A campainha tocou, as duas já sabiam quem era.

– Viu? Ela veio mais rápido do que eu pensei – disse Zelena, jogando um feitiço de invisibilidade em Emma, que só assistiria, paralisada, sua rainha se expor ao perigo.

– Olá, a xerife Emma está aqui? Ela disse que viria averiguar algumas coisas, eu fiquei preocupada, está tarde não é? – perguntou Regina.

– Sim, não é hora de criança estar fora de casa – respondeu Zelena, colocando rapidamente na rainha o mesmo bracelete que Hook usou nela.

– O que significa isso? – perguntou Regina, tentando tirar o bracelete de seu braço, sabendo que não teria sucesso.

– Finalmente terei minha vingança – disse Zelena, transportando-se para o porão, levando as duas.

– O que você... Emma?! O que ela faz ali?! – surpreendeu-se a morena, que viu sua xerife acorrentada no chão. Começou a correr em direção a ela, mas logo foi paralisada.

– O que ela faz ali? A única função dela esta noite será te fazer sofrer.

– Eu não tocarei um dedo na Regina para machucá-la! – gritou Emma.

– E quem disse que você fará ela sofrer com suas próprias mãos? Ela vai sofrer por causa do seu sofrimento queridinha, ela te ama e você é a fraqueza dela – respondeu Zelena, apertando fortemente as correntes, até quase o ponto de quebrar o pulso de Emma, fazendo-a gritar.

– Pare! Pare com isso! Me mata logo se é o que você quer, liberte a Emma – gritou Regina, paralisada e devastada por ver sua loira sofrer por sua causa.

– Eu te matarei eventualmente, mas seria muito fácil só pra você morrer, antes você deve sofrer, e muito.

– O que eu te fiz? Eu nem te conheço! Você é louca? – perguntou Regina.

– Eu não sou louca. Sou só uma garota que nunca foi boa para ninguém e quer sua vingança.

– Mas por que você quer se vingar de mim?

– Você tirou tudo de mim, minha mãe preferiu você, tudo que é seu deveria ser meu, por direito, eu sou a primogênita de Cora!

– Você é filha da Cora? Você é irmã dela? – perguntou Emma, recomposta da dor que sentia.

– Não interrompa xerife, essa é uma conversa familiar – disse Zelena, esquentando as correntes de Emma, queimando-a.

– Pare! Eu não te fiz nada, Cora fez! Eu não tenho culpa! – gritou Regina, quase chorando de desespero.

– Ela TE escolheu! Te deu tudo que era para ser meu! E agora eu vou tirar tudo de você – respondeu a bruxa, que esquentou as correntes de Emma novamente, a loira queria segurar o grito, demonstrar força para sua rainha, mas não conseguia, e gritava.

– Eu não tenho culpa, Cora não tinha um coração, literalmente, então as escolhas dela que te afetaram, não as minhas, mas eu te entendo, quando passamos por algum grande sofrimento focalizamos nosso ódio em alguém aparentemente culpado, então eu sei que você não irá mudar de ideia quanto a se vingar de mim, mas pelo menos liberte a Emma, esse vingança se trata de você e eu.

– Pare de se fazer de vítima! – gritou Zelena, jogando com toda força Regina na parede, e começou a estrangulá-la – Você vai sofrer Regina, você merece isso, você tem culpa nisso tudo e eu te farei pagar muito, muito caro. Você vai sofrer inimaginavelmente, e passará muita dor, a mesma dor que por causa de você Cora me sentenciou a passar.

– NUNCA! – gritou Emma, que já tinha conseguido se livrar das correntes – Ela não passará por nada disso, por que eu não deixarei! – a loira, com um poder que não tinha ideia que possuía arremessou a bruxa para longe e começou a eletrocutá-la, fez aquilo por alguns segundos, até ter certeza de que Zelena não iria mais perturbar.

– Emma! – disse Regina, levantando-se do chão e indo abraçar sua salvadora. Assim que chegou nos braços da loira sentiu uma pontada em sua barriga, se curvou e gritou.

– Gina? O que foi? O que você está sentindo? – perguntou Emma.

– Emma, nossos bebês – respondeu Regina, colocando a mão em sua calcinha e vendo sangue em seus dedos – Alguma coisa aconteceu com eles, eu senti uma pontada muito forte, precisamos ir para o hospital, agora!

Emma ajudou Regina a chegar até o carro, e seguiu para o hospital.

– Eu não posso perdê-los, não é justo! Logo quando eu resolvo ser melhor, outra coisa será tirada de mim? – disse Regina, ainda com dores, e chorando desesperadamente.

– Nós não iremos perdê-los amor, tudo ficará bem, tente relaxar, fará bem a eles – respondeu a loira, dirigindo e morrendo de medo do que poderia acontecer, mas tentando transmitir força para sua amada.

Chegando ao hospital, Regina foi levada para a emergência e Emma foi obrigada a ficar na sala de espera. Passou-se cerca de uma hora e Emma estava em desespero, precisava de noticias de Regina e dos bebês. Uma enfermeira chegou à sala de espera e chamou a xerife.

– Notícias da Regina? Ela está bem? – perguntou Emma.

– Se acalme xerife Swan, estamos fazendo o máximo para ajudar a senhora Mills.

– Qual é o quadro dela?

– A senhora prefeita chegou aqui com um grave caso de hemorragia, dr. Whale está fazendo o máximo para estancá-la. O quadro dela é instável, veremos nas próximas horas qual será a reação dela ao tratamento, e faremos uma bateria de exames. Qualquer novidade eu venho aqui e aviso a senhorita.

– Ela e os bebês estão em risco?

– Eu temo que sim, nas próximas horas eu venho com mais informações – disse a enfermeira, saindo da sala de espera, deixando uma Emma amedrontada e desesperada na sala.