Do Nada Você Se Tornou Tudo escrita por Britiney Aguero


Capítulo 27
Capitulo 27




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DM: Onde essa chácara fica?

CO: Não é tão longe daqui, na av xxxx

Flack chamou reforços para esse lugar e logo entramos no carro em direção ao mesmo.

.....

Pov Lindsay

Passava por vários cômodos e finalmente cheguei a sala de jantar, em direção a uma grande mesa clara. Stella estava sentada ao lado da ponta, onde Jhonnatha já estava bem posicionado.

Do outro lado, na outra ponta, Carlos afastou a cadeira e pediu para que me sentasse. Stella olhou para mim, sempre que me via parecia aliviar-se momentaneamente. Mas eu a vi em silêncio, os olhos entristecidos, abatidos. Ela parecia não dormir por sequer algumas horas, parecia exausta.

JO: Bem vinda de volta, Lindsay - disse com um tom irônico -Sei que minha mulher presa por sua companhia e quero provar a ela que não estou lhe fazendo nenhum mal.

LM: Você já está fazendo mal a nós duas, Jhonnatha -disse enraivecida - Olha a cara de Stella, olha o que está fazendo com ela.

Ele olhou para a grega e sorriu, tocando seu rosto e voltando-se para sua mão, segurando-a e entrelaçando os dedos.

LM: O que você quer, Jhonnatha?

JO: Eu? Nada, apenas sua companhia. Vamos, pode comer

LM: O que você quer com isso?

JO: Lindsay, sua presença aqui me fará um homem de palavra. Jurei a Stella que não tocaria em um fio de cabelo seu - ele olhou para Stella e logo para mim, com uma frieza sem tamanho -Por enquanto. Enquanto se comportar.

LM: Do que esta falando?

JO: Do que estou falando? Do que pensa que estou falando?

LM: O que fez com ela, seu desgraçado?

Ele se levantou enfurecido soltando a mão de Stella com violência. Levantou a mão como se fosse me dar um tapa, no mesmo instante virei meu rosto para o lado fechando os olhos com força.

SB: Jhonnatha! -disse ela chamando sua atenção - Por favor, faço o que você quiser, mas não a machuque

Eu a olhei e ela fez o mesmo. Estava fraca, era essa a palavra que a definia, seus lábios estavam secos, seu rosto, um dos lados, estava bastante inchados, como se tivesse sofrido alguma pancada forte repetidas vezes.

Jhonnatha abaixou a mão olhando fixamente para Stella, era evidente o ódio em seu olhar. Ele mudava de humor tão facilmente, as vezes era difícil de acompanhar. Ele se aproximou de Stella segurando seu rosto com força fazendo a olhar, ela cerrava os dentes evitando partir para cima dele.

JO: Você não tem se comportado suficientemente bem, Stella, não tem direito de pedir nada

SB: Só quero que a deixe em paz, Jhonnatha....

Ele se afastou furioso passando a mão entre os cabelos, olhou para Stella e chutou a cadeira com toda a força a fazendo cair com tudo no chão e rolar até perto da porta, onde Jason a pegou como se fosse um saco de areia a mantendo de pé.

Pov Stella

Minha bacia doía pela pancada contra o azulejo. Mal conseguia ficar em pé. Jhonnatha me olhava com um sorriso nos lábios. Estava farta disso, disso tudo que estava acontecendo. Era como se a qualquer momento eu explodisse com tamanho ódio que crescia dentro de mim.

SB: CHEGA, seu idiota - gritei - O que quer fazer, faça logo!

JO: O que você disse? Do que me chamou?

SB: O que você ganha torturando a gente dessa maneira? Vai realmente te fazer mais homem? Bater em mulher? Aliás você é tão covarde a ponto de precisar amarrar uma mulher para poder bater.

JO: CALE A BOCA!

SB: Eu calar? Não me calo mais. Você foi tão idiota a ponto de atropelar duas mulheres e não parar para socorre-las, e por que? Porque não tinha ovos entre as pernas, para simplesmente parar a porra do carro e ajuda-las! Você é sim um covarde. Você é a pior raça de homem que existe!

Ele foi se aproximando a cada palavra que saia da minha boca e na ultima ele ergueu a mão e socou meu rosto com força. Iria cair no chão mas Jason me segurou de um jeito nada delicado. Meu rosto ardia, tamanha dor que sentia. Jhonnatha se afastou sorrindo.

JO: Solte-a -ordenou ele

JB: Solta-la? Jhonnatha...

JO: Obedeça, estou lhe pagando para isso

Jason retirou a corda dos meus pulsos e logo após foi para o canto da sala. Essa era minha chance, minha chance de escapar ou apenas livrar Lindsay desse sofrimento no qual ela não merece.

