Supremacy escrita por Eleanor Kenway


Capítulo 3
O Soldado Invernal


Notas iniciais do capítulo

Mais um capítulo o/
Estou feliz, só demorei dois dias escrevendo esse...hehe talvez eu não seja tããããão lerda assim...
Dedico o capítulo às lindas da Hannah Hutcherson, Pamella Christina e Alessandra Gates. Muito obrigada por comentarem :3

Ps: Leiam ouvindo https://www.youtube.com/watch?v=Uvm6NjKMuKU&feature=kp (Apparitions- The Raveonettes... acho eles muito fodas :3)



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/510237/chapter/3

Larguei minha moto à 3Km da base da HIDRA, numa floresta que fechava e deixava a base quase impossível de se localizar, e comecei minha caminhada.

Eu realmente não poderia chegar correndo ou de moto, gastaria a energia que poupei com muito custo e chamaria atenção demais. Chamar atenção é desrespeitar um dos mandamentos mais importantes do nosso Credo. Assassinos são discretos...a menos que a atenção seja necessária para o sucesso da missão, caso contrário: se esconda e aja como um fantasma (porque é isso que todos pensam que nós somos).

Eu tinha me preparado muito bem, treinei o resto do dia e da noite.

Me equipei com o de sempre: meu inseparável e adorável machado; facas de arremesso (ah sim, muitas delas); uma pistola; minhas lâminas ocultas,pois é, elas não são opcionais; e pequenas bombas mas com um enorme bum ( “O tamanho não é documento” essas bombinhas são muito fodas) que eram as únicas novidades do meu arsenal.

Avistei a base e me escondi em meio as árvores que subi para ter uma visão melhor. Saltei da árvore para o telhado e me abaixei. Haviam seis agentes fazendo uma ronda completa.

Atirei duas facas que penetraram na nuca de dois agentes que gorgolejaram um pouco de sangue antes de morrer atraindo a atenção dos outros quatro. Mirei em outros dois e saltei liberando as lâminas ocultas, caí enfiando as lâminas em suas costas. Levantei largando os outros corpos.

Agora só faltavam dois, e ia ser luta, pois eles já estavam avançando contra mim. Tirei o machado do suporte que ficava preso junto ao coldre e esperei os agentes chegarem mais perto. Mais perto...mais...só um pouco, isso! Girei para adquirir impulso e degolei os dois de uma vez com meu machado.

Limpei o sangue que espirrou em meu rosto e tratei de esconder os corpos e roubar crachás o suficiente para ter passe livre por pelo menos um ano nesse inferno.

_Certo, fase 1 de 5 concluída.- sussurrei pra mim mesma. Ok, eu tinha dividido o plano em fases e parte delas envolvia bastante sangue e bum. Eu não sou uma psicopata, sou uma sociopata (Hehe Sherlock demais...Minhas séries ainda são meu vício).

Passei um crachá no leitor que ficava na porta e entrei, virei de costas, sempre atenta, e fixei uma bombinha na maçaneta. Voltei minha atenção ao corredor em minha frente e comecei a andar e me esconder dos agentes, isso durou bastante tempo...até eu encontrar a sala que eu queria: pequena, com grades e no centro uma máquina bem grandinha.

É aqui que eles “reiniciavam” o soldado durante todo aquele caos que aconteceu em Washington há alguns dias. Coloquei uma bomba na máquina, ela não ia explodir depois de determinado tempo. Como as outras, explodiria assim que eu apertasse o gatinho preso em minha cintura.

Saí da sala e fui executar a fase 3: achar mais arquivos ou qualquer coisa que me possa ser útil.

Sempre me mantendo escondida andei de sala em sala. Em uma delas tinha (graças a Deus!) um antigo e empoeirado arquivador, abri a única gaveta que restava dele e só o que encontrei foram fotos.

Eu estava pronta para terminar de espalhar bombas e dar o fora dali quando reparei melhor nas fotos, eram do Soldado Invernal. Ele estava de cabelo curto e na maioria delas ao lado do Capitão América.

Guardei as fotos em um bolsinho que ficava preso em minha coxa, junto com o coldre. Minha bolsa junto com os arquivos do Soldado havia ficado na moto. Não posso carregar peso desnecessário.

