– E aí amor? Como foi a tarde? – perguntou a loira.

– Foi agradável, conversei sobre muitos assuntos com a Mary, a gente realmente se deu bem.

– Fico feliz.

– E você, o que fez de bom?

– Me atualizei sobre o que acontece na cidade, nada demais. E depois dei uma volta por aí, as pessoas sorriam e eram simpáticas comigo mas eu não estou com muita graça com elas.

– Deixa pra lá Emma, eles vão se acostumar, e você não deveria guardar rancor *bocejo* Acho que preciso de um banho para poder dormir.

– Deixe que eu vou lá e encho a banheira pra você.

A loira encheu a banheira e colocou vários tipos de sais na água e deixou Regina tomar seu banho. Depois de limpas e trocadas, as duas deitaram, se aconchegaram uma na outra e dormiram.

O ultrassom estava marcado para as 9:00 da manhã e Emma pela primeira vez na vida chegou com sua rainha na hora marcada, morrendo de ansiedade. O médico passou o gel na barriga de Regina e começou a examiná-la. Passaram-se alguns minutos e o médico não disse nada.

– E então doutor? Está tudo bem? – perguntou Emma, que segurava firmemente a mão da morena.

– Sim, só estava analisando o descolamento da senhora Mills, e fico feliz em dizer que ele não aumentou, continuem tomando todos os cuidados, repouso absoluto e os remédios e eu tenho certeza de que as bebês nascerão no momento certo.

– As bebês?! – as duas perguntaram ao mesmo tempo.

– Oh me desculpe, vocês não sabiam, não é? Pois é, serão duas menininhas.

– Duas princesinhas? Não acredito – disse Emma, chorando de felicidade e dando um beijo apaixonado em sua rainha, que também chorava.

As duas foram pra casa exultantes de alegria e na hora do almoço, Mary ligou.

– E aí? Como foi o ultrassom? Está tudo bem? – perguntou ela.

– Sim Mary, o descolamento não aumentou e você terá duas netinhas! – respondeu a loira, cheia de orgulho.

– Duas princesinhas? Será ótimo!

– E aí quando eu vou saber se minhas filhas terão um titio ou uma titia?

– Logo, daqui uns dias já saberemos. Emma, tenho que ir, o sinal já bateu, até mais, beijos e parabéns.

– Obrigada Mary, beijos.

Depois de alguns dias Mary e David divulgaram que teriam um menino, um tio para cuidar das meninas que também estavam vindo. Os meses da gravidez passaram rápido, Emma ficou todo o tempo com Regina, a não ser pelas vezes que Mary resolvia passar o dia lá e Emma aproveitava para fazer alguma outra coisa. Outro fato que começou a ocorrer foi de que o povo da cidade começou a aparecer na mansão Mills, para deixar presentes e pedir desculpas. Ruby levou para as meninas duas mantas vermelhas, Gepetto levou duas bonecas que ele mesmo fez, e até mesmo Leroy, por intermédio de Mary, enviou dois chocalhos para elas. Uma coisa que elas ainda não haviam conseguido decidir era os nomes das meninas. Regina e Emma combinaram que cada uma escolheria um nome e a que nascesse primeiro teria o nome que Emma escolhesse, o de Regina seria para a caçula. Depois de várias tentativas frustradas, nenhuma estava muito feliz com os nomes propostos, resolveram que decidiriam os nomes depois de ver os rostos das meninas, olhariam e achariam nomes que combinassem com elas.

As datas especiais de final de ano se passaram, Ação de graças, Natal e finalmente o Ano Novo, Regina surpreendentemente já havia conseguido segurar as meninas por 8 meses e a o parto poderia ser a qualquer momento. Era uma manhã fria do dia 3 de janeiro, e a xerife e sua rainha se encontravam sentadas em um sofá, em frente à janela, que Emma pôs no quarto, e observavam a neve cair envoltas em um cobertor.

– Será que fizemos certo de deixar Henry ir acampar com o avô? Estou preocupada, está nevando tanto – disse a morena.

– Eles devem estar na cabana a essas horas, e nem está nevando tanto Gina, relaxa.

– Ok, você está certa. Estou imaginando, será que as meninas terão os olhos verdes iguais aos seus?

– Eu não sei, mas sabemos que elas não serão idênticas, então eu torço para que venha pelo menos uma Regininha, por mim poderia vir até com esta cicatriz linda que você tem no lábio.

– Hahahaha nossa Emma, as bebês virão perfeitas, não inventa – disse a morena, rindo com a hipótese de filhos herdarem cicatrizes.

– Imagino uma parecida comigo e outra com você, uma de olhinhos verdes e a outra com estes seus intensos olhos castanhos.

– Ai! – manifestou-se Regina, sentindo uma contração e logo depois um liquido escorrendo por suas pernas – acho que descobriremos isso ainda hoje amor, parece que estou entrando em trabalho de parto.

– O que? Por quê? – confundiu-se Emma.

– Como assim por que Emma, senti uma contração e parece que a bolsa estourou, vamos acorda, nossas filhas vão nascer!

Emma, meio abobalhada com a situação estava perdida e Regina foi dando as coordenadas do que ela precisaria pegar, e em 20 minutos as duas foram para o hospital. Chegando lá Emma preencheu uma ficha e Regina foi enviada para um quarto.

– Tem certeza de que quer isso Gina? São duas – enfatizou a loira.

– Se tudo der certo, eu terei minhas filhas de parto normal, assunto encerrado – respondeu a rainha, corajosa e decidida que era.

Regina passou o dia no quarto, com Emma a ajudando a se acalmar nas horas de dores e contrações. Ela tinha ligado para sua mãe, que já se encontrava na sala de espera com David e Henry, e quando saiu do quarto um minuto para falar com eles, descobriu que muita gente tinha ido acompanhar o parto de suas filhas. A sala de espera estava lotada, Ruby, Granny, Archie, Gepetto, e todos os anões estavam lá. Henry correu e abraçou-a.

– E aí Emma, como estão minhas irmãs? – perguntou o menino.

– Ainda dentro da barriga de sua mãe garoto, mas tenha paciência, ela quer parto normal então temos que esperar, você pode ir lá vê-la enquanto eu estou aqui, é no terceiro andar, quarto 307, vai lá, mas cuidado que ela está bem mal humorada, culpa das contrações – respondeu a xerife.

– Hahaha ok Emma, vou lá, desço daqui a pouco – disse Henry, dirigindo-se aos elevadores.

– Nossa eu não esperava vocês por aqui – falou a loira, dirigindo-se a todas aquelas pessoas naquela sala.

– Nós entendemos tudo o que aconteceu Emma, e não poderíamos perder o parto das filhas da salvadora com Regina – respondeu Archie.

– Entendi, muito obrigada gente, vocês não sabem o quanto isso faz bem a mim e principalmente a Regina.

Conversaram alguns minutos até que Henry voltou do quarto.

– Já garoto? – perguntou a loira.

– Minha mãe teve uma contração e quase gritou. Foi apavorante. Não gosto de ver ela passando dor, vou esperar aqui até minhas irmãs nascerem – respondeu o menino – eu já estava esquecendo, uma enfermeira pediu pra te dizer que minha mãe já está com 9 centímetros de dilatação e que daqui a pouco ela começará a empurrar. O que é dilatação Emma?

– Não importa garoto, só importa que daqui a pouco suas irmãs estarão por aqui, estou subindo galera, até mais.