JO: Agora você está solta, o que vai fazer?

Ele estava debochando de mim, sabia que não estava em condições de fazer algo contra qualquer um das pessoas do cômodo. Mas a raiva que sentia por ele era imensa, meu coração acelerava sem freio e sem limite, sentia a garganta secar imediatamente. Eu precisava encontrar logo uma forma de sair dali. Ele estava posicionado de uma forma como se fosse partir para uma briga, e para o meu azar, a briga era comigo. Estava com um mal estar horrível, abaixei a cabeça segurando em um móvel ao meu lado, pude perceber minhas pernas bambas, sentia que iria cair no chão. Talvez estivesse muito distraída pois quando levantei a cabeça, Jhonnatha estava a minha frente.

Foi o tempo de sentir ele me agarrar e me lançar contra a parede. Bati com força contra a parede e quando abri os olhos Lindsay lutava bravamente com Carlos e Jhonnatha ria gostosamente a olhando e impedindo que Jason fizesse qualquer esforço para conter Lindsay. Me levantei, a dor nas costas era insuportável. O impacto havia sido grande, de tal forma que sentia ar faltar-me nos pulmões.

Aproveitei que Jhonnatha estava distraído. Com cautela peguei uma garrafa de vinho que se encontrava ao meu lado sobre um móvel. Antes que Jason me olhasse parti para cima de Jhonnatha acertando sua cabeça. Ele cambaleou um pouco até cair meio atordoado.

Carlos empurrou Lindsay que caiu no chão. Retirei forças de onde achei que não teria e a passos pesados alcancei ele agarrando-o pela camisa. Ele virou-se e no momento que olhou em meus olhos, eu peguei a faca que estava sobre a mesa e enfiei fundo em seu abdômen. Vi seus olhos se abrirem arregalados, sua boca se entreabriu e ele olhou para baixo, eu continuava encarando seus olhos com firmeza e muita frieza.

JB: Você... -disse ele se engasgando enquanto eu girava a faca dentro dele, ele se contorcia de dor - Você...

De cantos dos olhos pude ver Jason se aproximar porém barulhos de carros chamou sua atenção, ele nos olhou receoso e logo foi até a janela.

Retirei a faca de seu abdômen e ele caiu com tudo sobre o chão. Era como se toda aquela frieza e adrenalina deixasse meu corpo e ele fosse tomado por um tremor descontrolado, as pernas falharam e caí de joelhos no chão. Lindsay no mesmo momento veio ao meu encontro e me abraçou com força. Eu respirava com dificuldade, não entendia por qual razão o ar não entrava com facilidade, me sentia sufocada. Olhava para Lindsay sua respiração já calma, tentava imita-la.

JB: Jhonnatha! Eles estão aqui, nos encontraram -disse aos prantos

Olhei para trás e lá estava Jhonnatha com os olhos cheio de lagrimas olhando para o corpo de seu irmão.

JO: Desgraçada! -gritou ele partindo para cima de mim. Ele me levantou com violência, segurando meus braços com força - Você o matou! Você matou meu irmão!

JB: Não temos tempo para isso Jhonnatha! Temos que sair daqui...

Jhonnatha ainda me segurava, apertando mais meus braços. Se ele sentia algum afeto por mim, acabara no momento em que matei seu irmão.

JB: Jhonnatha! -gritou

Ele me soltou, e pela primeira vez pareceu estar ciente do que estava acontecendo. Olhou para Jason pensativo.

JO: Você fica

JB: O que?? Ficou louco?! Esse não era nosso acordo!

JO: Nosso acordo acabou de mudar. Você os deixa ocupados enquanto levo Stella comigo

Ele pegou uma corda que estava sobre o chão e amarrou meus pulsos com força.

JB: Não irei fazer isso, não serei preso. Não hoje. Ainda mais por sua culpa.

JO: Te pagarei mais por isso, só preciso de um pequeno atraso para sair pelos fundos, a casa é grande não devem estar lá. Me encontre amanha no mesmo lugar que combinamos o pagamento. Será uma bela quantia

JB: Ok -disse por fim - O que faço com ela?

Sem qualquer aviso ou chance de Lindsay se defender, Jhonnatha lhe acertou um soco e logo ela caiu inconsciente.

JO: Problema resolvido

Gritei no mesmo instante, não só pela atitude de Jhonnatha mas para mostrar aos policiais em que cômodo estávamos.

Jhonnatha me arrastava dali enquanto Jason se retirava do cômodo trocando tiros com os policiais. Não podia ir com Jhonnatha, sabe-se lá o que ele faria comigo.

SB: Acabou Jhonny, deixe-me ir

JO: Ainda não acabou Stella, você vai pagar pelo que fez com meu irmão.

