Em busca da vingança escrita por Bia
PDV Viúva Negra
Eles passam a noite me atormentando com choques. E apesar de todo meu treinamento, não consigo me concentrar o suficiente para pensar no que fazer.
Vejo a Larissa chegar assustada e se ajeitar em frente a um computador.
O homem com um capuz no rosto, passa o resto da madrugada sentando em minha frente, me assistindo levar choques e gemer de dor.
Em um certo momento, quando ele desliga a energia eu me esforço para falar.
— F.C.V? Que significa eso? (F.C.V? O que isso significa?)
Ele não me responde, apenas liga novamente a energia. Trinco os dentes tentando suportar a descarga.
Ele desliga de novo e volto a falar.
— ¿Por qué todavía no sacó mi máscara? La meta no era saber quién soy? (Porque ainda não tirou minha máscara? O objetivo não era saber quem eu sou?) — pergunto arfando e levanto o olhar para ele.
— Tenho grandes planos para essa descoberta. Você logo vai descobrir. — ele diz e tento reconhecer a voz, mas não consigo.
— O que significa... argh! — ele não me deixa terminar de falar e liga de novo a energia.
—--*---*---
Os choques me deixam aérea, com pouca consciência, mas ainda sei o que está acontecendo a minha volta.
— Senhoras e senhores, lhes apresento a verdadeira identidade da Viúva Negra. Esse é o rosto por trás da máscara.— F.C.V. diz.
Então ele suspende meu rosto pelo queixo e puxa a máscara.
Eu o encaro sem acreditar no que ele acabou de fazer.
— Isabella Swan? — ele diz incrédulo.
— Perdemos o contato. Eles quebraram o elo. Não consigo restabelecer a conexão. — Larissa diz de algum lugar.
— James, tire essa garota daqui. Quero ficar sozinho com a Viúva. — o F.C.V. diz ainda me olhando. — Sua filha da puta.
Então ele me dá um soco e meu rosto vira com o impacto. E me dá outro soco jogando meu rosto pro outro lado.
— É culpa sua. É culpa sua, diaba dos infernos.
Ele se descontrola e começa a me bater.
Tudo o que sinto é dor.
Ele puxa minha cabeça em direção ao seu joelho e meu nariz dói pra caralho.
Sinto meu rosto zunir.
Ele encosta seu rosto bem perto do meu e diz:
— Isso está longe de acabar.
Antes que ele se afaste, eu mordo seu rosto e ele grita se afastando, mas a máscara fica presa em minha boca.
Cuspo a máscara no chão e o olho, tentando a todo custo ignorar a dor que se espalha por todo meu rosto.
— Desconfié que fuera tú. Te vi en el tribunal. Usted es el hijo de Aro Volturi. (Desconfiei que fosse você. Te vi no tribunal. Você é o filho de Aro Volturi.) — sorrio e toda minha musculatura dói. — F.C.V. ? ¿Serio chico? Qué patético. Hijo del Chef Volturi, eso es lo que F.C.V. significa. La venganza más idiota, Alec Volturi. Usted no ... argh!
( F.C.V. ? Sério garoto? Que patético. Filho do Chefão Volturi, é isso que F.C.V significa. Que vingança mais idiota, Alec Volturi. Você não... argh!) — ele liga a energia e dessa vez ele não desliga.
Permanece me dando choque e não sei o quanto isso demora.
Não consigo raciocinar, e eu grito, grito. Tudo que sinto é dor. Dor. Dor. Dor.
Então a dor cessa, meu corpo ainda estremece, mas os choques pararam.
— Você quer mata-la, Alec? — ouço a voz de James berrando com a mão ainda na alavanca.
— Eu quero muito matar essa desgraçada e depois matar cada um dos amiguinhos dela. — Alec diz e tem tanto ódio na voz que eu quase, quase me arrependo de ter matado os Volturi.
— Não esqueça que vou me divertir um pouco com ela, para afetar o Edward. E depois você pode mata-la. Mas o Edward é meu. — James diz com o mesmo ódio na voz.
Alec caminha pelo depósito e se senta de frente para mim.
— Ela é toda sua, James.
— Já era hora. — James diz estralando o pescoço e anda em minha direção com um sorriso maquiavélico.
PDV Edward
Então ele suspende o rosto dela pelo queixo e puxa a máscara.
— Isabella Swan? — o homem diz incrédulo.
— Conseguir. — Rose berra e o telão fica preto. — Ninguém mais está vendo a transmissão.
A sala cai em um silêncio profundo e quem interrompe é o Paul.
