Supremacy escrita por Eleanor Kenway


Capítulo 6
A Spark Will Now Ignite


Notas iniciais do capítulo

Oi :3 meus gafanhotos. Como vão?
Primeiramente ~boa noite~ eu gostaria de agradecer à Agente Sanders, Pamella Christina, peggycarter, Jade Jenner, Bia chan, Queen, Gábbs Evans, Cherry, Douglas Winchester e Bianca Di Angelo por comentarem!
E muito obrigada à Bianca Di Angelo pela sua recomendação linda!
Vocês me deixam tão feliz com os comentários :’)

Tô meio atrasada. Desculpa >< Mas eu fiz o capítulo bem grande pra compensar o atraso haha. Bem, eu ia postar um capítulo bônus primeiro, mas deixei de lado, tamanha era minha ansiedade para postar o capítulo!

Vão ter uns links e umas explicações nas notas finais.

PS: recomendo que leiam as notas iniciais da história, porque eu expliquei uma coisa lá que talvez não tenha sido bem explicado nos capítulos. Vai ajudar bastante vocês ^^

Até as notas finais o/
Enjoy :3



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_Tesc tesc, péssima hora para se cobrar um favor Charlotte! –Alex gritou apoiado no avião.

Gargalhei alto e respondi caminhando pelo hangar calmamente com Bucky ao meu lado:

_Você que não saia por aí distribuindo favores!

_Porra! Eu achei que você fosse esquecer! Eu só queria parecer educado. –disse gesticulando com as mãos e arregalando os olhos fingindo desespero.

_Eu nunca me esqueço Alex.

Olhei para Bucky e ele estava com uma cara não muito boa. Oh Deus, espero que ele não pense que foi uma indireta. Se esquecer do seu passado deve ser horrível.

Cheguei no avião e dei um abraço em Alex.

_Bom te ver –falei com um pequeno sorriso.

_Eu sei –ele respondeu. Esticou a mão para cumprimentar Bucky –Prazer cara, eu sou Alex Moore.

O Soldado olhou receoso para a mão do homem em sua frente e por fim lentamente a apertou. Sempre escondendo seu braço de metal coberto pela manga de sua jaqueta e com as mãos no bolso. Ele tinha se recusado a usar luvas.

Bucky e eu tínhamos lhe comprado algumas roupas. Seus cabelos estavam ficando maiores.

Alex subiu as escadas do avião e segurou minha mão em um ato de cavalheirismo, me ajudando a subir na aeronave.

_Quero que conheçam meu novo bebê –abriu os braços dramaticamente. Sua voz carregada de orgulho.

_Essa maravilha é um Bombardier Global 6000, um espetáculo de autonomia e tecnologia. A melhor parte é que não precisaremos fazer escalas –Alex continuou a falar sem tomar fôlego –Divirtam-se crianças e, por favor não explodam esse avião, certo Charlotte?

Murmurei um “certo” emburrada enquanto Alex se dirigia para a cabine do piloto.

{...}

A viajem foi tranqüila e silenciosa. Bucky e eu trocamos meras duas palavras. Estávamos agora no saguão de um hotel em Viena, e Alex na rota de volta aos Estados Unidos.

_Verzeihen Sie mir, aber ich habe keine zimmer mit getrennten betten –“Perdão, mas eu não tenho quartos com camas separadas”. A recepcionista disse em alemão.

_Es verfügt über zwei Einzelzimmer in der Nähe von einander? –“Tem dois quartos individuais perto um do outro?”. Respondi. Bucky me encarava sem entender nenhuma palavra do que eu dizia.

_Nein. Just haben separate Schlafzimmer, und selbst dann werden durch die Etagen des Hotels (nicht auf der gleichen Etage) verstreut. –“Não. Só temos quartos separados, e mesmo assim, estão espalhados pelos andares do hotel (nenhum no mesmo andar)”.

_Não tem quartos com camas individuais –Falei para Bucky, que deu os ombros -Vernünftig. Zimmer Suiten, richtig? Ich behalte mir bis vier Tage. Ich will den höchsten Raum wie möglich. –“Ok. Quartos suítes, certo? Reserve-me um por quatro dias. Quero o quarto no andar mais alto possível”

_Im 15ten Stock. 221 Zimmer, ja? –“No 15° andar, quarto 221. Pode ser?”. Falou me entregando uma chave.