Eu já tinha escondido a última bombinha quando as coisas começaram a ficar interessantes.

_Assassina- a voz veio detrás de mim como um cumprimento, me virei lentamente e me arrependi em seguida.

_Ossos Cruzados- fiz uma reverência.

Brock Rumlow era seu nome verdadeiro. Ele participou do ataque à SHIELD; me espanta ele estar aqui, que eu saiba o Capitão e Sam tinham dado um jeito nele, bem doloroso, posso dizer. Ele deveria estar se recuperando, apesar de parecer quase novo em folha. Isso é impossível!

Agora vários agentes da HIDRA tinham se reunido e meu plano de entrar e sair sem muitos problemas acabara de afundar como o Titanic.

Os agentes avançaram. Arranquei o machado do suporte e com ferocidade o enterrei no crânio de um deles.

Saquei a pistola atirei no peito de um agente enquanto mais dois praticamente voavam em minha direção. Mais dois tiros e seus corpos já sem vida atingiram o chão.

Senti um ser agarrar meu pescoço e dessa vez eu estava no chão. Me levantai rapidamente chutando a cara do desgraçado, abracei o pescoço dele e o quebrei com um movimento conjunto do meu corpo e dos meus braços.

Eram muitos oponentes, quase a HIDRA inteira estava me enfrentando, nem eu conseguiria com todos eles. Apertei o gatilho e se fez a primeira explosão. Eu ia dar um jeito de sair dali, mas não antes de terminar o que comecei.

Uma chuva de farelos de concreto, fios arrebentados soltando faíscas e vigas caiu sobre nós.

Senti uma dor aguda e olhei para baixo ao mesmo tempo de ver um pedaço fino e pontiagudo de metal sendo enfiado em meu abdômen. Instintivamente levei minhas mãos ao ferimento, pensei em retirar o pedaço, mas aí o corte ia abrir mais e jorraria sangue.

Me apoiei na parede e respirei fundo. Eu precisava sair dali.

§

O Soldado adentrou na floresta. Passou por uma moto no caminho, mas não deu atenção. Só achou estranho. Mesmo assim, decorou o caminho até a moto, ela poderia servir de grande ajuda.

Parou bruscamente ao ouvir o barulho de uma explosão e ficou atento. Outra explosão. Começou a correr até a base.

___

Charlotte se arrastava pelos corredores apoiando-se nas paredes ainda tentando estancar o sangramento em seu abdômen, o metal ainda a atravessava, ela não tivera coragem de tirá-lo. Tentava ao máximo não perder a consciência e fugir das explosões.

Ela procurou uma saída alternativa, sabia que existia alguma, tinha que ter.

Voltou ao fundo da base, onde começaram as explosões, e saiu por ali. Não tinha sobrado nada daquela parte.

___

Os agentes da HIDRA corriam pelos corredores com Brock os guiando. Ouviram uma explosão quase em seus calcanhares. Era só passar pela porta e estariam a salvo. Depois Ossos Cruzados talvez voltaria e veria, se a assassina sobrevivesse, ele a mataria ali mesmo.

Mais uma explosão. Finalmente chegaram na saída, Brock colocou a mão na maçaneta.

_Merda- ele sentiu o calor queimar as suas mãos, depois o rosto e corpo. E depois fogo. A maçaneta explodiu e levou o resto dos agentes para o inferno.

___

Charlotte deu a volta por fora da base a tempo de ver a última explosão. Sorriu e se esqueceu da dor por um segundo. Sabia que todos ali já estavam mortos. Só se lamentou por só haver agentes.

Ela se permitiu cair. Sentia os braços da inconsciência se envolvendo ao redor dela, como um abraço gélido de pura agonia. Ela não queria se render, mas a dor, a dor a queria fazer desistir de tudo. Talvez se morresse, poderia ter enfim a paz.

Sentiu dois braços a envolvendo. Viu uma estrela vermelha antes de se entregar ao abismo escuro da insanidade.

O soldado correu até a mulher caída. Virou o rosto dela e se pegou olhando para ele. Ele a conhecia, sabia disso. E ter essa certeza não o trouxe sensações agradáveis. Mesmo assim envolveu os braços ao redor dela e a tirou dali.

§

Dizem que quando você está morrendo, sua vida passa diante de seus olhos. Isso é mentira.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!