Apenas Colegas de Apê escrita por Dreamy Girl


Capítulo 74
Melosos


Notas iniciais do capítulo

Oiiii!
Tudo bem?
Esse capítulo, além de ter vindo rápido, é só nosso casal ❤ tava morrendo de saudade de escrever deles!
Vamos logo, né?



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Não sei quanto tempo ficamos naquela. Sei que continuamos parados, no meio da multidão, emendando beijos em abraços, e abraços em beijos. E também sei que, quando me dei conta, os fogos já tinham parado e a Gabi já tava do meu lado.

– Eu ia matar vocês se voltassem pra casa sem se acertarem. - fala, interrompendo um outro beijo.

Me solto dele, mas continuo com os braços em volta do seu pescoço.

– Ah, eu também ia matar ele se ele não me perdoasse. - falo, e me viro pra ele.

– E eu resisto? Ia enlouquecer em pouco tempo se continuasse sem você. - sorrio e beijo ele de novo.

– Já sei que vão ficar nessa melação a noite inteira. Pode espalhar a novidade?

– Pode, sim. E avisa pros meninos não aparecerem no quarto essa noite. - fala, olhando nos meus olhos. Dou risada.

– Ahhh, entendi o recado. Pode deixar. - Gabi ri, saindo de perto.

– Você não presta, sabia?

– Fazer o quê, se eu tô morrendo de saudade? - pergunta e me puxa, para um novo beijo. Dessa vez foi diferente. O beijo parecia que ia me derreter a qualquer instante, de tão quente. Ele me puxava cada vez mais para si, de forma que nem ar passava entre nós. Ele levou uma mão ao meu pescoço, e quando senti seus dedos passeando por dentro dos meus cabelos, me arrepiei em todos os lugares possíveis.

Essa noite vai ser mais longa do que eu esperava, e por algum motivo, algo dentro de mim dava pulinhos de alegria.

Quase morrendo sem ar, depois de uns quinze minutos grudada nos lábios dele, me soltei devagar.

– Vamos sair daqui? - peço e ele me olha com uma cara maliciosa - Não, besta. Vamos sair da muvuca.

Ele pega na minha mão e a gente vai se afastando. Depois de andar por vários minutos, a gente encontra um lugar afastado, praticamente vazio.

Steve senta na areia, pertinho do mar, abre as pernas e me pede pra sentar no meio delas. Faço, e deito nele. Ele me abraça e eu fico só curtindo a sensação por uns minutinhos.

– Você é tão linda. - comenta, quebrando o silêncio.

– E você é tão incrível.

Olho pra cima e ele abaixa a cabeça pra me dar um selinho.

– Posso fazer uma pergunta? - pede.

– Pode, sim.

– O que aconteceu pra você me dar aquele gelo? Fiquei sem entender..

– Ah, eu sou uma idiota. Achei que minha vida ficava melhor sem você, aí a Gabriela me inventa um negócio de calmaria e agitação.. aí eu fiquei completamente confusa. Decidi ficar sem você, porque cheguei à conclusão que você só me traz problema.. mas, agora sei que prefiro muito mais ter você e problema, do que não ter nenhum dos dois.

– Conseguiu me confundir.

– Pra você ver o que eu passei. - ele ri.

– Mas e agora?

Levantei e olhei pra ele.

– Agora sei que não quero te perder nunca, nunca mais. Ficar sem você é como suicídio.

Ele segurou meu rosto com as duas mãos e me deu mais um beijo.

– Eu podia ficar aqui pra sempre.. - suspiro, deitando novamente.

– A gente pode voltar aqui sempre.

– Prefere aqui ou Venice? - pergunto, mudando de assunto.

– Pergunta difícil. Me responde você.

– Ah, eu não sei. Eu amo praia, então é uma mais linda do que a outra.

– Mas, mais que Santa Mônica e mais que Venice Beach, prefiro Cancún.

– Tá querendo comparar bronze e ouro, né? Tipo, as praias da Califórnia não deixam nada a desejar, mas Cancún é outro nível!

– Já ouvi dizer que as praias brasileiras são lindas.

– Também já ouvi.. sinceramente, acho que qualquer praia é boa.

