DRAMIONE || Compreendendo o inimigo escrita por Corujinha


Capítulo 17
Castigo particular e descobrindo um segredo


Notas iniciais do capítulo

Oi, gente! Voltei! Glória, glória, aleluuuuuia!!

Pois é, vou falar o que eu queria falar pra vocês aqui nas notas iniciais porque eu quero que vocês leiam antes de ler a fic.

Quem acompanha a fic desde o início sabe que eu passei um bom tempo sem postar por conta da escola, e quando eu voltei disse que ia me organizar para não passar mais longos períodos sem postar pra vocês, mas mesmo assim, nesses últimos dias eu não postei praticamente nada então eu quero explicar pra vocês porquê.

Eu viajei um pouco as pressas por motivos familiares. Foi pra bem longe e lá não tinha internet, então eu não tive como postar pra vocês. Quando eu voltei pra casa minha internet não estava funcionando e a provedora disse que só ia concertar dia 1 de março, e só acabou concertando dia 3. Eu não tinha 3g porque o da minha operadora não pega na minha casa, e quando eu postei o último capítulo foi do celular do meu pai que eu não podia continuar usando. E cá estamos. Sem contar que eu estava sem Word no computador e é horrível escrever sem um editor de textos competente, o que mostra que eu estava completamente desequipada pra postar pra vocês. Meu computador ainda não está 100%, tá com uns probleminhas que eu vou ter que resolver mais tarde, mas pelo menos eu já instalei o Word.

Queria que vocês soubessem também que eu não passei esse tempo todo sem escrever. Eu escrevi os capítulos no Word do meu celular para passar para o computador assim que ele fosse concertado e tivesse com o Word instalado.

Ah, e eu tentei postar pra vocês indo a uma Lan house, mas a internet de lá também estava ruim (ninguém merece...).

Eu sei que por natureza eu já demoro a escrever, às vezes eu passo uns quatro dias escrevendo um capitulo só, mas eu juro que é pensando na qualidade da escrita. Eu escrevo o capítulo, quando acabo faço uma releitura para acrescentar e retirar coisas que melhorem a fluidez do texto e quando acabo faço outra releitura para corrigir os erros ortográficos que o corretor deixa passar ou corrige errado.

Eu não gosto de postar o texto de qualquer jeito pra vocês, o que é outro motivo pelo qual não tentei postar novamente pelo celular. As edições finais que eu faço no Nyah: negrito, itálico, espaço pra dividir os POV's ou os momentos, são coisas que contribuem também para a fluidez do texto, não é só ortografia os recursos que tratam do visual também ajudam muito. Eu sei que muitas da minha leitoras são escritoras também e sabem que a gente sempre quer fazer o melhor que pode para os nossos leitores.

Bom, eu achei que vocês deveriam saber o porquê desse tempo sem conteúdo, e espero de coração que me perdoem e compreendam.

Um beijo.
Boa leitura.



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POV HERMIONE


– Cada um paga por seu erros da maneira que é possível, Granger. Voldemort morreu, meu pai está em Azkaban e eu... Eu comecei a gostar de você. - ele disse com um sorriso doloroso.

Eu continuei calada enquanto ele olhava pra mim. Algumas vezes eu abri a boca pra tentar dizer algo, mas continuei sem conseguir. "Eu comecei a gostar de você". Bom, se eu estava esperando o mundo virar de cabeça pra baixo, acho que já aconteceu.

– Eu realmente pensei que você teria algum tipo de reação. - comentou Malfoy.

– Ficar surpresa é uma reação, acho que até bem apropriada. - Ótimo. Conseguir dizer algo já era um bom passo.

– Está certa, Srta Granger. Como sempre. - ele disse tentando ser irônico, mas seu tom de voz falhou.

Ele desviou os olhos de mim e olhou os lados. Não sei se ele procurou algo ou simplesmente não queria olhar pra mim naquele momento. Se eu tivesse que apostar, apostaria na segunda opção.

Draco se pôs de pé e me deu a mão que eu aceitei, e me levantei também. Eu queria que ele olhasse nos meus olhos, mas ele não parecia disposto a me encarar.

– É melhor você ir embora. E não se preocupe quanto a eu ficar longe de você, eu... Eu vou fazer o que você quer pelo menos dessa vez. - ele riu sem humor.

Fiquei parada um instante em silêncio pensando na atitude correta a tomar. Não sei se a tomei, mas eu disse:

– Não vou embora.

– É melhor ir, você...

– Não vou embora. - cortei-o tentando parecer convicta.

Vi que ele respirou fundo olhando para algo atrás de mim.

– O que... O que quis dizer com começar a gostar de mim? - perguntei.

Ele ficou em silêncio e continuou sem me olhar como se tentasse esquecer que eu estava ali. Mas eu estava ali e não estava em meus planos sair agora.

