O começo do fim escrita por ChrisDA


Capítulo 26
Capítulo 9


Notas iniciais do capítulo

Hoje tem 2 caps.!o/o/o/
Bom, pude escrever durante um tempo, então decidi premiá-los com dois caps!
Boa leitura pra todos!!!!



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2 de dezembro de 2015 – dia 168 – 14h27min – POV Toni

Todos levantaram rapidamente e sacaram as suas armas. Esperamos por alguns minutos, mas o barulho do helicóptero não diminuía.

– Ele está pousando! – O soldado Arthur disse em meio ao barulho. Ele esperou até o barulho passar, indicando que o helicóptero pousara. – Ele pousou em um descampado aqui perto. Eles estão descendo e se dirigindo direto para cá!

– Eles devem ter nos visto. Vamos criar uma emboscada aqui no prédio. – A Tenente falou enquanto nos reuníamos ao redor dela. – Clara, Brenda e eu, nós somos as melhores atiradoras, vamos usar a escuridão para nos camuflar, aqui, aqui e aqui. – Ela apontou para dois cantos e logo ao lado da porta. – O resto de vocês, exceto a Tainá, o Toni e a Laura, vão para os outros cômodos em duplas, quando estiverem aqui dentro, vocês os rendem pelos flancos e pela retaguarda. Os três ficam aqui, são os melhores em combate a curta distância e vão ser as nossas iscas. Vão rápido!

Vi eles de dividirem rapidamente e em pouco tempo restou apenas nós três na sala. Ajeitei a minha kodachi para que pudesse sacá-la com a mão direita. Sentamos em volta de uma pequena fogueira que fizemos rapidamente. A Laura ajeitava as suas facas de arremesso, eu esquentava uma lata de café calmamente enquanto a Tainá olhava a sua katana. Ela embainhou-a lentamente em sua bainha, segundos depois surgiram cerca de três soldados, apontando um fuzil de assalto que não me lembrava o nome, mas sabia de onde vinha. Eles falaram em uma língua que reconheci como russo, calmamente levantei a minha mão, as outras reviraram os olhos e levantaram a mão também. Chegou à sala um quarto soldado, mais magro que os outros, ele falou com alguma dificuldade:

– Olá, brasileiros. – Mesmo tendo um português fluente, ainda vinha carregado com um sotaque tipicamente russo. – Não queremos matar nenhum de vocês, queremos apenas a garota. – Ele apontou para a Laura. Eu fechei a mão enfaixada, com alguma dificuldade, e rezei pra que eles entendessem. Levei a minha mão ao cabo da kodachi lentamente, a mesma coisa feita pela Tainá. – Se sacarem as suas espadas, saibam que não hesitaremos em atirar. – A Laura sacou uma faca e ameaçou arremessá-la, a feição do intérprete mudou, mas ela olhou pra mim, como se pedisse a minha autorização.

– Ainda não. – Sussurrei de forma que só nós dois ouvíssemos. Eu escutei a batida rápida dos corações deles, eles estavam bastante ansiosos, qualquer deslize e eles atirariam. – Precisamos saber primeiro o porquê.

– Isso não lhe diz respeito, garoto.

– Mas diz respeito ao meu grupo, então, sem a sua resposta, não faremos nada. – Ele se dirigiu em russo a um dos soldados, devia ser o líder da operação. Ele pensou por uns instantes e depois deu em leve aceno com a cabeça, concordando. Eles destravaram as suas armas e se prepararam pra atirar, quando levantei o meu braço machucado, fazendo os outros revelarem as suas posições, exceto as garotas, que continuaram nos seus devidos lugares. Em clara desvantagem, eles travaram novamente as suas armas, as abaixando em sinal de rendição.

– Não é necessário ter violência.

– Não queremos matar ninguém, queremos apenas respostas. Mas se nos forçarem, saibam que não hesitaremos. – Destravamos as nossas armas, saquei uma pistola e a destravei.

– Foi a condição que a Doutora Cristina nos impôs. – A menção do nome Cristina fez a Laura deixar cair a sua faca no chão, ela parecia mais assustada que feliz.

– Quem é ela Laura?

– E-Ela é a m-minha mãe. Mas o meu irmão me disse que ela havia morrido.

– Desde quando a sua mãe é médica? Por que nem falou nada?

– Eu já disse, meu irmão me disse que ela tinha morrido, não queria ficar lembrando o passado. O meu pai era um grande empresário, financiou os estudos e a carreira da minha mãe, que se especializou em bioquímica e construção de armas biológicas. A única coisa que eu sei é que o setor dela criava a cura para as armas biológicas que o governo americano criava.

