Pov. Ally

Como Trish havia me dito, eu A-D-O-R-E-I a garota. Pam era simpática e cheia de cultura. Estávamos limpando a loja juntas e eu estava feliz.

–Então, você namora mesmo com Austin Moon? –Sorri ao me lembrar do meu loiro.

–Ele é meu noivo. O casamento irá sair logo após de meu filho nascer. –Disse enquanto limpava um lindo violão preto.

–Está grávida? –Pam arqueou uma sobrancelha com um sorriso safado, isso me fez rir, rir de verdade.

–Ér, uma longa história e um grande descuidado. Mas estamos felizes. –Afirmei recuperando fôlego. –Passei tanta coisa com esse loiro. E agora descobrimos que ele tem um irmão, acredita?

–Um irmão? –Trish parou de varrer para prestar atenção na reação de Pam. –Quando isso?

–A uns dias atrás. Ele se parece muito com o Austin, eu admito. Ele é um perfeito cavalheiro, educado, tímido e gentil. –Eu disse sorrindo. Austin ainda conseguia ser mais encantador que o irmão. E era por Austin que eu estava apaixonada, uma paixão interminável chamada de amor.

Após que toda a MM ter sido arrumada, decidi fazer uma limonada para relaxar. Assistimos um filme lindo, impecavelmente lindo e fomos dormi. Amanhã seria minha viagem para Tennessee e meu coração palpitava de ansiedade. O que aconteceria se eu fosse aceita? Eu ficaria longe assim de Austin?

–.-.-

Acordei ainda sonolenta, tomei um banho gélido para acordar e também acordei as meninas. Minhas malas estavam prontas, mas quem não estava pronta era eu. O que eu deveria falar. Aquela faculdade era o suficiente para completar qualquer sonho de uma jovem musicista.

–Ally, assim você vai suar. Não para de andar de um lado para o outro. –Trish exclamou descendo as escadas.

–Vocês vão me atrasar. –Disse ainda andando pra lá e para cá.

–Você é paranoia. Ainda faltam três horas. –Ela segurou meus ombros olhando fixamente para meus olhos. –R-e-l-a-x-a.

–Desculpe Alls. –Pam desceu as escadas correndo. –Trish demorou no banho.

–Eii! –Ela reclamou.

–Ta tudo bem. –Disse levantando minha maleta. –Mas agora vamos, o táxi está esperando.

Entramos no táxi a mais de mil. Estava agoniada com aquilo. “Respira Ally, respira.” Fui me acalmando aos poucos. “Isso garota, cuidado com os bebês”. Senti meu celular vibrando e meu coração acelerou.

–Oi Austin. –Eu disse doce.

–Ally, oi, ainda bem que consegui ligar, não queria que viajasse sem que eu falace com você. Então, como você está? –Ele perguntou. Por sua voz, identifiquei um sorriso em seus lábios. Sim, sua voz mudava quando ele sorria. Ela ficava mais doce, fofa e mais suave.

–Estou nervosa. Muito nervosa. –Constatei o maior fato.

–E nosso bebê? –Sorri.

–Esta crescendo, uma das minhas calças está ficando apertada, é engraçado, eu imaginava que isso nunca aconteceria.

–O quê? –O que? Como iria responder aquilo?

–Bom, que eu encontraria a pessoa mais perfeita do mundo para mim, que esta pessoa fosse como a última peça do quebra-cabeça incompleto. E meu coração, em um piscar de olhos, se encheu de amor, por um certo loiro sabe? –Ele deu um riso nervoso e engraçado. –Austin, eu te amo.

–Eu também te amo Ally, e o que você disse, eu sinto muito mais que isso. –Saímos do táxi. Pam e Trish conversavam sobre algo que eu não entendia, estava centrada com Austin. –Mas, falarei pessoalmente.

–Você adora me deixar curiosa. –Declarei a minha própria curiosidade. –Aus, tenho que desligar, vou me arrumar para o voo.

