Destinada escrita por Mariana


Capítulo 5
Capítulo 4 – Conhecendo o Passado.


Notas iniciais do capítulo

Heeeeeeey gente, demorei né? Desculpem, família, faculdade, problemas... Tudo junto em um só mês, para o meu desespero, mas finalmente eu voltei. Mas enfim, espero que gostem desse capitulo que tem mais um sonho. ♥



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– Mal posso acreditar que finalmente farei 17 primaveras nesse sábado. – Diz a ruiva de forma animada, quase saltitando pelas ruas se não tivesse que se comportar como uma requintada moça da nobreza.

– Sim, agora você finalmente poderá treinar os seus poderes. – As palavras saem de minha boca automaticamente, eu não sabia o que estava dizendo, mas estava. E eu usava um tom de voz bem baixo para quê só a garota ao meu lado escutasse.

– Não fale isso aqui – Repreende. – Sabe que a inquisição anda cada vez mais presente e impiedosa, não quero ser queimada viva! Sem contar que já treino á anos. – Seu tom de voz permanece ainda mais rouco do que o meu e bem mais baixo.

Caminhávamos pelo vilarejo de casa arrojadas e simpáticas, mas não parecia as casas de onde eu morava realmente, pois elas tinha uma arquitetura mais antiga e rudimentar e cavalos ao invés de carros andavam pela rua de pedra. E a mudança não estava só no local e sim na roupa das pessoas e das minhas roupas que era azul, de manga comprida e cheia de babados. Meu sonho tinha me levado para algum século passado.

– Desculpa, esta não foi minha intenção Audrey. – Digo de forma tímida, como se Audrey de alguma forma me intimidasse.

– De qualquer forma farei um grande baile em comemoração, e creio eu, que já sabe quem será meu par... Jamie Rousseau! – Sua postura continuava ereta e superior e seu ar era de conquista. De alguma forma aquela noticia me fez sentir algo diferente, mas, não era um sentimento bom, era algum ressentimento ligado a Jamie. Mas no fundo acabei ignorando, pois também me sentia feliz por Audrey, a garota que eu só conhecia em meus sonhos.

– Fico feliz por você... De verdade. Pois Jamie é um excelente pretendente. – Comenta com a amiga enquanto caminhava

– Sem duvidas. E quem sabe logo estaremos noivos. – Ela para a minha frente com sua expressão de completo entusiasmo e vitória.

– Como ficará noiva de um vampiro, Audrey? Seus pais lhe permitiriam se casar com um? – Falo assustada, mesmo sabendo que não era exatamente eu falando, mas sim Valentine, eu sentia o susto dela, mas talvez o susto na verdade era o desejo de que os dois não se casassem.

– Por favor, Valentine, temos de concordar que antes casar com um vampiro do que com um humano comum, pois eles são incomparavelmente inferiores a nós.

– Sinto muito, mas discordo de seus pensamentos, só porque humanos não nascem com os mesmos atributos que nós, não significa que sejam inferiores. – Sussurra indignada.

– Que pensamentos tolos! Logo mudo esses seus conceitos, mas, agora olha quem está nos observando... – Diz com um sorriso de orelha a orelha e olhar apaixonado e então já sei quem poderia ser.

Ao me virar Jamie estava nos observando, com um sorriso misterioso e elegante, seu cabelo escuro quase preto estava bem penteado e organizado, mas logo observo seu olho verde e consigo associar as coisas, eu conhecia aquele rosto.

[...]

Acordei confusa por conta do sonho que tive essa noite, não me lembrava mais direito dele, só sentia que ele dizia muito sobre mim. Porem deveria ser um pressentimento, ou não. Desde que li aquele texto do daquele livro, algo me perturbava mais que o normal. Valentine... Esse nome não me era estranho. Vários pensamentos, lembranças e imagens passavam sucessivamente em minha cabeça, mas ainda não conseguia montar o quebra cabeça de algo que eu deveria saber. Sem duvidas, estava ficando paranóica. E aquele livro era só uma brincadeira do meu avo.

