Em busca da vingança escrita por Bia


Capítulo 46
046 - (2° Temp)


Notas iniciais do capítulo

Um dos meus capítulos preferido.

Boa leitura ;)



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PDV Viúva Negra

Desde que eu cheguei eu sentir que tinha algo de errado.

Mas a curiosidade foi maior, novamente.

A propriedade parecia casa de veraneio, tinha realmente aparência de asilo.

Vasculho a casa e encontro uma janela aberta, imediatamente eu pulo.

É um quarto, mas está completamente vazio. Ando até a porta e abro uma fresta, e observo que dá para um corredor.

Olho de um lado para o outro e não há nenhum movimento.

Respiro fundo e saio, caminho pelo corredor e todas as portas estão trancadas, me obrigando a ir até o final do corredor, onde tem uma porta dupla.

Abro a porta minimamente e vejo que é uma sala. Mas não uma sala qualquer.

É uma representação perfeita do beco. Daquele maldito beco em que matei por engano o Jasper.

Aquilo me abala e me deixo entrar na sala.

Observo a tudo com lágrimas nos olhos e me vejo voltar para mesma cena do passado.

Me vejo caminhando olhando para trás, para ter certeza de que nenhum dos seguranças de Billy Black esteja me seguindo.

Me vejo tomando um susto quando Jasper aparece na minha frente.

E finalmente me vejo enfiando a adaga no meu melhor amigo.

Ofego como se estivesse acontecendo aquilo tudo naquele momento.

Sinto meus joelhos enfraquecerem ao mesmo tempo em que sinto uma mão tapar meu nariz com um pano embebido de clorofórmio e já não tenho mais forças para lutar.

Então eu desmaio.

—--*---*---

Quando acordo, estou sendo tirada de um carro por dois caras.

Quando um segura meu braço e me arrasta para dentro de um depósito.

Me sinto fraca, e lembro de tudo que presenciei na outra sala. Mas de algum jeito encontro forças para lutar.

Finco meus pés no chão, o que faz os dois idiotas voltarem para trás ao mesmo tempo em que bato suas cabeças.

Sinto que tem alguém atrás de mim, mas não sou rápida o suficiente e ele consegue me prender entre seus braços.

Dou-lhe uma cabeçada e ele me solta, mas sinto outra pessoa puxar meu braço e bater minha cara contra a parede do depósito.

Gemo de dor e sinto sangue escorrer do meu nariz. Fico tonta e vejo dois caras se aproximando de mim, tento socar um, mas o soco passa reto, na verdade era apenas um cara e o vi como se fosse dois.

A tontura aumenta enquanto ele tenta me imobilizar, me enrosco nele, mas de algum jeito ele consegue enfiar seu cotovelo no meu rosto e dessa vez não consigo me manter de pé.

Cambaleio e caio no chão. Ele apenas, me pega gola do meu disfarce e me arrasta para dentro. Minha bunda dói a medida que é arrastada.

E eu cedo, por enquanto.Estou zonza demais para lutar.

O cara me arrasta, enquanto mais três vem atrás de nós e mostro o dedo do meio para os​ idiotas que estão visivelmente machucados. Eles me ignoram.

Passamos por uma porta e entramos no depósito.

— Senhor, aqui está ela. — diz o cara que me arrasta, e me joga no meio do depósito, que é grande por sinal.

— Obrigado. Amarrem essa filha da mãe na cadeira. — o homem diz e eles me puxando e me jogam numa cadeira e passam a prender meus braços e pernas na cadeira.

Me endireito tentando enxergar o homem, mas ele está de costas.

— Podem sair. — os idiotas saem e finalmente o homem se vira me encarando com um sorriso torto.

— ¿Por qué no estoy sorprendida?(Porque não estou surpresa?) — digo olhando dentro dos olhos de James Porter.

— Gostou da surpresa que preparamos especialmente para você? — ele diz andando lentamente em minha direção. — Achei que fosse gostar de lembrar do passado querida. — ele acaricia meu rosto.

Eu me afasto e cuspo em seu rosto. Ele se afasta e vejo a raiva brilhar em seu olhar.

Ele levanta a mão para me bater, mas uma voz soa do outro canto da sala.

