O Vampiro da Minha Vida escrita por konan facinelli


Capítulo 1
Capítulo 1 - O cheiro


Notas iniciais do capítulo

Essa é a primeira fic que faço. e eu espero que gostem



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Capitulo 1 – Cheiro.

 

 

 

Fui acordada pelo despertador as seis horas da manhã. Preferiria altar ao primeiro dia de aula de ter que levantar hoje, está muito frio. Me obriguei a levantar e cambaleei para a banheiro. A primeira coisa que fiz foi olhar para o espelho. O desanimo aumentou quando vi minha cara.

- Ótimo – disse para mim mesma com sarcasmo – olheiras.

Meu cabelo é preto, meus olhos são castanho-escuros, minha pele é branca, muito branca. É, me considero linda, pelo menos não sou a única que acha, sou eu e o resto de garotos da escola. Tenho 14 anos, mas parece que tenho 16.

Tomei um banho rápido só para tirar o sono. Vesti meu uniforme, e desci as escadas para tomar meu café-da-manhã. Enquanto esperava a cafeteira terminar de fazer o café tentava lembrar de meu pesadelo. Não me lembrava direito dele. Apenas a parte que estava correndo desesperada, no meio da noite escura, fugindo de uma sombra que me perseguia.

Ri por causa do sonho. Correr daquela maneira não seria, correr como uma galinha desengonçada de tão desesperada.

 

Isabel, minha tia materna, me levou ao colégio de carro. Moro longe da escola. Moro em Belo Horizonte, junto com minha mãe, Raquel, e minha tia. Meu pai, Vladimir, e minha mãe são divorciados desde meu 6 anos. Atualmente Vladimir mora no Rio de Janeiro com sua nova mulher e com seu filho Juca, meu meio irmão, que tem 2 anos. Manda e-mails duas vezes por semana perguntando como estou. Fico feliz de saber que a distancia não compromete nosso relacionamento.

- Está animada para o primeiro dia de aula, Clara? - disse Isabel com um tom comediante, ela sabe o quanto gosto de estudar.

- Estou pulando de alegria – falei com cara de coisa morta.

Isabel riu.

 

Estou na 8º ano do ensino fundamental. Só mas esse e o 9º ano e estou livre do fundamental.

Na sala de aula quase não tinha ninguém, eu era a primeira a chegar. Isso me vez sentir raiva do despertado. Bem que eu podia colocar para despertar uns vinte minutos mais tarde. Mas ser a primeira da sala a chegar tem suas vantagens. Levantei da carteira peguei um giz que guardo na mochila e fui desenhar no quadro negro um javali jow, com um biquíni com babado, fumando um cigarro, segurando uma garrafa de cachaça, sentado em cima de um macaco morto que parecia que tinha fumado um baseado. Quando acabei, ri muito do desenho, e também ri pensando da cara das pessoas quando vem aquilo. Eu sou uma peste.

Sentei em minha carteira que fica mo fundo da sala e comecei a esperar o tempo passar.

 

Uns cinco minutos passaram e a primeira pessoa chegou. Mas tinha que ser o Floriano? Ele é um baba ovo do que se diz “o bonzão da sala”, o Roberto. E ainda por cima a primeira coisa que o Floriano vez ao chegar foi ligar o ventilador. Eh droga! É um louro de olho preto muito chato.

-Tá autista aí,Clara?

-Tá doido floriano? - ignorei sua pergunta - Ligar essa praga esse frio! Só pede estar na menopausa! - gritei pra ele de raiva. Eu ri da parte da menopausa, ele prendeu uma risada.

- É, eu e sua mãe – riu maldosamente.

- Algum dia ela terá – dei de ombros -. E sua mãe também, mané... e autista é o seu cu.

Ele riu e sentou em sua mesa. Olhou para o quadro e soutou uma gargalhada.

- Que desgraça é essa? - falou entre as risadas.

- Não sei – dei um sorriso esperto – já estava aqui quando eu cheguei.

- Com certeza – usou sarcasmo.

 

Sete minutos depois Gina chegou. Gina se define assim: baixinha, cabelo castanho claro, olho castanho claro, e uma peste. É o cão chupando manga em pessoa, mas é muito divertida.

- Oi Clara – disse passando pela porta. Olhou para o quadro arregalou o olho, mas depois voltou sua expressão normal – Ah! - nós duas rimos – seduziu – rimos – só falta um pênis.

Ri pra me acabar.

- Vocês são duas idiotas que ficam rindo por coisas banais – cuspiu Floriano.

- Tá né, oh Florzinha.

