Amor X Guerra. escrita por Mah Everllark


Capítulo 3
Capítulo 2: Amor!


Notas iniciais do capítulo

Olá queridos leitores! Bom dia! Quero fazer um agradecimento especial a minha querida leitora >Uma apaixonada perfeita< Por ser a primeira a favoritar minha web.Muito obrigada minha querida!

—Boa leitura!



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Dezembro-1941

O que há comigo?Porque sou tão estúpida em relação ao meu pai?Porque fui tão grossa com Peeta? Porque diabos saí correndo? Porque minha vida tem que ser tão..Tão medíocre?

Bufo totalmente frustrada com minha reação idiota.Paro de correr e prossigo devagar para minha casa, já que a chuva torrencial cessara. Só então percebo que meu rosto não está mais molhado pela chuva, mas sim pelas lágrimas que insistem em cair sem permissão.

Eu realmente não sei o que fazer em relação ao meu namoro com Peeta. Meu pai jamais deixara namora-lo. Alias ele já deixou bem claro que não aprova minha amizade com ele. E, bom, não é difícil de se perceber que se ele não aprova minha amizade com Peeta, também não aprovará meu namoro. E eu realmente não posso arriscar a vida dele assim, já arrisquei muitas vezes. 

General George Smith Patton Jr., para ser mais exata, ele é o tipo de homem que não tolera nenhum tipo de desaforo. Ele é bem rígido comigo e com meu irmão, ele simplesmente não admite que cometemos erros.

E eu sei muito bem disso, eu não esqueço um dia se quer. Me lembro do dia em que "cometi um erro", pois vejo as marcas que sua cinta me deixou em meu corpo, depois que ele me viu com Peeta no lago. Ele fez questão de deixar marcas bem profundas em mim. Eu pensei que ele me mataria naquele dia. Botei minha mão direita em minha nuca e senti minha enorme cicatriz ali. Quando toco nela sou capaz de ouvir o barulho da cinta me ricocheteando e os gritos desesperados, meus e de minha mãe.

Retiro minha mão dali, quando vislumbro os portões de ferro de minha casa. Limpo as lágrimas de meu rosto e passo a mão por meu cabelo molhado tentando arruma-lo. Agarro a fechadura do portão e suspiro.

Mas eu o amo tanto, que não consigo simplesmente me afastar assim.

—Deixe que eu abro para senhorita!

Disse o motorista, tirando-me de meus devaneios. Largo a fechadura e deixo que ele abra para mim. Eu apenas movimento minha cabeça em uma reverencia e adentro pelo enorme, e exagerado, jardim de minha casa.

Abro a porta de minha casa e me jogo exausta no sofá. Toco minhas têmporas e sinto minha cabeça latejar. Com certeza todos esses devaneios me renderam uma bela dor de cabeça. Minha mãe chega na sala e olha para minhas vestes. Estou ferrada! Esqueci completamente que estou encharcada e sentada no seu querido sofá de couro. Porque será que eu tenho uma breve sensação que minha dor de cabeça vai piorar?

—Levante-se daí agora mesmo! Katniss Everdeen Smith!

Ela esbraveja. No mesmo instante salto do sofá e encaro minha mãe com a face contorcida de raiva.

—Desculpa mãe!

Eu faço minha feição de piedade. Minha mãe suspira e coloca uma de suas mão na cintura.

—Vá para cima e troque-se pelo amor de Deus menina!

Eu assento e corro para as escadas antes que ela mude de ideia e me dê uma bela bronca. Não estou nem um pouco a fim de levar sermões com essa dor de cabeça.

—Greasy! Greasy Sae!

Ouço minha mãe chamando, ou melhor, gritando nossa pobre empregada. Provavelmente para limpar o estrago que fiz na sala. Me senti um pouco culpada por ela ter que limpar minha bagunça, mas minha dor de cabeça é tanta que eu me perdoo por isso. Jogo minha mochila em cima de minha poltrona e corro pro banheiro atrás de uma aspirina. Encho um copo de água e tomo o comprimido. Aproveitando minha ida ao banheiro, retiro minhas roupas escolares e encho a banheira com água quente para tomar um banho.

