Híbrido escrita por Rayssa P


Capítulo 8
Capítulo 8




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–Eu falei com o Will. -Brook disse enquanto abotoava os botões da sua camisola.

–Você nem conhece as pessoas direito e já sai conversando, como consegue?

Brook passou as mãos na cintura e sentou-se do lado da irmã na sua enorme cama:

–Eu gosto de ter bastante aliados e também... Quero arrumar um namorado para a minha irmã nerd e chata.

–Eu? Com ele? Vai sonhando!

–Ele é um vampiro como a gente.

Beth olhou a irmã desconfiada.

–Brook, como sabe disso?

–Sabendo!

Beth olhou nos olhos da irmã.

"Oi."

"Você é vampiro?"

"Para moças bonitas, sim."

"Você é uma gracinha, é uma pena, mas vou ter que te matar."

"Você é vampiro mesmo!"

–Elisabeth. -Brook gritou.

–Você já tinha o visto, por que não contou?

–Porque isso é problema meu!

–Do que as duas estão conversando?

Elas olharam para Adam na porta, ele se assustou com o olhar das garotas:

–Não é da sua conta Adam!-Brook respondeu com grosseria.

Elisabeth olhou a irmã depois olhou Adam, ela estava encaixando as peças de um quebra-cabeça:

–Adam, o papai por acaso te contou como era o garoto que ele matou?-Ela perguntou.

–Sim, quer dizer... É, me contou, mas não tão explicado e...

–Sim ou não caramba?!

–Sim.

–Como o garoto era?

–Ele tinha heterocromia, um olho violeta e outro amarelo e cabelos marrons.

As irmãs se olharam:

–Will. -Brook disse.

–Como?-Adam perguntou, pois não estava entendendo nada.

–É o garoto...

Brook tapou a boca da irmã com a mão, pediu para Adam sair do quarto, ele obedeceu, largou Beth:

–Por que fez isso?!

–Beth, tem ideia da confusão que isso se tornou? Will é o garoto que o papai quase matou!

–Pois bem, vamos resolver tudo contando para ele.

–Pra que? Para ele acabar o serviço? Não é você mesma que não gosta das maldades dele?

–Olhe só quem está me dando conselhos e sermões! Agora quer dar uma de heroína Brook?

Brook bufou.

–Faça o que quiser.

Beth levantou e foi até a porta, virou e avisou a irmã:

–Eu vou contar tudo ao papai, até mesmo do seu encontro com ele naquele dia... Boa sorte.

Quantas emoções, Will agora era híbrido e tinha que saber usar seu lado vampiro e para "melhorar" tudo, não parava de pensar em Elisabeth, ele nunca sentira isso por uma garota, era novato no assunto, a garota que ele gostava não sentia o mesmo por ele, mas nós estamos falando de William Araripe, ele não ia desistir fácil:

–Mãe?-Will disse de repente.

Cassandra entrou no quarto dele, que se assustou com o que tinha acabado de acontecer, mas voltou a prestar atenção na HQ que estava lendo.

Ela sentou-se do lado do filho que estava deitado de bruços na cama, passou a mão nos seus cabelos e ficou o observando:

–Tudo bem, mãe?

–Oh, sim.

–E você vai continuar aqui?

–Sim... Que bom que tirou aquela touca, preciso lavá-la.

Cassandra levantou, quase foi derrubada por um vulto, era Will, ele apanhou a touca do chão:

–Não tem necessidade, mãe.

–Tem sim, ela está toda suja de sangue, Will.

–O pessoal vai estranhar eu sem a touca... Vai demorar a você lavar...

–Lavar? Eu já sou um desastre na cozinha não quero nem imaginar lavando roupas.

A varinha disfarçada de pílula entrou em ação novamente.

Brook ouvia em silêncio o pai brigar com ela, mas nem todo mundo tem sangue de barata, Brook era dessas:

–Como você acha que eu ia saber que a droga do garoto era o filho da Cassandra?!-Ela gritou.

–Olhe como fala com seu pai!-Eleanor disse.

–Gente...

Todos olharam para Adam.

–Eu acho que Brook não tem culpa, ela não sabia quem o garoto era.

–Nós somos uma família, ela devia ter contado isso é muito importante para nós, Adam, você sabe que é.

–Alexander...

–Desde quando nós somos uma família comum ao ponto de confiarmos uns nos outros, pai?

Todos ficaram em silêncio, Brook cruzou as pernas e jogou os cabelos para trás:

–O que você pretende fazer Alexander?-Eleanor perguntou.

–O que eu pretendo fazer? As meninas darão um fim no garoto.

Beth engoliu em seco.

–Não, tudo menos isso, pai!

Alexander saiu sem dar ouvidos a filha, Eleanor e Adam em seguida.