— A sua namorada é a Viúva Negra, Edward?
— Eu sempre soube. — Ingrid sussurra e eu a encaro incrédulo.
— Eu não estou bem... — Alice sussurra e quando a olho, vejo que ela está pálida.
— Vem, vamos tomar um ar. — Klaus passa a mão por volta da cintura dela e saem da sala.
— Conseguiram rastrea-los? — digo tentando ignorar os rostos surpresos.
— Não. — Rayara sussurra. — Caralho, a Isabella com aquele rosto de anjo é a fodona da Viúva Negra?
— Galera, eu sei que vocês estão surpresos com essa revelação, mas não podemos parar, ok? Ela é uma de nós e precisamos tirá-la de lá. — Rose diz com voz de líder.
— Como Rosalie? Se vocês não fizeram seu trabalho de rastrear esse filho da mãe? — Carlisle diz irado.
— Fizemos o possível Carlisle. Estava muito bem criptografado, o desgraçado sabia que iríamos tentar rastrea-los.— ela responde cansada.
— Porque não olhamos as imagens gravadas com mais calma e tentamos descobrir algo que nos indique onde estão? — Embry sugere.
— Ótimo Embry, faça isso junto com o Jared. — eu digo tentando tomar o controle da situação.
— Tenho uma ideia melhor. — Débora diz e eu a encaro daquele jeito como quem manda ela calar a boca. — Nós temos, na verdade. Eu e a Ingrid estávamos obcecadas pelos Pages que vocês têm. E queríamos tanto um, que pesquisamos sobre eles.
— Não temos tempo para isso, Débora. — digo a interrompendo.
— O que ela está querendo dizer, é que sabemos que os pages tem séries que é possível rastrear. Nós vimos isso enquanto pesquisávamos. Se a Viúva Negra estiver com o dela, vocês podem rastrea-la, não é? — Ingrid diz de virando para Rosalie.
— Garotas, se eu fosse o diretor do FBI, promovia as duas agora mesmo. — Rosalie diz voltando a digitar e dando instruções para o que Rayara e Paul devem fazer.
A Neiva chega e Carlisle a atualiza da situação.
— Ingrid e Débora, venham comigo. Nós vamos atrás da Larissa Alves. Ela é oficialmente uma cúmplice. Embry e Jared lidem com a imprensa. — Neiva diz e as três saem.
Sinto que a sala está me sufocando. Eu respiro fundo e saio dali. Chego no corredor e me encosto na parede com dificuldade para respirar.
Eu estava me sentindo um inútil por não conseguir fazer nada em relação a Bella. E eu sabia, sabia que era culpa minha.
Um bolo fica preso na garganta e sei que é o choro querendo vim.
Sinto uma mão no meu ombro e quando abro os olhos, vejo que é o Emmett.
— Cara ... — digo mas não consigo terminar, pois minha voz embarga.
— Eu sei. Eu também estou me sentindo assim. Eu sei, Edward. — ele fala com os olhos cheios de lágrimas e me puxa para abraça-lo.
— Meninos... — Rayara põe a cabeça no corredor. Nos afastamos e a olhamos. — Conseguimos acha-los. Vocês não vão acreditar onde eles estão.
—--*---*---
PDV Viúva Negra
James passou os últimos momentos me espancando, devo ter perdido a consciência em algum momento.
Acordo quando James joga um balde de água fria em meu rosto e eu tremo segurando o grito quando a água toca meus machucados.
— Você ainda está ai, querida? — Alec pergunta colocando o rosto bem perto do meu. — Não se preocupe, em breve você vai pro mesmo lugar que o meu pai e você vai contar a ele como foi que eu vinguei a morte dele. Aproveita e se explica ao Jasper o porque de você ter o matado.
Eu me sinto fraca. E após muitos anos sinto medo. Naquele momento eu percebo que eu não quero morrer. Eu quero poder consegui perdoar a mim mesma por tudo de errado que fiz. Quero poder consertar as coisas com Carlisle e com o Edward.
Eu não quero morrer. Mas eu sei que é o que vai acontecer. Meus amigos não conseguiram me localizar. E eu ia morrer.
— Já chega, James. Eu quero matar essa vadia. — Alec diz ameaçadoramente e eu engulo a seco. Já enfrentei bandidos perigosos e aqui estou eu, com medo de um mauricinho.
Ele pega um revólver e aponta na minha testa.
Engulo a seco e tento parar de tremer, mas o frio é demais.
— Suas últimas palavras vadia. — Alec pergunta e James nos observa ainda com a maldita câmera ligada. E sei que ele vai mostrar todo o conteúdo ao Edward depois.
