Amor X Guerra. escrita por Mah Everllark


Capítulo 2
1° capítulo: Guerra!


Notas iniciais do capítulo

Ai está o primeiro capítulo! Leitores queridos espero que gostem e comentem.Posto o próximo assim que der.



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Dezembro-1941

 

12:28 P.M.

Olhava constantemente o relógio, na verdade a cada meio minuto. Tentava me manter acordado a qualquer custo. Esfreguei meu olho direito na tentativa de afastar o sono.

Falta apenas 2 minutos para me ver livre da escola entrarei, finalmente, de férias hoje! E já planejei toda ela. Passarei cada segundo com minha namorada. Sorri com esse pensamento.

O sinal soou e fomos liberados. Parei no portão da escola e olhei pro céu escuro.

—Parece que vai chover, não é?

Olho para baixo e vejo a minha namorada sorrindo pra mim. Passo minha mão por seu cabelo preso em uma trança. Gostava muito do cheiro de erva doce que exalava dele. Aproximo meu rosto do seu e deposito um beijo perto de seus lábios levemente rosados.

—Aqui não, já lhe disse. Podem nos ver.

—Seu irmão já foi.

Resmungo em seu ouvido.

—Como sabe?

—O vi pela janela... Junto com aquela ruivinha...A Annie!?

Seu rosto se contorce em uma careta. Rio pelo nariz.

—Ruivinha? Annie? Mamãe vai adorar saber disto.

—Deixe-o! Assim quem sabe nos deixa em paz...

—Não seja burro Peeta! Será que não vê? Eu posso ameaça-lo com isso!

Antes que eu pudesse pronunciar algo. A chuva fina caiu em nossas cabeças.

— Vamos apostar corrida?

Eu apenas assento. Fico ao seu lado, mas deixo que ela corra na frente. Paraliso admirando seus cabelos voando contra o vento e sua saia escolar balançando conforme a corrida.

Katniss não sabe o efeito que causa em mim. Se soubesse ela nem sairia de casa. Bravejei contra meu próprio pensamento idiota. Como conseguiria ficar sem ela? Mesmo me enlouquecendo prefiro que esteja do meu lado. Quando me dei conta que ela já estava bem longe de mim. Corro com toda minha força. Consegui passa-la sem muito esforço.

—Corre Kat! Assim você vai ficar encharcada!

Digo puxando-a pelo braço. Percebo por seus leves tremores, que está com frio. Paro bem em sua frente, causando um choque entre nós e dou minha mochila para que ela segure. Ela me olha confusa, mas segura minha mochila. Arranco meu casaco escolar e coloco-o sobre seus ombros. Pego minha mochila de suas mãos e a puxo pela mão.

—Antigamente eu ganhava você!

Diz Katniss com mesmo tom autoritário de quando criança.

—Antigamente... Agora vamos nos apressar antes que pegamos um resfriado!

Passo meu braço direito por seus ombros. Corremos pela ponte e atravessamos a rua em frente à minha casa.

—Não é uma boa ideia entrar na sua casa, se meu pai ficar sabendo...

Seguro o portão de minha casa com força e a encaro.

— Kat... Você não acha que está na hora do seu pai ficar sabendo do nosso namoro?

Katniss arregala seus olhos acinzentados pra mim e nega freneticamente com a cabeça.

—Enlouqueceu? Você sabe que meu pai não quer que namoramos...E eu não tiro sua razão. Peeta! Você tem 16 anos e estou com 15...

— Você está com 15... Katniss! Até quando esconderemos nosso namoro?

Seguro sua cabeça e a faço me encarar.

—Nós nos amamos! Eu não aguento mais me esconder de tudo. Quero poder te beijar quando eu quiser, sem preocupações. Não temos o que temer! Se for preciso caso-me contigo! Ou se seu pai nos proibir de se amar, podemos fugir.

—Fugir?

—É, poderíamos ficar na casa de minha madrinha no Texas.

Digo esperançoso.

—Não! Não podemos fugir, nem terminamos a escola!

—Do que você tem medo?

—De que meu pai te mate!

