Supremacy escrita por Eleanor Kenway


Capítulo 8
La Première Partie


Notas iniciais do capítulo

Senti tanta falta de vocês *-----*

Antes de tudo quero pedir desculpas, não pude postar por um longo tempo e não queria ter decepcionado vocês. Saibam que eu jamais vou deixar a fic de lado.
Eu gostaria de agradecer pelos 53 comentários ~vocês são incríveis *-------*



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_Eu fui tão estúpida! –levantei do sofá bruscamente e joguei violentamente os papéis sobre a mesa –Tudo faz sentido agora! Inferno! Se eu tivesse me esforçado mais, talvez poderíamos impedir!

Coloquei as mãos sobre o rosto e me apoiei na mesa.

_Todos nós fomos idiotas! –Petrus disse tentando me acalmar. Bucky continuou calado.

Vamos ter que lutar, vidas serão perdidas e descartadas como meus fones de ouvido! Não tem como evitar essa guerra. Ela já está planejada há anos, o ataque à Ordem Francesa foi só o começo da parte feita pelos Templários, e não tem como saber o que a HIDRA fez!

Dei uma gargalhada insana. Bucky enrugou a testa para mim.

Ah! Cá entre nós, essa é a hora perfeita para se começar uma guerra! Com a SHIELD arruinada e com a suposta vitória dos Templários sobre os Assassinos...Não tem ninguém que possa impedi-los.

_Eles não sabem que nós sabemos dos seus planos! –exclamei com uma chama de esperança ardendo dentro de mim. Abaixei minhas mãos e peguei novamente os papéis –Olhem só! Nós temos parte das informações deles!

_Char...

_Me ouça Bucky! –o interrompi –Nós podemos reverter a situação! Podemos agir no escuro! Olha, a HIDRA ainda está se recuperando do ataque que eu executei em uma de suas principais bases. Podemos atrasá-la assim! Ganhamos tempo e fazemos aliados!

Olhei ao redor desejando que eles não duvidassem da minha sanidade. Petrus me encarava com um brilho intenso nos olhos, e Bucky...Olhava-me admirado.

§

Steve estava moído. A SHIELD havia providenciado tudo e em menos de 10 minutos após o fim da reunião ele e Natasha já estavam no jato mais veloz (que sobrou) da SHIELD; mas toda essa velocidade não representava conforto, a aeronave era pequena, só tinha 4 bancos e seu estofado era duro como uma cratera repleta de lonsdaleíta.

Agora o Capitão América poderia dizer que finalmente sentira o peso da idade; chegou em Viena com uma enorme dor nas costas e um desconforto muscular gritante, e ele esquecera de contar com uma coisa que desregulara notavelmente sua noção do tempo: o fuso-horário.

§

Ainda havia uma coisa me perturbando. Certo artefato capaz de controlar o mundo e que fora deixado em minhas mãos...E bem, eu não quero isso em minhas mãos! Mas eu também não posso permitir que caia nas mãos dos Templários.

Nas ultimas semanas essa coisa começava a dominar meus pensamentos, e eu estava ficando preocupada com isso. Sentia-me na necessidade de voltar à França e buscar aquele maldito pedaço do Éden que não me importunava desde o ataque em Reims.

E se Bucky não quiser ir comigo...eu vou entender...

_Certo Charlotte? –Fui arrancada dos meus devaneios por uma pergunta de Petrus. Bucky e ele estavam conversando sem mim. Era bom vê-lo fazendo amigos.

_Sim –falei com medo do que eu acabara de concordar –Eu não concordei em dividir minha comida, concordei? –recuperei meu ânimo.

Bucky arqueou sua sobrancelha direita para mim enquanto Petrus respondia:

_Ah! Não era nada importante... –trocou um olhar malicioso com o Soldado.

Lancei meu melhor olhar de desconfio aterrorizante aos dois e dirigi-me a um pequeno armário e peguei um pacotinho de Pringles.

§

Com a boa e velha língua universal, Steve e Natasha conseguiram reservar um quarto em um hotel peculiarmente caro e com problemas nos quartos com camas separadas (porque só havia quartos com camas de casal era uma pergunta que eles gostariam de fazer).

Quando eles perceberam, já era noite, e o zeloso Capitão América sugeriu que eles esperassem amanhecer para fazer o que tinham que fazer, e por mais que Natasha não tenha gostado da idéia, fora obrigada a concordar.

Então dormiram, próximos o bastante para fazer o Capitão corar, mas longe o bastante para Natasha admirar o peitoral nu do homem.

§

_Então você e Petrus estavam falando sobre seios e atributos femininos?

Bucky me encarou e pude perceber, mesmo que mínimo, um sorriso divertido em seus lábios.

_Seu idoso sem vergonha! –exclamei em tom de brincadeira –Os senhores da sua idade jogam xadrez e lêem jornal.

_Isso é um estereótipo ofensivo –me olhou com o canto dos olhos enquanto caminhávamos para um local destinado ao treino dos aprendizes, futuros Assassinos.

Depois de muita insistência da minha parte, Petrus concordara em nos levar até lá, mas “Só se você prometer que não vai se irritar com nenhum deles, são só crianças” ele dissera. E eu acabei descobrindo que as crianças de Petrus eram na verdade 203 marmanjos de 16 anos ou mais.