Me esforço para falar algo que me faça superior ao Alec, mesmo diante dessa situação toda.
— Os gritos de seu pai na hora em que ele morreu, foram como música aos meus ouvidos. — digo na minha voz normal e fungo tentando tirar o sangue que escorre do meu nariz.
O olhar dele brilha enquanto aperta o revólver na minha testa e contrai o rosto em ódio.
— Adeus Isabella Swan.
Fecho meus olhos e ouço o barulho do tiro.
PDV Edward
— Não acredito que esse desgraçado teve essa audácia. — digo endireitando minha escopeta.
— Só vamos acabar logo com isso. — Carlisle diz ansioso.
Eles estavam escondidos num depósito que ficava perto do prédio do FBI. Eu, Carlisle, Paul, Embry e Jared estávamos prontos para invadir o local.
E outro grupo de apoio, estaria pronto para entrar em ação se precisassemos. E uma ambulância para cuidar dos machucados da Bella.
— Eu vou na frente. Me dêem cobertura. — eu digo me esgueirando pelo canto da parede.
Seguro a arma em uma mão e com a outra abro a porta devagar. Franzo o cenho pois estava destrancada.
Ajeito a arma e entro devagar, vasculhando o lugar. É uma antesala e está vazia.
No canto vejo uma outra porta e aceno para os meninos que me dão cobertura e vou em direção a ela.
Me encosto ao lado e com a ponta da arma abro a porta. Quando olho para dentro vejo o desgraçado do James com a câmera apontando para o fundo do depósito.
Então não consigo enxergar mais nada, pois o ódio embaça minha visão, largo a escopeta que dispara com o impacto no chão.
James me olha assustado e eu me jogo em cima dele o socando.
— Seu desgraçado, eu vou te matar. — berro montando em cima dele sem parar de enche-lo de soco.
— Que porra, Edward. Tem um homem fugindo. — escuto a voz de Carlisle ao longe, mas meu foco está em desfigurar a cara desse filho da puta.
— Isso é por cada machucado que você fez nela. Seu filho da mãe. — minha mão dói e meu peito infla ao ver a cara dele cheia de sangue.
— Tirem ele de cima do James. — ouço a voz de Carlisle.
Quando vou dar outro soco, alguém passa o braço por debaixo da minha axila e me puxa.
Eu esperneio, tentando me livrar, com o olhar focado em James caído no chão.
Embry se agacha ao lado de James e checa seus sinais vitais.
— ME SOLTA! — berro para a pessoa que está me segurando.
— Ela está chamando por você, Edward. Que porra. A Isabella está muito mal. Ela chama por você. — só então ouço a voz de Paul atrás de mim.
Só então tiro meu olhar de James e viro em direção ao fundo do depósito, onde Carlisle e Jared desamarram a Bella.
Eu sacudo meus braços, e dessa vez Paul me solta.
Ando até eles e chego no momento em que eles a colocam deitada no chão.
— Bella... — me agacho ao seu lado acariciando seu rosto que está todo machucado.
— Edward, ele fugiu. Ele fu.. — ela começa a tossir.
— Shii, tudo bem. Nós vimos, estão indo atrás dele. Tudo bem. Não fale nada. Os paramédicos já estão entrando. — meu coração se aperta quando ela faz uma careta de dor.
Ela está com o rosto inchado, machucado e banhado de sangue.
— Você vai ficar bem.
— Eu sei quem é o F.C.V. , Edward. Eu sei quem é... — ela começa a respirar fundo como se estivesse com falta de ar.
— Bella... Bella — eu a chamo e ela continua com dificuldade para respirar.
Os paramédicos chegam me empurrando para o lado.
— Ela está com dispnéia. Não vai aguentar chegar até o hospital. Temos que entuba-la. — um deles dizem enquanto a examinam.
— O que está acontecendo? — Carlisle pergunta ao lado deles.
— Senhor, por favor nos deixe trabalhar. — o outro fala enquanto o primeiro começa a colocar um tubo na boca dela.
— Senhor Carlisle? — Embry o chama. — Ele está desacordado.
Olho em sua direção e outros dois paramédicos vão até eles, enquanto um vai levando a maca com Bella.
— Eu tenho que resolver essa bagunça, você pode acompanhar ela, Edward? — Carlisle diz com o olhar perdido.
Ainda desnorteado, eu assinto e vou atrás dos paramédicos que estão levando a Bella.
Ao entrar na ambulância, vejo outra chegando. Provavelmente para levar James.
Continua ...
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