Quando minha pele toca a água quente todos os meus pelos se arrepiam. Me afundo logo dentro da banheira antes que mude de ideia já que parece que está fazendo 0 graus agora. A sensação da água quente me relaxa bastante, mas meus pensamentos não me deixam em paz um minuto se quer, e as ultimas palavras de Peeta ecoam em meu consciente.

"-Eu enfrento quem for! Seu irmão, seu pai e até o bosta do Hitler, para namora-la."

Rio de seus termos. Sempre admirei a coragem de Peeta, queria ter pelo menos a metade dela. Ouço batidas na porta e encaro a mesma.

—Mamãe pediu para se apressar criança! O jantar está pronto!

Criança? Não preciso de muito esforço para descobrir que é meu irmão mais velho Finnick. Ele insiste em me chamar assim desde quando nasci, no começo eu não me importava já que eu era realmente uma criança, mas agora este apelido me insulta e ele continua me chamando assim apenas para me irritar ou talvez porque em sua mente atrofiada ele pense que ainda sou uma pirralha.

—Estou indo Finn e PARA de me chamar assim!

—Tudo bem criança, vamos te esperar. Então se apresse!

Ouso uma gargalha e mergulho na banheira totalmente irritada. Ele não podia escolher outro dia para me irritar? Saio da banheira e me enrolo em uma toalha gigantesca antes de sair do banheiro. Corro para o enorme closet e procuro um vestido, menos chamativo para usar, já que minha mãe que encomenda minhas vestes e ela tem um gosto nada peculiar por cores berrantes e estampadas por flores. Pego um vestido rosa claro de mangas longas e coloco minhas roupas de baixo. Eu realmente odeio usar vestido! São exagerados, pesados e abafados! Mas é o que as mulheres usam não é mesmo? Me pergunto se um dia poderei usar calças como os homens.Me parece tão confortável...Peeta diz que...Não o Peeta não diz nada Katniss! Tire-o de sua cabeça se quiser salva-lo.

Coloco meu vestido e encaro-me no espelho escovando meus cabelos e os prendendo em um coque bem feito que aprendi a fazer com minha mãe, já que ela não gosta que ando com eles soltos, ela diz ser vulgar e ela preza minha dignidade e meu modo de vestir. As vezes acho que minha mãe pensa que sou uma boneca de porcelana. Saio do closet já arrumada e desço para sala de jantar, onde todos me aguardam. Sinto meu corpo tremer quando encaro meu pai na cabeceira da mesa me lançando um olhar matador. Me encolho e sento-me ao lado de meu irmão.

—Boa noite pai.

Ele apenas abana a cabeça e começa a se servir. Engulo em seco e olho para minha mãe que dá de ombros. O jantar segue silencioso, como sempre. Eu me retiro antes de todo mundo e subo para meu quarto exausta. Coloco minha roupa de dormir e quando estou prestes a me deitar ouço um barulho na porta da varanda de meu quarto. O que é isso? Um arrepio percorre por meu corpo. Sem muito pensar agarro meu abajur e sigo para a porta da varanda, morrendo de medo.

—Quem está ai?

Nada. Ouço mais um click na porta. Agarro a fechadura com força e a escancaro já apontando meu abajur para o que quer que seja que fizera o barulho. Vejo uma cabeleira loira a minha frente. Me assusto e quase grito, mas o ser tampa minha boca. Em um ato desesperado lanço o abajur conta a pessoa.

—Ai! Kat sou eu!Peeta!

Solto o abajur e coloco a mão na boca. Antes que o abajur se quebre em mil pedaços Peeta o agarra e me impura de volta para dentro de meu quarto. Ele coloca o abajur em cima de minha penteadeira e me encara.

—O que diabos está fazendo aqui? Está louco? Se alguém te pega aqui estamos encrencados! Não é permitido que meninos entrem em...

Ele me interrompe com um beijo molhado nos lábios.Eu logo esqueço-me do que falava e me deleito no sabor de seus lábios.Era uma mistura quente e aconchegante. De uns tempos para cá sinto sensações diferentes quando Peeta me beija ou me toca.Eu não sei direito o que é mais eu sinto vontade de me agarrar a ele cada vez mais quando sinto essa sensação. Sua língua invade minha boca e eu me sinto desconcertada já que é a segunda vez que Peeta me beija desse jeito. A primeira foi quando ele viu um casal se beijando na praça e quis tentar, mas isso não vem ao caso agora. Já que esse tipo de beijo me deixa totalmente desequilibrada.

