O começo do fim escrita por ChrisDA


Capítulo 25
Capítulo 8


Notas iniciais do capítulo

Bom Galera, mais um cap. pra vcs!



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2 de dezembro de 2015 – dia 168 – 11h12min – POV Kimberlly

Estávamos de vigia na área sul, eu e o Luka, um garoto que não tinha a mão esquerda, no lugar ele colocou uma proteção, como a da Clara, mas a dele veio uma lâmina bem maior, devia ter uns 50 centímetros. No lado sul não havia muito que fazer, só podia esperar, a rua era longa e um morro, no topo ficava o portão da base. Só usaríamos aquele portão em uma emergência. Na parte baixa ficava uma passarela que terminava numa estação do metrô, o Maicon disse uma vez que eles limparam aquele lugar, queriam usar como um posto avançado, mas desistiram da idéia depois que três soldados que ficaram de vigia ficaram encurralados e morreram. Os zumbis raramente sobem o morro, e se sobem, são alvos muito fáceis.

Era uma hora da tarde, quando escutei alguns tiros vindos de dentro da base, olhei para o Luka, ele pulou rapidamente o muro e correu em direção ao centro, sorrindo. De alguma forma sabia que aquilo tinha sido uma armação deles. Gritei para um soldado que passava, coloquei-o no meu lugar e corri em direção ao QG avisar os outros.

Em algum lugar entre o QG e o Hospital, uma multidão de zumbis bloqueou o meu caminho, me forçando a entrar no hospital. Lá dentro já estava um caos, já haviam armado barricadas e havia alguns soldados armados com metralhadoras, deitados no chão, alguns com fuzis de assalto.

Corri pelos corredores, tudo estava um caos, pessoas gritando, médicos tentando controlar os ânimos dos seus pacientes ou alguns trancando-os em salas e fazendo diversas barreiras com macas, armários, o que pudesse ser usado. Começaram os tiros, os zumbis devem ter chegado próximo o suficiente da porta. Continuei correndo até esbarrar na Michelle.

– Olha por on... Michelle! Finalmente eu te encontrei!

– O que tá acontecendo?

– De alguma forma os zumbis entraram, mas precisamos chegar ao QG e encontrar os outros. Onde fica a ala da Rita?

– Ela não vai sair de lá tão cedo, acabamos de dar um remédio para ela, vai dormir durante horas!

– Mesmo assim vamos lá, precisamos levar ela de qualquer jeito! – Gritei essa frase em meio aos tiros e barulhos de explosões, mas o número de tiros estava diminuindo, até escutar disparos em diferentes pontos daquele hospital. Chegamos à ala da Rita, mas os zumbis estavam na porta, tentando de toda forma entrar na sala.

– Tem certeza que a ala da Rita é reforçada?

– Sim eles a deixaram lá, nunca entendemos o por quê dela sempre estar tão fraca, achamos que fosse o vírus então a colocamos lá.

– Vamos até o QG, pegamos as nossas armas e voltamos para libertá-la. – Nisso eu ouvi o barulho de estática no meu rádio. O barulho do rádio atraiu os zumbis da porta. Desliguei o rádio enquanto corríamos dois lances de escada e entramos em uma sala. Eles seguiram direto, sem dar nossa falta. Voltamos a descer a escada e caminhamos até um corredor sem zumbis. Liguei o rádio e chamei a base.

– Base, aqui é a Soldado Kimberlly, na escuta? Câmbio. – Ouvi o barulho de estática, pensei em chamar de novo quando ouvi o rádio chamando novamente.

– Kimberlly, aqui é a base, na escuta? Cambio.

– Afirmativo, cambio.

– Onde você se encontra, cambio.

– Dentro do hospital, Cambio.

– Preciso que encontre os outros oficiais que estão aí dentro e ajude a evacuar os civis, cambio.

– Mas, senhor eu...

– Isso é uma ordem soldado! Cambio e desligo.

Comecei a correr pelos corredores, direcionando aqueles que ainda estavam vivos para a saída nos fundos, encontrei apenas dois oficiais vivos, eles ainda carregavam a metralhadora, agora desmontada em três maletas, duas com as peças e uma com munição, e carregavam na mão apenas pistolas. Peguei uma das maletas, entreguei a minha pistola para a Michelle e saquei outra, continuamos isso por mais alguns minutos até evacuar cerca de cento e cinqüenta pessoas.

