O Vampiro da Minha Vida escrita por konan facinelli


Capítulo 2
Capítulo 2 - boa notícia




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/51128/chapter/2

 

Acordei com o despertados as cinco da manhã. Ainda estava abraçada ao travesseiro. Levantei e foi até a janela. O sol nem tinha nascido, mas pelo que vi, hoje prometia sol, pude ver pelas estelas no céu. Fui tomar banho.

 

Vesti o uniforme e fui para cozinha. Tomei uma golada de coca-cola direto da garrafa e decidi que hoje iria andando para a escola.

 

Cheguei na escola faltando dez minutos para começar a aula. Helena, Gina e Jane já tinham chegado. Estavam conversando. Helena sentada em seu lugar, Gina em pé e Jane no meu. Andei até elas a parei na frente de Jane.

- Sai.

- Oi também – deu um sorriso.

- Sai! - disse sem paciência, como se fosse uma ordem.

- Ah! ta bom – se levantou meio contrariada. Sentei logo que ela levantou.

Abaixei a cabeça na mesa. Ainda estou triste por ontem a noite. A imagem do Marcos drogado ainda estava na minha cabeça. Senti uma lagrima escapar.

- Clara o que aconteceu? - perguntou Jane preocupada?

- Não alarma Jane.

- O que aconteceu? Foi o Marcos? - assenti com a cabeça, começando a chorar – Sabia – sussurrou para si mesma – o que aconteceu?

- Ele cheirou de novo – falei tentando prender o choro.

- Nem sei como namora um cara assim – disse Jane com reprovação.

- Nem vem, Jane – disse Gina – ele é legal, já falei com ele no msn varias vezes.

- O que está acontecendo? - perguntou Helena. Os dentes dela estavam trincados e o nariz ligeiramente contorcido. Soutei uma risadinha.

- Cheiro ruim de novo Helena? - ri de novo.

- Deve ter alguma coisa errada nessa sala – brincou ela, estava meio sem grassa, não sabia se já tinha liberdade de saber sobre meus problemas.

- É meu namorado lá de São Paulo. Ele usa cocaína... quer dizer ele usava, mas parou por mim, e ontem ele falou que usou de novo.

- Que barra gostar tanto de alguem assim.

- É verdade. - achei esquisito o modo que ela falou como se já soubesse tudo sobre o que sinto pelo Marcos. O meu Marcos. Que o único defeito é a sua “apreciação por drogas.” - Mas ele também é legal – dei um sorriso fraco – é minha alma gemia. Vamos colocar uma caminhonete enferrujada no nosso jardim. - eu ri - Ah! E com uma arvore no meio.

Helena riu.

- Que bom para você – ela disse.

- Você acaba se acostumando com as “ideias diferentes” da Clara – disse Jane a Helena.

- Meio irmão também é assim – comentou Helena – ele faz questão de quebrar a janela do quarto.

Rimos.

 

O segundo horário de aula era de ciências. A professora Michele passou um trabalho em grupos de cinco pessoas sobre os cinco sentidos. O grupo ficou sendo eu, Gina, Estephane, Jane e Helena. Helena quis fazer sozinha, só que a professora não permitiu, Então ela entro no nosso.

- O que vamos fazer? - perguntou Estephane.

- Cartazes? - perguntou Jane – o que acha Clara? A cheia de ideias é você.

- Vamos fazer uns cartazes...

- Podemos fazer uma apresentação – disse Helena animada, a única no momento – podemos montar uma barraca fechada para a luz não entrar e... - ela murchou – e será que alguem está prestando atenção no que digo?

Eu ri. É, ninguém estava. Nós quatro estávamos boiando.

 

Ficou combinado que iriamos na casa da Helena para resolvermos como iriamos fazer o trabalho. Não foi ela que ofereceu sua casa, Gina falou que iriamos na de Helena fazer o trabalho e todas concordam. Bem todas exceto Helena, ela ficou meio nervosa com a ideia.

- Não vai dar – disse Helena.

No final conseguimos convence-la.