_Ja! Vielen Dank! –“Sim! Muito obrigada!”. Depois de ter efetuado o pagamento das diárias, eu e Bucky subimos de elevador até nosso quarto, nossas malas já estavam lá.

_Oh meu Deus! Quarto 221! Isso é tão legal!

_O que tem demais no número do quarto? –Perguntou-me Bucky.

_221 não é nada menos que o endereço fictício de Sherlock Holmes! 221B Baker Street. Quando a gente voltar para casa, nós vamos assistir Sherlock...você vai ver! Quem sabe não queira ler os livros também.

Descemos do elevador quando ele fez sua parada no décimo quinto andar. Abri a porta do quarto e me joguei na cama de casal com os lençóis recém trocados.

A suíte era grande e bem decorada, seu papel de parede era branco com detalhes prateados; a espaçosa cama de casal era bem aconchegante e em sua frente, uma televisão presa por um suporte à parede; a sacada mantinha o ar elegante que o lugar passava.

Senti meu celular vibrar em meu bolso, era uma mensagem da Rebecca:

ATUALIZAÇÃO: Rua de Pallenbergstraße (não se esqueça que seu colecionador está no Distrito 13).

Mandei um “obrigada” enquanto abria minha mala e tirava Charlie de dentro dela.

_Por que trouxe uma vaca pra cá? –O Soldado Invernal me perguntou e me olhou estranho.

_Porque eu preciso dormir abraçada com alguém. Quer que eu durma agarrada em você?!

_Se quiser –ele deu os ombros se fingindo se sonso –Não me incomodaria.

Estreitei os olhos.

_O nome dela é Charlie –dei um sorriso meigo e mostrei o animalzinho de pelúcia para o soldado, ignorando sua afirmação anterior.

{Coloque para ouvir https://www.youtube.com/watch?v=XqsfkgfwbGE (Les Friction -Firewall)}

Fui até a sacada e me sentei na grade repleta de arabescos. Fiquei observando a cidade.

_Eu não conseguiria viver desse jeito –falei enquanto observada a cidade, aquele caos de pessoas indo e vindo sem se importar umas com as outras –As pessoas meramente existem, não vivem! Tão monótono. Você já imaginou acordar e fazer a mesma coisa que você fez no dia anterior?

Estava tão concentrada nas ruas que nem reparei que Bucky estava agora do meu lado. Seu olhar era distante, inexpressivo, porém seus olhos eram tristes e cansados.

Ele respondeu:

_Quando sua vida é dinâmica demais, você começa a desejar a monotonia. Essas pessoas vivem mais do que nós...

§

*Charlotte respirou fundo, segurou na grossa viga de metal e elevou seu corpo sobre ela. Andou devagar sobre a viga, apostando em seu equilíbrio, chegou na ponta e se agachou. Pôde ver com clareza todo o distrito de Hietzing. O vento batia em seu rosto e esvoaçava seus cabelos. Ela fechou os olhos e sorriu. Charlotte sentia-se livre. Poderia jurar que ouvira uma águia pipilar nos céus, voando. A águia representa coragem e força, porém para a assassina, representa a liberdade, pairando poderosa e imponente acima de tudo e todos.

**Charlotte se levantou, abriu os braços, e pulou da torre de 34 metros de altura. Ela sorriu enquanto caia, inclinou seu corpo para adquirir mais velocidade e rodou no ar, ficando agora de costas para o chão. Pendurou-se novamente em uma viga antes de cair os 15 metros restantes e suas costas irem de impacto com o concreto nada macio.

Bucky observou Charlotte terminar de descer da torre.

_Hietzing é tãããão grande! –ela disse arrastando a voz enquanto caminhava até Bucky.

{...}

A tarde já chagava ao fim. Os dois haviam, finalmente, achado o tal colecionador.

_Não está à venda! –o velho disse em perfeito inglês.

_Mas isso é uma figurinha autografada do Capitão América! –Charlotte exclamou. Bucky revirou os olhos enquanto analisava a sala lotada de armas e objetos da segunda guerra.

_Se você veio até aqui por isso, perdeu sua viajem.

_Eu não vim por isso! Soube que você possui uma Dog Tag na sua coleção, uma dog tag bem rara e especial.

_Eu tenho muitas delas –ele disse se apoiando no balcão em frente à Charlotte. Deu um sorriso de escárnio.

_James Barnes –ela falou e ele depositou a plaqueta de identificação sobre o balcão.

_80 mil euros.

