Anteriormente em diário de uma garota quase perfeita...

– Te odiar é tão fácil quanto te amar,opostas querida,não se esqueça! Quando é certo é certo, você sempre sabe. É tarde de mais para me impedir ou pedir para que eu não sai da sua vida...

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— Ela vai embora — Todos a sua volta falavam — Ela vai embora. - Repetia Carina a sí mesma — Ela vai embora. – Sussurrou mais uma vez a garota em prantos.

Eu estive tão perto, dispertando duvídas em todos, acompanhando cada passo, cada gesto singelo, tentando decifrar cada palavra e acima de tudo, mante-lás separadas por conta de suas inumêras diferenças. Quem sou eu? Bem, eu sou a dona dessa tramâ, aquela que decidiu contar está trágica e clichê história sobre uma amizade. A amizade que costumava significar algo — Ah é uma pena, pois agora ela não significa mais nada — Talvez eu ainda me lembre a dor que tudo isso me causou, a dor de perder alguém por um simples fato, tão inutíl a ponto de me fazer contar essa estória.

— Talvez sempre tivesse sido errado! — Anna exclama, fazendo com que uma lágrima dos olhos de sua ex melhor amiga caísse.

Não havia mais explicações. Não havia mais nada o que Carina pudesse dizer. — Há um porém, alías, sempre há nas estórias onde tudo acaba bem — , onde as inimigas acabam virando amigas e todos vivem felizes para sempre. Mas por que eu deveria seguir uma regra? Por que eu devo contar a verdade? — Este diário me pertence. — Essa estória é minha e eu digo que Anna deveria se desfazer das lembranças, não só ela como todos a sua volta, inclusive Carina.Por isso não a culpem pelas coisas estarem sendo desta maneira.

— Eu sentirei sua falta para sempre — Carina pensava enquanto fitava Anna, que por sua vez explicava tudo a Ágata, Renny e Pedro.

Para sempre era muito tempo. Porém nada naquele momento importava a garota, apenas passar seus últimos instantes com sua ex melhor amiga que estava prestes a dizer-lhe adeus pela segunda vez, para que então, ela pudesse queimar tudo — ou pelo menos tentar, — fazendo uma viagem a Londres, bem longe dos sentimentos que tanto a magoavam. Bem longe de Pedro, seu objeto de desejo, pelo simples fato de ser o namorado de Carina. Bem longe da garota que a anos tenta superar e enfim, bem longe de Willian Bakery seu amor reprimido, cuja passou noites e noites após os dois terem seu momento mais que intímo em claro. — 2h00min. Quem você ama? — O coração de Anna gritava e a garota perguntava isso a sí mesma até que seus olhos não estivessem mais abertos, e seu mundo, fosse apenas o mundo dos sonhos.

Estaria ela definitivamente encantada em rever Willian? — Por favor, não se apaixone por outra pessoa! Carina não pode ter Pedro só para ela. — Pensava a menina.

Entre paredes de falsidade, sorrisos e sentimentos que não existiam. Assim era a trilha da amizade entre Carina Monteiro e Anna King's. Neste momento, olhares perdidos e vázios apareciam na sala onde os cinco amigos se encontravam. Ágata adotará uma expressão de preocupação ao sentir que Carina estava prestes a dizer límpidas e sinceras palavras a Anna. Pedro apenas fitava sua namorada atenta e Renny por sua vez tentava entender os eventos mais recentes, tensão, tristeza e confusão cheiravam ao ar daquela sala, cuja era tão linda e luxuosa ao olhos de qualquer um fazendo com que tudo piorasse cada vez mais. Até que...

— Você voltou para descobrir que eu tinha ido embora. Aquele lugar aqui dentro está vázio. Como o buraco que foi deixado em mim. Como se nossa amizade fosse absolutamente nada! Como se eu não significasse nada para você — Carina solta as palavras no ar, fazendo Anna apenas abaixar a cabeça.

Todos estavam calados, o silêncio tomou conta do ambiente. Ágata, Renny e Pedro apenas se entreolhavam.

— Você realmente acha que eu acho, que você não significa nada para mim? — Anna questiona porém continua — Estou me livrando dessas lembraças. Tenho que deixa-lás ir — Concluiu Anna olhando para o chão, tentando disfarçar as lágrimas que saiam descontroladamente de seus olhos.

