No Compartimento do Expresso de Hogwarts escrita por Mary N Braga


Capítulo 45
Capítulo 45


Notas iniciais do capítulo

Então, gente, Jelsa. Muahahahaha, amo Jelsa.
Bom, talvez já tenham notado que este aqui é o penúltimo capítulo da fic : ( Sem muita enrolação, vamos logo para a história!



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Jack's POV

Uma semana depois, embarcamos no Expresso para Hogwarts.

Nós oito tivemos que nos espremer em um compartimento. Eu sentei na janela, Elza sentou-se ao meu lado, Anna do lado dela e, na porta, Kristoff. No outro banco, de frente para mim, estava Rapunzel, ao seu lado Flynn, depois Merida, que apoiava a cabeça no ombro de Soluço.

Elza tentava esconder - pelo menos dos outros, já que não me enganava - um pequeno sorriso ao olhar para mim. Ainda não tínhamos dito para eles que estávamos... eu não sei, talvez a palavra certa, ou a mais próxima disso, seja juntos. Bom, juntos nós sempre estivemos, mas agora...

Nós todos sabíamos que daqui para frente tudo mudaria. Kristoff e Elza iriam embora, viver suas vidas, e ainda ficaríamos aqui. Nem sabíamos o que queríamos fazer, e foi sobre isso o que conversamos durante um tempo.

– Acho que quero... trabalhar no St. Mungus - Rapunzel falou baixinho.

– Nem imagino o por quê - Flynn disse no mesmo tom.

Na verdade, trabalhar no hospital era perfeito para ela. Na noite do baile descobrimos que seu sangue, se entrasse em contato com o sangue de outra pessoa, poderia curá-la, até mesmo revivê-la - disso Flynn era literalmente a prova viva. Naquele dia ela fizera vários pequenos cortes em si mesma e, quando necessário, nos feridos da batalha para cuidar deles. Merida inclusive foi uma dessas pessoas. Lógico, havia um certo incomodo, tanto no lugar aonde se fazia o corte quando necessário, quanto aonde seu sangue curava. No meu caso, o lugar do corte coçava, como o de todos, e logo que ela me ajudou, parecia que eu tinha dado um mal-jeito no pé, mas depois tudo ficou bem.

– E vocês? - Rapunzel perguntou.

– Ahn... Não sei, acho que vou abrir uma loja de sei lá o quê, ou coisa do tipo - Flynn pensou um pouco. - Será que aquela loja de logros... Será que dá para fazer parceria...?

Nós rimos. Era a cara de Flynn trabalhar em algo desse gênero.

– Hum... Quem sabe não viro jogadora profissional de Quadribol, como minha mãe? - Merida pensou alto.

– Ia ser a melhor do time - Soluço passou o braço por seu pescoço, puxando-a de leve para ele, dando-lhe um beijo na bochecha.

– E você? - ela olhou para ele.

– Ahn... - ele olhou para o chão, franzindo a testa. - Definitivamente não sei.

– Você deveria trabalhar com dragões - todos olhamos para Anna, surpresos com o comentário. - Você foi ótimo com eles no dia do baile.

– Isso... é verdade, eu acho. Bom, eu não vi, mas pelo que vocês dizem... - Merida concordou.

Soluço sorriu com a possibilidade.

– E então, Anna? Sua vez. Fala o que vai fazer - Merida disse. Elza olhou para a irmã, interessada.

– Ah... pensei em... - ela hesitava em nos dizer, isso era óbvio.

– Fala! - as meninas pressionaram.

– Eu. Pensei. Em. Escrever. Algo... - ela falava pausadamente, e sua voz foi morrendo no final da frase.

– Isso... parece ótimo - Kristoff tentou encorajar. Anna sorriu. - Bom, eu realmente não tenho idéia do que faço.

– Ahn... Podia escrever também - Anna disse, sua expressão já dizendo que não acreditava que a ideia seria aceita.

– É... talvez.

Um curto silêncio se seguiu.

– E você Jack? - Elza virou-se para mim.

– Não sei. Você?

– Não tenho idéia - ela torceu o nariz, obviamente incomodada pelo fato de aquela ser sua resposta.

– Eu sempre gostei do trabalho de minha irmã, Annabeth, e do namorado dela, Percy - disse, pensativo. - Eles são aurores. Isso parece ser legal.

Pensei nos dois, minha "família". Annabeth tivera poucos amigos em Hogwarts e, sem dúvida, Percy Jackson fora o maior deles. Desde cedo já faziam piada, dizendo que os dois deveriam ficar juntos, pois, por coincidência, o sobrenome de nossa família era Jackson também, então sempre disseram que eles já haviam casado. Annabeth tinha uma queda por Percy - coisa que ela nunca admitiu - desde muito nova. Somente Percy fora cego o suficiente para não perceber o modo como ela ficava com ciúmes de toda e qualquer garota que se aproximasse dele. Mas os dois realmente se amavam. Percy cuidou de mim e de Annabeth quando nossos pais morreram, não a deixou - e de certa forma, nem a mim - desmoronar. Os dois realmente tinham uma vida boa juntos.

Elza sorriu.

– Auror... É, até que isso não é tão ruim. Pode ser. Auror, boa opção.

Ergui as sobrancelhas.

– Então quer dizer que será auror também? Espera, dois aurores, dois escritores, uma jogadora profissional de Quadribol, outro que trabalha com dragões, uma curandeira e outro que trabalha na loja de logros. Que grupinho peculiar!

Todos nós rimos.

Fingi que não fiz a ligação entre mim e Elza com Annabeth e Percy. Dois aurores, que se gostavam. Tenho de admitir que esse futuro me agradava.

Lembrei-me novamente do que o Chapéu Seletor me dissera anos atrás.

"Talvez um dia entenda que você pode não ser definido por si próprio. E você não está sendo. Alguém te define mas do que você mesmo."

Eu, durante todos esses anos, entendi errado. Achava que isso queria dizer que alguém poderia me mudar, definir quem eu era, mas obviamente não podia estar mais equivocado. Eu era eu mesmo, mas Elza me definia, porque, apesar de isso ser um pouco inicial - ou não, já que nos conhecemos a anos - ela era uma das coisas mais importantes que eu tinha. Sendo amigos ou algo mais, ela sempre foi a única que se encaixava naquilo. Eu não precisava mudar por ela, porque nas nossas poucas diferenças, nos completávamos. Eu poderia dizer que ela era o que me mantinha de pé, mas seria mentira. Na verdade, eu tinha a sensação de que era exatamente o contrário - eu é que a mantinha firme. E eu não podia viver sem isso, sem essa sensação.

Elza era a perfeita definição de mim.

Eu sorri para Elza, mesmo que só eu soubesse que o ato era direcionado a ela.


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Notas finais do capítulo

Gente, não me perguntem sobre a conclusão do Jack - acho que eu mesma não entendi direito, hahahaha.
Bom então, é amanhã... Ah meu Deuuuuuuuusssssss! E daí eu só vou ficar com minha outra fanfic, Faça-me Acreditar. Aaaaahhhh, #partiu morrer amanhã.
Então, obrigada pelos oito reviews do capítulo passado!
Até amanhã!!!!!