- Pelo menos a gente se diverte – dei de ombros.

Gina apronta bastante, já colocou um hamster na sala dos professores, que gerou uma gritaria de coisas tipo: “RATTOO!!; colocou uma barata dentro do livro do professor de historia, Gilberto, o coitado deu um pulo de susto; colocou a famosa almofada de pum na cadeira do Gilberto; laxante na garrafa d'água da Tânia, professora de inglês... já deu para intender, não é? A vitima preferida é o professor de historia. E no final, ninguém sabe que é ela que apronta.

 

Alguns minutos depois um bando de gente começou a chegar, três delas eram Jane, Tatiane, Estephane. Estephane gritou da porta da sala “Clara!” escandalosa do jeito que é e correu para me dar um abraço. Mas em fez de abraça-la apenas disse:

- Oi – com cara de peixe morta.

Ela entristeceu, mas to nem aí. Não gosto que aproximamento humano. Bah! Estephane foi para o seu lugar com cara triste. Ela é loura de olho azul, burra e patty. Já da pra imaginar a pessoa. Mas até que é legal quando quer. O gosto musical que é horroroso: funk e pagode. Ninguém merece! The Strokes é a melhor, The Strokes, Muse e... The Beatles!

- E aí, Clara? - perguntou Jane.

- Como tem passado? - completou Tatiane. -

- Quase briguei com o despertador... quem foi que apagou o quadro?! – disse séria.

- O que tinha no quadro?

- Tinha... nada – é melhor calar minha boca.

Jane é loura também, só que não é burra e nem patty. Tem bom gosto musical. Bom, o mesmo gosto que o meu. Meio que copiou ele e Tatiane também. Ela tem cabelo preto e olho verde.

 

Quando o sinal tocou, uma mulher alta de cabelo preto entrou na sala. Dirigiu-se para a mesa do professor, deixou seu material lá e andou até o meio da sala.

- Bom dia – disse com um sorriso simpático.

- Bom dia – respondemos com unanimidade.

- Meu nome é Renata, sou sua nova professora de historia – Gina riu. Renata deu um sorriso de brincalhão – sou muito brava. Não quero conversa, hein? Não suporto criança.

- Dois! - gritei.

A professora riu.

- Olhe pelo lado bom professora – disse Ricardo – aqui não tem nenhuma criança.

- É bom mesmo – a professora estava comum sorriso contagiante. Todos sorriam – então ta gente. Bom, abram as apostilas na pagina 140. inicio do capitulo 9.

 

Depois de uns 5 minutos de aula alguem bateu na porta e abriu. Era uma garota, branca, muito branca, tão branca que faz sentir-me preta. A cor de seu cabelo era estranha, um castanho escuro avermelhado, um bronze estranho, que ia até um pouco a baixo dos ombros.. Era a garota mais linda de eu já vi. Senti uma pontadinha de inveja de sua beleza.

- Professora – disse com uma voz perfeita – posso entrar?

A professora assentiu e indicou o lugar a garota, era no fundo da sala na minha frente. A garota no meio do caminho respirou fundo e parou de andar. Tampou a nariz com as mãos, estava parecendo que sentiu um cheiro horrível. Prendi uma risadinha. Adoro rir da desgraça alheia.

- Algum problema? - perguntou a professora.

A garota tirou a mão do nariz, tentando fazer sua expressão voltar ao normal, não teve um sucesso muito convincente. Sentou em seu lugar e abraçou os ombros. Prendi uma risada de novo, mas acho que ela notou, pois começou a me encarar fuzilando-me com os olhos pretos por cima do ombro com uma cara meio... ah, sei lá! Meio nervosa, acusadora e acima de tudo medonha. Fiquei meio sem grassa.

- Oi? - sem querer falei parecendo uma pergunta.

Ela piscou duas vezes, parecendo que acabara de acordar de um devaneio ruim. Do nada apareceu um sorriso simpático no rosto. Prendi o riso.

- Oi.

- O que foi? - perguntei ainda sem grassa.

- O que? Ah! Foi só um cheiro ruim.

- Cheiro?

Inspirei discretamente não senti nada. A garota abafou uma risada. Eu não queria que ela notasse.

- Sentiu?– disse meio que rindo, como se isso fosse uma piada. Não acho que minha curiosidade seja tão engraçada assim.

- Pra falar a verdade, não.

Ela prendeu uma risadinha.

- Você é nova aluna não é?

- Ah, desculpe por não ter me apresentado. Meu nome é Helena Serra.

- Clara Soares. Você é daqui de BH?

- Não. Cheguei semana passada da Irlanda.

