Jeans escrita por lucy Oliver


Capítulo 10
Capitulo 10




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Meu domingo foi apenas me acordar na hora do almoço e fica assistindo filme, depois minha mãe entrou no quarto e disse que queria conversar antes de eu ir embora pro reformatório, então sentamos na cama e ela começou o discurso:

– Você sabe o por que de tudo isso, não sabe? Sabe que você agiu de forma errada e agora esta pagando pela sua atitude. Não sei o que deu em errado em você ao empurrar aquela menina em cima das bicicletas, você nunca foi de ser violenta, e do nada tem uma atitude dessa. Tudo bem que seu psicólogo falou que era traumas das suas percas, mas assim é demais, eu não tive tempo nem cabeça pra conversar com você desde aquele dia, e você não parece afim de conversar... e pare de revirar os olhos, você sabe o quanto isso me irrita, só quero que saiba, que eu irei te amar sempre, e que quando você estiver boa, o suficiente você poderá sair de lá. Você tem sorte, muita gente, esta lá por anos, e não tem nem chance de sair, e você...tenho esperanças que tudo volte como era antes. – Ela sorriu, com lágrimas nos olhos e me abraçou. Se levantou e segurou minha mão por um longo tempo. – vamos comer? Eu e você? Estou te esperando.

Depois do almoço, minha mãe foi no quarto dela e me trouxe uma caixa e me deu:

– Um presente, pra você ter um pedaço da sua família.

Dentro da caixa azul, havia um porta retrato de madeira com uma foto antiga da minha verdadeira família, lembro desse dia muito bem, era nata e todos estávamos com roupas novas, eu tinha 6 anos e meus avós estavam me abraçando e mamãe estava rindo, meu padrasto estava tirando a foto, era um momento tão feliz. Eu chorei naquele momento, abracei minha mãe e agradeci pelo presente, era a melhor coisa que eu podia ter ganho. Meu padrasto havia ido na casa do irmão, então o dia era apenas eu e minha mãe, depois do almoço, assistimos Grease e tomamos sorvete, depois pedimos pizza e fomos arrumar direito minhas malas. Quando era umas nove da noite, minha mãe beijou minha testa e me deu boa noite, e foi dormir. Eu não estava apavorado pro outro dia, mas também queria estar pronta e sendo assim fui dormir mais cedo.

A segunda começou chuvosa, e antes das seis e meia eu já estava no carro, a caminho do reformatório, as aulas começariam as sete e meia e eu ainda tinha que achar meu quarto novo. Por sorte, não era muito longe e não teve trânsito. Não havia ninguém na entrada apenas os carros dos professores, mas não havia carros de pais levando o filho, ninguém , simplesmente vazio de pessoas, como eu. Ao entrarmos no salão principal, um mulher de cabelos pretos e roupa roxa estava nos esperar, ela sorriu pra gente, e nos levou ao seu escritório, era um lugar muito arrumado e cheio de fotos de alunos se formando.

– Sabe o porque que tenho esses quadros por toda sala?- ela me perguntou. – como todos sabem, aqui não temos os melhores alunos da cidade, mas ainda temos alunos, que tem sonhos e que querem se formar, e nosso ensino, ainda é dito como o melhor entre os reformatórios do estado, muitos enxergam reformatório como uma prisão, e aqui não é isso, é só uma escola para alunos que tem alguns problemas que podem ser concertados, e todos esses que estão na parede são exemplos de alunos, que entraram com problemas, notas baixas, violentos, e saíram educados, e prontos para se formar em algo que queira, eu me orgulho deles, me orgulho muito mesmo, digo ate que são meus filhos - ela deu uma risada cansada e sentou, me olhou e mexeu na papelada.

– Sophia, certo? Bom... seja muito bem vinda, são sete horas agora, e você tem meia hora pra olhar seu quarto e achar sua sala de aula, aqui estão seus horários, e no seu quarto estarão todos matérias que você irá precisar em sala de aula, livros, cadernos , lápis e canetas. Seja bem vinda! – ela sorriu e levou eu e minha mãe ate a porta e nesse momento, Charlotte estava passando e falou comigo, não respondi, mas a diretora chamou ela e falou algo no ouvido dela, deu uma piscadela e disse que ela iria nos levar até meu quarto.


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