– Não, amor, não exagera. - ri.

– E se nós dois estivermos nela? - provoco.

– Aí é o mesmo que comparar Nescau e Toddy.

– Nescau é mil vezes melhor. - falo, rindo, sabendo que ele diria o contrário.

– Nem vem. Toddy humilha.

– Cala a boca! Nescau é vida.

– Você é vida. Minha vida. - me beija novamente.

– Acho que todos os nossos diálogos vão terminar em uma frase fofa e um beijo. - comento.

– Tem maneira melhor de terminar um diálogo do que com um beijo?

– Com certeza, não.

Preciso dizer que ele me beija de novo? Não, né? Acho que já tá ficando chato toda hora dizer "e ele me beijou". Não tá chato pra mim, né, mas..

– Feliz ano novo, meu amor. - desejo.

– Tenho certeza que esse ano vai ser, mesmo, muito feliz. - me abraça de lado. - Feliz ano novo.

***

A gente tava entrando no quarto, umas três horas da manhã. Mas, sinceramente, a hora não me importava.

Os beijos eram longos e cheios de desejo. Ele ia descendo pelo meu pescoço, dando mordidinhas na minha orelha, e eu estava indo à loucura.

Depois de minutos de tortura, tirei sua camisa, o que era um disperdício, porque ele estava tão lindo nela.. difícil escolher se ele fica melhor com ou sem.

Ele abre o zíper da minha saia e tira, sem pressa. Vai me levando pra cama e deitando lentamente por cima de mim.

Sinceramente, não sei como consegui ficar tanto tempo sem ele. Sem os beijos, os abraços, os carinhos, o amor.

Ele era como uma droga pra mim: quanto mais eu tenho, mais fico viciada.

Agora consigo entender o que todo mundo me dizia, logo quando terminamos. "Se for pra vocês ficarem juntos, vão ficar, independente de quanto tempo passe."

Realmente, ficamos oito meses separados, mais tempo do que ficamos juntos. Mas, o amor, o sentimento, parece o mesmo do primeiro dia. Aquele, atrás do muro da escola. Se mudou, foi pra maior.

Eu sinto como se ele tivesse nascido pra mim, e vice-versa. Parece que antes mesmo de nascermos já éramos destinados um ao outro.

Hoje consigo ver, como prova viva, que tudo tem um propósito. Se não fosse pela separação dos meus pais, eu não teria motivos de sobra pra ter raiva do meu pai. Se eu não tivesse raiva do meu pai, nunca teria ido para o Apê. Se não tivesse ido para o Apê, não teria conhecido o verdadeiro Steve. Se não tivesse conhecido o verdadeiro Steve, não teria conhecido o Liam e nem a Dylan, que não teriam conhecido a Gabi e o Peter.. resumindo, se não tivesse sido como foi, desde o começo, não seria nada como é hoje. Nenhum de nós teria conhecido o verdadeiro amor.

Talvez, se algo tivesse sido diferente, teríamos destinos completamente opostos.

E é bom estarmos aonde estamos.

– Dá pra eternizar esse momento?- pergunto, completamente absorvida pelos meus pensamentos. Ele estava deitado do meu lado, e já deviam ser mais de cinco horas.

– Eternizar, não, mas tem como repetir pra sempre. - responde. Sorrio.

– Por mim, tá ótimo.

– Ainda bem que a Gabi apareceu lá, imagina se algum dos meninos resolve aparecer aqui no quarto? - ri com a possibilidade.

– Prefiro nem imaginar.

– Eu mataria qualquer um que ousasse estragar esse momento.

– Você teria companhia na cadeia.

– Sabia que eu te amo? - muda de assunto, sorrindo.

– Acho que já me disse isso algumas vezes, mas nunca é demais. - fiz uma careta e ele riu.

– Que bom, porque eu não canso de dizer isso.

– E eu não canso de pensar o quanto a gente tá meloso, mas eu tô amando. - damos risada. - Sabe, eu tô tão feliz.

– Por que?

– Sei lá.. já passou pela minha cabeça que eu nunca mais te teria.

