DRAMIONE || Compreendendo o inimigo escrita por Corujinha


Capítulo 16
Respostas e Perdão


Notas iniciais do capítulo

E aí, tem gente aí? Kkkkk
Bom, gente, em primeiro lugar eu acho que eu devo pedir desculpas por essa demora toda, mas é que minha internet está ruim mesmo e ainda vai demorar muito pra ser concertada. Eu estou postando do celular, por isso espero que vocês perdoem a falta de edição (negrito, itálico...) porque pelo celular é muito ruim de fazer essa coisas, mas eu não queria deixar vocês mais tempo sem capítulo.
Gostaria de agradecer pelos comentários, estou lendo todos aqui e quando minha internet for reparada eu vou responder todos, podem deixar.
Eu amo tudo que vocês escrevem pra mim. Vocês são demais.

Boa leitura.



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POV HERMIONE

Eu ainda estava com raiva quando cheguei no dormitório. Como ele se atreve?
Peguei os livros que eu havia deixado na minha mesinha e saí rapidamente para a biblioteca. Eu sei que havia planejado fazer uma visita a Hagrid, mas eu realmente prefiro deixar isso para outro momento, em que eu estivesse mais calma. Eu só queria ler todos aquele livros, passar o dia fazendo o longo trabalho da professora Hale e esquecer que vi Draco Malfoy hoje, esquecer o que ele me disse, esquecê-lo.
Nunca há muitas pessoas na biblioteca no fim de semana, o que fazia que fosse ainda mais fácil eu tentar cumprir minha tarefa. Sentei-me em um mesa ao fundo, coloquei livros, pergaminhos, penas e tinta em cima da mesa e comecei o trabalho que deveria se estender por todo o dia.

POV DRACO

Eu tinha pensado no que Blásio havia me dito. Eu costumo ser bem persistente, mas mesmo assim eu pensei em apenas ignorar a existência dela pra tornar a vida de nós dois mais fácil, mas eu confesso que eu não consigo.
Bom, isso quer dizer que seja lá no que for que isso vai dar eu estou oficialmente embarcando nessa. Se é ela, que seja ela. Eu não consigo tirá-la da minha mente. Isso chega a ser incômodo porque eu não seu lidar com essa situação, nunca aconteceu de uma garota quase me enlouquecer como essa maluca está fazendo.
Mas ela é como... Proibida pra mim. E talvez eu mesmo tenha feito as coisas desse jeito. Qualquer um nessa escola sabe que eu e ela não éramos capazes de ficar no mesmo recinto sem querer matar um ao outro. Aquele velho conflito Puro sangue X Sangue Ruim. Agora eu sinto o quando isso é um pensamento repulsivo. O que esperar? Meu pai colocou isso em minha mente desde que eu era uma criança, que pessoas que não tinham descendência bruxa como nós eram seres inferiores, e ele não foi capaz de me ensinar nada de bom, nada proveniente de uma pessoa de caráter.
Quem diria, olhe onde estamos agora. Tudo o que passamos nos trouxe a isso? Ainda é estranho, eu não sei definir direito, mas eu quero vê-la, mas do que deveria querer, e eu vou fazer isso. Aquela ruiva Weasley foi bem... Útil. Mas eu não entendi bem porque ela fez aquilo. Do que ela sabe? Bom, aparentemente de mais do que eu gostaria.
E aquele beijo... É engraçado lembrar da expressão dela, como se tivesse se dado conta do que o que havia feito era errado. Talvez seja mesmo, Granger, mas mesmo assim eu sei que você gostou, e não foi pouco. Eu senti como você me puxava, como de eu não estivesse perto de você o suficiente. Não adianta mentir pra mim.
Eu sei que ela vai estar lá. Ela tá tentando ficar longe também, mas eu sei o que ela sentiu com aquele beijo. Eu consegui perceber. Ela vai aparecer.
Nott entrou no salão comunal rindo como um louco me desconcentrando.

– O que aconteceu? - perguntei logo.

– Pans - ele riu - Cara, aquela garota é mesmo um cobra. O Filch chegou tão perto e ela escapou como um serpente sorrateira. Não podia mesmo estar em outra casa. - ele riu mais ainda.

– O que ela tava fazendo? - me endireitei na poltrona, interessado.

– Poção. Aquela que o Slugorn ensinou, que dá um azar terrível. - explicou ele.

– Pra que ela quer isso? - perguntei curiosamente.

– O mais surpreendente é como ela conseguiu fazer. Ela não dá a mínima pro Slugorn.

– Ela é atenciosa ao que lhe interessa. - eu acentuei.

– Pode ser. Mais foi hilário, o Filch foi tão idiota. Ai Merlin... - ele não parava de rir.

Me levantei e comecei a andar para o dormitório.

– Ei, cara. Tá mais quente lá fora, vamos fazer algum coisa, sai desse Salão. - Nott me chamou.

