai carregá-la, – A expressão de alívio do Bernardo era nítida. – além de ser bem mais fácil se deslocar e passar despercebido com um grupo bem pequeno. Bom além de mim e uma das irmãs, acho que o Carlos podia vir com a gente. Ele é rápido e sabe dirigir um carro na hora de sairmos daqui.

– A nem! – A animação do Carlos contagia qualquer um.

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Limpamos o estacionamento, tinha apenas quatro deles, e nenhum deles era segurança. Tinha poucos carros e dois ônibus, sendo um carro e um ônibus com chave. Há muito custo conseguimos convencer a Clara se separar da Rita. Quando finalmente convencemos, a Clara viria comigo e Rita iria dirigir o carro. Ela me contou que o pai a ensinou, mas que não tinha muita prática. Assim que eles se foram, combinamos falar por gestos e, apenas se necessário, falar bem baixo. Sacamos as nossas armas (eu com o rifle, a Clara com pistola e o Carlos com uma faca). Fomos direto pro depósito. Esperávamos encontrar o local cheio de zumbis, mas encontramos vários corpos, a maioria com buracos de bala na cabeça. Entramos pelo portão com muito cuidado, encontramos mais corpos, alguns pareciam ser de seguranças, outros provavelmente eram funcionários e alguns estavam fardados; tinha cinco caminhões, quatro da empresa e um do exército, aqueles que levam os soldados, e um jipe.

Após uma discussão breve, decidimos entrar e vasculhar o local, pode ser que não tenham levado tudo.

26 de junho de 2015 – Dia 8 – 13h12min – POV Maria Rita

Estou dirigindo a mais ou menos meia hora, já estamos bem perto da cidade e até agora poucos mordedores. O carro é um compacto, vai o Bernardo a Brenda no banco de trás, com a Viviane no colo deles e a Tainá, com o revólver em mãos, no banco da frente. Estou começando a ficar preocupado com a Viviane. Acho que já era pra ter acordado e, se ela não acordar pra comer logo... bom, não vou ficar pensando no pior, tenho que me concentrar e dirigir.

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Finalmente chegamos à cidade. Não é igual às cidades grandes, cheias de prédios e com o centro movimentado, mas também não são como as cidades do interior, casas antigas e pacatas. Como a maioria das pessoas aqui trabalha na fábrica, durante o dia tem pouco movimento, mas quando chegam do trabalho, os bares e restaurantes ficam lotados. As casas são pequenas, de um a dois andares, algo entre quatro e sete cômodos e um pequeno quintal, uns poucos prédios, restaurantes, mercearias, muitos bares, algumas lojas diversas, um hospital, uma pequena loja de armas e a delegacia da região.

As ruas são de pedra, a única rua de asfalto era a principal, as casas se dividem por um pequeno muro e na frente do passeio um gradeado ou cerca. Passeios amplos e sempre com árvores, algumas frutíferas e outras nativas da região. E todas as ruas, no final, acabam na praça da cidade. A praça é um espaço bem arborizado, com pequenas ciclovias, bancos e essas coisas, também tem uma quadra, um coreto e um espaço reservado para shows e eventos.

Assim que chegamos à cidade, fomos até o ponto de encontro, um casarão, o único na cidade, perfeito pra abrigar todos. Entramos e a Tainá e a Brenda entraram primeiro pra conferir se tem muitos zumbis no local. Voltaram mais ou menos meia hora depois sujas de sangue, tinha sete mordedores lá dentro, mas bem espalhados, o maior grupo era de três na sala. Levamos a Vivi pra um dos quartos do segundo andar, o único do andar que não tinha um mordedor morto. Carregamos os corpos pra fora e, como vi o Toni fazendo, conferi os corpos. No final, encontrei uma gargantilha de ouro que eu tinha gostado, seis balas calibre .38, um frasco de Dipirona e as chaves da casa. Entreguei a munição para a Tainá e fui pro quarto que eu escolhi pra limpar a minha gargantilha.

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Era mais ou menos 7h da noite quando escutei tiros e sons de pneus cantando Subimos para a sacada do segundo andar pra ver o que acontecia lá fora. Ficamos em alerta, a Tainá com o revólver em mãos. Não se conseguia ver nada, todas as luzes da cidade estavam apagadas. Começamos a escutar passos arrastados e grunhidos vindos de trás. No reflexo a Tainá virou e atirou no vulto que apareceu no corredor. Ela errou o tiro e ele estava muito próximo. Naquela hora, eu e o Bernardo estávamos sem nossas armas, sabia que pra um de nós dois, já seria tarde de mais...


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Notas finais do capítulo

Pra vcs que não cometam eu tenho um recado: COMENTEM PELO AMOR DE DEUS!!!!!!! Nem que seja pra mandar um legal, ou um tá horrível, mas comentem!!!!



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