– O que é uma grande bobagem. Tenho certeza que mesmo 50 anos depois, o destino daria um jeito de fazer a gente se encontrar e ficaríamos juntos.

– Talvez.. Deus me deu você de presente. E eu nunca vou cansar de agradecer.

Me puxa e me dá um beijo.

Não sei em que momento dormimos, mas foi a melhor noite da minha vida, em muito tempo.

***

Acordei sozinha. Me deu vontade de chorar, só de pensar que tudo tinha sido um sonho.

Não, não pode ser.

– Bom dia, princesa. - ouço a voz dele.

Sorri tanto que até doeu a bochecha! Foi um grande alívio.

– Bom dia, amor. - eu sento na cama e ele chega mais perto, pra dar um selinho. - Dormi demais?

– Não, eu acordei agora há pouco, e são dez e meia.

– Jura? A gente quase nem dormiu.

– É, sim. Mas eu preferi ficar acordado.

– Eu não reclamei..- ele sorri.

– Tá com fome?

– Tô, ontem eu não comi nada na festa.

– Ah, esqueci que você tá sempre com fome. - me zoa. Semicerro os olhos.

– Pra quem acabou de reatar, você está sendo super gentil, Waters. - brinquei.

– Ah, então nós reatamos? - faz cara de desentendido. Levanto, nervosa, e vou catando minha roupa no chão. - Ei, ei, ei. - ele me segura por trás. - Eu tô brincando com você.

Depois disso ele ficou dando vários beijinhos em mim. Comecei a rir.

– Vou tomar, banho. - avisei, ainda na maratona de beijos.

– Não vai me dar nem um beijinho?

Viro pra ele e dou um "beijinho" .

– Agora eu vou. - caminho até o banheiro.

Ele sorri e vai se trocar.

Minhas bochechas estavam doloridas de tanto sorrir. Era tanta felicidade que nem cabia no peito.

Tomei cuidado pra não molhar o cabelo e tomei um banho rápido.

Coloquei calcinha e sutiã e saí do banheiro.

– Não me obrigue a ter pensamentos impróprios.

– Não foi a intenção.

– Mesmo assim, foi inevitável. - fala, me abraçando por trás.

– Ah, isso porque você tem uma mente pervertida. Agora, será que posso me trocar?

– Prefiro você assim.

– Tá, eu não me importo de sair assim.. - falo, provocando.

– Você não é louca de fazer isso. - ele faz cara de bravo, ciumento.

– Então, eu posso me trocar? - pergunto, rindo.

– Pode sim, vou escolher sua roupa. - comunica, me soltando e indo em direção à minha mala. Ele pega um vestidinho rodado, quase branco, da Forever 21, que é meu xodozinho. Pegou também uma camisa jeans clarinha e eu tava só tentando entender como ele tinha imaginado um look assim. Colocou em cima da cama e disse:

– Pronto.

– Vou descalça?

Ele volta até a mala, enquanto eu coloco a roupa, e pega um tênis. Eu dou risada.

– Tava bom demais pra ser verdade.

– O que é? Eu acho legal tênis com vestido.

Coloquei a camisa, amarrando as pontas na cintura, e depois calcei o tênis. Não ficou ruim.

Durante o processo, ele ficava me olhando. Se fosse no começo, eu teria ficado envergonhada. Mas agora.. até me aproveito disso.

Dou uma voltinha, brincando.

– Tá linda. - ele fala e pega na minha mão, me tirando do quarto.

– Calma, nem rímel eu passei.

– Pra que isso?

– Pra eu não ficar com essa cara de sono. Espera, é rapidinho. - dou um beijo rápido nele e volto pro quarto.

Pego o rímel, o blush e um gloss clarinho. Esse meu look tá muito "fazendo a meiga". Mas, eu gosto assim.

Me maquiei rapidinho e saí.

– Pronto. - coloquei as mãos no ombro dele, por trás, e fui empurrando.

Eu e o Steve chegamos e um monte de gente (que reparei, serem todas conhecidas), começaram a fazer "awn", zoando.

Mostrei a língua pra todos eles e nós fomos sentar do lado do nosso pessoal.

– Adorei o look, amiga. - Dyl comenta.

