Identidade Homicida escrita por ninoka


Capítulo 66
Artista


Notas iniciais do capítulo

boa meus amores. tudo bom com vcs???
primeiramente agradecendo a todos q continuam acompanhando e um bjinho no coraçao dos q tem comentado ultimamente. podem ter certeza que isso impulsiona e amolece mto o coração dessa fanfiqueira aqui!!!

BOM. VAMOS lá
esse capítulo na verdade era um pedaço de um que ainda tô escrevendo, mas que tá ficando incrivelmente GRANDE. Então, ja q também fazia quase um mês q nn postava..... vou deixar esse pedacinho aqui com vcs!

****Lembrando que: jun = namoradinho da íris aí. Ele n é um killer e se enfiou legal aí no jogo. Shermansky decide n intervir e todo mundo sabe q pra ela ter escolhido isso é pq tem maracutaia, obviamente!!



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[-x-]

 

Jun deslizou a lâmina da katana no pescoço do inimigo sem receio; Íris entalou a faca de combate na garganta de outro --  eram como artistas brincando com seus pincéis, colorindo numa tela em branco os tons mais puros de vermelho. No final, a obra que compunham deveria ter um nome. E eles pensavam profundamente sobre isso, sentados num dos cantos da sala de aula, reclinados sobre a parede enquanto observavam os dois corpos estripados, caídos como figuras renascentistas no piso bege de porcelanato. 

"Lebres" — anunciou Íris, com os olhos fixos aos dois cadáveres. 

— "Lebres"? — Jun deu um riso contente. — Por quê?

— Não parecem lebres? Entraram no covil do predador e foram facilmente devoradas. — ela desviou seu olhar para Jun enquanto sorria. 

— Pfff. Que poética. Não é atoa que é uma artista. Me apaixono cada vez mais.   

Íris manteve o sorriso enquanto voltava a olhar para sua frente.

— Você adora inflar o meu ego desse jeito... — ria com um ar de timidez. — É mérito seu também, caçador. 

— Que nada... Essa katana tem quase uma vida própria. — Jun pegou a lâmina embainhada apoiada no chão próximo de si, segurando-a com ambas as mãos. — Ela já passou por tantas mãos dentro da minha família, que é como se carregasse o espírito de cada ancestral meu. Não preciso nem fazer esforço, ela mesma faz o trabalho. Só precisa de… alguém de carne pra segurar. — dizia enquanto admirava a bainha negra cheia de dragões dourados dispostos por sua extensão. E deu um risinho anasalado, balançando a cabeça  — Olha eu falando meus misticismos de família de novo. 

— Eu gosto quando fala sobre eles. — pontuou Íris. — Sua família parece incrível. 

Jun riu. Ambos voltavam a encarar a obra. 

— Agora que você disse, fiquei curioso... — falou ele. — Já estamos saindo há tanto tempo e você nunca falou muito sobre a sua família. 

— Quer saber sobre a minha família? — havia um certo sarcasmo na forma humorada que Íris proferiu aquilo. Ela olhou para o alto, deixando o rosto levemente caído para o lado, como se isso a ajudasse a buscar as palavras certas. — Eles são... assassinos. 

Jun pareceu não se sobressaltar com aquilo. E se manteve atento à resposta que Íris ainda parecia formular em sua mente. 

— Minha mãe é quinze anos mais nova que meu pai. Ela era garçonete na cidade natal dela, no interior. Já a minha família paterna é um núcleo de assassinos, se é que eu posso chamar assim. Há décadas eles trabalham como assassinos de aluguel... Meu pai estava rondando pelas bandas que minha mãe morava justamente para cumprir negócios. Foi uma xícara de café na pousada que minha mãe trabalhava e eles trocaram os contatos no mesmo dia. 

— Caramba. Parece coisa de filme. “A garota inocente do interior e o gângster da cidade grande”. 

Íris não pôde se conter em deixar escapar uma risada:

— Minha mãe não era tão inocente assim. Meu pai se apaixonou por ela, mas ela... acho que viu nele uma oportunidade de vir pra cidade. 

— Hm... Continua sendo um roteiro perfeito pra uma ficção. Como isso acaba? 

— Bom. Acaba que meu pai já teve outras famílias ao longo dessa longa vida de viagens, e isso inclui outros filhos. Filhos homens. Pra continuar a linhagem de negócios. É um costume antigo e antiquado. Os homens assumem os negócios na família. Eles são treinados pra se tornarem grandes assassinos. 

— Deixa ver se eu consigo adivinhar o resto: e então nasceu você. A doce, linda e delicada Íris. 

— Exatamente. Meu pai nunca fez questão de me ensinar sobre os negócios da família. E ele sempre foi muito distante de mim, também… Eu lembro de pegar suas armas e tentar entendê-las sozinha uma por uma. De ficar horas no gramado de casa atirando em garrafas de vidro até acertar uma. E quando finalmente conseguia... esperava que ele me olhasse. Que ele visse e pensasse que eu era tão capaz quanto qualquer homem e quanto qualquer outro dos meus meio-irmãos. Bom. Eu acho que é assim que acaba a história da minha família. — Íris encerrou a sentença com um tom de determinação. Aquele, afinal, era o real motivo de ter aceitado entrar para o jogo.  

— Pois sabe o que eu acho? 

— O quê? 

— Acho que seu pai tinha razão, Íris. Você não nasceu pra ser uma assassina. 

A ruiva teve um sobressalto com a resposta. Jun apontou para a dupla de cadáveres:

— Você é uma artista!







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Notas finais do capítulo

foi mais um capitulozinho filler pra mostrar um pouco desses dois e dar uma acalmada na sequencia d tensões dos ultimos caps JFIDOSJFDS

beijãaaaaao