– Nós a encontramos em meio aos destroços do laboratório pessoal dela desacordada. Depois de alguns meses em coma, quando ela acordou, ela falou que só tentaria criar uma cura caso encontrássemos a filha dela. Por favor, se quiser acabar com essa merda toda, deixe-a vir conosco.

– Mas, e o meu irmão?

– As nossas ordens eram de levar você viva. Não se referiram nada ao seu irmão.

– Eu vou, mas apenas se eles puderem vir comigo. – ele voltou se dirigir em russo ao líder, ele acenou positivamente. As garotas saíram das sombras surpreendendo os soldados. Rapidamente juntamos os nossos mantimentos nas nossas mochilas, junto com o máximo de suprimentos médicos que conseguimos. Subimos no helicóptero. O líder ficou no lugar do co-piloto, um dos soldados sentou-se na cadeira de piloto e ligou e, assim que todos nos acomodamos, levantou voô. Depois de algumas horas chegamos ao que parecia ser um aeroporto de Garulhos, do lado de fora estavam milhares de zumbis, todos amontoados em uma grade muito bem reforçada com estacas de madeira e barras de metal bem afixadas no chão. Mas do lado de dentro não havia ninguém.

Descemos, o barulho do helicóptero era quase insuportável para mim, tive que usar o headset durante todo o trajeto até ele desligar o helicóptero. Os russos acharam isso estranho, mas não se manifestaram, nem esboçaram nenhuma reação. Encontramos alguns Walkers dentro do da pista de pouso, atraídos pelo barulho das hélices. Eu e a Tainá rapidamente decapitamos todos, com o Bernardo e a Clara dando cobertura. Caminhamos rapidamente até um jato comercial, entramos. Sentamos nas nossas cadeiras, alguns tiveram que ficar no lugar das comissárias de bordo, e em alguns minutos, já estávamos em direção... Pra onde a gente ia mesmo?

– Vamos para uma das únicas bases de grande porte restantes. Fica na Rússia, mas precisamente na Sibéria. Os zumbis ficam mais lentos naquele lugar, se tornando o lugar perfeito para o nosso trabalho. As outras bases são duas nos EUA, uma na China, uma no Japão, quatro na África, no Egito, África do Sul, Marrocos e no Congo. Depois tem uma no oriente médio e duas na Europa, na Alemanha e na Suécia. Tinha uma no Brasil, nesse aeroporto em que estávamos, mas quando chegamos lá não havia mais ninguém vivo. Também perdemos contato com a maioria, restando para nós apenas uma nos EUA e a japonesa.

“Tentamos criar um trabalho em conjunto para impedir o avanço do vírus, então movemos todos os cientistas restantes para a Sibéria, mas recentemente temos tido problemas com o número de walkers, o número vem aumentando exponencialmente, acho que estão migrando da China e das Coréias para cá. Tentamos criar vacinas contra o vírus, mas parece que ele sofreu alguma mutação, anulando completamente o trabalho dos cientistas. Como uma das melhores acordou, pensamos que estávamos salvos, até ela exigir a filha dela.

“Usamos um rastreador que fica instalado na barriga da garota, envia um sinal todos os dias para o Computador pessoal da Dra Cristina, usamos em conjunto com o sistema de rastreamento Global e em poucos dias a encontramos.

– Nós recebíamos atualizações sobre as bases mundiais da Base de São Paulo, deve ser a base em que estávamos há pouco. – A Carmem estava sem o seu colete, ela falava olhando pro chão, parecia se sentir culpada. – Elas nos alertaram sobre as modificações do vírus e como descobri-las em outras pessoas. A nossa ordem era eliminar todos aqueles infectados com os vírus 2 e 3. – Ela me encarou nos olhos. Tinha alguma coisa naquele olhar, não entendia o que era, parecia que eu tinha algo de diferente. - Mas poupamos você Toni, porque seu corpo reagiu de modo diferente dos outros. Você não atacou ninguém desde a sua infecção. Além do mais, o Comandante temia uma revolta armada dentro da Resistência causada pelo seu grupo. Então na primeira oportunidade baniu você, para que não fosse um risco para a base, mas no final foi necessário que você voltasse.

– Então a Resistência caiu.