– Eu que escolhi. - Steve fala.

– Nossa, se o Peter for escolher uma roupa pra mim, acho que sai vestido e calça jeans.

– Ah, falando em Peter e Dylan.. como tá o coração dos noivinhos? - pergunto.

– Vocês todos me pagam! - Dyl briga. - Mas mesmo assim.. eu amei a surpresa! E eu tô muito feliz. - sorri.

– Imaginei. Acho que a noite foi boa pra todo mundo.. - Gabi diz.

– Ah, a nossa com certeza foi. - Liam fala, fazendo todo mundo rir.

– Tem que começar o ano com o pé direito, pô! - foi a vez de Steve.

– Não só o pé... - Peter insinua.

– Okay, acho que já deu esse assunto. - falo, rindo.

– Vocês não valem um real. - Gabi fala aos meninos.

– Bom, eu e a Rach só viemos dar um "oi". A gente tá de saída. - Steve fala.

– Estamos? - pergunto.

– Sim. Vamos.

– Tá, né. - falo, completamente confusa.

Levantamos e saímos.

– Pra onde a gente vai?

– Surpresa.

Ótimo. Eu quase morri durante o percurso. E o pior, é que a gente até andou em um barquinho pra chegar no lugar, demorou quase uma hora!

– Chegamos. - avisa. Olho pra frente e vejo uma ilha. Era pequena, e tinha uma casinha super gostosa lá. Parecia o lugar que a Bella e o Edward passam a lua de mel, era lindo, mesmo.

– Como assim? É aqui mesmo?

– É.. já te explico tudo, vem. - pega na minha mão e me ajuda a descer.

Eu quase caí e ele ficou rindo da minha cara, mas vamos pular essa parte.

Ele foi me levando pra parte de trás da casa, sem me explicar nada. Vi que tinha um café da manhã montado no chão, tipo piquenique.

– Eu tô cada vez mais confusa e curiosa.

– Esse é seu estado normal, amor.

– Tá louco pra eu te afogar, né? - pergunto, dando um tapa nele.

– Vem, senta. Vou explicar. - sento e espero. - Eu não iria embora daqui sem ao menos tentar voltar com você. Então, eu vim aqui assim que cheguei e falei com a família que mora aqui. Pedi pra eles fazerem isso pra mim, no dia primeiro de janeiro. E aqui estamos.. já que tem comida, achei que ia gostar. - termina, rindo.

– Chatinho. - belisco ele. - Você é incrível.

– Você é mais. - fala, me beijando em seguida. Ele parece que quer me provocar, agora só beija com a mão no pescoço, entrando no cabelo. Eu quase morro. Dou até uma contorcida no corpo..

Quando ele me solta, eu falo:

– Você quer minha morte, né? Parece que faz isso de propósito! - ele ri.

– Isso o que?

– Fica me beijando desse jeito! Fico toda arrepiada.

– É legal ver você vulnerável..

– Idiota.

– Me ama, né? Só me xinga.

– Não amo. Você é só meu coleguinha de Apê. - falo, pegando um morango.

Ele ri e me beija de novo.

– Eu tava com saudade do seu beijo. - confessa.

– Então, mata a saudade. - falo, beijando de novo.

Acho que a gente se beijou mais de ontem pra hoje do que nos sete meses de namoro.

Paramos e começamos a comer.

Ficamos conversando nada com nada durante o café, e depois entramos na casa.

Estava vazia. Ele me explicou que tinha pedido também pra eles deixarem a casa livre, para o caso de algum avanço.. besta.

– Vem cá. - me puxa. Eles segurou meu rosto com as duas mãos e me beijou desesperadamente. Desceu uma das mãos para minha cintura e eu o puxei pra mais perto. Não resisti e desci minha mão até a bunda dele e apertei. Ele interrompeu o beijo pra rir.

– Que foi?

– Você é a pior.

– Eu nem ligo. - falo, e o puxo pela camiseta azul pra beijá-lo de novo.

Beijo calmamente e depois digo pra gente voltar pra casa.


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Notas finais do capítulo

Ai....
Gostaram? COMENTEEEEM!
Beijo e até logo!