O começo do fim escrita por ChrisDA


Capítulo 4
Capítulo 3


Notas iniciais do capítulo

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13 de outubro de 2015 – dia 118 – 21h30min

Parece que as coisas vão ficar calmas por uns tempos. Depois de tudo o que passamos merecemos esse descanso. Espero estar vivo até lá pra conseguir narrar até o dia de hoje. Não é um desfecho perfeito, apenas uma pausa na ação.

Aonde é que eu estava mesmo? Vamos ver...

26 de junho 2015 – dia 8 – 6h23min – POV Bernardo

O sorriso no rosto dela durou pouco. A pessoa que a gente menos queria ver é a que aparece. Lucas, pra quem não conhece, tinha 1,80m de altura, pesava cerca de 80 kg. Tinha olhos azuis e cabelos loiros. O que não tinha de força era compensado pelo seu carisma e pelo fato de ninguém, exceto talvez o Toni, conseguir ganhar dele em um debate, pois conseguia convencer não só o público, mas também o próprio concorrente. Um político nato. Agora andava apoiado em uma bengala improvisada e andava, mesmo assim com extrema dificuldade.

Ele vinha acompanhado de todos os garotos da base, cerca de 10, e tinha reféns. Carlos, ao que parecia meio contrariado, vinha mantendo a Tainá com a faca no pescoço dela e o Luka, do lado oposto, fazia o mesmo com a Viviane.

– Ora, ora, ora... veja só se não é a vadia e o idiota que acreditou nela. Fico feliz em vê-los.

– Solta elas, agora! – Brenda quase gritou aquela ordem, seus olhos estavam cheios de ódio.

– Acho que não está em posição de ordenar nada. – ele falava com uma calma que chegava até a assustar. Deu dois passos para frente olhou-a nos olhos. – O seu golpe não acertou num lugar... impróprio por pouco, mas acertou em um ligamento da perna, e acho que vou andar de bengala durante um tempo. Depois disso, bom, peguei suas amiguinhas, – falou apontado lentamente pra as duas. - e a as fiz dizer onde você estava. Devo dizer que foi bem rápido.

– Não é bem assim que me lembro. – disse a Brenda, dando um sorriso sarcástico. – O golpe pegou em cheio e rasgou de fora a fora. Acho que não vai ter filhos, não é mesmo?

Um pequeno barulho na mata chamou a atenção deles um instante. Lucas mandou três deles darem uma olhada e se voltou para a Brenda, sua pele branca estava completamente vermelha de raiva. Respirou fundo durante um tempo e se acalmou. Se virou pra mim e disse:

– Não culpo você de cair na lábia dessa aí. Se você se entregar, eu prometo que vou esquecer o que aconteceu.

– Acho que to bem ficando com ela. – disse Bernardo, confiante. Os olhos dele perceberam uma coisa que ninguém ainda tinha reparado. – Se tiver que pegar alguém a força, vai ter que ser os dois.

– E colocaria a vida das duas em risco?

– Você não teria coragem.

– Última chance. Se não se renderem, as duas morrem e pegamos vocês.

– Acho melhor você rever a sua opinião, Lucas. – A voz vinha de algum lugar atrás deles. E dessa vez, a pessoa era a mais inesperada possível. Toni e outras duas mulheres mantinham os três garotos reféns sobre a mira de suas armas.

– Que tal fazermos uma troca? Vocês entregam as garotas e nós entregamos os três rapazes aqui. E se você ousar matá-las, eles morrem, e logo depois vocês. O que acham?

– Você não teria coragem de matar nenhum de nós. – retrucou Lucas, mas ele mesmo duvidava da sua afirmação.

– Vamos descobrir já, já.

– N... – Lucas ia falar, mas um barulho na mata chamou a atenção deles. Dessa vez uma horda de zumbis, cerca de 50, se aproximava de nós.

– É melhor se decidir rápido.

Ele decidiu por soltar as duas e nós soltamos os três rapazes. Depois o que se viu foi uma verdadeira bagunça. Lucas ordenou a retirada de todos, mas o Carlos falou que aquilo não era o tipo de pessoa que ele queria como líder. Então Lucas o expulsou do grupo e, antes de ir, cochichou algo com Luka. Quando estavam mais afastados, Luka voltou sem que nós percebêssemos e golpeou a Viviane na coxa e saiu correndo. Pensamos em atirar, mas a natureza, ou melhor, um zumbi cuidou disso. O zumbi o derrubou no chão e mordeu o pulso dele. Ele esfaqueou o zumbi, mas era tarde de mais pra ele. Saiu correndo que nem louco na direção de onde os garotos foram.

