No Compartimento do Expresso de Hogwarts escrita por Mary N Braga


Capítulo 44
Capítulo 44


Notas iniciais do capítulo

Gente, estou com um pouquinho de pressa aqui! Sem mimimi, para o capítulo.



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Elza's POV

~uma semana depois~

Fui em direção à nossa árvore. Jack me esperava lá, como havíamos combinado. Ele estava de costas para mim, e de frente para a árvore, a cabeça apoiada no tronco.

– Oi - disse quando cheguei perto dele.

Jack virou-se lentamente para mim.

– Oi.

Por um momento ficamos em silêncio.

Eu olhei ao meu redor, percebendo, mais uma vez, como sentiria saudade de Hogwarts, como eu queria poder ficar mais aqui, e não ter que ir embora em tão pouco tempo. Eu e Kristoff iríamos, mas minha irmã ficaria, assim como Jack e os outros.

– Elza? - Jack me tirou de meus pensamentos.

– Hum?

Ele pegou minha mão delicadamente e pousou-a no tronco da árvore, que ficou levemente congelada.

– Congele a árvore - disse-me.

– O quê?

– Só congele.

Fiz o que ele disse. Retirei minha mão do tronco.

Ambos olhávamos o que eu havia feito.

– Agora tente descongelar a árvore.

Olhei-o.

– Você sabe que eu não consigo - murmurei.

– Tente.

– Como?

– Imagine a árvore se descongelando. O gelo voltando para dentro de você.

Eu pousei minha mão novamente no tronco. Fechei os olhos, e tentei fazer com que a árvore voltasse ao seu normal.

Senti algo passando por dentro de mim, como se estivessem injetando gelo em minhas veias. Para a maioria das pessoas isso seria ruim, mas era uma sensação tão boa para mim que me provocou um leve arrepio, e me fez sorrir involuntariamente.

Decidi abrir os olhos.

Se tivesse ficado com eles fechados por mais dois segundos não teria visto nada, mas o último vestígio de gelo entrava em meus dedos, e logo o frio dentro de mim parou. A árvore estava novamente com o tronco seco e quente.

Olhei para Jack, que sorria ao ver o que fiz.

– Vou tentar de novo!

Eu congelei e descongelei a árvore mais um monte de vezes, até que decidi congelar o chão. Congelei uma parte considerável.

– Aqui vou eu! - e descongelei de novo. - Consegui!

– Isso! Essa é a minha garota!

Olhei para Jack, estranhando o modo como ele disse "a minha garota".

– Obrigada - disse baixinho.

Ele me olhou com uma expressão nos olhos, algo que eu não entendi, como se estivesse perdendo uma parte de uma história em sua mente, ou até mesmo uma que se passasse ao nosso redor.

– Elza... posso... fazer algo absolutamente estúpido?

Ergui as sobrancelhas.

– Claro... eu acho.

Jack passou os braços ao meu redor, me abraçando, e eu não pude deixar de retribuir.

Eu sentiria muita falta de Jack. Talvez tanto quanto eu sentiria da escola em si. Podíamos manter contato por meio de cartas, mas com o tempo eu sabia que nos distanciaríamos.

– Se isso é algo estúpido, faça mais estupidezes - murmurei.

Jack era um pouco mais alto que eu, mesmo que eu fosse mais velha, então eu pousei o queixo em seu ombro.

– Realmente acha isso?

– Acho - respondi.

– Ok - murmurou.

Ouvi um baralho atrás de mim, como o som de algo se congelando.

Jack me levantou levemente, e me fez sentar em algo frio.

Percebi que ele havia feito um banco congelado, e era nisso que eu estava sentada. Olhei-o, imaginando aonde queria chegar.

Ele enfiou as mãos nos bolsos do moletom - ambos usávamos moletom no verão, pois podíamos manter uma temperatura agradável - e olhou para baixo, como se tentasse decidir se faria algo ou não.

Ele ergueu o olhar para mim, e respirou fundo.

– É, acho que vou fazer mesmo algumas coisas estúpidas - murmurou, mais para si mesmo do que para mim.

Quando ele passou os braços por minha cintura novamente, achei que iria me abraçar de novo, mas, surpreendentemente não foi isso o que aconteceu.

Eu era uma mistura de surpresa, confusão, e talvez um pouco - na verdade, muito - de felicidade quando Jack me beijou. Minhas mãos ficaram levemente erguidas no ar entre nós dois, por eu não saber o que fazer com elas. Por fim, "decidi" passar os braços ao redor de seu pescoço, inconscientemente puxando-o para mim.

Não existia mais nada no mundo, só o agora, só eu e ele. Aquilo poderia ter durado segundos, minutos, horas, dias, semanas, meses, anos, décadas, séculos ou até mesmo milênios. Eu já não conseguia distinguir.

Quando nos separamos, ambos estávamos um pouco sem fôlego, mas isso passou rapidamente - pelo menos para mim.

Ele não me olhou nos olhos, e só murmurou:

– Desculpe.

– Pelo quê?

Ele me olhou, incrédulo.

– Você não acha que tenho que me desculpar por isso?

Pensei em pouco.

– Posso te contar uma coisa? - Jack só assentiu levemente após a pergunta.

– Eu amo quando você faz coisas estúpidas.

E joguei meus braços ao redor de seu pescoço mais uma vez.


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Notas finais do capítulo

Alguém pirou? Não? Ok...
Gente, infelizmente, esse aqui foi o antepenúltimo capítulo da fic. : ( Vai acabar logo, logo.

Eiiiiii, criei um GifBoom para as minhas fics! Para quem não sabe, esse é um app parecido com o Instagram, só que apenas para gifs. Quem tiver, o meu é marycjos. : )

Então, até amanhã!!!!!!