Jeans escrita por lucy Oliver


Capítulo 2
Capitulo 2




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Depois de alguns minutos, minha mãe se levantou, e foi ate a porta e chamou uma enfermeira, e disse que ela pudesse vir me arrumar para ir embora, e depois a porta se fechou...eu estava sozinha, abri os olhos.

O caminho pra casa foi silencioso, sentei atrás no carro, queria dar espaço pra ela , sempre era assim...eu sentava na frente e ela começava a reclamar, e depois chorar pois não sabia como reclamar ainda mais comigo, então quis fazer algo diferente, quando chegássemos em casa ela reclamaria e me colocaria de castigo....mas agora eu precisava pensar , o motivo pra eu ter ido parar no hospital, o motivo pra minha vida esta uma droga.

Depois da morte do meu pai, minha mãe se casou com outro cara, no inicio ele parecia ser legal, sempre era gentil comigo. Mas com os anos, se tornou um monstro, já ouvi falar de padrastos que abusam de suas enteadas, e minha mãe mandava eu agradecer por isso não acontecer comigo, e dizia que eu tinha muita sorte, bom eu não achava. Eu era invisível naquela casa, ele simplesmente fingia e tratava como seu eu não existisse, me colocando em um nível abaixo do coco de vaca, mas seres invisíveis deveriam fazer tudo em casa, sim, queriam que eu, um ser desprezível e vazio, fosse um exemplo de empregada domestica.

Esse pode parecer um motivo fútil, mas é fácil julgar sem esta passando por essa situação. Uma garota de 17 anos, que só tem aquilo como família, não era inspirador. E também esse era um dos motivos para tudo isso, meu passado e meu presente me rondavam, nunca esquecia, o que acontecia na escola e em casa, por anos minha vida foi uma droga, e o que eu sofria na escola, não havia como ser mudado, pois minha mãe não me ouvia e eu não podia sair daquele lugar, pois era a única escola com vagas na minha cidade.

Assim que chegamos em casa, fui a primeira a sair, e abri a porta de casa rezando para que não houvesse ninguém estupidamente irritante dentro, pra dizer que eu era uma jovem idiota e mal agradecida ,entrei....sorte, não havia ninguém. Minha mãe estava no carro ainda, e eu estava me sentindo suja e com fome, fui ate a cozinha e peguei uma maça na geladeira, e fui pro meu quarto, peguei a toalha e depois de comer a maça, fui em direção ao banheiro, assim que cheguei na porta, vi que estava do mesmo jeito que havia deixado, giletes na pia e sangue em quase todo banheiro.

– Droga!

Comecei a limpar e depois de uns vinte minutos, tudo estava pronto e limpo. Fui colocar as coisas fora, quando percebi a porta ainda aberta, o carro ainda na frente, minha mãe ainda lá dentro do carro. Eu não sabia o que fazer, não queria falar, então joguei fora o lixo e fui tomar banho. Eu usava ataduras nos pulsos, e elas molharam, o que significavam, ter que troca-las por novas, mas não tinha, e eu teria que andar de casaco no verão. Mas tudo bem, já estava acostumada. Quando terminei tudo, fui na cozinha e minha mãe estava lá.

– Até quando você vai fazer isso?- ela não me olhava, apenas olhava pro nada e falava com voz de raiva. – Até quando você vai ser tão infantil de achar que dessa forma você vai resolver seus “problemas” se é que eles existem...afinal, você só passa o dia no quarto, come o que quer, na hora que quer, fica na frente do computador o dia todo, e se fosse outra mãe teria tirado isso de você já. Essa é a terceira vez que vamos pra emergência só esse mês, não conto nem o ano porque... eu estou cansada disso, preciso arrumar um emprego e não me preocupar com você, com 17 anos, você não é uma criança, sabe o que é certo e errado, aprenda que nem tudo que parece ser certo é certo.


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