Algo que Anna não imaginava é que, as lembranças não poderiam ser esquecidas, por isso, afinal, se chamam lembranças. Elas não mudam, mesmo se a pessoa tenha mudado. Elas não mesmo se você berrar e dizer coisas ofensivas. Aceite como vier e seja grato quando terminar. Há tantas maneiras de agir, escolha a melhor para efeitos positivos causar.

Ela vai mentir e roubar e trapacear, e implorar de joelhos
Fazer você crer que realmente está falando sério dessa vez
Ela abrirá um buraco em você, que não conseguirá reparar
Mas eu ainda a amo, e eu realmente não ligo.
È melhor sentir dor do que não sentir nada...

— Anna, Por favor abra! — Willian berrava na porta da mansão de Anna, ele havia acabado de receber a noticia de que sua amada iria para Londres, para bem longe. Muito longe...

E eu não te culpo querida, por ter saído correndo
Como fez todos esses anos
Eu faria o mesmo, pode acreditar
E os sinais na estrada dizem que estamos perto
Mas eu não leio mais essas coisas
Nunca confiei em meus próprios olhos...

— Você não vai atende-ló? — Pedro pergunta.

Anna ainda entre lágrimas solta um riso irônico fitando Pedro nos olhos e logo após dando sua resposta:

— É melhor para nós dois se ele achar que eu não o a ... quero dizer - Anna parou e pensou em suas palavras. – Eu não quero faze-ló sofrer com a minha partida.

Anna, Anna. — Ah querida! — Será que você está fazendo o certo virar o seu maior erro? Lembre-se, pessoas como você nunca poderam consertar seus erros depois de feitos, apenas piora-lós. Será um erro seu partir? Será um erro seu deixar sua vida em New York por que nao consegue lutar contra seus verdadeiros sentimentos? Será que para você, é melhor perder seu verdadeiro amor, do que ceder ao seu orgulho berante Carina? Creio que a resposta é obvía!.

— Está na hora — Anna avisa colocando sua mala no chão.

Hora de por o ponto final. A linha que traçará o novo caminho. Mal sabia ela, que naquele momento dava o primeiro passo para deixar sua marca naquele mundo.

Carina, Anna, Pedro, Renny e Ágata criam coragem suficiênte para descerem a grandiosa escada da mansão dos King's. A cada passo que davam em direção ao Mr. Arthur King's e a Mrs. Stefh King's pais de Anna, era um ano da amizade das duas ex's melhores amigas, que se passava em vão, a cada passo que davam, a velha história terminava para uma nova começar.

— Anna... eu preciso te dizer uma coisa — Carina avisa assim que os cinco amigos chegam no momento mais doloroso daquele sábado de primavera.

Anna nada diz, apenas cruza os braços na frente de Carina e a fita nos olhos, tentando se manter forte como de costume e não chorar, esperando algum pronunciamento.

— Eu só quero que saiba, que eu amo você apensar de tudo o que aconteceu — Carina diz sem rodeios.

Anna não se contem, seus olhos brilhavam e ela saltou nos braços de Carina, ficando assim por longos minutos.

— Baby, eu também amo você. Sempre amei, pois é como dizem, só existe uma fina linha entre amor e ódio, e eu escolhi ficar nesta linha com relação a você.

Lembro que alguém me disse, ''as vezes amizades são assim, começam de uma forma difícil e terminam como começaram'' . De amiga a rival, não importa era errado Carina sabia, não só ela, como Anna também . Parecidas, essa era a palavra que definia aquelas que se intitulavam como '' melhores amigas'', tão parecidas que se irritavam com esse fato e por isso, não admitiam. Coloca-lás uma contra a outra foi tarefa fácil, apenas precisei saber o ponto fraco de cada uma dessas duas garotas quase perfeitas! Sim, eu disse quase. De fato, não era a melhor combinação do mundo, mas elas só pareciam ser diferentes, tornando-as, desta forma,opostas. É assim que deve ser, ou não. De qualquer maneira, a qualquer rua ou além...

juntas ou não...

Onde quer que elas estiverem...

Algo as ligará para sempre. É uma questão de destino, ele as uniu e só ele poderá as separar.

E quando elas finalmente estiverem juntas, eu estarei lá para dar um final feliz a essa tramâ.

— Isto não é um Adeus e sim um até logo! — Anna exclama entrando no carro.

As palavras foram ditas.

Duas despedidas trouxeram essa luz... ouve-se por fim um sussurro seguido de um sorriso:

— Não vou deixar você ir...