Encaminhamo-las para a saída sul, a mais perto de nós. Paramos em um cruzamento e colocamos silenciadores nas pistolas, corremos rapidamente, abrindo caminho entre os zumbis. Treze pessoas morreram nessa corrida, se tornando novos zumbis pra enfrentar. Chegamos até o portão sul, ele estava aberto e alguns zumbis entravam por ele. Dos vinte ônibus ali, restaram apenas três, teria de ser mais que o suficiente para aquelas pessoas. Colocamos as pessoas dentro dos veículos, algumas correram até alguns prédios e sumiram entre a multidão de mortos que se aproximava.

Os soldados retiraram a tampa superior de um dos ônibus, montaram e afixaram rapidamente a metralhadora, enquanto eu e a Michelle, junto com outras duas pessoas, detínhamos os zumbis. Um deles era um cara, ele parecia ser militar e atirava bem, o outro era um civil, sem experiência nenhuma com armas. A nossa sorte era que as armas tinham silenciadores.

– Tem como andar logo com isso! – Gritei para os soldados, chamando a atenção de algumas daquelas coisas.

– Droga, a minha munição acabou. Vamos embarcar! – Disse um dos homens que nos ajudava.

– Pronto, mas só vamos atirar quando estivermos prestes a sair. – disse o soldado que ficou no teto, posicionando a metralhadora na direção da horda de zumbis.

– Pode atirar! – Os homens que saíram correndo para os prédios voltaram com algumas mochilas, acho que excetuando umas sessenta pessoas, o restante era soldados treinados. Voltaram fardados, mas poucos deles estavam com armas de fogo, mas todos tinham alguma arma branca. Abriram caminho entre os zumbis, demos apoio a eles, enquanto o soldado começou a disparar com a metralhadora. Um dos tiros atingiu um tambor, que explodiu, devia de ter algum material inflamável dentro dele. Corremos para o segundo ônibus, o mais vazio. Dentro de alguns minutos, o soldado parara de disparar e estávamos saindo da cidade.

– Ei, para o ônibus, e alguns dos nossos! – gritei acenando para um grupo de sete soldados.

– Não dá tempo vamos para o local marcado pelo chefe. - Disse o soldado, Renato, que dirigia o ônibus.

– Mas...

– Eles sabem se virar! Nossa missão é levar os que ainda estão vivos até a cidade de Florestal, lá nos encontramos com os outros e decidiremos pra onde vamos.

Sentei no fundo do ônibus, apoiei a minha cabeça no vidro, vendo os outros dois ônibus a nossa frente, De repente, um deles perde o controle e começa a capotar, o segundo não consegue frear a tempo e se choca com p primeiro, caindo na pista lateral e se chocando com alguns carros abandonados até capotar e bater em um muro. O Nosso ônibus, que tinha a metralhadora e vinha mais atrás, dando cobertura, freou bem a tempo, mas foi uma freada brusca, não dando tempo de reação a nenhum de nós. Bati com a cabeça no banco da frente, senti o meu mundo girar, a Michelle me deitou em um dos bancos, disse para descansar que olharia os feridos, vi o soldado atrás dela gritar e atirar em alguma coisa e, antes de apagar, vi a sua cabeça ser perfurada com uma bala.

~~~~~~~~~~~~~~//~~~~~~~~~~~~~~~//~~~~~~~~~~~~

Acordei dentro do ônibus, ao contrário do que pensava, estava vazio. Subi em cima do ônibus, mas a metralhadora não estava lá, caminhei entre os assentos, mas não havia nem sinal de que estivera recentemente com pessoas. Saí do ônibus para dar uma olhada ao redor, mas não havia zumbis pela redondeza, mesmo assim peguei a pistola no meu coldre, adicionei o silenciador e caminhei entre os carros até os outros dois ônibus.

Entrei dentro deles, havia alguns mortos, mas todos com perfurações na cabeça e nenhuma mochila, suprimento, nada. No terceiro ônibus, encontrei embaixo de um dos bancos uma mochila com suprimentos para dois dias, uma faca, uma cartela com remédio para dor e um bilhete com os dizeres: “Não pudemos te levar, mas deixamos contigo um mapa até a nossa base temporária. Temos suprimentos para apenas seis dias, então se não chegar em no máximo três dias, partiremos sem você Kim. Espero que leia logo e venha o mais rápido que puder. Ps.: Um grupo de Infectados nos atacou. Não sabíamos que também andavam em grupo. Um deles matou a Michelle.”


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Notas finais do capítulo

Até o prox. cap.!



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