– O que aconteceu com ela? – perguntou o Dr. Whale.

– Ela desmaiou, foi subir a escada e desmaiou! – respondeu Emma, desesperada.

– Sem nenhum motivo aparente?

– Ela estava fraca, não tinha jantado e tinha chorado muito.

– Ok, já levaram ela para um quarto e nós vamos fazer alguns exames para tentar descobrir alguma coisa.

Emma foi para o quarto que Regina estava, ela estava começando a acordar.

– Gina? Você está me ouvindo? Amor?

– Sim Emma. O que aconteceu? – perguntou a morena, ainda abrindo os olhos.

– Você desmaiou subindo a escada, e como você não acordava eu te trouxe pro hospital.

– Nossa Emma, não precisava, foi só fraqueza, eu não tinha comido, só isso.

– Provavelmente sim, mas eu preferi te trazer, eles só vão fazer uns exames de rotina pra ver se você está bem e nós já vamos embora.

– Af Emma, não precisava nada disso.

– Talvez sim, talvez não, melhor não arriscar. Agora dorme, você deve estar exausta, logo o Whale vem falar o que aconteceu e a gente vai embora, mas antes, descansa um pouco.

Passaram-se cerca de duas horas quando o resultado dos exames ficou pronto, Whale foi para o quarto para falar com elas e encontrou a cena de Emma com a cabeça apoiada no ventre de Regina, as duas dormiam, ele achou estranho e engraçado, mas como médico não deveria comentar nada sobre isso.

– Senhora Mills? – perguntou ele, acordando as duas.

– Pois não Doutor? – respondeu Regina.

– Eu tenho uma notícia para te dar e acho que você gostaria de ouvi-la a sós.

– Não, a Emma pode saber qualquer coisa, pode falar.

– Ahn... ok, mas não diga que eu não avisei.

– Fala logo doutor, já estou ficando preocupada – interrompeu Emma, já achando tudo aquilo muito estranho.

– A Senhora Mills está grávida, de 3 semanas para ser mais exato.

– HAHAHA Este exame está totalmente errado doutor, é totalmente impossível, este exame está errado – disse Regina, achando até graça da situação.

– Não senhora Mills, eu mesmo fiz este exame, a senhora está grávida.

– É totalmente impossível, exijo outro exame.

– Não é preciso outro exame de sangue mas se a senhora faz questão podemos fazer um ultrassom.

– Eu quero fazer e quero agora, vamos esclarecer essa confusão, é claro que este exame de sangue está errado. Emma espere aqui, e saiba que nada disso é verdade, é só baboseira, vamos doutor, vamos logo fazer este ultrassom.

Regina foi até a sala de ultrassom com o Dr. Whale, deixando uma Emma amedrontada e confusa naquela sala. Whale mesmo fez questão de fazer o exame para mostrar o quanto a rainha estava errada.

– Está vendo esse pontinho aqui? Este é o seu filho... Espera aí.

– Isso é impossível. O que foi? Que cara é essa?

– Há dois pontos aqui, está vendo? São gêmeos!

– Mas, mas isso é impossível! Eu não transo com homens há muito tempo, é totalmente impossível!

– Eu sei o que estou vendo Senhora Mills e o que eu vejo são dois fetos no seu útero. Vamos deixá-la em observação esta noite e provavelmente amanhã te dou alta.

Regina foi para o seu quarto devastada, não fazia a mínima ideia de como aquilo havia acontecido. Era impossível não é mesmo? E como Emma acreditaria nela? Ela estava com tanto medo.

– Emma? Você está chorando? – perguntou a morena, entrando no quarto e encontrando uma Emma com o rosto inchado e com a pior expressão de sofrimento e decepção.

– Foi engano, não foi? Você não me traiu né? Me diz que tudo não passou de um mal entendido – disse Emma, chacoalhando Regina e chorando.

– Emma... eu não sei como é possível, eu juro pra você, eu fui só sua, eu juro amor – respondeu a morena, começando a chorar também.

Emma olhou nos olhos de Regina e não disse nada, simplesmente virou o rosto e saiu daquela sala. Ela queria morrer, a dor era forte demais, a decepção era inimaginável. Ela precisava sair, respirar, andar, espairecer. Foi para o seu carro e ligou-o, não tinha rumo simplesmente precisava sair dali. Entrou com o carro na floresta, saiu do carro e começou a andar, chorando muito e ficou perambulando por lá, até que em um certo momento chegou naquele riacho onde as duas juraram amor uma pra outra. Emma ajoelhou-se e chorava convulsivamente, não podia acreditar no que estava acontecendo, Regina foi capaz de brincar com seu coração dessa maneira. Ela ficou ali, jogada no chão, chorando até que pegou no sono.

Teve um sonho, onde uma fada que ela nunca tinha visto veio falar com ela.

– Você lembra do Lago Nostos? Aquele lago que havia em Fairy Tale Land, em que você e sua mãe lutaram contra Cora e Hook? – perguntou a fada.

– Eu lembro de um grande buraco, não havia água ali – respondeu Emma.

– Ali havia uma lago, uma lago que possuía propriedades mágicas, restituía o que foi perdido. E este lago que secou em Fairy Tale Land veio pra cá, e é esse lago em que vocês fizeram amor. Aquelas águas entraram no ventre de Regina, curando-a de sua infertilidade, e o amor de vocês, um amor tão poderoso foi capaz de criar uma vida, no ventre da mulher que sempre sonhou com isso, então fique tranquila, não duvide de mais nada que venha do amor de vocês, pois ele é extremamente poderoso.

Emma chorava, se sentindo horrível por duvidar de sua rainha, ela viu a verdade nos olhos de Regina, mas não conseguiu acreditar.

– Quem é você? – perguntou Emma.

– Sou uma simples fada, responsável pelos rios e mares, que não conseguiria ver um amor tão lindo se extinguir, agora vá, acorde e aproveite-o.

Emma acordou, viu que estava na floresta, toda cheia de terra e folhas, queria ver sua rainha, pedir perdão e aproveitar cada momento ao seu lado. Entrou no carro e chegou em questão de minutos no hospital e procurou por Regina, que não estava mais lá.

– Cadê a Regina, dr. Whale, você liberou ela no meio da noite? – perguntou Emma.

– Não! Depois que você saiu daqui ela exigiu ir embora, não pude impedi-la, você sabe como ela é, simplesmente pegou um táxi e foi embora – respondeu Whale.

Emma saiu correndo daquele hospital, foi para a mansão Mills onde Regina provavelmente estaria, ela se sentia horrível e tinha medo de que sua rainha não a perdoasse pela falta de confiança. A porta estava trancada. Emma bateu muitas vezes até Regina resolver abrir.

– O que você faz aqui? Você não estava com ódio de mim? – perguntou a morena, cheia de olheiras e olhos inchados.

– Eu jamais fiquei com ódio de você, deixe-me explicar, eu posso entrar?