Ela diz como se isso fosse óbvio. Katniss segura meu rosto, fazendo-me quase cair aos seus pés por sentir seu perfume gostoso, Encaro seus orbes cor cinza e vejo seu semblante nublar como uma tempestade.

—Peeta... Eu acho melhor terminarmos.

Sinto meu coração acelerar dentro de meu peito. Agarro uma de suas mãos em meu rosto, com medo de que ela fuja de mim a qualquer momento.

—Não faça isso! Nós nos amamos... Eu te amo! Não posso viver sem você.

—Somos crianças ainda Peeta, ainda não sabemos o real significado do amor!

Bufo. Como ela pode desconfiar de meu amor assim? Solto sua mão de meu rosto e me afasto.

—Eu não sou mais criança. Eu sei muito bem o que sinto por você, eu sempre soube!

Bravejei.

—Eu te amo desde sempre... Você sabe disso! Além do mais, você dizia que me amava. É mentira?

Ela morde os lábios e desvia seu olhar do meu.

—Responda-me!

Seguro seu rosto e a obrigo me olhar.

—Perdão Peeta, mas eu não posso continuar com isso. Meu pai...

—Eu enfrento quem for! Seu irmão, seu pai e até o bosta do Hitler, para namora-la.

Algumas pessoas param para olhar-me. O nome de Hitler nos EUA é quase um palavrão.

—Não! Você não entende. Meu pai vai te matar e eu não vou conseguir conviver com este fardo! Eu prefiro viver longe de você a vê-lo em um caixão.

Ela solta minhas mãos de seu rosto e corre para longe. Chuto o portão com toda minha força. Maldito seja! Porque eu não posso simplesmente ficar com ela? Porque diabos seu pai tem que se meter nisso?

Subo as  escadas da entrada de minha casa, proferindo todos os palavrões possíveis ao maldito do pai da Kat.

—O que está havendo filho?

Esbarro em minha mãe quando passo pela porta da cozinha.

—Nada!

—Aposto que é a Katniss!

Diz minha pequena e intrometida irmã mais nova.

—E eu aposto que isso não é de sua conta, Prim!

Sua boca se fecha em um bico e eu ganho um olhar reprovador de minha mãe quando largo minha mochila no chão.

—Peeta, pegue sua mochila e vá chamar seu irmão para o almoço.

Apenas assento e começo a subir as escadas do andar de cima.

—Leve sua mochila menino!

Grita minha mãe antes que subisse o terceiro degrau. Volto e pego minha mochila e corro para o quarto que divido com meu irmão mais velho.

—Cato?

Abro a porta do quarto, mas antes tenho o vislumbre dele escondendo um papel embaixo de seu travesseiro.

—O que é isso?

Aponto para o travesseiro.

—Um travesseiro?

Ele solta um riso amarelo e se deita em sua cama.

—Não, de baixo dele.

—É coisa minha Peeta.

Fecho a porta atrás de mim e me sento na cama ao seu lado.

—O que está escondendo Cato?

Sinto um arrepio na nuca e por um momento esqueço toda minha raiva.

—Diga que promete não falar nada a mamãe?

—Prometo.

Cato se senta e eu sinto minhas mãos soarem.

— A base de Pearl Harbor, no Havaí, pertencente aos EUA, foi atacada de surpresa pela Força Área do Japão, por kamikazes japoneses. A base foi totalmente destruída e o Japão teve 29 aviões abatidos. E por este fato...

Ele engole em seco. Porque será que eu acho que eu não vou gostar do que vem a seguir?

—O presidente Roosevelt, quer enviar tropas para a guerra...

Mordo meu lábio inferior.

—E o que isso tem haver com isto que está escondendo no travesseiro?

Apertei minha mão uma na outra. Tentando afastar a hipótese de que meu irmão foi chamado para Guerra.

Em um movimento rápido ele retira a carta debaixo do travesseiro e me estende. Pego-a e passo meus olhos pelas letras que ali jaziam. Não sei por que, mas eu não estava com a mínima vontade de lê-la.

—Essa é uma carta de convocação irmão... Fui convocado para guerra!


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Notas finais do capítulo

E ai leitores gostaram? Comentem!! Até o próximo!



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