Eu escovava meu dente, viajando eu meus pensamentos desconexos e nos trabalhos da escola quando sem querer esbarro no porta escovas de vidro lhe derrubando no chão. Dando um mini pulo para trás na tentativa de não me machucar e automaticamente me abaixo para pegar com as próprias mãos os cacos de vidro. Foi quando aprendi uma dica muito valiosa e óbvia: Não pegar cacos de vidro com a mão porque corta.

– Mas que droga!

– Michaela, algum problema? – Grita minha mãe, do andar de baixo.

– Nada mãe, foi nada de mais. – Grito de volta para ela, para que não ficasse preocupada com um simples machucado.

O Corte estava sangrando bastante, não parecia fundo de precisar de levar ponto ou algo do tipo, mas era evidente o corte. Rapidamente coloco minha mão em baixo da água corrente da torneira para aliviar a ardência do corte e ao mesmo tempo limpar o machucado. Mantive o máximo de tempo possível a mão na água, me questionando mentalmente em como eu pude ser tão burra ao ponto de tentar catar cacos de vidro com a mão sem tomar nenhum tipo de cuidado. Suspiro angustiada já pegando o resto do material para fazer o curativo com a outra mão. E quando enfim tiro minha mão de baixo da água corrente e observo que não tem mais machucado algum. Mas ainda assim tinha gotas de sangue sobre a pia. Assustada olho novamente em minha mão, procurando qualquer evidencia do corte, mas nada aparece e tudo que consigo fazer no momento era sufocar a vontade gritar que sinto. Limpo o resto do sangue na pia, os cacos de vidro no chão, enrolando em várias camadas de jornais, tentando me livrar o máximo possível daquele momento.

Termino de arrumar apressada, colocando uma bata azul marinho e uma calça jeans. E vou pra escola de carona com meu pai, pelo simples fato de meu carro estar no mecânico, depois de inesperadamente eu atropelar um esquilo que apareceu do nada e quebrou meu vidro dianteiro e também por Miranda havia me ligado avisando que não poderia me dar carona hoje.

O dia na escola foi quase como todos os outros, só pelo fato de que Miranda não estava nas aulas que deveria estar comigo, o que me fez sentir um tanto isolada, pois apesar de conversar com várias pessoas, nenhuma se comparava a ela como amiga.

Saio pela porta da frente da escola, pensando já no fato de ter que pegar ônibus, praguejando mentalmente o esquilo atropelado por ter entrado em minha frente.

– Michaela. – Ouço uma voz familiar que me faz arrepiar e me viro antes da pessoa ter chegado perto.

– Hoje eu tenho a missão de te levar pra casa, Miranda me pediu. – Jamie diz forçando parecer o mais natural o possível com aquilo.

– Não precisa, pode deixar, irei pegar o ônibus, mas obrigada ainda assim. – Digo já dando meia volta quanto paro. – O que aconteceu com Miranda?

Impaciente ele caminha até mim, sua expressão agora de desconforto mudou para algo mais neutro e misterioso.

– Miranda está resolvendo uns problemas de família... E Michaela, o que custa aceitar a carona? Mira me pediu e eu estou determinado a concluir o pedido de minha amiga.

– Ok, eu pego carona contigo. – Digo enfim, depois de pensar sobre o assunto, Jamie não me era estranho e não só por causa da escola, mas também por algo a mais. – Vamos.

Ele dá um sorriso de vitória que me deixa surpresa, nunca tinha lhe visto sorrir antes, e não podia deixar de reparar que seu sorriso era misterioso e muito bonito, isso justificava em parte do porque as mulheres viviam aos seus pés, a outra parte deveria ser porque ele realmente era lindo com seus olhos azuis, músculos bem definidos e estilo mal de blusa preta e calça escura, que ao mesmo tempo lhe dava um ar sério... Imediatamente me repreendo por tal pensamento e só lhe sigo até o carro Mercedes Benz GLK preto.