— Ainda não, James. — o loiro me encara com ódio, põe uma mordaça em mim e se afasta dizendo:

— Hora de entrar em contato com seus amiguinhos.

Eu tento ver quem é o dono da voz, mas falho miseravelmente.

Vejo James mexer em um computador, depois arruma uma câmera em minha direção.

Ele se prosta entre mim e a câmera e começa seu showzinho.

— Olá Edward. Estava com saudade?

—--*---*---

PDV Edward

As imagens que estavam desfocadas, passa a ficar limpas. E no telão aparece ...

— Olá Edward. Estava com saudades? — James Porter diz sorrindo. — Acho que estou com sua coleguinha de missões.

Ele dá um passo para trás e vemos ela sentada numa cadeira, visivelmente fraca e amordaçada.

— Não! — sussurro.

— A Viúva Negra está sob meu poder. — James diz e gargalha.

— Deixe-a em paz. — digo com o horror crescendo dentro de mim.

— Paul, localize esse desgraçado agora. — Carlisle sussurra ameaçadoramente.

Rosalie digital furiosamente enquanto Paul se instala no computador ao lado dela e passam a digitar juntos.

— Olha, vou te dizer. Naquela perseguição vocês me pegaram de surpresa. — James diz balançando o indicador em nossa direção. Cerro as mãos no punho. — Mas os planos de incriminar a Viúva Negra sobre os corpos desaparecidos, deu certíssimo. — ele para e dá uma gargalhada. — Uma pena que a intrometida da Day Freire tenha interferido. Achei que aquela ali não seria mais um problema. — ele põe a mão no queixo como se estivesse pensando. — Mas enfim, cá estamos nós. Vocês caíram direitinho novamente nessa história do asilo. Para uns agentes de FBI, vocês estão meio fraquinhos. Ou será que estamos realmente conseguindo mexer com a cabeça de vocês?

— Do que ele está falando, Rosalie? — pergunto sem desviar os olhos da tela.

— Era sobre isso que vim aqui. — Rose diz.

— Conseguiram algo? — Carlisle pergunta aflito.

Na tela, James foca a câmera na Viúva Negra que ainda está com sua máscara e ele diz:

— Creio que ela pertença a vocês. Fiquem atentos, a vida dela está nas suas mãos. — ele põe o rosto na frente da câmera — Tic Tac Tic Tac, o tempo dela corre. — sorrir maquiavélico e a tela fica escura.

— O que foi tudo isso? — Klaus pergunta.

— Que inferno, eu preciso da Rayara. — Rosalie diz sem tirar a cara do computador.

— Rosalie, me conta essa história direito. Pelo amor de Deus. — digo puxando uma cadeira para perto dela.

— Edward agora não. Só me traz a Rayara.

— Que se foda o resto, eu quero saber que porra aconteceu para ela estar lá. — digo nervoso.

— Ai meu Deus, eu não tô bem. — Carlisle diz se escorando na mesa.

— Calma senhor, senta aqui. — vejo Jared colocar Carlisle sentado.

— Rosalie...

— Edward, deixa a Rose trabalhar. Vem para cá. — Emmett diz puxando meu braço.

— Minha menina... — Carlisle lamenta-se.

— Me solta Emmett, eu ...

— MAS QUE PORRA. — Rosalie grita batendo as mãos no teclado. Todos tomam um susto e param o que estão fazendo para olha-la. Ela afasta a cadeira e se levanta irada — Deixe de ser hipócrita, Edward. Você a deixou no momento em que ela mais estava precisando de você, num momento delicado, em que até mesmo o pai dela, o Carlisle lhe deu as costas. Você só pensou em você e nessa sua culpa infinita pela morte da Jane e largou tudo para ir cuidar de uma criança que SUPOSTAMENTE é sua filha. Não te culpo por ir cuidar da Abby, eu te culpo por deixar a Viúva Negra de lado. E você sabe muito bem do que estou falando. E você Carlisle. — ela se vira sarcasticamente para ele — Você prometeu que independente do que houvesse estaria com ela. Entendo você ficar magoado, só não entendo você não a perdoar, quando você sabe melhor que ninguém por tudo que ela passou. Se vocês a querem de volta, se recomponham e trabalhem para traze-la de volta e assim poder resolver as coisas com ela. Ela é minha amiga e também estou abalada. Mas não estou deixando que isso me impeça de fazer o que eu puder para trazer-la de volta. Sugiro que façam o mesmo.