Eu levei minha mão até seu rosto e tentei fazê-lo olhar em meu olhos.

– Draco Malfoy, olhe pra mim. Eu ainda estou aqui, não vai conseguir fugir de me dar respostas. - parece que dizer isso funcionou porque seus olhos me encararam, pareciam o céu se preparando para um tempestade das fortes. Fiquei receosa que ele se zangasse, mas ele tocou meu rosto também e encostou sua testa na minha como fez ontem, isso me fez ficar mais nervosa.

– Eu quis muito que você sumisse da minha frente porque quando eu olhava pra você eu lembrava dos pesadelos em que eu a via morta, mas você não ia. Você nunca vai. Tanto que já está aqui. Eu não entendo o que faz aqui, mas eu sabia que viria.

– Eu quis que você sumisse porque eu sentia que fui completamente estúpida de esperar que fizesse algo naquele dia quando eu estava com Bellatix. Mas sei que não é culpa sua. Sei o que Voldemort fez a todos nós, e o que ameaçou fazer com sua mãe. E sei que em outras circunstâncias você é alguém pelo qual eu posso esperar, não fui idiota.

– Pelo que eu sei você nunca é. - ele disse me fazendo rir.

Continuávamos parados. Meus olhos estavam fechados, eu só sentia sua respiração em meu rosto. Novamente. Como se não tivéssemos nos movido desde ontem.

– Depois eu quis que você sumisse porque eu pensava demais em você - ele continuou - e eu sentia vontade de te ver e eu não podia fazer isso.

– E eu porque queria fugir de você ao mesmo tempo que queria te ver. Queria te odiar por estar me enlouquecendo, mas eu não odeio consigo odiar você.

– Ainda quer que eu suma? - Malfoy perguntou depois de alguns segundos.

– Acho que não.

– Que bom porque eu estou desistindo de fazer isso. - ele confessou.

– Tudo bem. - eu ri e abri os olhos pra vê-lo também olhando pra mim - Ainda acha que sou seu castigo particular? - perguntei.

– Lidar com uma garota teimosa como você não pode ser uma bênção. - ele respondeu sarcástico e eu fiz uma expressão ultrajada que o fez rir.

– E você ainda quer que eu suma? - perguntei.

Ele segurou meu rosto com as duas mãos e disse:

– Eu quero que fique... Exatamente. Onde. Está. - ele disse as três últimas palavra pausadamente.

Ele se aproximou bem devagar e encostou seus lábios nos meus demoradamente. Foi diferente de ontem, mais... leve se eu posso caracterizar assim. Até porque ali eu estava oficialmente desistindo. Exatamente, eu desisto. Eu estou sentindo algo forte por Draco Malfoy e não sei mais o que fazer para lutar contra isso então estou parando de nadar contra a correnteza.

Quando ele tirou seus lábios dos meus eu ainda sentia vontade de tê-lo ali e ainda não estava acostumada a sentir isso.

– Talvez eu seja mesmo louca como você diz. - cheguei a conclusão.

– Eu não duvido nada. - ele respondeu fingindo convicção.

– Se eu sou louca você também é. Esqueceu que acabou de dizer que gosta de mim? - perguntei.

– É... É eu to maluco. - ele concluiu.

Eu ri. Não só por causa do que Draco disse, mas porque eu acho que me sentia feliz, e estava procurando aproveitar isso.

Ele envolveu minha cintura com uma mão e me puxou para a janela.

– Suas duas luas no lago tem uma visão bem mais bonita daqui. - ele disse lembrando o que eu mesma havia dito a ele numa vez em que nos encontramos lá.

– Fica incrível daqui, Draco. - eu respondi.

Ficamos em silêncio por um tempo. Eu não sei quanto, mas eu não me sentia desconfortável e nem ele parecia se sentir de tal maneira. O que eu sentia de verdade era vontade não sair dali, porque, sempre que ele se afastava, a realidade me dava um tapa na cara me dizendo que nós dois juntos era um grande erro. Mas eu já disse, não vou nadar contra a corrente. Acho que estou pagando pra ver se a onda me leva pra costa ou me afoga de vez.

Olhei pra Malfoy algumas vezes disfarçadamente. Às vezes ele olhava o lago, às vezes estava com o olhar distante o que despertou minha curiosidade de saber o que ele estava pensando, mas acabei por não perguntar. Mesmo com toda essa ironia e demonstração de ser inabalável ele também não deveria estar achando nada normal estar ali... Comigo.

Estava perdida nesses pensamentos quando pensei ter ouvido um barulho baixinho e longe. Olhei para trás, o que fez Malfoy me perguntar.

– O que foi? - ele perguntou curioso.

Fiz sinal negativo com a cabeça indicando que não era nada e voltei a virar-me.

