Sei que vamos melhorar.. escrita por Caruliss


Capítulo 8
Capítulo VII.




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Depois que o almoço acabou, o Raphael pediu pra Camila me levar até a sala e ficar lá comigo enquanto conversava com os pais. Camila era louca, muito fofa.

– Ele gosta muito de você, você não faz ideia o quanto.

– Eu também gosto muito dele, estou me apaixonando pelo seu irmão... isso é ruim? Já que a mãe se vocês...

– Não liga pra mamãe - disse ela me cortando - ela é assim mesmo. Acha que os filhos nunca vão crescer.

Raphael narrando:

– Qual o problema da senhora, mãe? Custava ser legal com a Victória?

– Você é doente, Raphael. Você tem câncer e vai sofrer se amar ela.

– Vou sofrer se não viver meus talvez últimos anos de vida, me deixa em paz.

– Eu sou a sua mãe, e você é meu filho. Ela não entra em nada.

– Deixa o moleque fazer o que quiser. Você não tem mais autoridade sobre ele. - disse o meu pai.

– Mas eu não aceito isso.

– Então eu vou sair de casa.

– Por ela? Prefere ela que eu?

– Boa, filhão! Vai atrás do que te faz feliz!

– MAS MIGUEL! - disse a minha mãe com raiva.

– Preciso viver também. Tenho 25 anos e não tenho história para contar. Conheci ela na verdade mesmo foi em um puteiro. Ela trabalhava lá para ter renda o suficiente pra viver com o pai, ja que a mãe a abandonou.

– É uma vagabunda! - minha mãe disse. Senti um ódio subindo, levantei a mão mas meu pai se colocou na frente dela.

– Filhão, pensa no que está fazendo... abaixa isso, calma.

Meus olhos se encheram de lágrimas, abaixei a mão lentamente. - Sim, eu prefiro ela que a senhora.

– Se você for embora, Raphael... eu não te verei de novo.

– Tá bom então, no meu enterro você chora o quanto quiser.

– Não é assim também as coisas, Jaqueline. O moleque quer viver, e você não tem o direito de chamar a namorada dele assim. Ele se apaixonou por ela, o que você pode fazer? Nada - ela ficou calada - Tem certeza de que é isso o que você quer, meu filho?

Senti as lágrimas descerem. - Sim, pai. Preciso de um apartamento pra viver com ela, e de dinheiro.

– Pode ficar com o meu apartamento, e eu aumento o salário de vocês - me abraçou - vai viver, filho - me soltou e caiu uma lágrima dos olhos dele.

– Mãe, a senhora foi uma mãe perfeita, mas agora tá na hora de eu ir embora. Obrigado por tudo. A senhora será pra sempre a minha mamãe - dei um beijo na testa dela, e a abracei.

– Eu te amo. - disse minha mãe, eu sorri.

– Eu amo vocês, seus velhos.

– Te amo, filho - disse meu pai.

Fui até a Victória e pedi pra Camila nos deixar a sós por um tempo, sentei do lado dela, e a olhei nos olhos.

– Que foi, Rapha? Por que esses olhinhos assim? - ela me olhava nos olhos também. Comecei a chorar de novo. To falando que sou aviadado. Finalmente encontrei o amor da minha vida, e o câncer não vai me separar dela. Mas, eu preciso contar.

– QUE FOI, RAPHA? POR QUE ESTÁ CHORANDO ? - disse ela preocupada, eu ri - NÃO RIA, MENINO. É sério... o que houve?

– Amor, me fala os dois primeiros sonhos que vieram na sua cabeça agora.

– Fazer aula de teatro e entrar na faculdade.

– Obrigado - beijei ela. Beijei ela calmamente, lentamente, sentindo meu coração acelerar de alegria e amor que eu sentia por essa menina. Coloquei a mão dela em cima do meu coração, e sorri entre o beijo.

Victória narrando:

Ele me beijou, e sinto o seu coração estar acelerado. O meu também... e que coisas são essas no meu estômago? Parece que tem um inverno dentro dele. Que sensação maravilhosa... retribuí o sorriso. Alisei o rosto dele juntamente a sua barba, e ele fez carinho dentro do meu cabelo.

Ele parou o beijo com vários selinhos, e encostou a minha testa na dele. Estava sentindo a sua respiração.

– Eu tenho que te contar uma coisa, Vic.

– Conte, meu amor.

– Eu tenho câncer.


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