Sei que vamos melhorar.. escrita por Caruliss


Capítulo 3
Capítulo II.




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– Desculpe, não sei se já falou o seu nome. - disse ele.

– É Victória, Victória Berman. - sorri.

– Prazer, Victória. Sou o Montarroyos, Raphael.

Entrei no carro dele, e ele colocou uma música relaxante. Enquanto dirigia, percebi que estava um pouco tenso.

– Posso perguntar o por que dessa tensão?

– Ahhh! - sorriu novamente - É que eu não gosto de me meter em brigas, nem bater em ninguém, apesar de ter feito box por 2 anos... mas isso é outra história, quem sabe talvez eu te conte.

Esse garoto era interessante demais, além de simpático e tranquilo. Gostei. Meu rosto ainda doía... coloquei a mão e olhei pra baixo.

– Ei, está tudo bem?

– É que ainda dói...

– Quer que eu te leve pra casa?

– Sim... por favor.

Fomos o caminho todo calados, e ele não parecia se preocupar com isso. Pelo que parecia, falava pouco. Quando chegamos, eu perguntei se ele queria entrar, e confirmou.

A tv da sala estava ligada passando um filme. Provavelmente o meu pai começou a assistir e esqueceu de desligar. Peguei um saquinho com gelo, sentei em cima do balcão e coloquei no meu rosto, e ele me olhava. Comecei a ficar sem graça.

– O que foi?

Ele desviou o olhar, e sorriu olhando pro nada. - Nada não.

– Fala... relaxa.

– Tava pensando em te dar meu telefone, parece que você é um poço de perguntas, na qual quero saber todas as respostas.

Sorri sem graça de novo - tudo bem... eu vou te ligar.

Ele riu, e entregou o telefone dele pra mim. Desci do balcão, e ele me olhou de cima a baixou. Fingi que não percebi o olhar, e sentei no sofá. O chamei para sentar do meu lado, claro.

– Desculpe, mas preciso ir...

– Ah, tudo bem.

Ele deu um beijo no meu rosto machucado, e foi embora. Fui até a janela ver o carro partindo, sorri. Até que senti uma vontade imensa de vomitar, fui correndo pro banheiro.

[...]

Raphael narrando:

Uau! Que menina linda! Não sei como ela pode trabalhar naquele lugar... Preciso conhecê-la, saber os seus motivos. Não sei se ia conseguir entrar em outra briga, a minha sorte foi o cara estar tão bêbado e não poder revidar. Tenho que guardar as minhas forças - essa tosse chata começou interrompendo os meus pensamentos - mas valeu a pena. Valeu a pena fazer isso pela Victória, mesmo odiando brigas.

Moro com meus pais, minha irmã, e meus cachorros. Meu pai é um empresário rico de grande importância, e a minha mãe é bancária. Cheguei em casa, e minha mãe toda preocupada me perguntando onde eu estava. Tenho 25 anos, não sou mais uma criança.

– MEU FILHO!

– Olá, mãe - sorri e dei um beijo na bochecha dela - o que faz acordada essa hora?

– Estava conversando com o seu pai.

– CONVERSANDO? RUUMMMM, SEEEIII - ela me deu um tapa e riu, e eu subi pro meu quarto rindo.

Tomei um banho demorado, sem tirar a Victória da cabeça. Meus pais não vão gostar da ideia de que estou apaixonado.

Victória narrando:

Tive esse enjôos ontem, e hoje 3 vezes nessa madrugada.

Acordei, tomei um banho demorado de novo, lavei até a alma. Fiz minhas higienes, escovei os dentes, coloquei um vestido amarelo claro, acima do joelho, prendi meu cabelo em um rabo de cabalo e só passei um lápis de olho. Pesquisei na internet para saber o que pode ser, e poderia ser princípio de gravidez. Comecei a ficar assustada. Minha menstruação tava atrasada também e sentia uma dores de cabeça fortes. Enfim, não liguei. Pode ser qualquer coisa. Virose.

O trabalho me ligou avisando que só retornarei lá na sexta. ÓTIMO, poderia almoçar com meu pai agora. Liguei pra ele avisando que iria fazer o almoço, e que era pra ele chamar a namoradinha.

Pensei em ligar pro Raphael. Fiquei pensando nisso por 1 hora, até que liguei.

xxx Início da Ligação xxx

– Alô?

– Ah, oi... não sei se lembra de mim, mas... é... é a Victória aqui.

– Mas é claro que eu lembro! Como você está?

– Estou bem, obrigada. Meu rosto melhorou. Obrigada mesmo pelo que fez, não sei como te agrad...

– Saia comigo.

– Oi?

– Saia comigo como agradecimento.

– Sério que você quer sair com uma garota de programa?

– Eu não me importo com isso. Ja disse que quero te conhecer.

Eu sorri. - tá tudo bem, então.

– Cobrarei isso, então não enrola por muito tempo.

– Pode deixar - eu disse rindo.

– Tenho que desligar agora, estou no trabalho. Beijos!

– Beijos.

xxx Término da Ligação xxx

Desci e fui preparar o almoço. Fiz uma comida japonesa, já que meu pai adorava. Quando estava quase tudo pronto, eles chegaram.

– Minha querida Vivi! - disse o meu pai me abraçando, e a Paula sorrindo.

– Olá, pai! OOOLÁA PAAAULA! - fazia isso por que adorava ela. Ela conseguiu tirar toda a dor que meu pai tinha pelo abandono da mulher que me teve. A abracei.

– Victóoooria! Quanto tempo eu não te vejo. 2 semanas é muito, sabia? - sorriu.

– A senhora tá uma gata! Papai tem sorte, em! - vi ela ficar sem graça, e comecei a rir.

– Ok, Vi, agora vem me ajudar a colocar os pratos - disse ele arrumando a mesa.

Comemos, contamos histórias passadas de quando eu era criança, rimos demais.

– Por que a Victória quando era criança, não conseguia me chamar de Cristiano. Pra ela, era "titiano". AAAH! Nós tínhamos uma cadelinha chamada Mônica, por causa de uma mulher muito chata que tinha aqui na vizinhança.. quando eu saí com a Victória e ela viu essa Mônica, começou a gritar: A CACHORRA! A CACHORRA! - pausa pra rir, com todo mundo rindo - dei logo uma rosquinha caramelizada pra ela parar de gritar isso.

Passar tempo com o meu pai era bom demais. Depois disso fomos ao cinema, vimos comédias, claro. Eu + meu pai + Paula = 3 adolescentes. Era muito boa a nossa relação.

– Vamos passar a noite na praia?

– Claro! - disse eu e a Paula.

– Vou pegar cobertores e travesseiros, encontro vocês na praia.

[...]

Nós nos deitamos e ficamos olhando para o céu. Eu sempre fui apaixonada por estrelas... ficava brincando de contar todas elas, admirando. Deixei eles conversando e se pegando lá e fiquei admirando as minhas estrelas... forever alone.

Raphael narrando:

Gosto de ir a praia a noite para poder sentir a água bater em meus pés como se fosse a primeira vez em uma praia. Gostava de praia por que me fazia bem, como se eu fosse livre... admirar o mar me fazia esquecer todos os problemas.

Ví a Victória mais um homem e uma mulher deitados no meio da praia. Tipo: WHAT??? A Victória aqui? Eu ri vendo ela apontando para as estrelas e toda enrolada nos lençóis. Fui pro lado oposto do dela, e acabei voltando pra casa.


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