- Irlanda? - arregalei os olhos.

- É, mas só eu. Estava lá de intercambio. Minha família ficou toda aqui.

- Sabe falar irlandês?

- Algum problema aí atras? - perguntou a professora lá da frente da sala.

Helena virou-se para frente e não sei se foi impressão minha ou não que ela se enrijeceu de novo.

 

Quando a professora saiu de sala, os alunos começaram a levantar e ir para o corredor da escola. Helena pegou o telefone celular na mochila e discou um numero de telefone e e esperou que atendessem. Se levantou e encostou as costas a parede dos fundos.

- Stefan? - disse ela. Eu não estava olhando pra ela, para que não percebesse que eu estava prestando atenção.

- Pode vir me buscar?... não está tudo bem... pode? Valeu pai.

Deu passos rápidos e pegou a mochila.

- Tchau Clara – deu um sorriso simpático.

- Vai embora?

- Sim. Não estou me sentindo muito bem.

E foi embora. É. Essa garota é mesmo estranha. Eu ri.

- Quem é a novata Clara? - perguntou Gina.

- É Helena. Veio da Irlanda.

Gina riu.

 

De noite, quando acabei de fazer o Para Casa que as professora fizeram a graça de passar no primeiro dia de aula liguei o computador e entrei no msn. Ele estava online. O Marcos. Ele é meu namorado,tem 16 anos. Cabelos pretos e olhos azuis. Mora em São Paulo, conheci ele pela internet. Já falei com ele por telefone e já falamos pela Web can. Estamos juntos desdo inicio do ano.

Oi – digitei

Oi Clara -digitou – como foi seu dia. Foi seu primeiro dia de aula, não?

Foi sim. Entrou uma garrota muito estranha.

Aff. Sei ¬¬ como se você fosse normal.

Eu ri..

E o seu dia?

Não gosto de lembrar...

Me deixa triste quando ele começa a dizer isso. Sei o que ele quer dizer.

Você cheirou cocaína de novo Marcos?

Senti um aperto no meu coração. Ele demorou para respondeu e não o vez, ele ficou offline. Senti uma lagrima escorrer em meu rosto. Logo depois o meu celular tocou e atendi de má vontade.

- Alô?

- Me desculpe – disse ele com uma triste.

- Marcos por quê? Você prometeu que ia parar!

- É mais forte do que eu.- disse num tom triste - E meus amigos vieram aqui em casa com aquilo. Tinha dito para não virem.

Comecei a chorar.

- Não Clara – a sua voz era de sofrimento – não chore. Não sabe como me sinto mal ouvido você chorar.

Prendi o choro.

- Quero você aqui comigo Marcos – disse triste.

- Eu te amo Clara. Muito.

- Também te amo.

- Eu tive uma ideia. - disse ele tentando me animar, mas dava para ver que ele ainda estava triste - Já sei o que vai ter no quintal de nossa casa.

- O que?– dei um sorriso fraco.

- Uma caminhonete enferrujada.

Eu ri.

- Isso?

- Sim. E com uma árvore no meio – pela voz dele, notei que começou a sorrir.

Eu ri de novo.

- Eu achei que ia gostar – pela voz dava para perceber o seu sorriso.

- Eu gostei. Achei brilhante.

Ele riu.

- Amor, tenho que desligar agora – disse triste.

Fiquei sem chão.

- Não!

- Calma! - ele suspirou fundo – Queria está ai com você. Me doí muito esta longe de você.

- É. doí pra mim também.

- Te amo – disse triste – tchau. Te amo.

Desligou o telefone.

Deitei na cama, abracei o travesseiro e comecei a chorar imaginando a cena dele usando aquilo. Acabei dormindo um pouco depois.

Nós nos conhecemos pelo orkut, em uma comunidade fã de Strokes. No inicio só trocávamos musicas depois começamos a conversar. Ele é minha alma gemia: gosta das mesmas bandas que eu, mesmos artistas, filmes e tem um humor parecido, parecido mas não idêntico, ele é mais depressivo, mais sofredor, mas a vida dele é mais difícil. No inicio, ele me contou que tentava fugir da realidade com droga, também contou que foi fácil de achar pois seus amigos usavam. Depois não conseguia parar de usar, estava indo pro fundo do poço, aí ele me conheceu, dei um pouco de felicidade pra ele, motivos para rir. Ele tenta parar, mas, as vezes, é mais forte que ele.

 


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Notas finais do capítulo

e entao?
gostaram?
por favor deixem reviews dizendo se gostaram
deem sugestoes.
isso me deixaria muito feliz!!



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