—Nunca mais fuja assim de mim!

Ele acaricia meus cabelos e beija minha testa carinhosamente.

—E por favor!Jamais diga que vai se separar de mim, eu morreria sem você por perto.

Sinto minhas pernas falharem, Peeta me deixa sem palavras. Encaro os seus olhos e vejo que à algo errado. Não vejo o brilho sempre presente ali, sem contar na vermelhidão a sua volta. Me culpo só de pensar que eu posso ser a causadora disto.

—O que houve?

Digo tocando seus olhos. Ele retira minha mão dali e beija cada dedo meu , antes de me puxar para sentarmos em minha cama.

—É meu irmão...

Ele trava. Eu pego suas mãos para que ele prossiga mais ele não consegue.

—O que houve com Cato?

Insisto em que ele prossiga. Espremo meus olhos quando ele passa a mão pelos cabelos. Se o conheço bem isso é um ato de nervosismo.

—E-Ele foi chamado...Chamado para guerra!

Ele murmura e eu tampo minha boca com minha mão. Oh meu Deus! Eu aqui sendo egoísta pensando que meus problemas são enormes enquanto perto dos de Peeta não se passam de poeira.Só de imaginar o que ele deve estar passando agora. Se eu tivesse no lugar dele morreria de medo, só em pensar em Finn na guerra meus músculos se contraem. A guerra é violenta e não tem piedade com ninguém! Lembro-me de ouvir tais palavras no rádio antes de meu pai trocar de estação.

Agarro Peeta em um abraço e deixo-o que chore em meu ombro. O podre já perdeu seu pai, ele não poderia perder seu irmão também, isso acabaria com ele. Seria o fim de sua família. Sinto meus olhos ferverem e as lágrimas descem. Só de pensar em ver Peeta sofrer me sinto dilacerada.

—Acalme-se meu amor...Tudo ficará bem!

Acaricio seus cabelos loiros desgrenhados.

—E-Eu não sei o que fazer Kat, se Cato morrer... Sinto que minha mãe não vai aguentar. Como vou fazer sozinho com Prim?

Ele me encara e eu já não reconheço mais seus lindos olhos azuis.Eles perderam um pouco de brilho quando seu pai falecera mais aos poucos eu consegui que eles voltassem.Eu prometi para mim mesma que jamais deixaria que aqueles olhos perdessem seu brilho,já que aquela imensidão azul, é meu único porto seguro. E eu sinto que é minha obrigação traze-los de volta. Seguro seu rosto com as mãos e deixo um beijo casto em seus lábios.

—Vamos dar um jeito.

—Que jeito? Eu não vejo saída.

Suspiro e uma ideia nada convencional vem em minha mente.

—Meu pai...Ele é do exercito e ele pode ajudar.

— Você vai encarar seu pai por mim?

Vejo um sorriso esperançoso no canto de seus lábios.

—Faço qualquer coisa para vê-lo feliz e ter meus olhos azuis lindos de volta.

—Eu amo você sabia?E eu não sei como vivi anos da minha vida sem você.

Balanço minha cabeça negativamente enquanto coro.

—Você me deixa sem palavras...

Ele sorri e me embala em mais um beijo.

—Eu tenho que ir!

Ele se levanta e eu sinto um vazio grande meu peito.Me levanto e agarro uma de suas mãos. Ele me encara curioso.

—Fica? ...Durma comigo hoje?

—Está falando sério? Tem certeza disso?

Ele me pergunta, para ter certeza do que eu disse isso de verdade.

—Absoluta!

Ele sorri para mim e eu o puxo até minha cama onde me deito. Ele retira suas botas e se deita ao meu lado me puxando para mais perto de si. Eu me deito em seu peito. Ele afaga minha cabeça. Ouço as batidas ritmadas de seu coração.

—Meu amor?

—Hum?

—Está escutando?

O encaro confusa.

—Escutando o que?

—Meu coração...Enquanto ele bater, pode ter certeza que eu vou te amar.

Ergo-me e deposito um beijo em seus lábios. Volto em minha posição anterior, mas antes Peeta beija minha testa.

 

E assim adormeço com as batidas de um coração que sempre me pertenceu.


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Notas finais do capítulo

Gostaram?Até o próximo amores!



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