To infinity and beyond escrita por A Dreamy Girl


Capítulo 18
Love doesn't always mean peace


Notas iniciais do capítulo

Demorei mas voltei queridos, prometi que não os abandonaria não é mesmo? Confesso que não estou muito motivada, até considerei parar de postar, mas não, vou publicar minha história até o fim e espero que algumas pessoas apreciem tudo isso, já estou cheia de trair a confiança que as pessoas tem em mim, aqui não é lugar de desabafo Gabriella pelamor :v Chega de bobeira, espero que gostem, boa leitura!



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As meninas eram angelicais e davam pouco trabalho. Mas mesmo assim, cuidar de três crianças, incluindo dois bebês é, por assim dizer, muito cansativo. Emma e Regina não tinham um momento só delas no dia desde o nascimento das bebês, Emma voltou ao cargo de xerife quando Giullia e Annabelle completaram um mês, e Regina preferiu ficar em casa, não precisava mais do poder, e recusou terminantemente uma babá, disse que daria conta sem dúvida alguma. A rotina das duas era estafante. Emma via que sua rainha estava muito desgastada e não lhe dava atenção, não tinha rolado nada mais picante entre as duas desde o anúncio da gravidez de risco e as gêmeas já estavam com dois meses, é claro que ela entendia o lado da morena, mas também sentia falta e precisava daquela Regina carente e amorosa.

– Oi Gina, tudo bem? – perguntou a loira, chegando do trabalho com Henry, que ela sempre buscava.

– Tudo sim, Giu e Anna acabaram de dormir, então cuidado com o barulho – disse a morena, que nem sequer cumprimentou Emma, foi para o quintal e deitou-se na rede. A loira seguiu-a e deitou na rede junto com ela.

– Você está estranha.

– Por quê? O que eu fiz? Você pode me dizer? – perguntou a morena, irritada.

– É isso, você está estressada e sobrecarregada e não quer assumir, mas está descontando em mim e Henry. Não nos cumprimenta, está sempre com a cabeça nas meninas e no escasso tempo livre, descansar. É totalmente aceitável o seu esgotamento, você precisa de ajuda, podemos contratar...

– NÃO! – gritou a morena, desvencilhando-se de Emma e levantando da rede – Eu estou muito bem, e se você está tão carente eu só lamento. Eu posso muito bem cuidar delas sozinha, sempre foi assim, estou acostumada.

– Você não precisa disso, você pode ter ajuda, não precisa se acomodar na solidão. Eu e Henry sentimos sua falta!

– Tenho certeza que é coisa da sua cabeça, você por acaso está com ciúmes das meninas? – esbravejou a rainha, finalmente despertando a ira da loira.

– Ciúmes das meninas? Você ficou maluca? O que te leva a pensar que eu teria inveja da atenção que você dá as minhas filhas? Isso não faz sentido nenhum! Não aguento mais este seu complexo de independência, você tem uma família agora! Pare de descontar suas frustrações pessoais em mim! Eu chego na maior boa vontade para te oferecer ajuda e é isso que eu recebo? Essas palavras estúpidas? – a xerife, cheia de fúria e frustração, gritou tanto que logo ouviu-se o choro das meninas.

Regina não reagiu a tudo aquilo, se tudo aquilo fosse a um tempo atrás, ela não hesitaria em arrancar o coração da loira, mas agora que seu coração estava diferente, não sabia como reagir a tudo aquilo, só sabia que estava com raiva e decepcionada, foi acudir suas pequenas e Emma pegou sua jaqueta e foi para o Granny’s.

– Por que uma bebida tão forte Emma, o que aconteceu? – perguntou Ruby, servindo o whiskey que Emma pediu.

– Problemas e burradas Ruby, basicamente isso.

– Você quer conversar sobre isso? Não quero ser pentelha, dá pra ver que você não está nada bem, seja o que for o que estiver acontecendo.

– Sabe que eu até quero, estou precisando de uma amiga pra desabafar, vamos sentar ali naquela mesa?