_Eim?! –a assassina se espantou –Isso é um absurdo! E eu nem sei se é realmente original!

_Tudo aqui é original –o velho disse entre os dentes.

Ela deu um sorriso mal intencionado.

_Como conseguiu tudo isso?

Ao invés de se irritar mais ou responder, o homem sorriu maldosamente quando olhou para as cicatrizes nos pulsos de Charlotte.

_Você se corta?

Charlotte puxou a manga de seu casaco para tentar cobrir as marcas em seus pulsos.

_Não –respondeu.

Tudo aconteceu rápido demais para a assassina assimilar com clareza. Bucky tinha sua pistola apontada para a cabeça do velho colecionador enquanto este agarrava os pulsos de Charlotte.

_Ele é da HIDRA –O soldado disse.

_Os agentes de hoje em dia são tão incompetentes. –o velho se aproximou de Charlotte, que tentava freneticamente se soltar do homem –Mas não se preocupe querida, logo esses agentes levarão vocês de volta a HIDR...

Bucky desferiu o cano da pistola na nuca do homem, que caiu em cima do balcão e depois escorregou para o chão. Charlotte pegou a Dog Tag do balcão, ela não iria pagar.

Os dois saíram apressadamente da loja e pararam bruscamente quando fuzis foram apontados para seus rostos. Charlotte contou 15 deles.

_Foi mais fácil do que eu esperava –disse um agente da HIDRA em tom de deboche.

Charlotte e Bucky trocaram um olhar cúmplice. Ambos tinham notado uma pequena floresta, e ambos não se entregariam sem lutar, mas não lutariam em uma área residencial. Eles tentariam levar o combate para longe das pessoas inocentes.

Desataram a correr como se fugissem de leões famintos. A assassina sentia-se como uma gazela, ela riu com esse pensamento. Charlotte se amaldiçoava por ter deixado seu machado no hotel.

_Eu achei que seria mais divertido –outro agente da HIDRA exclamou enquanto eles dobravam a rua. Apesar de serem agentes muito bem treinados, as armas pesavam e os atrasavam.

O cheiro do eucalipto invadiu as narinas de Charlotte. Ela e Bucky correram para o meio da densa floresta, se separaram e se esconderam entre as arvores e arbustos. Esperaram os agentes chegarem e se embolarem juntos no meio. Um deles, que parecia ser o líder da missão, fez um sinal e os 15 agentes se separaram adentrando cada um em uma parte da floresta.

______________

O Soldado Invernal estava agachado entre os arbustos. Ele agarrou a perna de um agente com seu braço de metal e o derrubou no chão. Silenciou o agente e quebrou seu pescoço. Ele o matara fácil e silenciosamente, como gostava. Os outros agentes estavam espalhados e bastante longe uns dos outros para ouvir qualquer ruído ou socorrer os demais. Uma falha mortal, constatou o soldado.

______________

Charlotte andou em passos leves atrás de um agente. Por mais que o solo estivesse coberto de folhas e galhos, seus passos não faziam barulho algum, era como um fantasma.

Parou atrás do agente e tampou sua boca, liberou suas lâminas ocultas e cortou a garganta do homem. Ela segurou o corpo do moribundo e o pousou delicadamente no chão. Pegou a arma do homem e sorriu analisado-a, o fuzil m16 tinha ainda capacidade para efetuar muitos disparos. Ela pegou a alça da arma e a pendurou no ombro.

A assassina andou apressadamente com as lâminas ocultas expostas até outro agente, esse, diferente do outro a viu, mas não teve tempo de chamar os companheiros. Ele piscou e se viu ajoelhado, cuspindo sangue.

______________

Bucky se viu rodeado de cinco corpos, dos agentes que ele acabara de matar. Sua pistola estava descarregada, mas ele preferiu deixar as armas dos agentes com os corpos. O Soldado Invernal estava louco para um combate corporal.

Mais dois agentes se aproximaram, dessa vez juntos. Bucky se abaixou quando um deles tentou lhe acertar com sua m16 e desviou do tiro com um giro no ar. Arrancou as armas dos agentes e as jogou longe. Segurou o pescoço de um agente e tombou seu corpo até ouvir um estralo e esse gritar de dor, largou o homem que ficou gemendo no chão com as mãos nas costas, ele não andaria nunca mais.

O soldado deu uma rasteira no último agente, mas antes que pudesse finalizar seu ataque a lâmina que saíra do pulso de Charlotte perfurou o coração do homem. Ela se virou e deu um tiro na cabeça do homem que agonizava, calando-o e livrando-o de seu sofrimento.