- Que dia é melhor para vocês? - perguntou ela ainda meio perturbada.

- Sexta e quarta não posso. Tenho aula particular de inglês – disse Jane.

- Segunda que vem tenho dentista – falou Gina.

- Não irei perder meu final de semana com isso – falei nervosa. Era isso que elas queria, nem vem! Nos finais de semana fico o dia inteiro falando com Marcos no msn.

- Que seja hoje então – disse Helena, dando de ombros.

- Hoje tá loca? - gritou Estephane – por que não quinta-feira?

- Quinta não posso – deu de ombros novamente.

- Por que? - perguntou Estephane colocando as mãos na cintura.

- Simplesmente não posso – disse dando um sorriso que Estephane, que a deixou com raiva. Eu ri.

 

O sinal da recrio tocou e os alunos começaram a sair da sala. Os raios de sol saiam pela janela.

- Estou indo na cantina comprar lanche – disse Estephane – quem vai?

Eu, Gina e Jane levantamos, Helena continuou sentada.

- Você não vai? - perguntou Jane.

- Não estou com muita fome – deu de ombros.

- Vai ficar ai sozinha? O povo vai achar que você é autista – disse Gina, eu ri – vamos. Levanta daí e vem.

Helena se levantou de má vontade da carteira e se ajoelhou do lado da mochila. Pensei que ela iria pegar dinheiro, mas tirou da mochila uma jaqueta de couro com capuz e vestiu o casaco, colocando o capuz na cabeça.

- Ta louca? - exclamou Estephane – está o maior calor e olha o sol lá fora! Vai morrer de calor!

Helena passou andando por ela sem a olhar como se ela nem existisse, passou por nós e parou seis passos a nossa frente?

- Uai, vocês não vão, não? - perguntou com um sorriso.

Fomos atrás dela.

 

Depois que eu, Gina e Estephane compramos nossos lanches, fomos sentar de baixo de uma arvore do patil.

- Não vai mesmo comer nada? - perguntou Jane.

Helena prendeu um riso, como se o que Jane disse foi piada.

- Não. Meu café-da-manhã e almoço são bem reforçados – prendeu uma risada novamente.

- Sei – disse Estephane dando outra mordida no sanduíche. -

- Helena me empresta o seu celular? O meu está sem bateria.- disse depois de engolir o pedaço do pão-de-queijo. Era mentira meu celular está carregado ao máximo. Só não quero ir na sala buscar – tenho que ligar pra minha mãe.

- Deixa eu ligar para meu pai primeiro. - Ela tirou o celular do bolso da calça da escola e digitou um numero.

- Stefan? Olha é meio complicado – ela olhou para nós três e respirou fundo – minhas colegas podei ir lá em casa hoje fazer um trabalho? - disse isso com minha cautela, como se acabasse de confessar um assassinato. Helena ficou tempo sem falar – então pode?... ta... obrigado. E tem como vir nuns buscar?... Valeu. Tchau pai.

Desligou e guardou o celular no bolso da calça.

- Er... Helena? - falei.

- Ele deixou.

- Não, não. Isso eu notei... mas será que pode me emprestar o celular agora?

Ela tirou o celular do bolso da calça e estendeu a mão pra mim. Peguei o celular e acabei encostando o dedo em sua mão. A mão dela é muito gelada! Recolhi a mão rapidamente, quase deixei o celular cair.

- Defunto! - chinguei – você tem problema? - perguntei seria.

Ela deu uma risada.

- O que? - perguntou normalmente como se não tivesse entendido.

- Você está bem? Está gelada! Está com frio?

- Eu to bem, sou assim... E você quase deixou meu celular cair. Foi caro!

- Não muda de assunto... Ah! Se quer ser um defunto ambulante tudo bem.

Disquei o numero do celular de Raquel e esperei que atendesse.

- Alô? - perguntou apresada.

- Mãe, sou eu. Tenho que ir na casa de uma colega hoje.

- Trabalho de escola?

- É.

- Então está bem. - ela pensou por uns estantes – que horas terei que te buscar?

