No dia seguinte as duas decidiram que Henry deveria ser o primeiro a saber sobre as duas, e como Mary o levaria pra escola naquela manhã, combinaram que no jantar falariam com ele. Emma finalmente voltou para a delegacia, e Regina para a prefeitura. O dia passou devagar e as duas esperavam ansiosamente o fim do dia, para poderem se ver e falar com Henry. Exatamente as 18:00 as duas saíram do trabalho, Emma foi buscar Henry na escola, foi para a casa dos seus pais para ela e Henry se trocarem e chegaram a mansão Mills exatamente as 19:30.

– Que saudade Henry! – disse Regina, dando um abraço forte nele.

– Eu também estava com saudades mãe – respondeu Henry.

– Só com saudades dele senhora prefeita? – brincou Emma.

– Confesso que não – disse a morena, dando um abraço em Emma.

– Regina falando que está com saudade da Emma? Vocês duas se abraçando? Quem são vocês e o que fizeram com as minhas mães? – perguntou Henry, dando risada.

– A gente explica na hora do jantar filho, agora vem ajudar a mamãe a tirar a torta do forno – disse Regina.

– Emma vai jantar com a gente?

– É claro filho.

– Legal! – respondeu Henry, correndo para a cozinha.

Henry ajudou Regina a por a mesa enquanto Emma assistia TV, mas não tinha nada passando, ela estava muito entediada.

– Emma! Tá na mesa! Desliga essa TV! – chamou Henry.

– É pra já, não há nada interessante passando. Nossa que cheiro maravilhoso é esse?

Emma chegou a sala de jantar e ficou pasma, Regina tinha feito um banquete, com todos os tipos de delícias culinárias.

– Por que tudo isso mãe? Hoje é sexta, não há nada de especial hoje – perguntou Henry, também surpreso pelo banquete a sua frente.

– Hoje é um dia importante sim filho, é que... – Regina olhava para Emma pedindo ajuda, estava com medo da reação do filho.

– Nós estamos juntas! – completou a loira, passando seu braço pelas costas da rainha e puxando-a pela cintura.

– Como assim juntas? Como namoradas? – perguntou Henry, ainda meio perdido naquela situação.

– Exatamente Henry, eu amo sua mãe, e quero passar o resto da minha vida com ela. Você está de acordo? – indagou Emma, sentindo um leve frio na barriga, apreensiva para saber se o garoto as aceitaria logo de cara.

– Se eu estou de acordo? É claro! Vocês duas são as pessoas que eu mais amo no mundo e ver que as duas se gostam e vão ficar comigo? É a melhor coisa que eu poderia imaginar! – respondeu o garoto, correndo para dar um abraço coletivo em suas mães.

– É tão bom ouvir isso de você garoto – disse Emma, a beira das lágrimas.

– Então Emma, eu estava pensando, como Henry concorda com a gente e eu não gostaria de passar mais um dia longe de vocês, será que vocês aceitariam vir morar aqui comigo? Me sinto tão mal nessa casa enorme e vazia. Seria perfeito os dois amores da minha vida aqui junto comigo e- a loira interrompeu Regina com um selinho e disse:

– Não precisa falar mais nada, não há nada no mundo que eu queira mais do que viver com você e Henry para o resto da minha vida – respondeu a xerife, dando mais um beijo apaixonado em sua rainha.

O jantar foi maravilhoso, além da comida deliciosa, o clima estava perfeito. Uma perfeita família feliz. Depois do jantar Henry desafiou Emma para jogar Need for Speed e até Regina tentou aprender.

– Não amor! Você está apertando o botão de frear é o da direita que acelera! – disse Emma, rindo da falta de habilidade da morena.

– Ai é muito confuso esse negócio, os botões são iguais – respondeu Regina, toda confusa.

– Af mãe os botões nem são iguais, é só memorizar – disse Henry, dando risada da cara da sua mãe.

– Chega de vídeo game por hoje, é muita humilhação. Henry vai tomar banho e depois vem aqui em baixo se despedir – ordenou Regina.

– Ah mãe, por favor, hoje não é um dia especial? Deixa eu ficar até mais tarde – implorou Henry, fazendo biquinho.

– Por ser um dia especial você já ficou até 23:00, você costuma ficar até as 21:00! Não abusa, vai tomar banho e daqui a pouco a gente sobe pra te dar um beijo.

– Puxa vida – lamentou Henry, subindo as escadas.

– Como a minha rainha é autoritária – brincou a loira, abraçando sua morena pela cintura.

– Você não viu nada – respondeu Regina, dando um beijo na xerife com uma pequena mordida.

As duas sentaram no sofá e ligaram a TV novamente, mas nenhuma das duas estava interessada.

– Sabia que eu te amo demais? Eu não sei como aconteceu, só sei que eu sinto tanto que até dói – disse a xerife, acariciando os cabelos da sua rainha.

– Eu sei exatamente como você se sente, é inexplicável, eu nunca amei assim, com o Daniel foi diferente, não tive tempo para amadurecer o amor, tenho tanto medo de alguém ou algo tirar meu amor de novo – respondeu Regina, com os olhos cheios d’água.

– Gina, olha nos meus olhos – disse Emma, colocando as duas mãos no rosto de sua amada – Nada nem ninguém nesse mundo tem poder suficiente pra quebrar o nosso amor, você não viu lá no riacho? O nosso amor é magia, a mais poderosa delas.

– Mas eu tenho medo Emma, tenho tantos inimigos nessa vida, e se alguém aparecer querendo vingança e o pior que eles poderiam fazer é tirar você de mim – falou a morena, já com o rosto coberto de lágrimas.

– Sssssh calma, o nosso amor é mais forte que qualquer ódio ou vingança – Emma abraçou a rainha daquele modo protetor em que Regina se sentia livre de qualquer perigo no mundo, a loira ficou balançando a morena, que ficou tão relaxada que pegou no sono – Gina? Dormiu? – perguntou ela, a morena pegou no sono pesado então Emma pegou-a no colo, colocou-a na cama e foi dar boa noite para Henry.

– Já tomou banho garoto? – perguntou a xerife.

– Já, não queria dormir mas a Evil Queen mandou tá mandado – brincou Henry.

– Henry, nunca mais chame-a assim.

– Nossa Emma, por quê? Eu estou brincando.

– Ela quer apagar esse passado ruim da cabeça dela e nós temos que fazer o máximo para ajudá-la.

– Ok, desculpa.

– Não precisa se desculpar, só não faça mais, boa noite garoto, até amanhã – disse Emma, dando um beijo na testa de Henry.

– Boa noite, minha mãe não vem?

– Ela já dormiu, amanhã vocês se falam.

– Ela foi dormir sem se despedir de mim?

– Não, ela dormiu lá na sala, eu trouxe ela aqui pro quarto.

– Caramba, você é forte.

– Sim garoto, agora boa noite, tchau – despediu-se Emma, apagando o abajur e fechando a porta.