Agora tinha um problema mais sério pra resolver. A perna da Viviane não parava de sangrar e precisávamos estancar logo.

– Deixa que eu cuido disso. – Falou pra surpresa de todos a Clara. – Tem um kit de primeiros-socorros?

– Tenho, vou lá buscar. – Disse a Brenda.

– Você é médica? – O Toni perguntou.

– Sou.

– E porque você não falou antes?

– Por que não perguntou. – Se virou pra Brenda e pegou o kit. Deu uma examinada e deu um suspiro. – Acho que isso dá.

Ela começou a estancar o sangramento, quando os primeiros zumbis chegavam mais perto. Fizemos um círculo ao redor delas e matamos os zumbis mais afobados. Por estarmos em uma mata, o espaço é reduzido, assim vinham no máximo quatro de uma vez. Já que estávamos em cinco, demos conta deles. Quando acabamos, ela já tinha estancado o sangramento e já fazia um curativo. A Viviane perdeu muito sangue e estava semiconsciente, precisava de descanso urgente.

26 de junho 2015 – dia 8 – 10h32min POV Toni

Enquanto eles se conheciam melhor, eu dava uma olhada nos corpos dos zumbis. Poderia encontrar algo útil com eles, e já que não iam precisar. Aprendi isso nos games e era uma boa hora de por em prática. Quando terminei, eles ainda conversavam. Não deu muito certo, tinha apenas uma barra de cereal, que ninguém iria comer, alguns maços de cigarro e algumas chaves. Me aproximei do grupo e falei com a Rita:

– Sabe o caminho pra cidade mais próxima?

– Sei, já vamos?

– Já, temos que encontrar um lugar seguro pra Vivi descansar.

~~~~~~~~~~~//~~~~~~~~~~~~~

Já estamos andando há uma hora, acho que é um bom momento de descrever os meus parceiros.

Brenda tem 1,69m de altura e pesava 62 kg, tinha os cabelos ruivos e cacheados, sarninhas no rosto e tinha os olhos verdes. Como viram, tem um temperamento curto e adora ser sarcástica e dar más respostas. Mas ela é uma boa pessoa com os amigos.

Bernardo tem 1,84m e pesa incríveis 90 kg. Tem cabelos negros como os olhos, tem a pele clara e é o mais forte de nós. Pode parecer mal-encarado, bad-boy, mas é brincalhão e por muitas vezes irritante.

Viviane é a versão baixinha e calma da Brenda. Tem 1,63m e pesa cerca de 55 kg. Ruiva, cabelo liso, e olhos verde-claros, muitos chegam a pensar que as duas são irmãs, mas não são. Ela é calma (como já disse) e medrosa, além de parecer ser um pouco... bobinha (pra não dizer retardada mesmo).

Tainá é a ninja do grupo. Não só por ser asiática (descendente de japoneses), mas por saber usar armas de fogo em sua maioria, arremessar facas e saber usar a katana. Além de praticar parkour (assim como eu) e esgrima. Então, imaginem isso tudo numa mulher de 1,86m de altura e pesando 78 kg. Tinha o cabelo preto com luzes, e os olhos castanhos.

E por último, o Carlos. Negro, tem 1,80m de altura e pesa 70 kg. É muito magro, mas come igual a um elefante. Quando não tá comendo, tá por aí correndo. Sonhava em ser maratonista, então é o mais resistente. Tem um corte de cabelo estilo militar e olhos negros. Ironicamente é o mais preguiçoso de nós.

Enquanto pensava neles, nem percebi que nos aproximávamos de uma estrada. Caminhei mais rápido e cheguei perto da Rita.

– Essa rua leva até a cidade?

– Sim, mas faz uma curva logo li na frente e passa na fábrica.

– Fábrica?

– É. A fábrica que dá nome a cidade. Não sabe em que cidade estamos?

– Eu não me lembro.

– Magnum.

Magnum. A fábrica de armas estava bem ali. Acho que não custa nada fazer uma visitinha rápida.


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