Elisabeth olhou a irmã desesperada:

–Que foi sua sonsa?-Brook perguntou.

–Ele quer que nós matemos o filho da Cassandra!

–Pois é.

–Você concorda com isso?

–Ninguém mandou me dedurar, agora aceite as consequências.

–Brook, você sabe que eu sou contra todo o mal que a mamãe e o papai fazem.

–Verdade, eu sei, mas agora o papai passou o trabalho sujo para nós e o pedido dele é uma ordem.

–Não, eu vou falar com ele, ele me adora, Brook, o papai sempre me ouve.

Elisabeth saiu do quarto de Brook apressada:

–Queria que comigo ele agisse assim também. –Brook disse a si mesma.

–Dê uma chance para a menina, senhor Hauser. –Adam disse Alexander, que o olhava folhear um livro de feitiços, balançou a cabeça.

–Brook é assim desde criança, viu o jeito que ela falou da minha família?

Adam assentiu, ele arregaçou as mangas da blusa, Alexander viu marcas de mordida de vampiro no braço do mago, veio em sua mente uma lembrança não muito agradável que teve com ele.

Cauê recolhia as folhas das árvores espalhadas no quintal, mesmo com o trabalho duro, ele amava o outono. Will apareceu e começou a observá-lo:

–Vai ficar aí me olhando sem me ajudar?

–Vou.

Cauê olhou o filho, que riu e foi ajudar o pai.

–Eu sou híbrido e você lobisomem, por que não usamos nossos poderes?

–Porque nossos vizinhos não são como nós.

–Que saco!

–Você se acostuma.

Cauê percebeu que o filho lembrava-se de algo e dava um sorrisinho:

–Sua mãe vai morrer de ciúmes. –Ele disse Will, que estava em Narnia o olhou sem entender nada.

–O que?

–Esse seu sorriso aí... Não vai me dizer que não é nada, né?

–Claro que não! Sim, é uma garota, Beth... Quer dizer, Elisabeth, ela “ordenou” que eu a chamasse assim.

–Ela é chatinha?

–Demais, isso é o que eu mais gostei nela, vou irritá-la até ela não resistir e...

–Te espancar?-Cauê riu, Will revirou os olhos.

–Até ela não resistir ao charme do Will aqui.

–Mas o negócio de espancar é sério, irrite, mas pegue leve, ela ao invés de ser sua amada será sua inimiga se exagerar.

–Obrigado pelo conselho.

–Mulheres podem parecer ter as mesmas manias, os mesmos modos de encarar tudo, mas são únicas.

–Vou anotar, vai que cai na prova do Albert.

Pai e filho riram.

–Pai, podemos conversar?-Beth perguntou, ela olhou Adam, que entendeu que tinha que sair dali.

–Claro. –Alexander abraçou e beijou a filha.

–Eu não quero matar ninguém, pai.

Alexander, que passava a mão nos cabelos de Beth a olhou estranho:

–Por quê? Não adianta dar uma de boazinha, se conseguir de matar é direto pro inferno, querida. –Alexander riu Beth o olhou assustada.

–Mas não é isso pai, eu só acho que não é preciso acabar com a vida daquele garoto, sua vingança é com Cassandra, certo?

–Certo, mas, desde que eu o transformei ele se transformou em mais um problema... Temos que matar mãe e filho.

–Ele gostou de mim pai, não que eu queira poupar a vida dele por isso, mas...

Alexander olhou nos olhos da filha.

“Ei!”

“O que você quer, hein?”

“Falar com você.”

“É brincadeira, Beth!”

“Achou bonito?”

–Beth, eu tenho um plano melhor... Apareça, Brook, eu já senti seu cheiro.

Brook, que ouvia tudo escondida na cozinha foi até os dois:

–Gostou do meu perfume?

–Agradável.

–Que mudança de planos é essa?

–O garoto, Will, gostou de Elisabeth.

–É, eu bati um papo com ele depois da aula.

Alexander olhou Brook com desaprovação:

–Brook!-Ele disse.

–Olha, eu juro que só escondi isso e o meu encontro na floresta com ele de você.

–O que ele te disse?-Alexander estava curioso.

–Que a Beth é linda.

Só isso? Na maleta do Brown tinha o endereço dele, mas parece que ele se mudou e não comunicou a escola.

–O que você pretende fazer?-Brook cruzou os braços.

–Elisabeth pode seduzir Will, um homem apaixonado não precisa ser dopado para responder a uma pergunta importante.

–O que? Aquele Will é um idiota!

–Pois aproveite e o faça parar de ser.

–Eu não preciso fazer nada?

–Por enquanto não.

–Maravilha. –Brook foi para o seu quarto calmamente.

–Pai... –Beth disse num tom dengoso.

–Beth, é só fazer o que eu estou mandando e tudo ficará bem. –Alexander abraçou a filha.


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