- Olha eu não...

- Clara – me interrompeu Helena – se sua mãe perguntar fala para ela que meu pai leva vocês em casa.

- Ah! - olhei para ela meio pasma. Como ela sabia? - mãe a Helena falo que o pai dela irá nos levar em casa.

- Então ta. Filha tenho que desligar agora. Beijo tchau.

Desligou o celular.

 

Assim que saímos pelo portão da escola meu celular tocou. Helena me mandou um olhar de acusação e eu ri por isso.

- Alo?

- Clara?! - disse uma voz explosiva de felicidade. A minha voz preferida.

- Marcos? O que foi?

- Vou para BH esse final de semana!

Era a melhor noticia que eu poderia ter! Dei um sorriso enorme.

- É serio? Como assim?

- Meu pai é torcedor fanático pelo Palmeiras e vai ter jogo ele contra o Cruzeiro esse domingo aí no Mineirão – dava para sentir seu sorriso enorme pela voz – To loco pra ti ver amor! Acabei de falar com meu pai e nós dois vamos no jogo! - ele não deixava brechas para eu começar a falar, tudo saia da boca dele muito rápido – Tenho que comemorar esse fato! Nossa! - ele parecia que não acreditava no fato – Tchau amor!! te amo!! já to fazendo as malas! Te amo! - desligou. Eu não conseguia parar de sorrir, estava muito feliz.

 

Passaram-se meia hora desdo termino do horário escolar e ninguém ainda chegou.

- Helena. - disse disse Estephane sem paciência.

Helena apontou para um carro que vinha. Era um Ford Mustang Gt preto. Ele passou por nós e estacionou uns cem metros depois, de baixo da sombra duma arvora grande. Da porta do motorista saiu um homem. O cabelo era castanho claro, a pele tão branca quanto a de Helena e lindo, muito lindo. Parecia ter uns 28 anos. Vestia uma camisa polo Helena deu um enorme sorriso e acenou para o homem.

- Quem é? - perguntou Gina com a boca entreaberta.

- Esse é Stefan. O meu pai – disse ela pegando a mochila do chão e começando a andar em direção ao carro a seguimos.

Aquele homem não podia ser pai dela! Alem de não terem nada a ver um com o outro ele era muito novo para ser pai dela. Helena olhou minha cara de confusa.

- É que eu sou adotada – deu de ombros.

- Ah! - eu ri. Nunca achei que uma menina assim poderia ser adotada.

Na metade do caminho até o carro a porta do carona abriu e um rapaz saiu do carro. Ele era lindo! O garoto mais lido que sonhei já ter visto! Mais lindo do que qualquer ator de cinema, mas do que qualquer anjo. Seu cabelo era preto e todo despenteado sua pele era branca como de Helena. Tinha um leve sorriso dado em direção a Helena. Ele vestia uma calça jeans e uma jaqueta de couco com capuz. Colocou o capuz de deu um passo para fura da sombra. Andou ate metade do caminho até nós e parou. Quando estávamos a uns quatro metros dele, seus olhos pretos se estreitaram, as sobrancelhas se uniram. A respiração dele estava estranhamente irregular. Seus olhos semi-cerrados estavam parecidos com os de Helena a primeira vez que a vi: acusação, raiva... só que com muito mais intensidade. Não olhava para mim e sim para o chão.

- Helena! - disse entre os dentes trincados.

O olhar dela para ele ficou preocupado. Que diabos está acontecendo afinal? Ela se virou para nós sorriu e disse:

- Bom, eu já vou. Encontro vocês lá em casa – disse ela já andando, segurou o braço do garoto e o puxou para ele a acompanhar.

Ficamos olhando eles, ela ainda estava puxando o braço do rapaz, etá aquelas duas entidades encapuzadas virarem a esquina. Stefan acenou para nós com um sorriso.

- Vamos moças. Iremos encontra-los em casa. Não iram conosco pois não há lugares suficientes no carro.

Meio que contrariada, andei em direção ao carro.

 


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "O Vampiro da Minha Vida" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.