Ela volta a se sentar e todos permanecem em silêncio.

— E tragam a Rayara, por Deus. — Sibila voltando a digitar.

Todos se ocupam em fazer algo, e Emmett fica responsável por trazer a Rayara.

Meu telefone toca e sinto meu coração perder uma batida, é a Charlotte.

— Oi, a Abby está bem? — digo saindo da sala que está uma confusão e me encosto na parede do corredor​.

— Edward... Os médicos tiveram que entuba-la​. — Charlotte diz com a voz embargada​. — Ela ficou com falta de ar e ... — ela engole o choro e eu fecho meus olhos.

Respiro fundo segurando o choro que ameaça vir.

— Eu vou passar aí daqui a pouco. — digo e desligo o telefone​.

Tomo um susto ao perceber que Rosalie está parada na porta me encarando.

— Carlisle me obrigou a respirar um pouco antes da Rayara chegar. — ela explica o motivo de estar ali. — O que houve?

— A Abby teve que ser entubada. — fecho os olhos e encosto a cabeça na parede.

— Vá. — eu a encaro — Vá sem culpa, Edward. A gente segura as pontas por aqui.

— Mas você disse...

— Que não te culpo por cuidar da Abby. Te culpo por decidir deixar a Bella.

Engulo a seco, suspiro e me afasto dela indo em direção a saída.

—--*---*---

Volto para o FBI no dia seguinte por volta das 10 horas. Quando entro na minha sala, percebo a movimentação enorme que está ali.

— Edward, como foi lá? — Rosalie me pergunta parando em minha frente com vários papéis nas mãos e com o cansaço evidente em seu rosto.

— Os médicos conseguiram estabilizar ela, vão tentar desentubar hoje a tarde. — observo que Ingrid e Débora também estão presentes e trabalham numa mesa no canto fazendo alguma anotação. — O que está acontecendo? Chamaram reforço? — pergunto apontando para as meninas.

— Carlisle. — ela responde revirando os olhos. — Ele está decepcionado com ele mesmo por ter deixado a sua garotinha desamparada e agora quer toda a ajuda possível. A Chefe Neiva chega a qualquer momento. Tenta falar com ele Edward. Ele foi o único que não saiu dessa sala durante a noite. Todos fomos dormi um pouquinho, ou tomar um café. Ele foi o único que se recusou.

— Vou falar com ele. — olho de soslaio para Carlisle que analisa dados com Embry e Jared.

— Rosalie! — Rayara berra aflita e todos param de fazer o que estão fazendo e a encaram.

— O que foi? — Rose diz indo até ela.

— Estão tentando invadir a nova criptografia​ que colocamos. — Rayara fala ainda digitando.

— Droga. — Rose se senta em outro computador e passa a digitar.

Encaro Emmett que engole a seco me encarando de volta e a sala toda fica tensa.

— Gente, eles vão conseguir passar. — franzo a sobrancelha com meu coração acelerando. — Paul, vamos tentar rastrea-los de volta por meio do sinal que receberemos. — Paul se senta em outro computador, começando a digitar também. — Assim que eles entrarem no ar, comecem.

Rose diz para Paul e Rayara.

— Edward, tente enrolar ele o máximo possível. Quanto mais online ele ficar, mais tempo teremos. — eu aceno a cabeça e passo as mãos na lateral da minha calça para enxugar o suor.

— Embry dá para salvar a transmissão? — Carlisle pergunta.

— Acho que sim, senhor. Vou tentar fazer isso.

— Boa Carlisle! — Rose exclama.

Os telões começam novamente a se acender. Meu coração martela no peito.

— Olá Edward. Como vai velho amigo? — James aparece no mesmo lugar de ontem, e vasculho o lugar atrás dele procurando ela.

— Vou bem. Só é uma pena você não ter permanecido no lugar onde te deixei. — digo ainda procurando a Viúva.