– Depois, cara... - respondi e fui para o dormitório.

Em cima da minha mesa havia um bando de pergaminhos com penas e tinta em cima e um livro aberto no chão. Eram os trabalhos que eu tinha que entregar semana que vem e havia apenas começado. Essa droga de estudar tantas matérias tá acabando comigo. Resolvi tentar fazer algum deles.


POV HERMIONE

– Por que você está fazendo trabalhos aqui no final de semana? - Harry me encontrou na biblioteca e logo quis saber o motivo de eu estar lá.

– Não quero acumular tarefas... - dei uma desculpa.

– Quantos trabalhos você tem pra fazer? - ele perguntou.

– Esse. - apontei o pergaminho no qual eu estava escrevendo.

– Isso é acumular trabalho? - ele questionou indignado.

– Harry, você sabe que são muitas matérias e... - tentei explicar.

– Mas é final de semana. - ele me cortou. - Você poderia ter ido visitar o Hagrid comigo e Rony hoje. Ele fez aquele biscoitos de novo, escondemos eles nas vestes. - ele riu.

– Eu queria muito ter feito isso, mas as coisas estão meio complicadas, me desculpe. Na próxima eu vou. - tentei me desculpar.

Harry puxou uma cadeira e sentou-se ao meu lado.

– Está acontecendo algum coisa? - ele perguntou-me.

Olhei por um instante para meu amigo e tentei imaginar o que aconteceria se eu fosse completamente sincera com ele e dissesse o que de verdade está acontecendo. Queria poder fazer isso, mas eu não posso.
Fiz sinal negativo com a cabeça.

– Não, está tudo bem. - eu respondi. Vi que meu amigo parecia pouco convencido, mas não estava disposto a me pressionar.

– Okay, mas se acontecer algo você pode conversar comigo. - ele me disse.

– Eu sei, muito obrigada, Harry. - agradeci.

Meu amigo se despediu de mim e saiu da biblioteca que eu reparei estava quase completamente vazia. Olhei para a folha de pergaminho a minha frente, faltava pouco para o fim. Continuei respondendo.


(----)


Olhei o relógio. Eu tinha mesmo que ter terminado dez minutos antes da hora de... Não, não importa. Esqueça isso, Hermione.
Abandonei os papéis e debrucei-me sobre a mesa. Por que ele faz essas coisas?, perguntei-me. Eu não consigo entender o que ele tem em mente com isso, não consigo saber o que ele está pensando, planejando. Às vezes eu penso que talvez Gina possa estar certa e que não haveria nada demais se algo acontecesse entre nós dois, mas aí eu ponho a cabeça no travesseiro e aqueles tipos de pesadelos me enlouquecem. Odeio que ele apareça dessa maneira nos meus pesadelos, pra me decepcionar de novo, ele não tem o direito de tirar minha paz até quando estou dormindo, de me fazer estar pensando nele agora e toda hora. Por que? Eu não entendo o que vai ganhar com isso! O que está planejando, Malfoy? E por que eu? Dei um soco irritado na mesa. Não ne importei se as pessoas estivessem me olhando.
Quer saber? Chega. Eu quero as respostas dessas perguntas, e as quero já.

(----)

Não gosto de fazer coisas impensadas, elas não costumam dar certo. Mas mesmo assim eu as faço, então no auge do meu desejo de respostas peguei todo o meu material em cima da mesa e saí rapidamente deixando a biblioteca com apenas mais uma aluna da Corvinal. Andei até chegar em meu dormitório e eu só pensava em como eu gostaria de dizer a ele o quão idiota ele era, que eu queria que me deixasse em paz e transformá-lo de volta em uma doninha.

– Saindo? - perguntou Gina no dormitório.

– Não vou demorar. - disse sem ao menos olhá-la e bati a porta.

Com tantas garotas nesse colégio e ele decidiu que dessa vez ele ia brincar comigo. Okay, mas eu não quero brincadeiras, não gosto desse tipo de joguinho. Nunca fomos próximos, nem um pouco, então seria mais que estúpido da minha parte imaginar que isso poderia acontecer de forma sincera, não é? Eu gostaria de ter alguém aqui e agora para me dizer que estou certa porque eu gostaria muito de estar.
Draco e eu nos beijamos, ele disse que eu o encontrasse novamente e o que mais? O mundo virou de cabeça pra baixo? Acho que é só o que falta mesmo. De qualquer jeito eu só quero saber porque eu? A Granger para o Malfoy é uma espécie de desafio? Isso não me surpreenderia.
Eu penso em todas as coisas horríveis que ele poderia estar tramando, mas me lembro de como ele parecia ontem quando... Quando me beijou. De jeito algum parecia o cara que era antes. E eu procurei nele algo que me fizesse ver que ele era Draco Malfoy e que a escolha mais inteligente naquele momento seria sair dali, mas eu juro que não achei.
Cheguei a porta, mas não tive coragem de abrir. Fiquei parada. Analisei a possibilidade de ir embora e ela parecia muita tentadora agora.