– Belo carro. – Falo enquanto entro no carro e coloco o cinto.

– Obrigado. – Responde sem dar muita atenção.

Já tinha quase pelo menos 5 minutos que estávamos indo rumo à minha casa e o silêncio se mantinha insistentemente de uma forma que me incomodava. Ele parecia estar me dando carona por obrigação, motivo pelo qual eu havia rejeitado a carona de primeira, não gostava que me prestassem favores sem que estejam com vontade

– Então Jamie... Como conheceu Miranda? – Pergunto tentando quebrar o chato silêncio.

– A conheço desde quando nasci, praticamente. – Ele diz sem retirar sua atenção da estrada.

– Legal, então são amigos de infância! Eu sou amiga de Miranda tem só três anos, mas parece amizade de toda uma vida.

– Talvez seja uma amizade de outras vidas. – Me questiona, agora me olhando brevemente, parecendo interessado no assunto. Ok, ele agora está me confundindo, uma hora eu não existo, outra hora ele me ignora e agora está interessado no que eu digo. E me deixa surpresa por ele tocar nesse tipo de assunto, não parecia o tipo religioso ou algo do tipo. Provavelmente ele deveria estar só debochando.

– Não sei se acredito nisso de outras vidas.

– Deveria acreditar, nossa alma reencarnam quantas vezes forem preciso para que nós evoluamos, apesar de que nem todos têm essa sorte. – Diz com um leve pesar no final da frase.

– Digamos que exista isso de reencarnação...

– Existe... – Me repreende enquanto prestava atenção na estrada e então reviro os olhos, um pouco irritada por ter sido interrompida.

– Eu e Miranda nos conheceríamos de vidas, por isso somos tão amigas nessa vida... – Completo e um lampejo surge em minha cabeça, onde eu e Miranda riamos, mas não estávamos com as roupas que usamos normalmente, mas sim roupas muito antigas. Confusa, balanço minha cabeça afastando os pensamentos e volto minha atenção para Jamie.

– Exato. Você na sua vida passada viu que ela é alguém para confiar. – Ele parecia dizer com certeza, na verdade ele completamente afirmava o que dizia. E minha cabeça começou há doer um pouco. O que ele reparou e suspirou parecendo culpado, passando uma das mãos pelo cabelo, pensativo e um pouco apreensivo, o que estranhei.

– Michaela... Chegamos... Amanhã nos falamos, creio que temos aula de história juntos, certo? – Havia me esquecido disso, havia uma aula com ele e nessa aula não tinha Miranda para me acompanhar.

– Certo, nos vemos amanhã, obrigada pela carona... E se ver a Mira, diz que me senti muito sozinha o dia todo na escola sem ela. – Brinco.

– Pode deixar que digo, mas tenho certeza que não se sentiria sozinho se estivesse comigo. – Ele dá aquele sorriso misterioso e sedutor e acena com a mão quando vai embora. Deixando-me mais confusa do que o comum, com sua mudança de comportamento. Mas aceno de volta com um sorriso para ele.

– Michaela! – Escuto a voz do Daves me chamando e me viro sorrindo para ele. A voz dele me causava uma alegria única e um sentimento único também, que eu teria que aprender a identificar, mas ao mesmo tempo Jamie vem a minha cabeça e me sinto um pouco confusa sobre uma escolha que ainda não existe e logo tiro de minha cabeça o pensamento.


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Curtiram? Amaram? Já estão conseguindo montar o quebra cabeça? Michaela é muito confusa né? Enfim, acompanhem, favoritem, comentem e façam uma escritora feliz, porque ela quer muito saber o que seus leitores estão achando. E claro! No próximo capitulo irei por uma playlist. *-----*

Beijooooooooooooos.



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