– Mas não foi sua culpa. O Lucas deixou dois portões abertos, além de uma das zonas de caça, fez alguns disparos, atraindo os zumbis para a base. Ele tentou eliminar o Comandante, mas felizmente o tiro não foi fatal. Ele reuniu metade da resistência, a maioria homens, recolheu o máximo de suprimentos e armas e partiu. O Comandante, mesmo ferido, coordenou uma retirada da Resistência. Graças a Deus a maior parte dos soldados era fiel ao Comandante, tivemos armas o suficiente para nos retirar. Fiquei na base para procurar alguns membros esparsos, mas a maioria que encontrei, estavam mortos, então decidi por me retirar. Devia ter ficado lá e procurado por mais pessoas. Talvez se não tivesse saído, tivesse salvado mais vidas.

– Não foi culpa sua. Quando voltarmos, vamos cuidar pessoalmente do Lucas, mas até lá, não se culpe, ok? – Ela abriu um pequeno sorriso. A maior parte de nós dormiu, mas eu e a Clara ficamos de vigia, não podíamos confiar completamente neles. Não conversamos muito, depois o nosso turno acabou e fui dormir. Acordei com alguém me chacoalhando.

– Vamos acorda, chegamos!

Descemos do jato, estávamos em meio a uma floresta, nas árvores não tinham nenhuma folha, todas se pareciam muito. Aquilo parecia uma floresta morta. “Combina perfeitamente com o mundo hoje”, ri da minha própria piada sem graça. Andamos atentos a qualquer barulho por mais duas horas, não encontramos nenhum zumbi no trajeto. Chegamos até uma casa velha, vigiada de perto por dois soldados, eles trocaram algumas palavras e o acesso foi liberado.

Dentro do casebre tinha um elevador enorme, entramos nele, coube com folga a todos. Descemos cerca de três andares, a porta se abriu e por fim uma grade, revelando o interior da Base.

– Bem vindos a Base Alpha! – A voz veio do outro lado, onde se encontravam cerca de cinqüenta soldados, com os seus rifles apontados para nós. No meio estava a Dra Cristina e outro oficial, pelo número de medalhas devia ser ele que comandava o lugar. – Por favor, entreguem as suas armas e se rendam, não queremos derramamento de sangue.

Abaixamos as nossas armas e colocamos no chão. Alguns soldados se destacaram e nos conduziram até alguns metros do Oficial e da doutora. Eles nos revistaram, retirando todas as armas que encontraram e se aproveitando das garotas. A Clara desferiu um soco com a proteção no rosto de um soldado quando a mão dele deslizou por um dos seios dela, deixando-o com um corte profundo no supercílio esquerdo. A Tainá derrubou o soldado a sua frente e ameaçou enforcá-lo, mas parou quando percebeu as armas apontadas para eles. Eles pararam de nos revistar e se afastaram.

– Muito bom, agora a garota que chamam de Laura, por gentileza, poderia dar um passo a frente. – O oficial falou calmamente. A Laura deu um passo à frente, dirigindo um olhar frio a sua mãe. – É ela doutora? – Ela acenou positivamente, com um enorme sorriso e algumas lágrimas caindo pelo seu rosto. Ela era exatamente igual à Laura, excetuando as mechas vermelhas e o corpo mais definido, amadurecido pelo tempo. Ela avançou rapidamente até a filha e a abraçou com força, dizendo que a amava e que morria de saudades dela, mas a Laura permanecera impassiva.

– O que foi filha? Não está feliz de ver a sua mãe?

– Por que você deixou o meu irmão para trás?

– Você sabe que ele retirou o rastreador, não tinha como encontrá-lo.

– Não foi por causa disso, você o odeia! – Gritou a Laura.

– Olha como fala com a sua mãe garota! – Vimos a Doutora desferir um tapa no rosto da Laura. Ela caiu no chão eu e os outros corremos para ampará-la, mas a maioria de os foi nocauteada por coronhadas na cabeça, eu escutei a pessoa atrás de mim levantando a sua arma, me desviei rapidamente e apliquei uma rasteira, correndo em seguida para proteger a Laura. Do meu lado ainda estavam acordados o Bernardo a Tainá e a Karina. Vi dois soldados se contorcerem devido aos golpes que receberam, olhei para o General, ele estava com uma máscara de gás, segundos depois duas granadas de fumaça pousam ao nosso lado, tentei afastá-las, mas foi tarde demais, vi os outros caírem e por fim eu não consegui resistir e caí em um sonho sem sonhos.


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Notas finais do capítulo

Raramente dou ponto sem nó, essa saída pra fora, ogrupo rachado, indicam que essa temporada está acabando. Ainda muitas cabeças vão (literalmente) rolar!
Bom espero que tenham gostado, o resto vcs já sabem, comentem, favoritem, e compartilhem com seus amigos. Antes que eu me esqueça, as fichas femininas estão encerradas, restaram apenas masculinas(óbvio).
Até o prox. cap.!!!



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