– Eu estava mesmo certo em ter certeza que você viria. - escutei a voz dele atrás de mim.

A minha possibilidade de ir embora foi instantaneamente destruída. Olhei pra trás e encontrei seu sorriso de vitória por estar certo. Ele gostava mesmo de fazer esse tipo de chegada não é?
Okay, pensei comigo mesma, vai ser rápido acabar com isso.
Virei-me novamente e abri a porta e entrei na Torre de Astronomia, notei-o logo em meu encalço. Ele foi até a janela e recostou-se nela, parecia ser seu lugar preferido, era... familiar vê-lo ali.

– Pensei que tivesse algo a me dizer. - disse quebrando o silêncio que logo se instalou.

– Talvez, se dessa vez você não fugir. - ele respondeu sem tirar os olhos da noite lá fora.

Arfei insatisfeita e me dirigi a porta arrependendo-me amargamente de estar ali, mas ele foi rápido e logo me alcançou e segurou.

– Está com pressa?

– Muita. - respondi e ele sorriu.

– Está arisca hoje. Fica mais bonita assim irritada. - ele disse com um sorriso cínico.

Me soltei dele.

– Quero que pare com suas brincadeiras! Já não conseguiu suficiente? Vá atrás de outra e por favor me deixe em paz! - eu disse nervosa e tentei novamente sair dali, mas ele segurou meus braços com as mãos, parecia uma criança tentando impedir o animal de estimação irritado de fugir, e isso me deixava ainda mais furiosa.

– Não estou brincando com você! - ele segurou mais forte meus braço obrigando-me a olhar em seus olhos, ele também olhava nos meus.

Não, não, não podia ser verdade. Não devia.
Me soltei dele novamente e caminhei pisando duro até a janela onde ele estava a pouco.

– Pare! - eu disse.

– Você que tem que parar de ser louca!

– Se eu sou a louca por que não se afasta de mim!? - perguntei com raiva.

– Escuta aqui, você quer que eu diga o que? Que eu estou mentindo, que estou usando você pra me divertir? É isso que quer ouvir!?

– Eu quero você longe de mim! - disse aproximando-me dele novamente e comecei a bater nele, mas não tive tanto sucesso quando no terceiro ano, ele me bloqueava muito facilmente - Quero que pare de falar comigo! Quero que saia dos meus pesadelos, quero não apareça mais neles só pra me deixar sozinha de novo naquele lugar horrível como aquela maldita mulher me torturando, como você fez naquele dia e como continua fazendo todas as noites quando eu tento dormir!

Me dei conta do quanto gritava. Me deixei cair no chão com as mãos no rosto, notando as lágrimas quentes que teimavam em escorrer por meu rosto.

– Eu... Eu não... - escutei sua voz.

Não olhei em seu rosto. Eu simplesmente queria ir embora, mas não conseguia sair dali. Minha lágrimas caiam copiosamente pelo desabafo e eu tinha consciência de seu olhar me encarando.
Em seguida ouvi ele dar alguns curtos passos e parar na minha frente. Quando eu consegui respirar mais calmamente e controlar minhas lágrimas, senti que ele tocava meu cabelo. Levantei meu rosto e ele encontrou meu olhar.

– Quando eu acordo desses pesadelos - ele começou - eu tento pensar em você viva, bem e, pelos socos que me deu, muito forte. - ele deve ter visto minha expressão confusa e continuou explicando - Eu sempre sonho que você está lá de novo, que Bellatrix está lá. Eu tento fazer algo, mas nunca consigo. Eu nunca consigo ajudar você. Talvez seja por que eu não o fiz quando foi necessário e agora seja um esforço inútil. Eu só fico sendo atormentado pela imagem da sua tortura sem poder fazer nada. Aí eu acordo. E... Talvez seja por isso que eu não me afaste de você, Sabe-Tudo. É bom ter você assim em mente pra saber que aqueles pesadelos não são reais e que mesmo que eu não tenha feito o certo quando você precisou, você tá aí, tá bem. Eu... Lamento que tenha que passar por isso sendo que já passou uma vez de verdade. Sei que não dá pra perdoar algo assim, mas se um dia você achar que pode fazer isso eu... Peço perdão.

Eu só conseguia olhá-lo. Queria realmente falar algo, mas eu não conseguia, eu não sabia o que dizer, eu mal conseguia me mover. Eu não acreditava no que acabara de ouvir. Ele... Ele também tinha esse pesadelos e ele... acabara de me pedir perdão. Eu não conseguia fazer nada além de tentar raciocinar, mas até registrar suas palavras estava sendo complicado.

– Cada um paga por seu erros da maneira que é possível, Granger. Voldemort morreu, meu pai está em Azkaban e eu... Eu comecei a gostar de você. - ele disse com um sorriso doloroso.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham curtido. Comentem...

Um beijão!