Percy Jackson e o ladrão da pedra filosofal escrita por Lá Valdez Collins


Capítulo 2
Descubro que sou um vilão de contos de fadas


Notas iniciais do capítulo

Esse capitulo é dedicado a Garota Dos Sonhos, Gii Stoessel Blanco e Júlia R C Potter. Muito obrigada por serem as primeiras a comentar.
Gente, é nesse capitulo que ele descobre o que realmente é
Espero que gostem!



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Quando eu acordei estava no meu quarto. Não me pergunte como cheguei lá, porque não me lembro.

Acho que não lembro por causa da minha dor de cabeça.

Que aliás existia por causa daquele corte. O único motive para eu pensar que aquilo tudo não tinha sido um sonho.

Cara!

Era uma cicatriz imensa no meio da testa em forma de um…raio?

Sabe, acho que já vi alguma coisa parecida em alguma calçada de Londres…

Bom isso não vem ao caso… O que realmente importa é…

O QUE DIABOS TINHA ACONTECIDO ONTEM?!!!

Eu ficava encarando a carta na minha cabeceira como se fosse algum tipo de explosivo que ia explodir a qualquer hora.

Decidi pensar nisso depois, eu tava com fome.

Quando cheguei a cozinha, eu encontrei minha mãe. Ela tava preparando panquecas azuis.

Ah! A propósito sou apaixonado por comidas azuis.

Sim, eu sei, super normal.

– Oi mãe

– Oi Percy, levantou cedo hoje ? Posso saber porque?

Disse ela sorrindo, aquele sorriso meigo tentando ser um sorriso desconfiado.

Olha, eu sempre falo a verdade pra minha mãe, só que hoje tava meio difícil.

– Mãe, ontem a noite… você tentou me pregar uma peça?

Ela riu

– Porque está me perguntando isso, Percy?

Decidi ser direto:

– Porque ontem eu fui perseguido por uma coruja demoniaca que depois descobri que estava querendo só me entregar uma carta- Falei rindo, esperando que ela risse junto e confessasse que me pregou uma peça.

Mas ela não riu. Ficou com uma expressão muito rara nela.

Estava séria.

– Percy eu preciso te contar algo.

Um conselho: quando sua mãe diz isso, FUJA!

– O que mãe? - Disse sem saber se fingia sorrir ou se ficava sério.

– Venha cá- Disse ela atravessando a cosinha e indo se sentar no sofá.

Ok, agora a coisa tava séria.

Eu atravessei a cozinha e fui me sentar ao lado dela.

– Bom- Ela começou- Você sabe que não gosto muito de falar sobre seu pai- Disse ela já com os olhos cheios d’água.

Eu a abracei e ela continuou.

– Ele era gentil, Percy. Alto, bonito e forte. Mas gentil também. Você tem o cabelo preto dele, você sabe, e os olhos verdes.

– Que idade eu tinha? Quer dizer… quando ele se foi?- Perguntei cauteloso

– Era uma época muito difícil. Um bruxo chamado…chamado- Ela disse tentando se controlar

– Pera um pouco. Bruxo?

– Sim, bem, em todo caso- Ela continuou como se tivese dito algo super comum do cotidiano- Esse bruxo muito mal, faz uns vinte anos agora, começou a procurar seguidores. E conseguiu, alguns por medo, outros porque queriam ter um pouco do poder dele, sim, porque ele estava ficando poderoso. Dias horrendos, Percy, ninguém sabia em quem confiar, ninguém se atrevia a ficar amigo de bruxos ou bruxas desconhecidos.

Sabe eu confesso, normalmente boio nas conversas dos outros.

Mas dessa vez até que não estava boiando…Não estava entendendo NADA.

– Ah, mãe sem querer ser rude, mas… O que isso tem haver com o Pai?

– Tudo, Percy!- Ela respondeu (mais ou menos) minha pergunta. E continuou- Não há Guerra se não houver lado bom e ruim. Seu pai pertencia ao lado bom dos bruxos. Mais do que isso, ele lutava contra o mal.- Então seus olhos encheram d’água e eu a abracei mais forte.- Ele antes apenas fazia serviços secretos para a associação boa. Mas… Quando anunciaram que finalmente tinham achado alguém que conseguisse derrotar Você-sabe-Quem , o bruxo mal. Seu pai se encheu de esperança e resolveu partir para lutar contra os seguidores desse bruxo, intitulados Començais da Morte- Agora ela estava definitivamente chorando- Eu ainda lembro o dia em que anunciaram essa maldita profecia, o dia em que nasceu o bebê que poderia derrotar Aquele-que-não-deve-ser-Nomeado. 31 de Julho- Ela começou a soluçar- Quem diria que você iria nascer um mês depois e que seu pai nem estaria lá para te ver.

– E o que aconteceu com esse bruxo e seus seguidores?

– No dia em que o bebê completou um ano, Você-sabe-Quem foi atrás dele. Mas a única coisa que conseguiu fazer naquela noite foi deixar a criança órfam, porque naquela noite aconteceu algo recordável. O menino sobreviveu a pior maldição, lançada pelo bruxo mais maligno de todos, tendo apenas um ano.

E eu? que com um ano só sabia cagar e chorar!

– A mesma maldição que levou bruxos famosos e poderosos- Continuou- A mesma maldição que levou… que levou seu pai- Disse ela em meio de um soluço.

Eu não sabia o que dizer.

O que se diz quando sua mãe acaba de te contar que seu Pai era um bruxo bom?

– Mãe, ham- Eu disse meio sem jeito- O que isso tem haver com aquela carta?

– Aquela carta- Ela disse se controlando e diminuendo o choro- É a carta que confirma as minhas desconfianças…É a carta que confirma que você é um bruxo…Um bruxo igual… - Ela respira- Um bruxo igual seu pai.


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Notas finais do capítulo

Se gostaram, ou acham que devo mudar alguma coisa...
Por favor, comentem!