Emma entrou no quarto e deu de cara com Regina gemendo alto, quase gritando, e dizendo:

– Caramba Emma, era bem capaz de nossas filhas nascerem e você estar dando rolezinho por aí!

– Calma amor, só fui cumprimentar o pessoal, estou aqui – disse a loira, ciente do motivo do nervoso de sua rainha – então enfermeira, quando minhas filhas vão nascer?

– Vou chamar o doutor, já está na hora – respondeu a enfermeira, saindo da sala.

Com o médico em sala e todos preparados, Regina começou a fazer força, apertando a mão da xerife até quase quebrar seus ossos.

– Ei Gina, eu preciso desta mão pra pegar as meninas daqui a pouco – brincou a loira.

– Acho que na próxima contração uma de suas bebês virá ao mundo – disse a enfermeira.

A contração veio, Regina fez força e se permitiu dar um grito ensurdecedor, as luzes de todo o hospital piscaram e seu esforço foi recompensado, uma linda bebê nasceu em silêncio, demoraram vários segundos para se ouvir um chorinho baixo. A enfermeira colocou a bebê nos braços de Regina.

– Ela é linda demais, parabéns amor – disse Emma, dando um beijo nos lábios da sua rainha.

– Nós fizemos isto juntas amor, e tem mais ainda – disse a morena, sentindo outra contração, a enfermeira pegou a bebê de seu colo para limpá-la.

Não foi preciso mais do que 6 minutos para a outra bebê nascer, mas desta vez tudo foi normal, nada de luzes piscando ou gritos, um nascimento comum e ao seu modo tão lindo quanto o outro. Desta vez a bebê foi dada para Emma, que se abaixou para mostrar para Regina a caçulinha. As bebês foram levadas rapidamente para outra sala para serem cuidadas.

– Para onde elas vão? – perguntou Regina, amedrontada, ela queria suas meninas ali com ela.

– Vocês poderão vê-las logo, é que por serem de uma gestação gemelar, elas nasceram pequeninas, então elas passarão algum tempo na UTI, só por precaução – explicou a enfermeira.

– Elas tem alguma coisa? A gente precisa saber, vocês estão escondendo alguma coisa? – perguntou a loira, tão apavorada quanto Regina.

– Não, é uma precaução de praxe, vocês não precisam se preocupar, daqui a pouquinho vocês sobem e veem elas.

– Quanto tempo pra gente poder ir lá vê-las? – perguntou Regina.

– Eu vou lá dar uma olhada e já volto – respondeu a enfermeira.

Passaram-se cerca de 30 minutos, Regina foi limpa e cuidada e logo depois elas foram para a UTI ver suas bebês. Não gostavam da ideia de ver suas bebês na UTI, mas se faria bem a elas, aceitariam. Entraram na ala e acharam suas bebês dentro de incubadoras e analisaram os traços de cada uma minuciosamente.

– Acho que tenho um nome para a nossa mais velha – disse Emma.

– Sério? Então, qual será o nome da nossa loirinha?

– Giullia. Um nome forte, acho que de origem romana, gosto dele, me veio na cabeça quando a vi no seu colo.

– Finalmente um nome bonito Swan, adorei – disse a morena, abraçando-a – acho que também já tenho o nome da caçulinha, será Annabelle, um nome suave, você gosta?

– Giullia e Annabelle? Exótico, porém perfeito – respondeu a loira, dando um beijo em sua rainha e voltando a admirar suas pequenas.

As duas ficaram lá até quando puderam, depois de um tempo voltaram ao quarto.

– Tem um monte de gente lá embaixo querendo ver as bebês – disse a loira.

– Um monte de gente? Não são só Henry e seus pais?

– Não, todos vieram, Archie, Ruby, os anões, e mais alguns. Acho que vou descer lá pra falar com eles, você gostaria de vê-los agora?

– Sim, eu gostaria muito, pode mandar quem quiser vir.

Emma desceu e todos estavam muito ansiosos, avançaram em cima dela assim que a viram.

– E então? Como elas estão? Como foi? Como elas são? – todas as perguntas vieram ao mesmo tempo.

– Calma gente, um de cada vez – respondeu a xerife, dando risada – elas são perfeitas e estão bem, Giullia nasceu com 2 quilos e 800 gramas e Annabelle nasceu com 2 quilos e 700.

– Giullia e Annabelle, estes são os nomes das minhas irmãs? Finalmente nomes dignos de princesas! Adorei! – disse Henry, todo empolgado – quando vou poder vê-las Emma?

– Como a gestação foi gemelar e elas nasceram pequeninas, vão ficar uns dias na UTI, mas calma gente é só por precaução, então assim que elas receberem alta todos poderão vê-las – respondeu Emma.

– Eu posso ir ver minha mãe pelo menos? – perguntou o menino.

– Sim, ela já está bem, quem quiser pode vir também – disse a loira.

Todos tinham ido à lojinha do hospital e comprado flores ou coisinhas para as meninas, subiram e entraram no quarto.

– Todo este pessoal quer te ver amor – disse Emma, enquanto todos se acomodavam dentro do quarto.

– Uau, realmente não esperava, obrigada gente, vocês não sabem como isso me faz feliz, finalmente encaixada e aceita por vocês, muito obrigada mesmo – disse Regina, não conseguindo segurar algumas lágrimas.

– Uau digo eu, Regina Mills chorando e agradecendo a todos nós, desta maneira toda sensível? Nunca imaginei isso nem nas minhas piores ressacas – disse Leroy, debochado como sempre.

– Leroy! – repreendeu a Fada Azul – nós realmente vemos sua mudança Regina, parabéns por ter voltado a ser aquela mulher pura e sensível que era, e parabéns por suas bebês, que estamos ansiosos em ver.

Todos ficaram por lá para ouvir a descrição detalhada de cada bebê, Giullia que era loira e tinha os olhos claros de Emma e Annabelle que possuía cabelos e olhos castanhos, como Regina. Depois de um tempo cada um deixou seu presente ali e foi embora, restando somente Mary, David e Henry.

– Logo será a vez de vocês, pra quando o bebê está previsto? – perguntou Regina.

– Pra este mês ainda, provavelmente no final – respondeu Mary.

– Estou ansiosa para ver meu irmão, tenho certeza que também será lindo – disse Emma.

– Nós também mal podemos esperar – respondeu David, afagando o ventre de Mary.

Regina recebeu alta após 2 dias, mas suas bebês ficaram por 21 dias lá, e no dia 24 de janeiro Emma, Regina e Henry foram buscar suas pequenas. O carro de Regina atingiu sua lotação, e Henry ficou bem apertado entre as cadeirinhas de suas irmãs. Chegaram em casa e encontraram um grande recepção, Mary, sendo encoberta por Emma, organizou uma festinha surpresa para receber as bebês. Todos pegaram e curtiram Giullia e Annabelle, e no começo da noite, Mary com Annabelle no colo entrou em trabalho de parto, provavelmente devido a euforia de conhecer suas netas.

O filho dos Charming, Finnick, nasceu perfeito, e todos novamente fizeram uma comitiva dentro do hospital. Passaram-se 3 dias e Mary, David e Finnick foram para casa. No começo de fevereiro, num domingo de sol, fizeram uma festa, que juntou a cidade inteira, para comemorar a vinda de tantas crianças especiais. Giullia, Annabelle e Finnick, três crianças lindas, uma nova geração dos contos de fada.