Regina e Emma voltaram para casa e convocaram um jantar no mesmo dia para dar as boas novas para o seus parentes e amigos. Elas julgaram certo convidar Mary, David, Ruby, Granny, Archie, Hook e Blue, a famigerada Fada Azul. Regina passou o dia cozinhando enquanto Emma cuidou das meninas e jogou basquete no quintal com Henry. O garoto ajudou um pouco a mãe na cozinha, mas ela o dispensou e mandou-o ir brincar. Por volta das 18:00 chegaram David e Mary com Finnick.

– Meu irmãozão! - empolgou-se Emma, dando Giullia para David segurar e pegando Finnick do colo da mãe – como você cresceu garoto, e esse cabelo? Está mais longo que o da Anna! – o garotinho tinha volumosos cabelos pretos e doces olhos azuis, e como a mãe, era alvo como a neve.

O tempo foi passando e os demais convidados chegaram, a mesa foi posta e todos se sentaram, todos estavam curiosos para saber o motivo daquela reunião.

– Acho que antes de comer vocês querem saber o que trouxe vocês para este jantar, não é mesmo? – perguntou a loira, levantando e puxando Regina junto com ela, as duas ficaram de braços dados, sorrindo de uma forma contagiante.

– Sim filha, estou fervendo de curiosidade para saber qual será o motivo de mais uma dessas suas reuniões extraordinárias – respondeu Mary, apreensiva pelo que estaria por vir, mas sentia que era coisa boa a julgar pelo sorriso do casal. Ultimamente Mary e Regina haviam se aproximado bastante, e as duas já se julgavam uma a melhor amiga da outra, qualquer traço de ressentimento ou rancor foi apagado.

– Convidei-os para informar-lhes que eu e Regina, tão cedo quanto possível nos casaremos e nós achamos certo que vocês, que sempre estiveram com a gente, recebessem a noticia fresquinha, de primeira mão, e Blue nós queremos que você faça nosso casamento – assim que Emma deu a notícia percebeu o quanto aquelas pessoas haviam mudado, ela realmente viu felicidade no rosto de cada uma, todos viam e ficavam felizes com o amor das duas, e isso lhe deixava mais do que feliz.

– Seria um prazer imenso abençoar este amor tão forte e mágico que é o de vocês, as duas provaram que o amor verdadeiro não escolhe sexo, raça, cor, nem nada disso, e é visível a pureza do sentimento de vocês. Me sinto honrada por este convite e o aceito, vocês fizeram por merecer este começo de final feliz, parabéns – respondeu Blue, se sentindo feliz e agraciada pelo convite que recebera.

Todos cumprimentaram o casal, jantaram e aos poucos cada um foi para casa, a família assistiu um pouco de TV, Anna e Elsa dormiram e Henry após um tempo dormiu também. A loira levou o garoto para a cama e Regina colocou suas bebês em seus respectivos berços e as duas se encontraram no quarto, felizes e exaustas.

– Mal posso esperar pra você ser minha de papel passado – disse a loira, abraçando sua rainha pela cintura.

– Você realmente quer que isto aconteça tão logo quanto possível?

– É o que eu mais quero, mas por quê? Não é o que você quer?

– Claro que é! É que como eu vou organizar toda a festa e cerimônia, eu por mim estou com muita pressa de ter você de verdade, trocar os nomes e tudo o mais, só queria saber se você queria o mesmo, se você tem pressa.

– Tenho muita pressa Regina Mills-Swan – respondeu a loira, selando os seus lábios com os da rainha.

Passaram-se dois meses, e com um mês faltando para o casamento mais inusitado dos contos de fadas, as noivas foram comprar seus vestidos. Regina levou Mary para ajudá-la enquanto Emma pediu para que Ruby a acompanhasse. A xerife não teve muita dificuldade em montar sua roupa, escolheu um vestido solto no corpo, com algumas pregas na cintura, alcinhas ao invés de mangas, escolheu deixar o cabelo solto e cacheado e no dia colocaria algumas flores nele, e para adornar uma correntinha discreta no pescoço. Já Regina teve mais dificuldade em montar um look que gostasse, até que depois de muito andar e experimentar coisas, decidiu-se por um vestido tomara que caia, com algumas pedras que adornavam o busto, era bem acinturado, acetinado e brilhoso. Os acessórios eram de pedras escuras, roxas, e o cabelo ela decidiu que o usaria preso em um véu e por insistência de Mary, também usaria uma tiara, bem apropriada para o seu passado de rainha.

Emma e Regina combinaram que depois de comprar as coisas iriam jantar juntas, Gabriella ficaria com as crianças, ela dava conta. Marcaram de se encontrar no novo restaurante que Ariel e Erick haviam aberto ali no porto, um lugar informal, um lugar que servia de tudo, menos frutos do mar. As duas estavam exaustas e preocupadas, pois andaram o dia inteiro e por que também faltava só um mês para o grande dia. Se encontraram nas docas e foram caminhando juntas até o restaurante, chegando lá sentaram em uma mesa com vista para o mar e de cadeiras duplas, as duas sentaram lado a lado e fizeram seus respectivos pedidos.

– Hambúrguer com fritas?! A gente veio até aqui pra você comer o que você sempre come no Granny’s? – perguntou a morena.

– Ok, então eu quero essa lasanha aqui, foi a força do hábito, e também quero uma coca grande – indicou a xerife.

– Quero uma salada caesar, e um suco de uva – pediu a rainha.

Seus pedidos chegaram rapidamente, as duas comeram, conversaram um pouco e Regina estava quase pegando no sono, encostada no ombro da loira.

– Podemos ir? Preciso da minha cama – disse Regina, com os olhos pesados.

– De jeito nenhum! Essa bandinha que está tocando aí é legal, quero dançar pelo menos uma música com você – a loira se referia a um grupo de 4 pessoas dos contos de fada que ela nunca tinha visto, que estavam fazendo cover’s de algumas músicas, e eles eram realmente bons no que faziam. Emma puxou a morena para a pista de dança e assim que Regina se recostou no ombro na xerife e as duas começaram a dançar começou uma música lenta, que parecia ser romântica.

“We may no have all the answers oh I know that we can change some of the things that are beyond our control, and the vision of us may be blurry but use your heart to see, just follow the beat, the rhythm will lead you right back to me.”

As duas balançavam ao som da música, que era calma e falava de amor, de vitimas do amor, e das lutas para mantê-lo.

– Você gosta desta música? – perguntou a loira, bem baixinho, no pé do ouvido da rainha.

– Nunca ouvi, mas é linda, acho que tem muito a ver com a gente e tudo que nós passamos juntas – respondeu a morena, levantando o olhar para a sua xerife.

“So baby let me be your soldier, don’t be overtaken by pride, just close your eyes, take my hand, I promise to keep us alive. Sometimes it’s a game of give and take, it’s easy to break but hold on and wait, have a little faith.”

– Ouve bem essa música Gina, por que é ela reflete perfeitamente o que eu desejo para nós duas.

– Acho que essa podia ser a nossa melodia não é? Uma música de amor, essas promessas, esses desejos, acho que tem tudo a ver com a gente, parece coisa do destino, esta música é perfeita – sugeriu a rainha.

– Eu concordo com cada palavra sua meu amor, afinal nós não somos mesmo vitimas do amor? – respondeu Emma, puxando sua rainha pela cintura e dando um beijo que transmitia uma magia que só a força do amor verdadeiro das duas poderia emitir.

“ I will go down to the last round, I’ll be your strength to find you when you get lost in the crowd, so I’ll stand up tall if by chance I fall, then I’ll go down as a casualty of love. I’ll be your Casualty of Love.”