Saímos pelos fundo da casa, e havia um carro nos esperando, ele me jogou no banco de trás amarrando apressadamente a corda das minhas mãos sobre um gancho que obviamente havia sido colocado por ele.

SB: Jhonny... você não precisa fazer isso. Essa não é a solução.

O que mais me surpreendia era a forma com ele me olhava. Não era mais com ódio, era com cuidado. Aquelas mudanças de expressões dele que me preocupava. Ele passou alguns segundos apenas me encarando como se esperasse que eu dissesse algo. Mas eu nada disse e foi quando, em um movimento rápido ele segurou meu rosto grudando nossos lábios, virei meu rosto para o lado com esforço e usei minhas pernas para afasta-lo. Ele me olhou, e aquela frieza que ele apresentava antes voltou. Com um sorriso amarelado limpou os lábios com as mãos.

JO: Você ainda vai ser minha Stella...

Senti nojo ouvindo isso e minha única reação foi chuta-lo, um chute certeiro em seu nariz fazendo com que o mesmo se desequilibrasse, caindo do carro. Ele gemia de dor, colocando as mãos sobre nariz enquanto o mesmo jorrava sangue. Algo me dizia que havia quebrado seu nariz, e essa foi minha saída, aproveitar que ele estava em desvantagem. Tentava desesperada retirar a corda dos meus pulsos mas parecia impossível, eles doíam de tanto esforço que fazia.

Jhonnatha já se levantava, porém com esforço. Ele respirava forte e rápido, claramente nervoso, me olhou com um ódio sem tamanho.

JO: VAGABUNDA -gritou ele fechando a porta do carro com força.

Jhonnatha saiu do meu campo de visão em direção ao banco do motorista. Ele gemia de dor, ainda tentando conter o sangue que saia de seu nariz. Pelo vidro, avistei alguns policiais com as armas em mãos que se preparavam para invadir a casa pelos fundos. Logo quem eu mais queria ver, mais precisava naquele momento, apareceu. Era Mac, uma onda de alivio me percorreu, era tão bom vê-lo, seu olhar firme e sua expressão séria, de tal forma que mal parecia respirar. Mas eles não nos viram, nem mesmo Mac o que começou a me deixar assustada tanto que em um movimento rápido chutei o vidro da janela, quebrando o mesmo.

SB: MAC! -gritei a todo pulmão

Ele parou de supetão e olhou para mim, fixando seu olhar sobre o meu, um sentimento de alívio percorreu seu rosto. Meu coração disparava, como se estivesse em uma maratona. No exato instante em que Mac começou a correr em minha direção, Jhonnatha ligou o carro dando partida. Tiros e vários tiros foram ouvidos e com isso me abaixei, tentando ao máximo me proteger. Os tiros cessaram porém Jhonnatha continuava vivo e ainda dirigindo. Olhei pelo retrovisor do carro a ponto de ver Mac entrar em um carro junto a Flack, mas eu não fui a única, Jhonny também percebeu, e com isso acelerou mais o carro.

Estávamos em uma estrada de terra em alta velocidade, logo atrás de nós, Mac e Flack e mais uma viatura. De longe avistei a ponte de Manhatthan que nos daria entrada a New York. Tentei me soltar das cordas mais uma vez, porém aquela fraqueza que apresentava antes voltou, era como se todo aquele esforço que fizera, agora surtisse efeito. A respiração lenta e a visão embaçada. Olhei mais uma vez pelo retrovisor mas não avistei mais Mac, e Jhonny sorria vitorioso, virou-se para trás ainda com o pé no acelerador, pegando algo dentro de uma mochila, foi o tempo de ver Mac surgir atrás de nós e uma barreira de viatura a nossa frente.

SB: JHONNATHA! -gritei

Ele voltou-se para frente arregalando os olhos e em um movimento rápido virou o volante para o lado fazendo com que caíssemos da ponte. Uma sensação horrível e logo após o impacto forte contra a água.

POV Mac

Ao ver o carro em que Stella estava cair da ponte, parei o carro rapidamente, o desespero tomava conta do meu corpo.

MT: Saí do carro! -gritei nervoso

Flack não disse nada, apenas obedeceu. Se eu desse a volta pela ponte seria tarde demais para Stella, minha única saída era fazer o mesmo que Jhonnatha, e me jogar da ponte dentro do carro, não seria uma impacto tão forte a ponto de me matar.... acelerei o carro o máximo que pude e sem pensar duas vezes caí da ponte entrando com um forte impacto contra água.

.......


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Notas finais do capítulo

Mais um pouco de suspense :3
Espero a opinião de vocês nos comentários ^^
Beijos e até o próximo capitulo



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