Victória narrando:

Acordei na quarta feira e eram 10 horas da manhã. Levantei, procurei o meu pai e só o que achei foi um bilhete: "Fui trabalhar, meu anjo. Se cuida, cuidado. Beijos, papai". Aquilo me fez sorrir.

Subi para o meu quarto, coloquei minha playlist com músicas animadas, e fui tomar um banho demorado. Fiz minhas higienes, escovei os dentes, e coloquei uma regata roxa escura, shorts jeans claro e uma rasteirinha. Prendi o cabelo com um coqui bagunçado, fiz uma make básica, e saí de casa para comer alguma coisa.

Fui andando até uma lanchonete próxima de casa, e liguei pra minhas amigas pra me encontrar lá.

Cheguei e logo um tempo depois todas chegaram... Ficamos conversando sobre a vida, novidades, planos, fofocas de umas ridículas nojentas de lá do bordel, e rimos. Na verdade, não estava muito afim de ficar conversando, então depois de umas duas horas fui pra casa.

Meu pai já estava em casa, ótimo! Fui até ele e dei um beijo em sua bochecha.

– Oi, pai.

– Olá, minha querida. Vai ter como jantar comigo hoje?

– Não vai dá, pai... sinto muito.

Vi o sorriso dele se desfazendo aos poucos...

– Mas, e aí, como tá você e a Paula? (namoradinha dele)

– HA! Estamos bem. Quero que tenha um jantar nós 3 depois, ok? Tente arranjar um tempinho pro seu pai.

O abracei, e dei um sorrisinho de lado. A cada ano que eu cresço e tenho coisas a fazer, mais fico sem tempo pra ele.

Deixei ele e subí pro meu quarto. Fiquei na internet um pouco, olhando o facebook e o ask.fm e mais um episódio de True Blood até dar o tempo de ir para o trabalho.

Bom, eu sei, meus dias não são tão animados até a noite.

Tomei outro banho, fiz uma trança 'espinha de peixe', coloquei uma lingerie branca, um vestido preto muito curto, um salto alto rosa pink, uma make forte.

Meu pai pegou no sono no sofá, dei um beijo na bochecha dele e fui. Meu pai não aceitava esse meu emprego, óbvio, mas não fala nada... estranho, porém prefiro assim.

Fui com o meu carro até o puteiro. Dei oi a minhas amigas e tirei o vestido, fiquei só de lingerie, e fui até o palco dançar.

Os caras que assistiam estavam olhando com uma cara de safado, comecei a rebolar mais até que jogassem dinheiro pra eu continuar.

Um garoto, por volta dos 26 anos, me chamou para ter uma dança reservada. Fomos para um quarto, sentei no colo dele e comecei a rebolar. Mordi meu lábio quando senti o seu pau endurecer. Comecei um beijo com fogo, e ele foi apertando forte meus peitos. Tirei sua camisa e acariciei o seu tanquinho. Ele me deitou na cama e tirou minha lingerie rapidamente, enquanto alisava a minha bct tirei a bermuda junto com a cueca dele. Retribuí e comecei a alisar o seu pau. [...]

Quando terminou, ele me pagou e me deu o telefone dele. Por favor, né? Rasguei assim que ele saiu do quarto. Fui até o banheiro e me vesti de volta, consertei a maquiagem e o cabelo. Quando voltei ao saguão principal, vi o Vinícius, que parecia um pouco bêbado.

– O que está fazendo aqui? - eu perguntei.

– Amor!! - disse me dando um beijo, sussurrando no meu ouvido: eu quero transar com você, aqui, na frente de todo mundo.

– Não, Vinícius. Você está bêbado, vá pra casa - disse eu empurrando ele até a porta.

– Não vou embora, Victória.

– É o melhor pra você, vai logo Vinícius.

– SUA PUTA, EU VOU FICAR AQUI ATÉ VOCÊ ME DAR.

Ridículo, querendo fazer ceninha, como sempre.

– VÁ PRA QUALQUER BOATE ME TRAIR, ARRANJE OUTRA MULHER, EU NÃO QUE... - Antes de completar a frase, eu senti meu rosto virar e arder no exato momento. O Vinícius me deu um tapa no rosto. Fiquei paralisada. Ouvi o espanto das pessoas, e minhas amigas brigando com ele, coisas do tipo: "O QUE VOCÊ ESTÁ PENSANDO? TÁ LOUCO, PORRA?" E senti a Catarina me abraçar. Olhei pro Vinícius com todo o ódio possível, e antes que eu pudesse fazer qualquer coisa, um garoto veio, virou o Vinícius e deu um soco no maxilar dele. O garoto estava usando uma roupa social, era alto e tinha um cabelo moreno liso. Fiquei sem acreditar que isso aconteceu. Os seguranças vieram e tiraram Vinícius dá sala com dificuldade.

– Vai embora, e me esqueça, Vinícius. Tenho nojo de você.

– ISSO NÃO VAI FICAR ASSIM! EU TE MATO, SEU FILHO DA PUTA.

Revirei o olhar e olhei pro garoto, ele colocou a mão em meu rosto.

– Desculpa invadir o seu espaço pessoal, mas... está tudo bem com você?

Estranhei essa gentileza toda. Nesse tempo, todas as pessoas voltaram ao normal, porém ainda havia comentários --' agradeci a minhas amigas e fiquei sozinha com ele.

– Está tudo bem sim, não foi nada - o olhei - mentira, está doendo, muito. Mas, obrigada por isso.

Ele sorriu - HA, de nada. - e ficou em um silêncio muito estranho.

– Então... quer ir para um quarto? Só eu e você... - fui pra perto dele desabotoando o primeiro botão, muito próximo da boca dele, e coloquei uma perna em volta da cintura dele.

Ele sorriu de novo. - Não, não. Você não está bem agora... por que não pede pra sair daqui e ir dar uma volta comigo?

Estranhei, me afastei, mas aceitei. Me liberaram por conta da confusão. Coloquei meu vestido de novo, meu salto alto, prendi meu cabelo em um coque desarrumado, e fomos em direção ao carro dele.