E quando entramos na enorme sala de treinos repleta de sacos de pancada, arenas de parkour e adolescentes, todo o barulho foi cessado e minha pele quase adquiriu um tom vermelho quando notei esses novices que eram quase o dobro do meu tamanho.

Os garotos olharam assustados para o Soldado e antes de qualquer coisa, Petrus se pronunciou:

_Ele é um aliado.

_Aliado? –um deles, o que agora tomava a frente e parecia ser o mais velho, deu um sorriso de deboche –Até pouco tempo atrás esse cara estava destruindo os Estados Unidos.

_Bom saber que vocês assistem noticiários –Bucky disse antes de eu dar uma resposta muito mal educada para o garoto –Mas isso não faz de você um culto, garoto. Alguém me mostrou que eu posso escolher o que quero fazer...-olhou de relance para mim, sorri e olhei para o chão –E é melhor vocês me terem como aliado do que como inimigo.

Cheguei mais perto de Bucky e sussurrei em seu ouvido:

_Você é minha diva.

Ele esboçou um sorriso convencido e passou fabulosamente a mão pelos cabelos.

_Essa é Charlotte –Petrus apontou para mim –É uma das nossas melhores assassinas –se não a melhor-, e vai responder todas as suas perguntas.

_Eu vou? –Perguntei.

_Vai –o Assassino respondeu com um sorriso vencedor –Vamos lá Lottie, são só adolescentes. Além do mais, é bom que você os conheçam e vice e versa. A Ordem dos Assassinos se sustenta plenamente pela confiança entre os membros.

Revirei os olhos e esperei a primeira pergunta.

_Você é francesa? –um dos garotos me perguntou, obviamente percebendo meu sotaque.

_Sim.

_Quantos anos você tem?

_Vinte e seis aninhos.

_Hã, qual a sua estação do ano preferida? –uma das poucas garotas me perguntou.

_O inverno –olhei com o rabo do olho para Bucky e vi o Soldado Invernal morder os lábios.

Eu disse isso claramente sem pensar, disse isso torcendo para que parecesse uma indireta clara como um cristal lapidado. O fato era que: eu realmente estava perdendo o controle, e as emoções que eu tentei por tanto tempo não ter, vieram. O temível Soldado Invernal estava revirando meu estado psicológico sem piedade alguma, e eu torcia por ter o mesmo efeito nele que ele tem em mim.

As perguntas continuaram.

_Eu ainda não acredito que franceses possam ser assassinos –o mesmo garoto que estava a frente de todos disse.

_Você acha que eu sou fresca por ser francesa? –perguntei estreitando os olhos.

_Não, na verdade você é bem quente. –deu uma risada sarcástica sendo acompanhado por mais alguns meninos.

_Você é muito abusado, garoto! –Estudei sua expressão, ele me desafiava. Isso não terminará bem.

Ele deu uma risada de escárnio e retrucou:

_Vai me bater com uma baguete?

Petrus colocou as mãos na boca para tentar esconder o riso e Bucky me olhava com uma cara de “se fosse comigo, eu não deixava”.

_Eu não diria isso se fosse você – Belshoff disse claramente provocando e Bucky soltou uma risadinha.

{...}

As madrugadas em Viena são frias, sempre serão escuras, mas nunca foram tão acolhedoras quanto naquele dia.

A sessão de perguntas realmente não terminou bem, o garoto acabou sentindo o gosto de seu sangue que escorria da recente fratura no nariz.

O que efetivamente fizera Charlotte encarar uma das mais frias madrugadas de Viena foi uma missão que já dava inicio à parte do plano que a Assassina tinha em mente para adiar a guerra iminente.

Vestiu seu manto e junto com três aprendizes, Charlotte subiu até o telhado da base provisória dos Assassinos. Bucky ficou na base junto com Petrus e os outros Assassinos.

_Então, por onde gostaria de começar? Porque eu não sei nem qual é o nosso alvo.

Charlotte olhou para o aprendiz, deu um sorriso de lado e respondeu:

_Vamos cortar parte do fornecimento de armas dos Cavaleiros Templários...Um vigésimo, mais ou menos... –olhou para os garotos que a olhavam incrédulos –Ah, pelo amor de Deus! Vocês queriam sua primeira missão, não queriam?

Com isso ela disparou pelos telhados do centro de Viena, os aprendizes sofreram para alcançá-la e ainda mais para manter uma curta distância entre eles.

Charlotte corria pelos telhados como se estivesse correndo em um solo plano, dava saltos de um telhado para o outro como se não fossem nada. O vento batia em seu rosto e fazia com que seu manto chacoalhasse. Andou até a borda de um telhado, esperou os aprendizes e começou a escalar o sobrado antigo de fachada estrategicamente elaborada que tomava a frente deles.


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Notas finais do capítulo

Hallo!
A roupa da Lottie e o manto --> http://www.polyvore.com/assassin/set?id=124371291 Dentre todas que eu fiz, gostei mais dessa :3 o link do manto está ao lado

Queria novamente pedir desculpas pelo meu atraso e mandar um beijo especial pra Nanda Soldier, Queen, Bianca Di Angelo,Gábbs Evans e pro Douglas Winchester, amo vocês *3* ~não se esqueçam de mim Gábbs e Nanda, mal posso esperar pra tirar o atraso e ler logo os capítulos novos daquelas delícias de fanfics que vocês escrevem~

Muito obrigada por lerem meus amores
Küsse