Já que o lugar estava vazio e Emma visivelmente precisava de sua ajuda, Ruby tirou seu avental e foi sentar com a xerife que pegou a garrafa de whiskey e levou para a mesa.

– Tivemos nossa primeira briga de verdade hoje – começou a loira – e digamos que eu falei tanta merda que eu estou até com medo de voltar pra casa.

– Um relacionamento de quase um ano e essa é a primeira briga de vocês?

– Não a primeira, eu quis dizer que tivemos um belo barraco, uma discussão horrível, e isso não tinha acontecido ainda, tivemos briguinhas tolas, que se solucionavam em pouco tempo.

– Me conta o que aconteceu desde o começo.

– Regina, desde o começo do relacionamento, era carente e amorosa e eu adorava aquilo, fazer com que ela se sentisse amada e protegida. Na gravidez dela ela estava muito sensível e como todos ficaram sabendo, ela precisava de mim o tempo todo ao lado dela. Foram os melhores meses da minha vida, conheci ela mais do que ninguém, e como não havia sexo, só conversávamos e mesmo assim era ótimo. Mas depois que as meninas nasceram tudo foi mudando. Ela se distanciou totalmente de mim, não havia mais a Regina amorosa, só a Regina mãe, que não tinha tempo pra qualquer outra coisa. Ela não reconhece que precisa de ajuda, está cuidando sozinha das bebês e está deixando a mim e a Henry de lado, e não percebe nem assume isso! Eu estou cansada desta rotina e tentando fazer a cabeça dela acabei explodindo e piorando tudo, não sei o que fazer, nem sei o que Regina fará. Eu estou com medo.

– Calma Emma, vai passar eu tenho certeza, veja o que o amor de vocês já fez. Mas, o que exatamente você falou pra ela?

– Quando ela insinuou que eu estava com ciúmes dela com as minha próprias filhas eu explodi, perdi a linha. Resumindo, chamei-a de frustrada, maluca, estúpida, estou ferrada Ruby – disse a loira, colocando suas mãos na cabeça e fitando o chão.

– Você a chamou de tudo isso mesmo?

– Não explicitamente, mas foi o que eu dei a entender – respondeu a loira, virando mais uma dose de whiskey.

– Você quer minha ajuda? Vai me ouvir?

– Sim, por favor Ruby, não sei o que fazer.

– Pra começar você vai parar de beber, por que isso só vai piorar a situação – disse a loba, tirando a garrafa de perto da xerife – você precisa acertar as coisas com Regina, mas você já está um pouco bêbada, então você vai tomar um banho gelado aqui na pensão e depois um copo de café bem forte, pra espantar a moleza da bebida. Terminando tudo isso, você vai pra casa, tente entender o lado de Regina também, acho que ela não está sabendo balancear as coisas, só isso. Peça desculpas a ela e mantenha a calma se ela não aceitar e disser coisas que te magoe ou irrite, peça mais desculpas e amorosamente tente fazê-la entender o que ela precisa. Combinado?

– Você é a melhor Ruby – respondeu a xerife, dando um abraço na loba.

Emma tomou seu banho e seu café extra-forte, respirou fundo, tentando reunir um pouco de coragem, entrou em seu fusca e voltou para casa, com medo, mas um pouco mais esperançosa. Chegando lá, por volta das 21:30, tentou fazer o mínimo de barulho possível, não queria que ninguém notasse sua chegada. As luzes de quase toda a casa estavam apagadas, Henry e as meninas dormiam com certeza, a única luz acesa que havia era a do escritório de Regina. A porta estava entre aberta, Emma se aproximou na ponta dos pés e chegando na porta ouviu os soluços abafados da morena, e se sentiu um lixo por ser ela o motivo deles.


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Notas finais do capítulo

Primeira crise entre nossas heroínas, afinal essa fic precisa de um pouco mais de drama HAHAHA Comentem se gostaram e o que esperam dessa história que não está muito longe do final. Até a próxima!



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