Passados alguns segundos o barulho voltou e dessa vez percebi que Draco também ouviu. Eram passos rápidos. Alguém estava correndo na direção de onde estávamos e o barulho ficava cada vez mais próximo.

– Alguém está vindo! - eu disse.

– Não acredito que Filch escolheu logo hoje pra vir aqui. - ele reclamou, pois sabíamos que Filch não olhava a torre de astronomia todos os dias como as outras partes do castelo.

– Não é o Filch. - informei.

– Como sabe?

– Aposto que Filch não consegue correr nessa velocidade, vem vamos ficar ali. - eu disse, segurei a mão dele e nos escondemos atrás de uma parede que nos tirava do campo de visão de quem entrasse.

Esperamos de ouvidos atentos, mas quando os passos ficaram ainda mais próximos, perderam a velocidade e começaram a somente andar. Em seguida ouvimos risadas arfantes de quem parecia ter corrido pelo colégio inteiro.

– Louco! - ouvi uma voz feminina - Nunca mais me faça fazer uma maluquice dessas, se ele nos pega ia ser detenção na certa!

Eu imediatamente saí de onde estava para ir em direção a porta para ouvir mais atentamente. Será que era quem eu estava pensando?

– Qual é? Você tem que viver mais emoções na sua vida. Sabe quantas vezes eu já escapei do Filch quando ele já tinha chegado bem mais perto de mim que hoje? - ouvi uma voz masculina.

– O que diabos ele está fazendo aí? - ouvi Draco perguntar. Não o tinha visto se aproximar.

– Sabe quem é? - perguntei.

– Óbvio, é o Blásio. - ele respondeu.

Minha boca se abriu de surpresa e eu tentei ouvir mais a voz da garota. Eu não estava acreditando.

– Okay, profissional. Agora vamos embora que ele ainda deve estar atrás da gent... - a fala dela foi interrompida e eu não me contive, abri devagarinho uma fresta da porta pra ter certeza do que havia acabado de ouvir.

Dei de cara com Gina e Blásio se beijando no corredor lá fora.

Voltei a fechar a porta e escutei as duas vozes dizendo "Escutou isso?" "O que?" "Deve ser o Filch, vamos logo!" e ouvi passos agora se afastando.

– O que foi? Parece que viu o bicho-papão! - disse Draco encarando minha expressão.

– Quem estava com o Zabine era a Gina! - eu disse.

– Ele tava com a Weasley? - ele perguntou.

– Estava. Eu... Eu não sabia que eles... Eles...

– Eles não estão juntos. - Draco afirmou - Mas acho que meu amigo aí ficou interessado na ruiva depois da festa de boas vindas. Espera. Você sabe o que aconteceu na festa? Não estava lá, não é mesmo? - ele se interrompeu e me perguntou.

– Sim, Gina me contou faz um tempo. Mas... Ele gosta dela? - questionei duvidosa.

– Sem colocar essa responsabilidade no cara. Eu disse que ele ficou interessado nela. - ele respondeu.

– Então ele não gosta dela? - perguntei nervosa e ele arfou indignado.

– Não acha que está perguntando pra pessoa errada? - ele me perguntou cruzando os braços.

– O que quer que eu faça?

– A Weasleyzinha não tem idade suficiente pra decidir com quem quer se divertir? Com o Zabine, o Potter ou seja lá qual ela queira.

– Ela não estava com Harry por diversão, ela o amava. - interpus.

– Dá pra ver. - ele respondeu.

– Quer saber? Estou mesmo conversando sobre isso com a pessoa errada. É melhor que eu fale com Gina. - eu conclui virando-me para a porta, mas Draco me virou de volta pra ele.

– Ei, fala sério, há essa hora ela realmente não vai querer falar com você. Não viu? Blásio está entretendo ela. Ele é bom com garotas, aprendeu comigo.

– Há-Há. Sei. - ri sarcasticamente.

Ele pôs a mão em minha cintura e me puxou aconchegando-me em seu abraço e rapidamente alcançando meu ouvido.

– Quer experimentar? - ele sussurrou.

Senti os pelos da minha nuca se arrepiarem e meu estômago se revirar em reposta ao meu repentino nervosismo.

– Melhor não... - sorri pra ele - Draco, preciso ir. Filch estava atrás deles, deve ser tarde.

Ele bufou chateado e me soltou.

– Boa noite. - eu disse me dirigindo a porta.

– Boa noite. - ele respondeu.

Abri a porta que dava para o corredor e olhei lá fora. Estava vazio e um tanto escuro. Saí depois de dar uma última olhada pra trás e caminhei o mais rápido possível até virar a esquerda no corredor. Dali saí em disparada para o Salão Comunal da Grifinória.


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Notas finais do capítulo

E aí? Curtiram?
Comentem, eu adoro ver o que vocês acham da história.
Um beijo!