Jeans escrita por lucy Oliver


Capítulo 12
Capitulo 12


Notas iniciais do capítulo

foi mal a demora, problemas :/ espero que gostem :)



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Em dez minutos, uma professora entrou na sala, junto com mais uns nove alunos, uns sentaram na frente e outros foram para trás, muitos ali eu não havia visto mais cedo na primeira aula, o que significava que a maioria ali entrava na sala na hora que quisesse. A aula era de português e a professora ensinava bem, passou uma redação sobre a violência contra menores nas ruas, e todos se mostraram interessados, eu estava gostando da aula dela, sempre gostei de português e aquilo era bom, me ocupava escrevendo e aquilo tirava da minha cabeça meus problemas e feridas tanto as causadas pela gilete quanto as causadas pelas pessoas. Enquanto eu me perdi em pensamentos enquanto escrevia, a professora chegou perto da minha banca:

– Essa sala pode não estar sempre cheia, mas conheço um novato. Como você se chama?

Levantei a cabeça assustada por ela ter me notado.

– Sophia Thompson, senhora.

– não precisa me chamar de senhora, me chame de Anna, ou professora mesmo, bom seja-bem-vinda. E como você é nova aqui, começarei a ler a sua redação.

– Eu... eu... acho...melhor...não...não...hm eu...não acabei a minha ainda.

Ela riu e todos me olharam e eu me sentia desconfortável com toda aquela atenção:

– Não se preocupe, temos duas aulas, e eu irei ler a sua- ela sorriu vitoriosa e foi em direção a sua mesa onde pegou o livro “ Orgulho e Preconceito “ e começou a ler em pé. Alguns alunos haviam me notado naquele instante e continuavam me olhando, enquanto o resto voltou ao papel, não sabia se estavam escrevendo mesmo ou apenas fingindo fazer algo na sala, na metade da segunda aula, ela passou na banca de cada um e recolheu o papel, percebi que todos fizeram algo, então ela chegou na minha, pegou meu papel e me lançou um olhar que parecia dizer “ tenha calma, eu não mordo “ ela se sentou e começou a corrigir, no final, na hora de sair da sala, ela chamava um por um e entregava, fui a última a ser chamada, ela pediu para eu me sentar e falou:

– Não entendo o porque que você esta aqui mas, sua escrita é ótima, coisa que faz muito tempo que não vejo aqui, você sabe usar as palavras e tem uma ótima noção de pontuação, muito bem, levou maior nota da sala, continue assim- ela sorriu e eu agradeci, sai da sala sem saber o que fazer.

–Oi! – um garoto de cabelo preto e olhos com lentes de contato vermelhas falou comigo, ele usava roupas normais, e não fedia a cigarro como a maioria, reconheci ele da ultima aula ele sentou atrás com o resto e foi um dos que continuou me encarando.

–Oi.

Ele me deu um sorriso sincero e estranho ao mesmo tempo:

– Como sei que você é nova aqui, e não sabe de nada que ta rolando, eu te ajudo...

Ele pegou meu braço e me levou pelo meio do multidão de jovens, bati em alguns mas quando me vi no refeitório, sorri pra ele sem querer, e ele me olhou com um interesse e logo me arrependi de ter dado aquele sorriso, ele me puxou um pouco mais pra frente, porque alguns alunos pediam pra passar e estávamos na frente.

– Bom, você pode se servir do que tiver, eu disse tiver porque não é colégio rico que tem tudo o que queremos, um dia tem purê, outro pão com gosto ruim, bom...depende, e sim, meu nome é Wesley, eu tenho 19 anos e o seu é?

Eu realmente cogitei a ideia de simplesmente enrolar ele, e não dizer meu nome, mas ele havia feito algo de bom, algo de ninguém fez ali por conta própria, droga, eu teria que ser gentil:

– Sophia.

–Bom Sophia, eu gostei de você, gostei tanto que te deixo comer na minha mesa, vamos, pegamos a comida e sentamos com meus amigos.

– Mas...

– Não se preocupe amorzinho – ele pegou no meio queixo e olhou em meus olhos – Eu estou aqui, estou contigo, ninguém vai te morder. – Ele riu e foi pra fila, e eu fui andando logo atrás, sim...eu não fazia a mínima ideia de quem era aquele ser estranho, mas era melhor que ficar perdida numa porcaria de reformatório, tudo bem que eu preferia comer sozinha, mas não sabia direito onde era a sala, e não sabia como sair dali, odiava esse sentimento, de ter que precisar de alguém, e o pior...esse alguém seria um garoto estranho com lentes vermelhas, que me chamava de “ amorzinho “. A fila era enorme, e quando chegou minha vez, peguei uma tigela de sopa e uns pães, enquanto Wesley pegou uma enorme tigela de um molho que ele dizia ser segredo dele e da cozinheira. A mesa de Wesley tinha uns seis amigos, quatro garotos e duas garotas, ele falou de modo rápido o nome de cada um e eu não me lembro mais o nome de nenhum, só lembro que no final todos falaram “ eai Sophia “ e uma garota piscou pra mim, e me chamou de princesa, enquanto um dos amigos que usava gel nos cabelos perguntou alto se eu e Wesley estávamos nos pegando... eu sacudi a cabeça de forma de negação, e só pensava e sair dali o mais rápido possível, assim que os amigos terminavam, davam um ate logo e iam embora, e no final Wesley estava cheio e olhou pra mim com a boca suja de molho estranho, nada sedutor.

Pedi a Wesley que me levasse ao banheiro, e me explicasse onde seria a sala 2 porque eu poderia ir só, ele fez uma cara triste e me explicou, disse que ia no quarto dele, e até me falou o número.

– Se quiser me fazer uma visita a noite... – ele piscou e virou as costas para ir ao seu quarto.

Eu entrei no banheiro e me olhei no espelho, aquilo era realmente o que eu queria? Não. Lavei meu rosto, e prendi meu cabelo, sai do banheiro e parecia que o reformatório tinha sido raptado, não havia ninguém no corredor, então olhei no relógio, e vi que faltava ainda uns vinte minutos pra próxima aula, eu andei devagar esperando encontrar alguém e perguntar o por que daquilo, aquele lugar estava me assustando, ouvi uns passos no outro corredor, e segui sem pensar, os passos pararam na sala de música, um garoto loiro estava em pé de costas olhando para o piano, eu observei ele, andava de um canto ao outro, te se sentar perto do piano e ficou olhando ele, de repente endireitou a coluna e virou um pouco o rosto, não o suficiente para eu vê-lo:

– Sabia que é feio bisbilhotar os outros? – ele tinha uma voz bonita e grave, uma voz calma mas ao mesmo tempo nervosa.


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Notas finais do capítulo

obs: espero que gostem do Wesley rsrsrs



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