— Você vai pagar caro por ter me jogado naquela prisão. — ele diz enraivecido.

— Você se colocou lá. Eu não te forcei a cometer um crime. Onde está ela? — digo com raiva.

E olho para Rosalie que sacode a mão, dando a entender para que eu o enrole mais.

— Eu quero vê-la.

— Você quer? — James diz e gargalha. — Interessante Edward, você age como se estivesse no controle da situação.

— O que você quer, James?

James sorri para a câmera, dá uns passos para trás e puxa a cortina revelando a Viúva de pé encostada num alambrado de ferro, com os braços abertos presos e as pernas abertas também presas.

— Olha só a garota de vocês. — ele gesticula para a Bella que por incrível que pareça ainda está com a máscara e o rosto machucado do mesmo jeito que estava ontem. — Isso que vai acontecer agora, é culpa sua, Edward. — James então põe a mão na alavanca e olha maquiavelicamente para a câmera. — Isso vai doer.

Ele puxa a alavanca e a energia é ligada dando choque nela que grita e se contorce.

— SEU FILHO DA PUTA, PARE COM ISSO. EU VOU TE MATAR, SEU DESGRAÇADO. — berro batendo os punhos em cima da mesa.

— Cadê esse rastreamento? — Carlisle diz baixo.

— Está muito criptografado senhor. — Paul sussurra.

Ele desliga a alavanca e a Bella perde as forças nas pernas, ficando pendurada pelas mãos presas e as pernas ficam bambas.

— Eu não quero nada de você. Só quero te prejudicar da mesma forma que me prejudicou por me jogar na cadeia.

— Continua Edward... — Rosalie sussurra sem parar de digitar junto com a Rayara e o Paul.

— Deixe-a em paz, seus assuntos são comigo. — digo me controlando para não gritar.

— Temos uma surpresinha para vocês. — James diz e aponta para alguém fora do alcance da câmera.

James sai e um homem com um capuz no rosto aparece.

— É o F.C.V.? — Alice sussurra, mas ninguém precisa responder, pois todos sabem que é ele.

— Larissa, agora é com você. — o homem encapuzado diz com a voz alterada por programa de computador. — Só para tirar a dúvida de vocês, eu sou o F.C.V. , sou a mente por trás de tudo que lhes acontecem. O James vai aproveitar também, já que foi de grande ajuda.

— Jared, rastreie a Larissa agora. — escuto Carlisle sussurrar.

— O que você realmente quer de nós? — digo para o homem.

— Eu estou em busca da vingança. E saibam que eu estou me deleitando nesse banquete. — ele aponta e diz — Larissa, agora.

— Rosalie, eles invadiram todos os canais de Tv do país. — Rayara sussurra.

— O quê? — Rose diz incrédula. — Por isso não conseguimos rastrea-los logo.

O homem no vídeo, se prosta direito na frente da câmera e começa a falar. E agora nós sabemos que todo o Estados Unidos estão vendo.

— Olá povo dos Estados Unidos. Interrompo a programação de vocês para um anúncio importante. Essa mulher... — ele aponta para a Viúva que mal se aguenta de pé. — ... foi tachada por muito tempo como um anjo.

— Mas que porra, façam alguma coisa. — Carlisle diz nervoso.

— Estamos trabalhando senhor. — Jared sussurra.

— Um anjo que ajudava as pessoas. Mas eu lhes trago a verdade. Essa mulher é uma assassina. Ela é a verdadeira culpada pela morte dos Volturis. — o homem diz enraivecido.

— Alguém interrompe a transmissão dele, agora. — eu digo contendo o ódio

— Rayara e Paul, fiquem com a localização deles. Vou interromper a transmissão. — Rose diz.

— Ela esteve tão obcecada por vingança, que foi capaz de matar e sacrificar a vida dos próprios amigos por causa de seus objetivos. — o homem caminha até parar ao lado da Viúva. — Senhoras e senhores, lhes apresento a verdadeira identidade da Viúva Negra. Esse é o rosto por trás da máscara.

Então ele suspende o rosto dela pelo queixo e puxa a máscara.

 

 

 

 

 

 

 

 

Continua ...


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