Uma viagem sem igual escrita por Any the Fox


Capítulo 23
Renovação de gerações.


Notas iniciais do capítulo

Oi pessoal! Ok, agora é que, é. Estão prontos?
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Este é o antepenúltimo capítulo desta fic que vocês tanto adoram! (ou então não...)
Pois é, eu queria já informar que, como todas as histórias de amor, esta também não terá um final feliz... por isso, vou dar "dois finais" para que o final seja "mais feliz".
Vão preparando vossos corações neste capítulo...
Enjoy!



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– Tenha calma, Ash, você está muito nervoso. – Drew acalmava o amigo enquanto ele andava stressado de um lado para o outro da sala.

– Calma? Ela foi lá para dentro há três horas! E se lhe aconteceu alguma coisa? Ou aos meus filhos? – Ash pressionara a testa contra a parede.

– Ahahah! – May riu do amigo. – Tenha calma, eles vão ficar bem. Está-se tornando um pai demasiado protetor!

– Sim, Ash, relaxe! – Drew também ria.

– Quando for você a estar no meu lugar quero ver! Olhe que já não falta muito… - Ash brincou.

Drew e May olharam-se, May corou e desviou a cara, Drew desviou o cabelo de sua bochecha e beijou-lhe a face, acariciando sua barriga, já bem visível, por baixo da roupa.

– Chegámos muito tarde? – Misty e Gary apareceram ofegantes.

– Chegaram na hora, Dawn ainda está lá dentro. – Ash sorriu.

– Oh, você vai dar um pai muito baboso. – Misty felicitava.

– Pois vou! – Anunciou orgulhoso. – Só falta vocês serem pais!

–Pois… há cerca disso… - Gary começara.

– Espere! Não diga que… - Ash estava prestes a explodir de felicidade.

– De três semanas… - Misty sorriu.

– Boa! Assim Satoshi e Hikari vão ter priminhos da mesma idade para brincar! – Ash abraçara os futuros pais.

– Oi! – Serena entrara com N e Paul.

– Oi, Serena. – Misty cumprimentou.

– Senhor Ketchup? – O médico chamou.

– Ketchup? Não quer dizer… Ketchum? – Gary prendeu o riso.

– Hum? – O médico olhou a folha de registo. – Oh, peço desculpa, sim é Ketchum.

– Sou eu… - Ash respondeu com uma aura negra formada pelo que fora chamado.

– Pode entrar. – O médico abriu a porta.

Ash engoliu em seco e entrou dentro da sala, olhou-me deitada naquela cama, com as duas crianças nos braços, vi que tinha um ar comovido, uma lágrima correu de seus olhos, ele andou lentamente até mim.

– Oi, Ash. – Cumprimentei com um sorriso enorme.

– O-oi. – Disse assustado olhando os pequenos seres no meu colo.

– Estes são seus filhos, Satoshi e Hikari. – Apresentei.

– Parecem tão frágeis. – Ele observou.

– E são. Quer pegar-lhes? – Perguntei com uma voz doce.

– Posso? E se os deixar cair? – Ele estava realmente assustado.

– Ahahah! Não seja tão nervos, sei que não deixa. - Ri.

– Ok, então… pode ser. – Hesitou um pouco, mas estendeu os braços.

Dei-lhe para os braços o pequeno Satoshi, pois agarrar os dois era uma tarefa difícil. Ele agarrou-o tremendo, acho que nunca o vi tão nervoso, mas acostumou-se e soltou um sorriso, agora ele era pai.

………

– SATOSHI KETCHUM! PARA DE SER MAU PARA A TUA IRMÃ! – Gritava enquanto meu filho gozava com a minha filha.

– Mas mãe, ela roubou-me os doces! – O pequeno defendia-se.

– Não sejas queixinhas! Mãe, é tudo mentira! – A menor choramingava com a boca cheia de chocolate, o que a denunciou.

– Ai, eu não estou com paciência! Vão-se arrumar, temos de ir à festa de anos do Shuu que May convidou. – Pedi sem paciência.

– Achas que a madrinha tem alguma coisa para mim? – Satoshi perguntou com um sorriso.

– Não vale! Sua madrinha dá-lhe coisas giras! A minha não! – A menor queixava-se.

– Parem de discutir e vão arranjar-se! – Pedi num tom zangado. – Vamos que o vosso pai deve estar chegando.

As crianças correram para o quarto, hoje o filho mais velho de May e Drew fazia seis anos, eles, como nós e Misty, possuíam dois filhos, mas a garota era adotada. Eu chegara mais sedo do meu trabalho stressante de top coordenadora, então esperava que Ash voltasse da Liga, pois era o atual campeão de Sinnoh.