–Não está pronta ainda?

–Estou no aeroporto, mas é que sabe como são aquelas coisas chatas de passar a mala por aquele negocio e pelo identificador de metal e o tal do check-in e ainda ter que procurar acento...

–Ta, entendi. –Rimos juntos. –O Riker desejou boa sorte.

–Mande um obrigada por mim. –Sorri andando para a cafeteria, Pam e Trish me acompanhando. –Tchau.

–Tchau morena, e boa sorte.

–Obrigada. –Foi a última coisa dita. Mas eu queria dizer mais, queria informar a falta que ele me fazia, a saudade de suas carícias e do seu sorriso caloroso.

–Finalmente, ela voltou para nós Pam. –Trish comentou e automaticamente caímos na gargalhada.

–Sabe. –Pam começou a falar. –Eu vi o tal de Riker na TV. Ele é realmente bonito. Acho que foi o primeiro rapaz que me interessei desta forma.

Parei um minuto para raciocinar aquilo. Ela estava gostando do Riker ou eu estava imaginando coisas?

–Está gostando do Riker? –Perguntei erguendo as sobrancelhas. Ela corou e sorriu tímida.

–Ele me parece interessante. –Ai ai ai, se Riker se interessar por ela, Pam seria a cunhada de Austin...

–E ai meninas? –Me virei assustada e avistei uma cabeleira ruiva.

–Ai Dez. –Coloquei a mão no coração enquanto me levantava para dar um abraço em meu amigo. –Quer me matar do coração?

–Fiquei sabendo que vai para Tennessee. –Ele não estava brincalhão, na verdade, ninguém estava.

–Eu sei. –Disse me sentando e pegando meu capuchino. –Mas virei visitar, e quero que vocês também irem me visitar.

–Ally...

Escutei meu voo sendo anunciado, como o tempo voava.

–Tenho que ir. –Cortei Trish, a fera fez uma careta, odiava ser interferida. Abracei todos e entrei pela portinhola de vidro fosco.

Pov. Austin

Ela se fora então, Tennessee a aguardava de braços abertos, e ela estava caminhando em sua direção.

–Não fica assim. –Riker afagou meu ombro me confortando. –Você disse que já terminou de pagar aquelas super joias dela, faz uma surpresa! Comentou que o aniversário dela estava chegando.

–Verdade. –Senti meu coração bater mais rápido. Riker tivera uma ótima ideia. –Obrigado Riker.

–Precisando. –Peguei meu celular e liguei para Trish.

–Oi Trish. Ally já embarcou? –Perguntei receoso.

–Sim, precisava falar com ela? –A ouvi preocupada.

–Na verdade eu precisava falar com você e com o Dez. Quero fazer uma surpresa para ela. Dez está com você?

–Sim, estamos na minha casa.

–Coloca no viva voz por favor. –Ela colocou. –Bom, gente, eu queria fazer uma surpresa para Ally, sabe, vocês sabem que ela está perto de aniversariar.

–Sim, ela irá adorar. –Coloquei no viva também para que Riker ouvisse.

–Então, que tal fazermos uma surpresa para ela? Tipo, aparecermos por lá... –Fizemos um plano completo para oque faríamos e desligamos animados.

–Você ouviu? –Riker sorriu. –De quem era aquela voz de anjo?

–Trish? –Perguntei me questionando do que ele estava falando.

–Não, ela disse assim “Austin, você é um gênio”. –Pensei, até que eu não sabia quem era. Forcei a mente e me lembrei de algo que Alls me falou.

–Ally disse que Rosa, a mãe de Trish, adotou uma menina, deve ter sido ela. –Ele assentiu e pareceu ser tomado pelo mar de pensamentos.

Minha doce Ally, minha baixinha, minha morena. Ela estava indo para Vanderbilt, e eu iria fazer uma surpresa maior ainda para aquela garota.