_Tem mais 4 –A assassina disse e entregou o fuzil que carregava ao soldado –eu prefiro lutar do jeito antigo –sorriu de lado.

A luta se pôs fim rapidamente, porém em determinado momento Charlotte fora atingida pelo cano da arma de um agente nas costas, ela urrou de dor e ficou no chão. O agente, como recompensa recebeu cinco tiros do Soldado Invernal, apesar dele morrer já no 1° tiro.

Charlotte e Bucky voltaram ao hotel, eles não estavam preocupados com os corpos que deixaram para trás. Sabiam que a HIDRA iria cuidar disso, porque o que ela menos queria é que sua agência saísse das sombras e as pessoas tomassem conhecimento sobre ela.

{...}

Bucky estava sentado nas escadarias descobertas do hotel. Já era noite, e o tempo fechava-se, logo iria chover. Mas ele não se importava. Charlotte andou em passos lentos, suas costas ainda doíam muito, e se sentou do lado dele.

_Eu me pergunto se vale à pena continuar –ele disse distante –Estou botando vidas em risco, pessoas inocentes poderiam ter morrido hoje.

_E você pretende o que? Voltar para a HIDRA? –Charlotte disse quase incrédula –Sinto muito acabar com a sua graça, amigo, mas você provoca bem mais caos quando está com ela.

_Você saiu ferida hoje. Pode morrer amanhã.

_Eu corro esse risco todos os dias –ela o interrompeu.

_Eu matei 8 pessoas hoje como se não fossem nada! –ele ignorou Charlotte -Eu nem sei se vou me lembrar. E se lembrar, eu não sei se consigo procurar o homem que se diz meu amigo, Steve, e dizer que está tudo bem. Nunca vai ficar. Ele é um herói, e eu sou uma arma.

As gotas de chuva começavam a cair.

_Você vai se lembrar, mas vai precisar lutar! As coisas serão assim daqui para frente –Charlotte o olhou de forma afetuosa. Ela se lembrou das histórias fantásticas que os veteranos amigos de Hugo lhe contavam, sobre o patriota Capitão América e seu melhor amigo, determinado e corajoso, Bucky Barnes.

_E sabe de uma coisa? –ela continuou –Eu estou vendo o Bucky Barnes em minha frente, e ele está bem aqui –pousou sua mão sobre o lado esquerdo do peito do soldado –Porém, o Soldado Invernal também está. O que vai definir as coisas Bucky, é qual dos dois você quer ser.

Com isso ela segurou as mãos do soldado, deu-lhe um sorriso, se levantou e entrou no hotel quando a chuva começava a engrossar. Deixando o soldado sozinho para pensar, e uma plaqueta de identificação em suas mãos. “James ‘Bucky’ Barnes” estava escrito nela “NASC:10/03/1925”.

{...}

As palavras de Charlotte foram as suficientes para arrancar o sono de Bucky sem piedade. Ele pensava. A dog tag estava pendurada em seu pescoço. Sua dog tag, ele gostava de pensar assim.

Euestou vendo o Bucky Barnes em minha frente, e ele está bem aqui,porém, o Soldado Invernal também está”. A frase ricocheteava em sua mente. E agora ela parecia fazer sentido.

O que vai definir as coisas Bucky, é qual dos dois você quer ser”.

Ele fechou os olhos e sorriu brevemente.

_Eu quero ser os dois.


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Notas finais do capítulo

Esse é o Alex :3 ->{ http://youngadulthollywood.com/wp-content/uploads/2013/02/Jamie_OUAT_S01E07_Part600452320-32-44.jpg }

*É a sincronização de Assassin’s Creed, onde um assassino, de um lugar alto estrategicamente observa a cidade, decorando seu mapa. Bem, sincronizando...

**O famoso Salto Da Fé de Assassin’s Creed (http://i133.photobucket.com/albums/q63/pikagurlxd/BUM%20BUM%20BUUM/tumblr_lbxn94pRfd1qd9syg.gif )

Roupa da Lottie: http://www.polyvore.com/sem_t%C3%ADtulo_80/set?id=129377817 (pois é kkkkk a guria luta de saltos! )

Charlie: http://www.polyvore.com/sem_t%C3%ADtulo_79/set?id=129146977

Acho que é isso...
Muito obrigada por lerem! Até os comentários o/
Beijos