Algum tempo depois Ash chegara a casa, como sempre, os dois correram ao encontro do pai.

– PAI! – Gritaram em coro.

– Satoshi, Hikari! – O baboso pai agarrou os dois com os seus fortes braços e os ergueu no ar.

– Pai, hoje vamos brincar com Shuu e Haruka! – Hikari anunciou colocando o boné do pai na cabeça.

– Sério? Sabe que Kasumi e Shigeru também vão? – Ash estragou a surpresa.

– Os primos também? YEY! – Satoshi riu.

Meu marido os colocou no chão e veio ter comigo.

– Oi, azulada, como correu o dia? – Ash perguntou vindo sentar ao meu lado no sofá.

– Bem e o seu? – Respondi.

– Também. – Disse esticando os lábios na minha direção.

Ele queria que eu o beijasse, dei-lhe um pequeno selinho como todos os dias fazia quando ele chegava a casa.

– Destruiu muitos sonhos hoje? – Brinquei.

– Sabe que eu sou imbatível. – Brincou também.

……

Chegámos na festa, May e Drew preparavam as coisas em conjunto com Shuu e Haruka, aqueles dois eram bem mais educados que os meus filhos… Deve ser das influências do pai…

Também já lá estavam Misty e Gary com Shigeru e Kasumi, Satoshi e Hikari correram para lá, logo começaram a brincar no pequeno jardim que meus amigos possuíam.

– Seus filhos são uns cheios de energia. – May comentou.

– Saem ao pai. – Comentei.

Realmente saiam bem mais ao pai que a mim, a única coisa notável que eles herdaram de mim foi a cor dos olhos que eram azuis, seus cabelos eram negros como os do pai. Shuu era mais parecido com a mãe, possuindo os cabelos morenos dela, mas os olhos eram verdes como os do pai. Haruka, mesmo sendo adotada, parecia ter herdado os cabelos esverdeados que o pai possuía. Em relação a Kasumi e Shigeru, a garota possuía o cabelo do pai e os olhos da mãe, enquanto o garoto os cabelos ruivos da mãe e os olhos do pai… como também tivera a sua personalidade.

– Ei, Satoshi! Voltei a ganhar uma medalha de mérito na escola! – Shigeru gabava-se.

– Não vale! Eu ainda não ganhei nenhuma! – Satoshi ficara enervado.

– Eles não vos lembram de ninguém? – Gary disse para os adultos presentes.

– É igual. – Ash assumira.

As crianças brincavam todas juntas, bastante divertidas, eu as olhava pensativa.

– Então, azulada? Vendo os meninos a brincar? – Ash falou docemente vindo ao meu encontro.

– Sim… de pensar que são todas fruto daquele Verão… - Mencionei nostálgica.

– Aquele sítio significa muito para todos nós, né? – Ele perguntou chegando do meu lado, beijando a minha face e mostrando um folheto.

– Claro que sim. – Olhei o folheto. – Que folheto é esse?

– Não é um folheto, é uma ficha de inscrição, da Pokécity, para nossos filhos. – Ele explicou.

A ideia de eles irem para lá, onde seus pais se conheceram, era muito tentadora, eles iriam estar no pátio da piscina onde eu e as garotas nos perdemos para o encontrar, no Poképarque, o local onde Ash tivera demonstrado por primeira vez preocupação por ela, no Aquário, onde o Tracey ficara hospitalizado e nós assumíramos o namoro, com alguns contactos, eles ficariam na suite Obsidiana e descobririam aquela praia.

– Quer mandá-los para lá? – Eu perguntei.

– É só dizer que eu envio o papel da inscrição… com o pedido especial da suite Obsidiana. – Ele piscou.

– Acho uma ótima ideia. Vamos fazê-los viver uma aventura… como nós vivemos. – Suspirei abraçando-o carinhosamente.

Ele respondeu ao abraço, fechei os olhos, por momentos senti de novo que estava lá na “minicidade”, no meu corpo de adolescente ingénua e rebelde… mas foi tudo uma ilusão… eu sabia que aquele lugar já só permanecia em minhas memórias, pois nunca mais lá voltaria viva… eu tinha a certeza…


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Notas finais do capítulo

Oi de novo! Espero que tenham gostado. Não é fofo como tudo o que eles fazem vi sempre dar ao local onde se conheceram? O destino funciona assim mesmo...
Até mais!